Fanfic: Foragidos (Vondy) TERMINADA | Tema: Rebelde

Na manhã seguinte, acordei com a luz do sol entrando no quarto. Quando verifiquei a hora, fiquei surpreso ao descobrir que já se passava das 08:00hrs da manhã.

Roberta já deveria estar acordada, mas ela ainda estava dormindo. Nós raramente acordamos depois das 8 da manhã, mesmo quando decidiamos dormir até mais tarde. 

Quando deu 09:00hrs em ponto, eu me levantei. Eu sabia que Roberta não entraria em pânico quando acordasse, pois eu estaria na cozinha e ela poderia me encontrar facilmente.

Saí da cama e peguei algumas roupas. Eu me vesti, então verifiquei como Roberta estava novamente e fui até a cozinha para fazer o café da manhã.

Assim como eu imaginei que aconteceria, Roberta acordou cinco minutos depois de eu ter saído do quarto. Ela entrou na cozinha e imediatamente caminhou em direção ao armário de remédios.

Eu ia perguntar se ela estava se sentindo bem, Roberta porém me interrompeu sorrindo, beijando levemente meus lábios.

"Só estou com dor de cabeça mas logo vai passar.", disse sorrindo. "Não se preocupe."

Eu sorri de volta pra ela, porém estava difícil esconder minha preocupação.

…………….

O dia todo, Roberta teve dor de cabeça. Eu realmente estava muito preocupado com o estado dela. Para tentar me distrair, eu passei o dia todo lendo ou fazendo pequenas tarefas pelo apartamento. 

"Chris?" 

Levantei os olhos de onde estava organizando a estante para ver Roberta parada perto do sofá. Eu poderia dizer que algo estava errado apenas olhando pra ela.

Fui até Roberta e coloquei minhas mãos em seus ombros, suas mãos imediatamente se moveram para segurar meus braços enquanto ela olhava pra mim.

"O que está acontecendo com você Roberta?"

Ela olhou ao redor da sala, mas não me respondeu imediatamente. Mudei minha mão pra segurar sua bochecha e puxei seu foco de volta pra mim.

"Roberta, o que está acontecendo?" 

Os olhos dela se arregalaram quando percebeu que eu estava bem na frente dela.

"E-eu não sei.", ela disse, olhando pra mim com urgência. "Algo está errado, posso sentir, mas não sei o quê é."

"O que você está sentindo?", eu perguntei, acariciando seu rosto com minha mão. 

Sua mão foi para o meu pulso e eu parei imediatamente.

"Não há outra maneira que eu consiga descrever a não ser que tem algo errado."

Fiz uma careta. Roberta geralmente sempre tinha uma descrição de como algo parecia mais do que apenas "errado".

"Você deve estar ficando doente." 

Derrepente ela fez uma careta de dor e do nada estendeu a mão agarrando a própria cabeça. 

"Sua cabeça está doendo de novo?", eu perguntei, puxando suas mãos pra trás. 

Ela estava com os olhos bem fechados, obviamente sentindo dor. 

"Roberta?", a chamei com desespero. 

Ela rapidamente cobriu minha boca com uma de suas mãos e usou a outra para agarrar minha camisa com força, mantendo-se em pé.

"Minha cabeça… Dói muito.", disse ela, quase inaudível. 

Os joelhos de Roberta cederam e se eu já não a estivesse segurando, ela teria desabado completamente. Eu cuidadosamente a peguei e a carreguei para o sofá. 

Roberta gritava de dor, agarrando a cabeça novamente, apertando os olhos.

Depois de quase quinze minutos, Roberta lentamente abriu os olhos. Ela imediatamente se aproximou de mim e eu agarrei sua mão.

A cabeça dela ainda devia estar doendo, mas em uma intensidade menor, com base na expressão de alívio em seu rosto.

"O que aconteceu?", sussurrei, não querendo falar muito alto e causar mais dor a ela.

"Parecia que minha cabeça ia explodir de dor."

Ela me abraçou e continuou dizendo:

"Foi como um barulho muito alto passando pela minha cabeça. Cada pequeno ruído que eu normalmente não ouviria foi aumentando."

Envolvi meu braço em volta das costas dela e beijei sua testa.

"Eu estava preocupado.", disse, sussurrando o mais baixo possível. "

Roberta sorriu um pouco e fechou os olhos. 

"Por que você ficou assim? Será que tem relação com a chuva que pegamos?", eu perguntei.

Roberta pensou por um momento e então respondeu, seus olhos estavam fechados.

"Não sei.", respondeu. "Mas a sensação que eu senti foi parecida com os momentos em que eu estava sendo torturada naquela cela. ", ela disse sussurrando. 

Roberta me contou tudo isso baixinho, como se estivesse se despedindo de mim. 

Derrepente, ela adormeceu. 

Cutuquei Roberta, tentando acordá-la para obter mais informações, no entanto, ela não acordou quando eu a chamei. 

Eu a sacudi com mais força, mas ela nem sequer piscou.

"Roberta?", perguntei, falando em um volume normal. 

Ela não se mexeu. 

"Roberta?", repeti o nome dela mais alto, mas nada aconteceu.

Do nada, comecei a escutar o barulho de vários carros em alta velocidade. 

Não precisei olhar pela janela para entender que aqueles carros estavam vindo para nosso apartamento.

……………

Oi pessoal!

Agradeço muito por estarem lendo minha história. Estou animada em compartilhar que vou publicar essa história completa como e-book na Amazon, vai custar baratinho apenas 2 reais. Vou estar postando até o capítulo 6 por aqui, como uma espécie de amostra grátis. 

Obrigada mais uma vez, o apoio de vocês significa muito pra mim!

"Não é errado tentar viver do que se Ama"