Fanfic: Foragidos (Vondy) TERMINADA | Tema: Rebelde

Já estávamos próximos ao parque, então descemos do trem e começamos a caminhar até lá.

"Roberta?", ele me chamou, olhando pra mim. "Você pensa em algum dia construir uma família? Eu sei que esse não é o momento ideal pra algo assim, mas é que nós nunca falamos sobre esse assunto. " 

Eu apenas sorri e olhei pro chão brevemente.

"Sim, às vezes eu penso.", eu admiti, então viramos a esquina e continuamos a descer a rua em direção ao parque. "Eu me pergunto como seria, mas acredito que talvez não desse certo." 

Chris pareceu confuso com minha resposta, então expliquei.

"Acho que minha cabeça nunca mais vai voltar ao normal, não depois de tudo que passei nas mãos de John."

John foi o responsável pela morte do meu irmão. Esse assassino trabalha pro FBI como cientista, ele tem um laboratório que ajuda o FBI em investigações criminais. 

Infelizmente John tem muito poder e influência lá dentro.

A lembrança de todo o sofrimento que passei me causava arrepios. Cheguei mais perto de Chris buscando proteção, ele percebendo meu desconforto, colocou o braço em volta dos meus ombros.

"Desculpa por tocar nesse assunto, não queria te deixar triste."

Eu sorri para ele o tranquilizando, então envolvi meu braço em volta de sua cintura.

…………….

Quando finalmente chegamos ao parque uma leve chuva começou, infelizmente não demorou muito para que a chuva leve, se transformasse em algo  intenso.

Nós tentamos esperar no parque escondidos debaixo de uma árvore, isso porém não ajudou muito, então decidimos entrar em uma cafeteria próxima para nos proteger. 

"Você gostaria de beber algo Chris?"

"Não, não estou com vontade de beber nada.", disse sorrindo. "E você vai pedir algo?"

Eu sorri e balancei a cabeça.

"Sim, vou tomar um chá.", disse caminhando até a atendente e fazendo o pedido.

Em seguida retornei para o lado de Chris, que felizmente encontrou uma mesa no canto de trás da cafeteria. 

Sempre nos sentávamos no fundo, evitando áreas com muitas pessoas, poderia ser perigoso para elas caso algo acontecesse.

Caminhei até a mesa ao lado de Chris. Eu sorri enquanto colocava minha cabeça em seu ombro. Chris encontrou um livro ao lado da mesa e o abriu, mais do que feliz em preencher seu tempo lendo, enquanto eu observava a chuva cair do lado de fora.

Alguns minutos depois a garçonete trouxe meu pedido, agradeci a ela e logo depois tomei um pouco do chá. 

Por um momento parei, estranhando o gosto daquele chá, contudo voltei a bebe-lo, imaginando que não deveria ser nada de mais, apenas coisa da minha cabeça.

Nós ficamos na cafeteria por algum tempo esperando a chuva passar.

"Devemos voltar pra casa?", ele perguntou. 

Eu olhei pro relógio pendurado na parede e balancei a cabeça. 

"Talvez devêssemos pegar um táxi.", sugeri, olhando pra fora, onde ainda estava chovendo.

A chuva não era tão intensa como antes, mas ainda sim chovia e eu não tinha vontade nenhuma de caminhar até a estação de trem, enquanto chovia.

Chris concordou, então limpamos nossa mesa e pagamos, logo depois saímos da cafeteria. Apenas algumas pessoas haviam entrado no local desde então, mas apenas um homem permaneceu quando saímos. 

Quando saímos pela porta, percebi que o mesmo homem se levantou e saiu também.

Chris e eu ficamos próximos à porta da cafeteria, longe da chuva e esperando um táxi. O homem suspeito fez o mesmo. Aquilo era estranho, mas por não ter certeza se ele estava nos seguindo ou não, decidi não falar nada.

Eu estava apenas paranóica.

Chris acenou para um táxi quando ele apareceu. O táxi parou e nós entramos, dizendo ao motorista para nos levar à estação de trem de onde havíamos vindo. 

Foram apenas quinze minutos de carro e logo estávamos de volta à estação. Chris pagou o motorista e então corremos para dentro para comprar nossas passagens de volta. 

Felizmente, chegamos a tempo para o próximo trem, que chegaria em cerca de três minutos. Se o tivéssemos perdido, teríamos que esperar duas horas ou mais.

Entramos no trem quando ele chegou, fomos para os assentos na parte de trás do vagão. Não havia muitas pessoas a bordo, mas isso não nos incomodou.

Preferíamos um local vazio a um cheio.

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