Fanfics Brasil - crying lightning. Cigarrete Daydreams (Satoru Gojo x Original Character)

Fanfic: Cigarrete Daydreams (Satoru Gojo x Original Character) | Tema: Jujutsu Kaisen


Capítulo: crying lightning.

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"Your pastimes consisted of the strange, the twisted and deranged. And I love that little game you had called Crying lightning."




Chapter Two - Crying Lightning


- Será que você pode melhorar esse humor de merda? - Exclamou Geto. - Tá começando a me dar nos nervosos essa sua cara amarrada. 


Satoru bufou. - Quem tá de mau humor? Eu estou ótimo.  


- Você já estava insuportável quando chegou e agora parece que pirou. Aconteceu alguma coisa na cafeteria? 


- E o que teria acontecido? Isso é coisa da sua cabeça. Já te falei que trabalhar demais faz mal. 


- Satoru, você é a pessoa mais irritantemente animada que eu conheço e as únicas vezes que você abriu a boca pra falar hoje foram para reclamar e bufar. É óbvio que aconteceu alguma coisa. 


- Como se você tivesse um leque de amizades muito grande para fazer comparações. Eu sou a única pessoa com quem você tem uma relação minimamente decente. 


- Ouch. Essa doeu. - O moreno levou a mão ao coração, como se as palavras de Gojo realmente o magoassem. - Já sei! Tomou o fora de alguém? 


Satoru arregalou os olhos e por um instante, Geto pôde jurar ver um pequeno rubor se formar em suas bochechas. Era uma reação bem incomum quando o assunto era Gojo. Talvez seu palpite estivesse certo. 


- O que?! - Exclamou o platinado. - Você acha mesmo que alguém me rejeitaria? Eu não sou rejeitado desde o ensino fundamental. - O tom de voz mais agudo do que o normal, indicava que estava mentindo. 


Geto não segurou uma risada escandalosa. - Então, era realmente isso! Poxa, queria conhecer essa divindade que teve a coragem de te dar um fora. 


- Cala a porra dessa boca antes que eu saia contando pra todo mundo do departamento que você lê yaoi quando tá sozinho, me entendeu bem? - Disse Satoru, irritado.


- E qual o problema? Tem yaois realmente muito bons por aí, seu preconceituoso. 


Satoru apenas deu de ombros e continuou andando. Iriam interrogar o prisioneiro que haviam detido. Esperava que tudo corresse bem, pois era a única oportunidade que tinham. Mas estava receoso porque, bem... Ainda estava inquieto depois de ter encontrado aquela garota. Maldita pirralha!


Assim que chegaram na sala de interrogação, Satoru bufou mais uma vez. Talvez estivesse mesmo de mau humor. 


- Ei, Suguru. - Chamou, tendo a atenção do moreno para si. - Eu... Tenho cara de velho?


*


Não era exatamente difícil tirar Saori do sério, mas se tinha algo que realmente a irritava era o fato de implicarem com seu cigarro. Era a única coisa que lhe dava um pouco de serenidade no meio da vida deplorável que levava. E daí que ela ia morrer um dia por causa disso? Talvez fosse exatamente por isso que ela fumava! Quando morresse teria um pingo de paz, porque o inferno não lhe parecia um lugar tão ruim assim. 


Homens eram todos iguais. Sempre queriam controlar suas ações, a contar a partir do jeito que ela se comportava, o que vestia e até mesmo seu modo de pensar. E assim tem sido, desde que ela possa se lembrar. Estava farta de ser controlada por homens.


- Quem ele pensa que eu sou pra me dizer o que fazer? - Retrucou para si mesma. - Como se não bastasse ter que aguentar aquele idiota todos os dias, ainda sou obrigada a ouvir um otário com cara de leite azedo que nunca nem vi na vida! Era só o que me faltava. 


Já fazia mais de três horas que estava ali sentada no carro estacionado perto da estação de polícia de Shibuya. O calor estava a deixando irritada e o céu nublado indicava que uma tempestade estava a caminho. Seus cigarros haviam acabado, mas não podia sair dali para comprar, pois estava com medo de perder alguma movimentação. Também não podia beber porque estava dirigindo. Assim sendo, se encontrava em um tédio absurdo. Deveria ter trazido algum mangá pra ler...


O som vindo de seu celular a fez dar um solavanco do banco. Pelo toque da abertura de Yu Yu Hakusho, sabia bem quem estava a ligar e isso a fez revirar os olhos. Que porra esse idiota quer mais?


- Sim. - Atendeu o telefone tentando disfarçar o desgosto no tom de voz.


- Saori, querida. Como estamos? 


- Nenhuma novidade por enquanto. Não vi nada demais. - Respondeu. 


- Como sou um senpai muito bondoso, tenho uma informação valiosa que vai te ajudar. 


Saori apenas continuou prestando atenção no homem do outro lado da linha. 


- Mahito vai ser solto em liberdade condicional hoje às 19h. O siga e lide com ele imediatamente. Tenha certeza de ser discreta e não faça bagunça demais. Nos vemos mais tarde, mon amour. 


- E como raios você sab... - A ligação caiu antes que terminasse de falar. 


Bom, não seria estranho que Yashiro tivesse informantes dentro da polícia. Segurou o volante com força, e deixou com que a testa repousasse ali. Mahito... Por que simplesmente não ficou de bico calado?


Estava relativamente triste pelo lacaio, mas algo que avistou do outro lado da rua lhe roubou totalmente os pensamentos. A figura alta com a cabeleira platinada de antes saía da delegacia com um moreno de quase a mesma altura, que não reconheceu. Ela não pôde evitar um sorriso travesso. 


- Tenho a sensação de que vou te ver com frequência daqui pra frente, velhote. 


*


- Já falei pro outro carinha que eu não tenho nada a dizer. - Disse o prisioneiro. 


Mahito era um jovem com cabelos longos e ressecados pela descoloração. Tinha heterocromia nos olhos e uma coleção de cicatrizes nada bonitas no rosto. Pelo pouco que conversaram, Satoru pode deduzir que não era exatamente uma pessoa com o mental estável.


- Não vai querer nem ouvir a condição que temos pra você? - Perguntou Geto. 


- Está com medo do que possam fazer com você na cadeia? Deveria ter pensado nisso antes de entrar pra máfia, não? - Perguntou Satoru. Não estava com muita paciência para delinquentes hoje. 


- Eu por acaso tenho cara de burro? - Sim, pensou o platinado. - Eu aceitando qualquer tipo de acordo com vocês, é praticamente assinar minha sentença de morte!


- Nem se sua liberdade estiver em jogo? - perguntou o moreno. 


- De que porra adianta minha liberdade se for pra eu amanhecer numa vala com a boca cheia de formiga, seu idiota?! - Exclamou. 


- Oi, oi. - Chamou Satoru. - Acho bom você ver muito bem como fala. Não estou de bom humor hoje e eu adoraria socar a cara de algum vagabundo como você pra aliviar. 


Mahito fechou a cara e permaneceu em silêncio. Geto passou a mão pelos cabelos, pensando no que dizer a seguir. Era melhor que ele fizesse isso, visto que Satoru do jeito que estava não conseguiria nada de útil para eles. 


- É o seguinte, me escuta pelo menos. Podemos conseguir sua liberdade condicional se você assinar como usuário. Mas, somente se nos dizer como funciona o esquema da Red Dragon. Qualquer coisa serve. 


- Vocês realmente não entendem, não é? - Respondeu ele. - Olha... Existe uma lenda que os superiores fazem questão de passar pra gente quando entramos de verdade na máfia. E eu não estou a fim de confirmar se é verdade ou só papo furado deles. 


- Lenda? - Perguntou Satoru. 


Mahito suspirou antes de continuar. - Dizem que quando alguém faz algo que não agrada o chefão, seja porque caguetou o esquema ou simplesmente porque ele não foi com a sua cara, existe um maluco que responde diretamente a ele e mais ninguém, que dá um jeito em você. 


- Com dar um jeito, você quer dizer execução? - Perguntou Geto. 


- Não, massagem express. Claro que sim! - Zombou o delinquente. -  Boatos que ele usa uma máscara de oni e ninguém além do chefe sabe quem é. Ele é conhecido como anjo caído.


Os dois detetives pararam para assimilar as informações que tinham acabado de ouvir. Parece que a Red Dragon era pior do que eles tinham ciência. Alguns subordinados então somente eram leais por puro medo de serem assassinados. 


- É o seguinte. - Disse o platinado. - Podemos colocar você em um programa especial de proteção à testemunha se você nos disser algo que realmente me interesse. Aí você vai poder dormir a noite sem ter pesadelos com essa história de terror barata, ok? 


Mahito não disse nada a princípio, mas Satoru sentiu que a proposta havia balançado o delinquente. E não conseguiu evitar um sorriso quando viu a cabeça do jovem assentir com o que dissera. 


Ganhei. 


*


Chovia bastante quando ele deixou a delegacia de polícia. Ainda que tivessem sido apenas dois dias, era bom estar fora daquela cela apertada e imunda. Espero ter feito a coisa certa...


Mahito era um membro novo na Red Dragon, então tudo o que sabia podia não servir de muita coisa para os detetives. Mas entre ficar trancafiado sabe Deus por quanto tempo e poder ter sua liberdade de volta, a escolha era óbvia. Ainda que a história do anjo caído lhe aterrorizasse, pelo menos a escolta de dois policiais que o acompanhavam, o deixavam um pouco mais despreocupado.


Assim que avistou seu velho apartamento em Kasukabe, na província de Saitama, pode respirar aliviado. Pelo menos tudo havia dado certo até ali. 


- Colocamos sistemas de segurança no seu apartamento, então se alguém tentar entrar, seremos acionados imediatamente. - disse um dos policiais. - E também ficaremos de campana pelos arredores. Não hesite em nos contatar se vir ou ouvir algo suspeito. 


Mahito agradeceu e subiu as escadas enferrujadas de seu prédio que rangiam conforme subia os degraus. Assim que abriu a porta, o cheiro de mofo fez seu nariz coçar. Havia sacolas de lixo por todo canto, a pia abarrotada de louças que ele estava com preguiça demais para lavar hoje. Por hora, só queria tomar um banho quente e dormir em sua própria cama. 


E assim, o fez. Demorou mais do que o usual no chuveiro, pois sentia que exalava cheiro de cadeia. Mas quando terminou, sentiu sua dignidade retornar. Um homem renovado. 


O estômago roncando, implorava por comida, o que fez com ele se dirigisse até sua cozinha, a fim de preparar algo rápido para saciar a fome que sentia. Distraído demais com o fato de estar procurando algo decente em sua geladeira para comer, mal pode perceber a aproximação de uma figura atrás de si. 


Foi só quando escutou o som de um gatilho sendo destravado que arregalou os olhos e sentiu todos os pelos do corpo se arrepiarem. Fodeu. 


- Quem tá aí? - Perguntou, com a voz trêmula. 


Entretanto, a resposta não veio. Ele se virou e encontrou o que mais temia. Alguém vestindo um terno inteiramente preto e a temida máscara de oni. Não sabia como havia conseguido entrar ali, mas eles eram a Red Dragon, não? Burlar o sistema de segurança da polícia era brincadeira de criança para eles. A glock prateada com um silenciador apontada para ele, brilhava em meio a luz que adentrava pela janela.


- Você realmente acredita que tem o direito de fazer perguntas? - respondeu a figura com uma voz distorcida, indicando claramente o uso de algum dispositivo para mascarar sua verdadeira tonalidade.


- Mas eu não disse nada demais! - Disse ele, em desespero. - Eles não vão conseguir chegar a lugar nenhum com o que eu disse. Eu sou só um novato!


- Se é um novato, seu superior não lhe informou de que é extremamente proibido vazar informações sobre nós, Mahito? 


- S-sim, eu sei, mas eu juro que não disse nada demais! - Continuou. - Não vou cometer o mesmo erro de novo. 


O jovem se ajoelhou no chão, implorando perdão para seja lá quem fosse aquela figura. 


- Deveria ter pensado nisso antes de abrir a porra da boca, seu idiota. - Um chute certeiro no queixo de Mahito fez com que ele ficasse com sentidos turvos. Em seguida, mais um chute, direto no estômago. Agora o sangue escorria de sua boca e o gosto de ferro lhe preenchia o paladar. 


- E-eu imploro, não me mate! - Disse, com lágrimas nos olhos. Não queria morrer. - Me deixa falar com o Aiwaza! Eu tenho certeza de que ele vai me entender. 


A figura riu. 


- E quem caralhos você pensa que é pra chamar pelo chefe tão casualmente assim? Se dê por sortudo que sou eu quem estou aqui pra acabar com a sua raça e não Aiwaza-sama. - Respondeu. - Ele arrancaria todos os dentes da sua boca e cortaria sua língua antes de finalmente te matar.


Mahito agora não tinha resposta. Iria morrer ali. E não havia nada que pudesse fazer. 


- Mas ao contrário do que vocês dizem sobre mim por aí... - A figura se abaixou, segurando Mahito pelo pescoço, para que o mesmo ficasse de pé. - Serei bem mais gentil se você ficar quietinho e não tirar minha paciência. 


- N-não, por favor... - Suplicou uma última vez. 


- Não leve à mal, não é nada pessoal. Só seguindo ordens. 


A figura colocou a arma na boca do jovem e apertou o gatilho logo em seguida. O corpo de Mahito caiu no chão, já sem vida. Mas ainda assim, disparou mais um tiro na cabeça, para ter certeza de que o alvo havia sido eliminado. Era dessa forma que fora instruído. 


Agora, o piso do apartamento transformara-se em uma vasta poça de sangue, uma cena macabra que sem dúvida exigiria um esforço considerável para ser completamente erradicada.  O que antes era um espaço habitável tornara-se um cenário sombrio, tingido pelo líquido vermelho que se espalhava, formando padrões perturbadores. A perspectiva de uma limpeza árdua pairava no ar, enquanto a atmosfera do ambiente refletia a intensidade do evento recente. Mesmo assim, a figura em questão já não se via responsável por lidar com as consequências desse cenário sangrento.


- Griffith, na escuta? - Perguntou em seu ponto eletrônico. 


- Sim, pode falar. - Respondeu o loiro em uma van na rua de trás. 


- Se livraram dos policiais de campana? 


- Shion os distraiu e agora estão atendendo uma ocorrência à 5km daqui. Estimo que temos 30 minutos até que notem que era alarme falso. 


- É mais do que suficiente. Peça para a equipe de limpeza vir imediatamente dar um jeito nesse lugar. 


- Entendido. 


Mais uma tarefa concluída, assim que a figura alcançou a saída de incêndio, percorrendo os corredores até chegar ao seu carro pessoal. Ao acomodar-se no banco do motorista, finalmente permitiu que seu corpo relaxasse. Apesar de não ser a primeira vez, cada experiência ainda parecia imprimir uma tensão inquietante em seus músculos. O ritual começou com a remoção da máscara, que durante o trabalho dificultava a respiração, seguida pelo libertar do longo cabelo, antes firmemente preso em um coque que, ao desfazer, provocava um leve desconforto na cabeça. Um suspiro de alívio escapou enquanto ela se desvencilhava do dispositivo que alterava sua voz, recuperando a sensação de ser ela mesma novamente. O interior do carro tornou-se um refúgio, onde as camadas de disfarce se desfizeram, revelando a verdadeira identidade por trás de toda a encenação.


Saori acendeu um cigarro, observando a chama dançar na ponta antes de levar o cigarro à boca e inalar profundamente. Enquanto o fumo se infiltrava em seus pulmões, ela encontrou naquele ato uma espécie de tranquilidade tão ansiada depois de um dia marcado por uma tensão incessante. O ato de tragar não era apenas um gesto, mas um refúgio, uma busca pela serenidade que se manifestava no lento e profundo sopro de fumaça que escapava de seus lábios. Era a pausa necessária para dissipar as sombras do dia, uma busca por calma no rastro de uma jornada tumultuada. 


- Aquele maldito ainda jorrou sangue em mim. - Disse olhando pelo reflexo do retrovisor. Havia uma pequena mancha de perto de sua boca, justamente onde sua máscara não lhe cobria. 


Consultou o relógio de pulso, cujos ponteiros indicavam inexoravelmente as nove e meia da noite. Sentiu o peso da urgência quando percebeu que dispunha apenas de trinta minutos para alcançar sua casa, sabendo que ao chegar lá, teria que enfrentar Yashiro e tudo o que aquele indivíduo, com sua aura suspeita, estivesse planejando. A incerteza pairava, e não podia antever nada positivo na iminente interação com o tal pervertido. Era uma contagem regressiva para o confronto, com o tempo se esvaindo rapidamente e a ansiedade crescendo à medida que se aproximava do desconhecido que aguardava em seu lar.


 



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Autor(a): spacecowgirl_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

Prévia do próximo capítulo

“I don't trust myself when I'm around you.”      Chapter Three – Trust  Satoru encontrava-se agitado com as informações recém-obtidas. Apesar de serem um tanto vagas, ofereciam uma ponta de esperança, se considerássemos o otimismo.    — Indústria farmacêutica, hein ...


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