Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen
O primeiro baile foi um sucesso para a Rainha Eve. Na manhã seguinte, em sua sala de estar, havia uma enorme fila de homens carregando flores, poemas e chocolates.
Pacientemente, Emma e sua irmã sentaram-se na sala e conversaram com todos os rapazes em particular. Tomaram bastante chá, comeram biscoitos e fizeram suas notas mentais sobre os pretendentes. Eles estavam aqui para ver a Emma, mas vez ou outra algum deles demonstrava um pouco mais de interesse na Branca.
Emma não parecia nenhum pouco incomodava com isso. Muito pelo contrário. Sempre que percebia alguém olhando sua irmã, dava um jeito de envolvê-la no assunto. Ela sabia ser discreta.
Sentados em poltronas mais à frente, Leopoldo e sua esposa observavam suas filhas serem cortejadas. Haviam combinado que nenhum pedido seria aceito contra a vontade. Não importava quem fosse, se Emma ou Branca não estivessem felizes, não haveria casamento. É claro que Eve esperava convencê-las, caso fosse necessário, para não perder um bom partido.
A rainha havia tirado a sorte grande no jogo do casamento. Ela e seu marido estavam plenamente apaixonados quando subiram ao altar. É óbvio que gostaria que suas filhas conseguissem o mesmo. Mas, pela cara da sua caçula, isso não seria nada fácil.
– Então, lorde Adam, onde o senhor pretende morar depois de se casar? – seguindo uma extensa lista de perguntas necessárias, Emma entrevistava os rapazes, na esperança de que algum lhe parecesse minimamente atraente.
Não queria exigir demais. Mas ser o diamante tinha suas vantagens. Ela poderia ser mais criteriosa em sua escolha e ninguém poderia julgá-la por isso. As pessoas esperavam que a jovem escolhida tivesse o melhor casamento da temporada. Com o homem mais bem sucedido, inteligente e promissor.
Essa busca pelo "homem mais perfeito da temporada" a daria tempo o suficiente para conhecer e, quem sabe, se apaixonar por alguém. Pelo menos era isso que ela imaginava.
– Rei Leopoldo, desculpe-me ser tão direto, mas não temos tempo a perder. Peço-lhe a mão de sua filha em casamento.
A entrada inesperada e cheia de drama do Sr. Barnet assustou a todos.
Emma sabia que ele já havia atormentado seu pai pedindo a sua mão, antes mesmo da temporada começar. E agora, aqui estava ele novamente, ajoelhado refazendo o pedido.
– Muita calma, meu amigo. Antes de me pedir para casar-se com minha filha, deveria falar com ela.
– Não precisamos de cerimônia, vossa alteza. Todos nós sabemos que esse tipo de decisão não cabe a uma mulher.
Se antes Emma já se sentia incomodada, agora a simples presença do Sr. Barnet lhe causava repulsa. Como ele ousa dizer que ela não é capaz de decidir seu próprio futuro?
Por sorte, o rei também não gostou de sua atitude.
– Minhas filhas são jovens inteligentes e plenamente capazes de decidirem por si. Essa conversa acaba por aqui. Faça uma ótima viagem de volta.
As meninas vibraram com a resposta do pai. Por incrível que pareça, Eve também.
Sr. Barnet era um solteirão na casa dos trinta anos. Sua família era bastante rica, mas nem todo dinheiro do mundo era capaz de mascarar a sua personalidade fraca. O homem era simplesmente um tolo. Não tinha modo algum. E estava frequentemente menosprezando as figuras femininas. Emma era demais para ele. Aliás, qualquer mulher era demais para ele.
Porém, o Sr. Barnet era insistente e elas sabiam que ele não pararia por aí.
Seguindo a agenda de eventos da temporada, as famílias se arrumavam para passear no parque. Esse era, de longe, o evento mais divertido para as garotas. Aqui, elas podiam observar seus pretendentes e futuros maridos caçando, jogando e interagindo com suas famílias.
Nesse momento, os papéis eram invertidos. As mulheres observavam as qualidades dos homens, para tentar enquadrá-los como bons maridos. E sim, era muito divertido. Um bando de homens competindo uns com os outros, tentando mostrar uma masculinidade superior, como se isso atraísse as mulheres.
A grande maioria nem sabia disso. Achavam que as garotas ficavam maravilhadas vendo-os estripar pequenos cervos.
Branca e Emma estavam sentadas em um canto, tentando não chamar tanta atenção. A manhã havia sido longa. Mal tiveram tempo de conversar a sós. Uma figura bastante conhecida aproximava-se delas.
– O sr. Thompson perguntou por você. – informou.
Emma sentiu seu rosto arder. Mais um pretendente sem nenhuma qualificação. Ela pensou.
– Perguntou?
Lady Harriet assentiu levemente.
– Eu o cortaria pela raiz se fosse você, Emma. – aconselhou.
– A senhora contou onde eu estava? – Emma torcia para que não.
A boca da senhora se abriu num sorriso conspiratório, levemente maroto.
– Não, eu não contei onde você estava. Eu sempre soube que gostava de você.
– Obrigada – arfou Emma.
– Seria um desperdício uma menina tão inteligente se prender àquele tonto – afirmou Lady Harriet. – E Deus sabe que a sociedade não pode se dar ao luxo de desperdiçar as poucas garotas inteligentes que tem.
Emma sorriu. Um sorriso leve e sincero. Ela tinha uma aliada.
A sociedade da época não costumava aceitar de bom grado mulheres com opinião. A grande maioria eram ensinadas a servir aos homens, independente de suas vontades. Ter alguém de tanta influência como a Lady Harriet ao seu lado, era algo bastante positivo.
– Faça uma boa escolha, menina. Eu confio em você.
Com essas palavras, Lady Harriet saiu, deixando Emma bastante feliz.
***
Não muito longe dali, alguém estava à espreita, observando-as.
– Vai apenas ficar olhando ou vai tomar coragem para falar com ela? – James questionava seu irmão.
Ver James e David num único ambiente é o bastante para que se ache que está vendo dobrado. Os gêmeos eram, de fato, idênticos. Pelo menos, fisicamente. Quanto a suas personalidades, eram completamente diferentes.
James era o irmão farrista, que gostava de bebedeiras e gastava todas as suas moedas de ouro com mulheres da vida. Enquanto isso, David era o filho amável, que cuidava dos negócios e tentava arrumar as bagunças em que seu irmão se metia.
– O que? Eu não...
– Qual é, irmão. Ela é o objeto de desejo de todos, mas nós somos os mais qualificados.
As palavras de James eram, no mínimo, muito pretensiosas.
– Venha, vamos falar com ela.
James saiu na frente e David seguiu o seu irmão, na certeza de que o mesmo cometeria alguma gafe.
– Olá, princesas. Tudo bem? Meu irmão e eu gostaríamos de pular as formalidades e irmos direto ao ponto. Dois irmãos, duas irmãs. Dois casamentos perfeitos. Seremos os casais mais ricos e bem sucedidos da temporada. O que acham?
– O que o meu irmão quer dizer é, bem, gostaríamos de levá-las para passear. – David tentava contornar a situação, após ver a cara pouco descontente de Emma.
Como o homem ambicioso que era, James se adiantou, estendendo sua mão para Emma, que recusou de imediato. Ele sempre gostou de ser o centro das atenções. Sempre teve o melhor de tudo. Dessa vez, não seria diferente. Ele não aceitaria perder, nem mesmo para o seu irmão.
Mas, ao contrário do que se pensava, David não estava de olho no diamante, como todos. Alguém em especial chamava a sua atenção há bastante tempo. Não era de hoje que o príncipe ficava encantado com a beleza de Branca.
Como uma boa observadora, Emma logo percebeu.
– Eu preciso ir encontrar a mamãe, mas tenho certeza que a Branca gostaria de te acompanhar, David. – Emma ignorou completamente a presença de James e apenas saiu.
Irritado, o mesmo saiu bufando. Enquanto isso, David e Branca seguiram para o seu primeiro passeio juntos. Caminharam pelo parque, observando as árvores, os animais e conversando sobre a beleza do lugar. Em determinado momento, Branca se sentou embaixo de uma árvore e, como num passe de mágica, um passarinho pousou em sua mãe.
– Você tem um bom coração. Os animais gostam de você.
Branca sorriu.
– Os animais são livres. Dê-lhes carinho e eles voltaram para você.
Após esse passeio, David ficou ainda mais encantado. É claro que, à primeira vista, o contraste entre a pele pálida e o cabelo escuro chamava atenção. Mas ao conversar com Branca, notou que a mesma era diferente das demais moças.
David já havia conversado com outras moças, sem muito entusiasmo. Todos na cidade o conheciam, sabiam de sua riqueza. Desse modo, as garotas tentavam a todo custo impressioná-lo.
Branca não parecia se importar com seu título, se quer perguntou quem dos dois irmãos seria o sucessor do trono de seu pai. Aos olhos dela, ele não era um príncipe, era apenas um homem comum.
Além do mais, nos poucos minutos que conversaram, David percebeu que ambos tinham muitos interesses em comum: amavam cavalos, a natureza e gostavam de lutar. Apesar de não ser muito comum para época, o Rei Leopoldo ensinou as suas filhas a se defenderem. Ambas sabiam manusear uma espada com maestria invejável.
– Como foi o passeio, filho? Vi que você e a senhorita Branca pareciam estar se divertindo.
Apesar de não costumar se meter nos assuntos dos filhos, o Rei George pareceu bastante curioso sobre essa conversa.
– Ela é diferente, papai. – os olhos do príncipe até brilharam ao falar dela.
– Ela é uma ótima moça, sem dúvidas. Tem minha benção, se pensa em cortejá-la.
As palavras do rei alegraram bastante o jovem rapaz. Ainda era cedo para falar, mas em seu coração, David sabia que havia encontrado a mulher certa.
***
Autor(a): vitoriaesc_
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Caros leitores, o que vocês acharam dos acontecimentos da semana passada? Nos últimos dias, a cidade foi tomada por mães ambiciosas. No baile de Lady Harriet, semana passada, esta autora viu nada menos que nove solteiros determinados se escondendo pelos cantos. Há outro ponto que não pode ser esquecido. A escolha do diamante da tempora ...
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