Fanfic: Jiban End | Tema: Jiban, metal hero, tokusatsu
Ryu Hayakawa seguia em direção à delegacia de polícia. Ele estava preocupado com Ayumi, mas também se preocupava com a reação que os policiais teriam ao encontrá-lo. Ele temia que pudessem pensar que ele havia sequestrado a menina ou algo assim e certamente levaria algum tempo para desfazer o mal-entendido. Tempo esse, que eles não tinham, já que a qualquer minuto algo de mais sério poderia acontecer com ela. Mas mesmo com todas essas possibilidades negativas, ele seguiu em frente, porque a segurança de Ayumi era mais importante do que qualquer coisa naquele momento, e com esse pensamento em mente, tratou de pisar um pouco mais fundo no acelerador.
Ele dirigia com pressa, mas ao mesmo tempo se mantinha alerta a tudo ao seu redor. Ainda procurava pela menina, pois havia uma possibilidade de que ela pudesse estar por perto, já que estava a pé e não fazia muito tempo que havia partido.
Ryu tinha razão.
Ao virar uma esquina, ao longe ele viu uma menina andando sozinha e a reconheceu. Ele se alegrou e seu coração se sentiu aliviado, mas esse alívio durou apenas alguns segundos, porque ao observar com um pouco mais de atenção, percebeu que havia um problema.
Alguns metros atrás Ayumi, ele viu duas mulheres bonitas de cabelos compridos, que também reconheceu. Ele já tinha visto aquelas duas moças, que apesar de terem uma aparência humana, não eram. Ele sabia que as duas faziam parte da organização criminosa que vivia tentando capturar Ayumi e que de uma hora para outra, elas se transformavam em criaturas monstruosas. Ryu não teve dúvidas de que elas estavam perseguindo a menina e a cada passo acelerado, se aproximavam mais e mais.
Ayumi parecia não ter se dado conta do perigo que corria e certamente não conseguiria escapar se as duas chegassem até ela, então numa reação impulsiva, o rapaz acelerou o carro e gritou.
- Cuidado, Ayumi! Corra! – avisou ele, enquanto buzinava, chamando a atenção não só da menina, mas de suas perseguidoras também.
A garota se virou assustada ao ouvir a voz de Ryu e viu as duas mulheres há cerca de cinco metros de distância. Marshall e Cannon também se surpreenderam com a intromissão repentina de Hayakawa e se surpreenderam ainda mais quando viram o carro dele vindo na direção delas a toda velocidade. Parecia que ele não tinha intenção alguma de desacelerar, muito pelo contrário.
Ryu era só um rapaz normal, sem muitas habilidades de luta, e já tinha tido uma amostra da força daquelas duas, portanto sabia que não teria nenhuma chance de enfrentá-las, então, numa decisão temerária, resolveu usar a única arma que tinha no momento contra elas: o carro.
Em um segundo o veículo estava na rua, no outro, na calçada, com a frente esfacelada contra um muro.
Ryu jazia inconsciente, com a cabeça sangrando sobre o volante. As duas mulheres, apesar de terem sido muito rápidas e conseguido desviar do choque certeiro, não saíram ilesas. Cannon estava zonza sobre o capô amassado do carro, com um corte na testa e uma das pernas ferida e Marshall, caída na calçada, cheia de escoriações e um dos braços escorrendo sangue.
Ao presenciar aquela cena pavorosa, Ayumi ficou assustada e preocupada com Ryu, porque mesmo estando um pouco distante, ela viu que ele não se mexia dentro do carro e com certeza estava ferido. Fez menção de voltar e ajudá-lo, mas logo após dar o primeiro passo na direção do veículo semidestruído, se deteve. Ela sabia que se voltasse estaria correndo o risco de ser pega pelas vilãs, jogando assim, todo o sacrifício de seu corajoso amigo no lixo.
Cannon e Marshall ainda estavam meio desnorteadas e tentavam se recompor do choque. Elas precisariam mais de algum tempo para serem capaz de fazer alguma coisa contra Ayumi, então a menina viu que aquela era a hora de fugir. Ela não desperdiçaria a oportunidade criada por Ryu, e então, com os olhos marejados, correu o mais rápido que pôde para o lado oposto, sem olhar para trás.
Continuou correndo sem rumo por algum tempo e só parou quando suas pernas já não tinham mais forças para prosseguir. Caiu ajoelhada no gramado de uma praça, ofegante e exausta, mas tinha conseguido escapar. Estava a salvo, pelo menos por mais algum tempo.
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Quando se deram conta de que haviam perdido sua presa novamente, as guerreiras de Biolon ficaram possessas e queriam descontar sua fúria no rapaz desacordado. Elas, que mais cedo, mesmo tendo tudo planejado, haviam deixado o policial idiota escapar no parque, estavam irritadas e, principalmente, atemorizadas com a reação do chefe ao tomar conhecimento de tudo. Jean-Marie não perdoaria mais esse fracasso e a chance que elas tinham de se redimirem era justamente recapturando Ayumi Igarashi, mas elas haviam falhado nisso também. Ele já as havia alertado quanto ao fim de sua tolerância com os fracassos recorrentes, por isso o medo de perderem suas cabeças, dessa vez, era muito real. O que lhes restava era torcer pelo sucesso de Madogarbo e Tubaronoide com o plano B, já que agora isso talvez pudesse ser a única coisa capaz de aplacar a ira do líder de Biolon.
- Maldito Hayakawa! – esbravejou Cannon, se arrastando para descer de cima do capô do carro. – Você me paga, eu vou acabar com você!
Marshall também se levantou cambaleando e foi ao auxílio da parceira. As duas pretendiam arrastar Hayakawa para fora do carro e dar um fim nele, entretanto, com as fortes dores que sentiam, abrir a porta do veículo, que estava emperrada devido ao choque com o muro, era uma tarefa bastante penosa. Elas continuaram tentando, mas quando finalmente estavam perto de conseguir, Marshall ouviu o som de sirenes e interrompeu Cannon.
- Espere, Cannon! Sirenes... Precisamos dar o fora daqui. A polícia está chegando!
- E daí que eles estão chegando?
- E daí? Você não está vendo o nosso estado? Não estamos em condições de enfrentar as armas deles agora. Temos que ir embora!
Cannon parou por um instante e ao analisar a situação rapidamente, viu que a parceira tinha razão.
- Está bem, vamos embora. Você teve sorte dessa vez, Hayakawa! – esbravejou Cannon enquanto desistia do ataque.
O som das sirenes se aproximava enquanto as duas se afastavam, amparadas uma na outra, derrotadas mais uma vez.
Autor(a): Claen
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Se Marshall e Cannon tivessem esperado somente mais alguns instantes, teriam descoberto que as sirenes que haviam escutado não eram da polícia, mas sim do corpo de bombeiros e da ambulância, que chegavam ao local para atender à ocorrência do acidente. Os bombeiros foram os primeiros a entrarem em ação, pois o rapaz estava com a ...
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