Fanfics Brasil - Capítulo IV Love Secrets

Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen


Capítulo: Capítulo IV

92 visualizações Denunciar


Caros leitores, o que vocês acharam dos acontecimentos da semana passada? Nos últimos dias, a cidade foi tomada por mães ambiciosas. No baile de Lady Harriet, semana passada, esta autora viu nada menos que nove solteiros determinados se escondendo pelos cantos.  Há outro ponto que não pode ser esquecido. A escolha do diamante da temporada foi um tanto quanto inesperada. Entre tantas garotas tão bonitas, a Lady Harriet escolheu justamente aquela que se parece com ela: uma mulher que pensa à frente de sua época. Não me entendam mal. Esta autora não está criticando a nomeação da Emma Swan como diamante, a garota de fato tem muitos atributos. Mas é de se estranhar que, em um época onde prega-se a submissão das mulheres, a joia rara esteja torcendo o nariz para pretendentes que agem como machões. Por outro lado, quem realmente está se dando bem é a irmã mais velha da preciosa. Branca de Neve foi flagrada passeando com o príncipe David, em clima de muito romance. Como podemos ver, o Rei Leopoldo e a Rainha Eve saíram na frente, na corrida dos casamentos. 


CRÔNICAS DA SOCIEDADE DE LADY CAMPBELL,
21 DE MARÇO DE 1813


 


– Que ótimo! Aquela familiazinha é o assunto da semana. De novo. 


– Mas isso não é bom, mamãe? – Zelena foi a única que se atreveu a abrir da boca. 


– Como pode ser bom? Vocês estão sendo esquecidas. 


– Mas mãe, na semana passada quando falaram da Regina a senhora surtou. 


– Sabe o que é pior que falarem da sua irmã? Falarem das filhas do Rei Leopoldo e da Rainha Eve! 


Cora não estava com raiva por suas filhas não serem o assunto, mas sim por Branca e Emma serem tão comentadas pela autora. Ora, na semana passada ela havia falado que não pegaria bem ser comentada em jornalzinho de fofoca. Agora, estava histérica pelo mesmo motivo. 


Apesar de estar apenas ouvindo a conversa, Regina sabia exatamente do que se tratava. Com Emma escolhida como diamante da temporada e Branca aparentemente já fisgando o filho decente do Rei George, as opções que sobravam para elas eram bem poucas. 


Por algum motivo desconhecido e curioso, quase todos os reis da região tinham filhas mulheres. Homens com títulos eram bem escassos por essas bandas. Haviam sim alguns viscondes solteiros, mas a maioria tinha pelo menos o dobro da idade das meninas, e nas palavras da própria Cora, ela não havia criado duas filhas para se casarem com velhos. A ira de Cora era, na verdade, movida pelo sentimento de estar ficando para trás. 


– As coisas não estariam assim se Regina seguisse os meus conselhos. – sua mãe a tirou de seus devaneios com essa alfinetada. 


– O que mais a senhora quer que eu faça, mãe? – responde irritada. 


– Cora, deixa a menina. Ela vai conseguir um bom marido. Se não esta temporada, na próxima…


– DE MODO ALGUM! – Cora respondeu bastante alterada. – Eu não a criei para essa vergonha. Regina precisa se casar e logo! 


Irritada com a conversa, a filha saiu da sala, batendo a porta em seguida. Enquanto caminhava completamente sem rumo, Regina apertava tão firmemente suas mãos que suas unhas acabaram machucando sua pele.


Por que tinha que ser assim? Por que a sua mãe estava sempre tão em cima dela? Por que não a tratava só um pouquinho melhor? 


Cora Mills nunca foi um exemplo de afetividade. Isso é fato. Se procurassem em suas memórias, as irmãs tinham pouquíssimas lembranças de momentos felizes com a mãe. Talvez Regina tivesse uma ou duas lembranças a mais que Zelena. Mas, ainda assim, considerava sua irmã com mais sorte. Cora parecia não se importar tanto com Zelena. Não é que não a amasse. Apenas não lhe cobrava a mesma perfeição que cobrava da Regina. 


O Rei Henry sempre trata as duas como iguais. Deu amor, carinho e atenção da mesma forma para ambas. Mas até ele percebia que sua esposa exagerava um pouco mais na educação de Regina. A menina nunca podia brincar, estava sempre em algum tipo de aula. Caligrafia, literatura, música, canto, ballet… Uma infinidade de tarefas que a impediram de crescer como as outras meninas. 


Cora cobrava de Regina o mais alto nível de perfeição. Em consequência disso, a jovem cresceu com a ideia de que deveria agradar a sua mãe, acima de suas próprias vontades. Com o tempo, a menina risonha e alegre que corria pelos corredores do castelo tornou-se uma jovem séria e de poucas palavras. Regina tornou-se a própria mãe. E, agora, sua mãe reclamava de sua personalidade, como se não tivesse a menor culpa nisso tudo. Que grande ironia! 


Ainda cega pela raiva, Regina caminhou até os estábulos e procurou seu cavalo preferido. Um corcel cor de caramelo, que havia ganhado de seu pai no seu décimo terceiro aniversário. Sem pensar muito, a morena apenas montou em seu cavalo e saiu galopando. Não fazia a menor ideia de para onde estava indo ou o que estava procurando. Ela apenas queria ficar longe de tudo e todos. 


Enquanto passeava pela mata, Regina pegou uma estrada que costumava ser bastante tranquila. Entretanto, naquele fatídico dia, os homens do rei estavam treinando tiro ao alvo. Com o barulho dos tiros, o seu amado corcel relinchou alto e correu ainda mais do que ela estava acostumada. Apesar das habilidades em cavalgar, Regina não conseguiu se segurar e acabou caindo. 


 – Você está bem?  – o rapaz perguntava bastante preocupado. 


– Minha cabeça dói…


– Tem um pequeno machucado aí. – automaticamente, Regina levou a mão ao rosto – Deixe-me ver. 


O jovem rapaz retirou um pequeno lenço branco do seu bolso e, delicadamente, o levou até o local da ferida. Regina gemeu um pouco de dor. 


– Quem é você? Onde eu estou? 


Mesmo em um momento como este, Regina não conseguia evitar ser grossa. 


– Meu nome é Daniel. Estava na mata atirando com alguns amigos, quando ouvi o barulho do seu cavalo. A queda deve ter sido bem feia. 


– Onde está o meu cavalo? 


– Olha, moça, eu não faço ideia. Ele saiu sem rumo pouco depois de te derrubar. Mas não se preocupe, meus homens e eu vamos achá-lo para você. Consegue se levantar? 


Mesmo com a cabeça latejando, Regina assentiu. Conseguiu reconhecer o brasão na roupa que o rapaz usava. Sem dúvidas, ele era cavaleiro de algum reino.


– Venha comigo. Uma moça não deveria ficar sozinha tão longe de casa. Vou te arrumar outro cavalo e levá-la em segurança até o castelo. 


Regina deu um pequeno sorriso. Sua mãe surtaria – de novo – se sonhasse que ela estava no meio do mato e sozinha com um homem. Claro, isso não pegaria bem para sua honra e absolutamente ninguém poderia saber. Mas, a ideia de estar, pela primeira vez, contrariando as ordens de sua mãe, lhe causava bastante euforia. 


Como prometido, Daniel pegou um de seus cavalos e a guiou por o que pareceu ser quase uma hora. Enquanto puxava os arreios do cavalo, o jovem se atreveu a fazer alguns comentários sobre a paisagem. 


Pela primeira vez, em muito tempo, Regina sentia-se em paz. Mal sabia que essa paz logo acabaria. Ao se aproximarem do reino, notaram um pequeno amontoado de pessoas.


– Fique longe da minha filha! O que você fez com ela? – os gritos da rainha Mills podiam ser ouvidos a pelo menos cinco metros de distância. 


– Pelo amor de Deus, Cora. Pare de gritar. – o rei a repreendeu.


Somente agora, Regina percebeu que estava escuro e que havia ficado fora por mais tempo do que imaginava. 


– Boa noite, Vossas Excelências. Eu encontrei a filha de vocês caída na mata e tratei de trazê-la em segurança para casa. Ela tem alguns machucados, mas ouso dizer que são superficiais. 


– Quem você pensa que é para tocar nela? Você poderia ter arruinado a sua imagem! 


– Por Deus, mãe. Daniel apenas me ajudou. Mostre um pouco de gratidão. 


Ao ouvir a resposta da filha, Cora mudou completamente suas feições. Não estava acostumada com tamanha malcriação. Vê-la irritada deixou a Regina ainda mais feliz. 


Os dias foram passando e Regina cada vez mais procurava motivos para irritar sua mãe. Com isso, como seu corcel também havia se machucado, passou a dedicar grande parte do seu dia ao estábulo e aos cavalos. Vez ou outra voltava aquela trilha, na esperança de encontrar o homem que havia ajudado-a. Sem sucesso. 


***


Enquanto no castelo dos Mills o clima ficava cada vez mais tenso, na casa do Rei Leopoldo as coisas pareciam cada vez melhor. 


– Branca, me conta tudo. Como foi o passeio com o David? – Eve questionava sua filha. 


– Não se fala em outro casal na cidade. Eles parecem perfeitos um para o outro, mãe. 


As bochechas de Branca ficaram levementes coradas com o comentário da irmã 


– O passeio foi legal. Conversamos sobre os animais, sobre nossas famílias. Ele parece um bom homem. 


– Nossa, você parece empolgada. Devo começar a preparar um casamento? – a rainha perguntava em tom de brincadeira. 


– Ainda é muito cedo para falar, mãe. Nós só fizemos um passeio. Não quero criar falsas expectativas…


– Mas vocês falaram sobre suas famílias, isso é um bom sinal. Tenho certeza que logo estarão desfilando com enormes alianças de noivado. E estou muito ansiosa por isso. 


Embora não quisesse admitir, Branca havia gostado da companhia do príncipe David. Ele foi atencioso e bastante respeitoso com ela. Fez piadas engraçadas, mas que não denegriam outras pessoas e demonstrou ter muito afeto pela natureza. 


Ela poderia facilmente se apaixonar por ele. E, sem dúvidas, eles teriam filhos lindos. Meu Deus, Branca. Foi só um passeio no parque e você já está pensando em filhos. Ela se auto repreendeu. 


Por outro lado, o que ela não sabia, era que o príncipe também compartilhava desses pensamentos. Desde o encontro no outro dia, David procurava um motivo plausível para encontrar Branca novamente. 


Ele poderia ir até a modista e, “por acaso” encontrá-la por lá. Assim, poderia convidá-la para um chá. Mas achou que seria rude ou mal interpretado. Afinal, que tipo de homem segue uma lady? Com certeza, o tipo com quem ela não se casaria. 


Por fim, decidiu que simplesmente a visitaria em sua casa. Acordou cedinho, colheu as mais lindas flores do jardim e seguiu sua viagem. Ao bater na porta, um mordomo prontamente lhe atendeu. 


– Bom dia, a senhorita Branca está? Gostaria de presenteá-la com essas flores. 


Por algum motivo desconhecido, o príncipe sentiu-se inseguro. Esforçou-se para manter a compostura, enquanto o mordomo ia até o outro cômodo avisar que tinham visita. 


Segundos depois, Branca de Neve surge na soleira da porta, com um sorriso tão radiante que, para David, facilmente ofuscaria até o brilho do sol. 


– Branca! Que prazer em te ver. Trouxe-lhe essas flores, espero que goste. Eu mesmo as colhi no jardim do palácio. 


– Oh, príncipe. Obrigada. As flores estão lindas. 


Do outro lado do cômodo, não muito distante, a Rainha Eve presenciava a cena. Não porque fosse uma curiosa. Longe disso. Mas, nessa época, uma lady não deveria jamais ficar a sós com um homem, se não seu pai, irmãos ou marido. Sendo assim, por melhores que fossem as intenções do príncipe, Eve estava apenas protegendo a honra da sua filha. 


Estava tão entretida em seu bordado que, nem sequer, prestava atenção na conversa dos dois. Pelo som das risadas, parecia ser um assunto leve e divertido. 


As visitas do príncipe David se tornaram cada vez mais recorrentes. A essa altura, não se tinha mais dúvidas: ele estava cortejando-a. E fazia isso com maestria. Sempre aparecia com os mais inesperados presentes, desde flores a joias. Costumava conversar por horas e até faziam alguns passeios, sempre acompanhados, é claro. 


Enquanto isso,  Emma continuava recebendo visitas de pretendentes. Embora seu coração gritasse de felicidades por sua irmã, sentia-se um pouco preocupada. Seria Emma capaz de encontrar um amor tão puro e verdadeiro como a sua irmã? 


***



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): vitoriaesc_

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
Prévia do próximo capítulo

A essa altura do campeonato, meus queridos leitores, é difícil determinar quem exatamente é a pior de todas, embora a autora suspeite que a competição possa terminar com uma pequena diferença entre a Rainha Eve e a Rainha Cora, com esta última ganhando por um triz. Afinal, esta última não medirá esfor&cc ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 0



Para comentar, você deve estar logado no site.


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.




Nossas redes sociais