Fanfics Brasil - Capítulo VIII Love Secrets

Fanfic: Love Secrets | Tema: #emmaswan #ouat #reginamills #swanqueen


Capítulo: Capítulo VIII

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Enquanto Emma e Killian se divertiam dançando, Regina continuava em um canto com a cara emburrada. Como ele podia chegar do nada e atrapalhar duas damas conversando? Cadê os modos desse rapaz? Quanta ousadia de sua parte interrompê-las! Regina pensava furiosa. 


– Irmã, você precisa melhorar essa cara. O que aconteceu? Está chateada porque a Emma roubou seu pretendente? Ele parece gostar bastante dela e… 


Regina a interrompeu. 


– Faça-me o favor, Zelena! Eu jamais me interessaria por um marinheiro. – essa última palavra foi pronunciada com bastante desprezo. 


– Ah, então você está com ciúmes da loira? Bom, então eu acho que você tem um problema bem maior. – Zelena riu e se afastou de sua irmã. 


– Que droga! 


Ao sair e deixar sua irmã caçula resmungando, Zelena finalmente percebeu o que estava acontecendo. Regina gostava de Emma. E isso arruinaria a sua vida. Cora jamais aceitaria tamanha indecência em sua família. 


Regina sabia que sua irmã era bastante observadora e não demoraria muito até que ela ligasse os pontos. Porém, confiava plenamente em Zelena para guardar seus segredos. Ela apenas não queria admitir o óbvio: estava apaixonada por Emma. 


Enquanto Regina tinha esse estalo de consciência, a loira que antes estava dando risada ao seu lado, agora gargalhava nos braços de um sedutor qualquer. A visão dos dois dançando e se divertindo acabou desnorteando Regina que, em um pequeno movimento, apertou e quebrou a taça de vidro em sua mão, causando um pequeno ferimento. 


Mesmo de longe, Emma continuava a observar Regina e, por sorte, percebeu o sangue escorrendo em sua mão. 


– Poderia me dar licença um instante? 


– Claro. 


Emma se despediu de Killian e foi até Regina. 


– Vem comigo!  – a ordenou sem nenhuma cautela. 


Uma decisão bem ousada, diga-se de passagem. Regina odiava que lhe dissessem o que fazer. 


– Eu não recebo ordens.


Emma revirou os olhos. 


– Você está sangrando. Deixe-me ajudar antes que outras pessoas percebam. 


Somente nesse momento, Regina olhou para o caco de vidro enfiado em sua mãe ensanguentada. Percebendo que a morena ainda estava sem reação, Emma simplesmente a puxou pelo braço, conduzindo-a até as escadas do segundo andar. 


– Para onde está me levando? – Regina questionou dois lances de escada depois. 


– Para o meu quarto. – Emma respondeu como se fosse óbvio  –Tenho um kit de primeiros socorros lá. Não posso deixar que volte para o baile assim. Que tipo de anfitriã eu seria?


A Alegria que surgiu no olhar de Regina durou apenas alguns segundos. É claro que ela havia ficado feliz em estar sendo levada para o quarto de Emma. A decepção veio quando descobriu que a loira só estava sendo educada. 


– Entre. Por favor, fique à vontade.


Ao passar pela porta, Regina tentou captar o máximo de detalhes do ambiente. Não sabia quanto tempo ficaria ali, muito menos se teria outra oportunidade de visitar este quarto. Então, decidiu que precisava aproveitar ao máximo esse momento para, quem sabe, conhecer um pouco mais da Emma. Para ela, o quarto é um local sagrado, onde as pessoas não guardam segredos e mostram sua verdadeira personalidade. Logo, qualquer pequeno detalhe presente ali poderia ajudá-la. 


Regina sentou-se na confortável cama de Emma e observou em sua volta. O quarto era muito bonito e aconchegante, sem muita extravagância. Os lençóis brancos e macios combinavam perfeitamente com as cortinas e a poltrona estrategicamente posicionada próxima à escrivaninha. Do outro lado do quarto, um lindo espelho acompanhava a enorme penteadeira, recheada de jóias, acessórios e perfumes. Ao fundo, um roupeiro que provavelmente estaria recheado dos mais lindos vestidos. 


Regina despertou de seus pensamentos quando percebeu que Emma se preparava para extrair o pedaço de vidro. Pegou sua maleta, uma pinça e algumas toalhas. 


– Me avise se doer muito. 


A morena apenas concordou com a cabeça. 


– Por que permite que um criado do seu pai te trate pelo nome? Você gosta dele?


A pergunta de Regina a pegou de surpresa. E, sem querer, Emma acabou magoando seu machucado. 


– Ai! – Regina gemeu de dor.


– Desculpa. 


– Não vai me responder? – Regina ergueu uma das sobrancelhas. 


– Sim, eu gosto dele. Killian e eu somos amigos. Eu costumava fugir para acompanhar o treinamento deles e, eventualmente, duelamos juntos. Aprendi bastante coisa com ele. 


Nesse ponto, Regina não sabia definir se estava feliz com a resposta ou se preferia nem ter ouvido o quanto eles são próximos. 


– Hum. Entendo. – a morena fez uma pausa – Só questionei por ser incomum moças da realiza conviverem tanto com criados. 


– Ele é uma pessoa como nós. Um título não me torna melhor ou pior que ele. Francamente, me admira que alguém tão inteligente tenha uma mente tão fechada.


A crítica de Emma fez Regina franzir o cenho. 


– Prontinho. Vidro retirado. Acho que você vai precisar de alguns pontos, mas eu não sou a pessoa mais indicada para isso. Vamos só fazer um curativo e amanhã você procura um médico, tudo bem?


– É claro. 


Apesar de concordar, Regina aceitaria numa boa levar pontos sem anestesia, se isso significasse ficar mais tempo na companhia de Emma. É claro que ela não se atreveu a externar isso. Não queria ser taxada de louca ou pior. 


– Podemos ficar aqui mais um pouco? Ainda não me sinto muito bem…


– Claro. Você perdeu muito sangue. Deve estar tonta. 


Por alguns minutos, o silêncio tomou conta do ambiente. 


– Por que te incomoda tanto que eu seja amiga do Killian? – Emma quebrou o gelo. 


– Não incomoda.– Regina tentou mentir. 


– Eu vi você nos olhando enquanto dançávamos. A sua cara não era nada boa. 


A expressão no rosto de Regina mudou rapidamente. Emma conseguia tirá-la do sério como ninguém!


– Aí está! Você fez exatamente essa cara. 


– Essa é a única cara que eu tenho, Emma. Bom, eu já me sinto melhor. Vou embora. 


Contrariando a todos os seus desejos, Regina levantou-se da cama e caminhou em direção a porta. Movida por algum sentimento que nem sequer sabia explicar, Emma a puxou de volta para perto de si. A proximidade de seus corpos deixou Regina ainda mais tonta. Entretanto, o cheiro inebriante de Emma a impedia de se afastar. Sem pensar muito, Regina a beijou. 


***


Lá embaixo, onde acontecia o baile, Cora procurava por sua filha Regina. Percebendo que a irmã havia sumido, no mesmo instante que Emma Swan, Zelena procurou uma forma de entreter a sua mãe. 


– Robin, preciso da sua ajuda. 


– Pode falar. – sempre muito prestativo, o pretendente de Zelena estava pronto para ajudá-la.


– Preciso que distraia a minha mãe. Conte sobre alguma de suas aventuras, viagens… 


– Ou eu posso falar sobre nós… – ele a interrompeu. 


– Como assim? – a ruiva realmente estava confusa. 


– Gosto de você, Zelena. Só quero me certificar que sua mãe me aprovaria como genro. 


As palavras a pegaram de surpresa. Obviamente, devido aos acontecimentos recentes, ela imaginava que, todo esse cortejo, poderia sim resultar em um casamento. Mas, até então, era apenas imaginação. Ouvi-lo falar dessa forma tornava tudo mais real. Ainda assim, ela não podia esquecer que Regina precisava de sua ajuda. 


– Perfeito! Ela ficará tão entretida e feliz que nem notará a minha ausência. Obrigada, Robin. 


Ela o beijou na bochecha e saiu.


Enquanto Zelena percorria todos os cômodos do castelo procurando sua irmã, Robin conversava com Cora. 


– Gostaria de saber a sua opinião sobre mim. Acha que sou o homem adequado para sua filha? 


– O simples fato de vir até mim já mostra que você é corajoso. A maioria dos homens aqui sequer conseguem me olhar nos olhos. 


– A senhora consegue ser um pouco intimidadora, quando quer. 


– E ainda assim você está querendo a minha bênção para cortejar a Zelena. 


– Eu gosto dela. Tenho absoluta certeza que será uma ótima esposa. Se a senhora permitir, é claro.


– Gosto de você. Espero que trate a minha filha tão bem quanto ela merece.  


– Te dou a minha palavra: farei tudo que estiver ao meu alcance para que ela seja a mulher mais feliz.


– Assim espero. Até porque, no menor dos seus deslizes, eu mesma arranco a sua cabeça. 


Ao pronunciar a última frase, Cora voltou a bebericar o copo em sua mão. Robin apenas sorriu e fez o mesmo. 


Lá em cima, Zelena continuava a sua busca. Já estava ficando sem esperanças, quando finalmente esbarrou em Regina pelos corredores. 


– Olha por onde anda! – Regina reclama sem perceber em quem tinha esbarrado. 


– Regina! Estou te procurando a horas! Onde você estava? Nossa mãe deve estar furiosa! 


– Eu tive um pequeno acidente… – ela mostrou sua mão agora enfaixada. 


– Você está bem? Venha. Pedi ao Robin que distraísse nossa mãe, mas a essa altura ela já deve ter espantado ele. 


Rapidamente, as irmãs desceram as escadas e foram ao encontro de Cora. 


– Regina, onde você estava? Espero que não tenha feito nada que comprometa a sua honra. 


Beijar a anfitriã do baile estragaria minha honra? Se sim, sinto muito, mamãe. Ela pensou. 


– O que aconteceu com sua mão? – Cora continuava a interrogá-la. 


– Apenas um corte. Não foi nada demais. 


– Vamos embora. Amanhã cedo chamarei o doutor para examiná-la. 


***



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Autor(a): vitoriaesc_

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