Fanfics Brasil - do i wanna know? Cigarrete Daydreams (Satoru Gojo x Original Character)

Fanfic: Cigarrete Daydreams (Satoru Gojo x Original Character) | Tema: Jujutsu Kaisen


Capítulo: do i wanna know?

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“I don't know if you feel the same as I do, but we could be together if you wanted to.” 


 


 


Chapter Seven – Do I Wanna Know? 


 


A biblioteca da faculdade permanecia silenciosa, interrompida apenas pelo sussurro suave das páginas sendo viradas e o ocasional murmúrio de estudantes concentrados. Em um canto isolado, Saori Miyazaki estava imersa em um mangá de One Piece, mergulhando nas aventuras de Luffy e sua tripulação. 


De longe, Satoru avistou a moça entre o grupo de estudantes que ali se reuniam. Havia algo nela que a destacava, algo que fazia com que ele pudesse identificá-la mesmo no meio de centenas de pessoas. Um sorriso sutil começou a se desenhar no canto de seus lábios finos. Era como se provocar Saori se tornasse seu passatempo predileto nos últimos tempos. 


Ele se aproximou com a confiança de quem conhece bem os próprios passos, mantendo o sorriso travesso enquanto se aproximava. Satoru sabia que, de alguma forma, sua presença parecia incomodar Saori, e aquilo se tornara um jogo intrigante para ele. 


Vai ficar me encarando com essa cara de idiota sem falar nada até quando? - A jovem respondeu, sem tirar os olhos de seu mangá.  


— Saori-chan, sempre um prazer te encontrar. — Satoru cumprimentou com um tom brincalhão, como se estivesse totalmente alheio à possível irritação que sua presença poderia causar e um sorriso de orelha a orelha. 


Saori ergueu uma sobrancelha, visivelmente desconfortável, mas não negou a saudação. 


— Desembucha logo o que você quer comigo, branquelo de merda. — Disse ela, mantendo sua habitual frieza. 


Satoru apenas riu, se divertindo com a situação. 


— Nada demais, Saori-chan. Só passando para te cumprimentar. Afinal, não é todo dia que vejo alguém tão interessante por aqui. — Ele provocou, o brilho de diversão nos olhos. 


A resposta de Saori foi apenas um olhar de desdém, mas Satoru parecia completamente à vontade com a dinâmica peculiar entre eles. O sorriso travesso persistia em seus lábios, indicando que para ele, incomodar Saori continuava sendo um passatempo divertido e intrigante. Enquanto isso, os olhares e gestos trocados entre eles escondiam mistérios que ainda estavam por serem desvendados, adicionando uma camada adicional de complexidade ao jogo que se desenrolava entre os dois.  


— E o que está lendo aí? - Perguntou, curioso.  


— A bíblia. - Respondeu a jovem com um revirar de olhos. - Como se diz detetive e professor se nem ao menos sabe ler? - Ela levantou o mangá a frente de Satoru.  


— Não sabia que gostava de One Piece. Você não tem cara de quem gosta desse tipo de coisa.  


— Claro que você não saberia. Por que eu te contaria algo sobre mim? - Disse. - Aliás, quem te deu permissão pra me chamar pelo primeiro nome? 


— Ah, para com isso. Já somos íntimos o bastante para te chamar pelo nome e para você me contar do que gosta. - Ele puxou uma cadeira à frente da jovem para se sentar também. - Já até dormimos juntos.  


Saori arregalou os olhos em desespero. Esse cara só pode ser um idiota de dizer algo assim em voz alta aqui.  


— Fale mais alto, acho que o reitor não ouviu, seu desgraçado. - Bravejou.  


Satoru apenas riu descontraído. Não havia motivos para se preocupar, não tinha medo de ser demitido. Afinal, o único motivo pelo qual havia começado a lecionar estava bem ali na sua frente.  


— Vamos lá, seja um pouco menos antipática, Saori. Se não vai me dizer nada, então deixe-me adivinhar seu personagem favorito! 


Ela bufou longamente, irritada com a insistência do platinado. — E você realmente acha que me conhece o suficiente para adivinhar quem é meu personagem favorito?  


— Claro que conheço! - Afirmou confiante. - Tenho absoluta certeza de que seu personagem favorito é o Zoro. Você é igualzinha a ele.  


— Posso até me parecer com ele em questão de personalidade, mas eu tenho senso de localização e não só penso em lutas, espadas e treinos o dia todo. E ah, eu tomo banho todos os dias também.  


— Mas admita, ele é um bom personagem. É o meu favorito.  


— Eu não queria saber disso, mas não me surpreende. - Disse, voltando a atenção para as páginas de seu mangá. - Homens como você sempre escolhem esse estereótipo de personagem para ser seu favorito.  


— E daí? O Zoro sola.  


— Vocês parecem um bando de Pokémons que só sabem falar uma coisa. - Rolou os olhos.  


— Espera aí. - Disse o platinado, percebendo algo. - Se você tem tanta aversão a quem gosta do Zoro só pode significar uma coisa... Seu personagem favorito é o Sanji! 


Satoru viu um leve rubor nas bochechas da mais nova e não conteve uma risada mais alta do que o permitido dentro da biblioteca, o que fez com que se ouvisse um alto e claro “Shiu!” dos alunos ao redor.  


— Eu estou certo, não é? Você gosta mesmo do cozinheiro de boteco.  


— E qual o problema? - Arqueou a sobrancelha. - O Sanji é um personagem complexo, ao contrário daquele cabeça de limão azedo.  


— Saori, ele é só um depravado, admita. - Provocou o platinado.  


— Não, ele é extremamente gentil e isso é o que mais admiro nele. Ainda que tenha sofrido tanto na infância, ele continuou puro e com um bom coração. - Satoru pôde sentir um pesar nas palavras da mais nova, o que lhe intrigou. - E ele jamais bate em uma mulher, mesmo que seja inimiga.  


— Bom, mas isso deveria ser o básico de qualquer homem, não?  


— Nem todos os homens sabem respeitar as mulheres.  


Uma mudança súbita no ambiente deixou a sala impregnada de tensão. O olhar de Saori, antes carregado de mistério, agora tornara-se mais vazio do que o habitual. Suas íris castanhas perderam completamente sua luminosidade. Era como se, naquele momento, ela estivesse presente apenas fisicamente, um casulo vazio que escondia sua verdadeira essência. 


Satoru sentiu um aperto no peito ao perceber o impacto de suas palavras no estado de Saori. O habitual jogo de provocação e descontração havia desencadeado algo mais profundo, deixando uma atmosfera pesada entre eles. Ele se viu momentaneamente consumido pela culpa, consciente de que sua brincadeira havia levado Saori a esse estado de aparente desolação. 


Decidido a aliviar a tensão, Satoru decidiu mudar de assunto, afastando-se do terreno movediço que parecia ter se formado entre eles. Ele buscava encontrar um terreno neutro, um tópico que pudesse trazer um pouco de leveza ao encontro tenso. 


— Sabe, eu também sou um apreciador de mangás e tenho uma modesta coleção. - Disse, receoso. Sabia que ela jamais aceitaria, mas não custava tentar. - Posso te mostrar umas indicações, se você quiser. E posso te fazer assistir algo da minha época que tenho certeza de que vai gostar! Você gosta de animes de esporte?  


Saori levantou o olhar para o platinado e ele quase não pode acreditar nas palavras que saíram da boca da jovem: — Gosto. Que dia você tá livre?  


— Calma. - Satoru arregalou os olhos, surpreso. - Você realmente vai aceitar meu convite?  


— Sim.  


— Mesmo sabendo que irá ser na minha casa e que terá somente eu e você, sem ninguém para nos atrapalhar e que eu talvez possa levar isso para outro nível? 


Saori bufou com evidente desdém, seu olhar lançando faíscas de irritação para Satoru. 


— Foi você quem disse que não se importava com a relação de aluna e professor. Por que a preocupação repentina? E se ficar enrolando muito, eu posso voltar atrás e recusar. 


Satoru sentiu um nó se formar em seu estômago, surpreso pela resposta assertiva e cortante dela.  Ele tentou manter a compostura, sabendo que seus próprios jogos de provocação agora podiam ter consequências inesperadas. 


— Não! - respondeu ele rapidamente, um tom de urgência em sua voz. - Não estou preocupado, só me pegou de surpresa. Sexta-feira às 19h está bom pra você? 


Saori, mantendo sua expressão imperturbável, concordou com um simples "Está", enquanto se levantava da mesa. 


— Tenho que ir. Até sexta-feira, sensei. 


A voz dela estava carregada de uma malícia inexplicável, deixando Satoru confuso e intrigado. Não conseguia compreender totalmente a súbita mudança no tratamento que Saori dispensava a ele. Embora ainda a tratasse com a habitual frieza, o fato de ela ter aceitado seu convite para um encontro o surpreendeu. Aquilo era um encontro, certo? 


Algo piscou em seu subconsciente, um alerta silencioso que ecoava a anormalidade da situação. Satoru percebeu que a dinâmica entre eles estava se transformando de uma maneira que escapava à sua compreensão. A perplexidade em seus olhos contrastava com a expressão inabalável de Saori enquanto ela se afastava. 


Enquanto a estudante se retirava, Satoru tentou desvendar os motivos por trás dessa mudança de comportamento, sentindo-se como se estivesse pisando em terreno desconhecido. O enigma que era Saori Miyazaki parecia tornar-se cada vez mais complexo, e o platinado sabia que a resposta estava além da superfície aparentemente indiferente que ela apresentava ao mundo. 


 


 


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Akihiko observou Saori com um olhar perspicaz, captando a inquietação que pairava sobre ela como uma sombra persistente. Ele decidiu abordar o assunto, visivelmente preocupado com o bem-estar da jovem. 


— Saori-chan, você parece distraída. Aconteceu alguma coisa? - Akihiko questionou, mantendo uma expressão séria, enquanto seus olhos buscavam compreender os dilemas que afligiam a colega. 


Saori, inicialmente relutante em compartilhar, suspirou antes de responder:  


— É o Yashiro. Ele me deu uma ordem específica em relação ao Satoru Gojo. Disse que eu deveria me aproximar dele.  


Akihiko franziu a testa, manifestando preocupação com as possíveis implicações dessa instrução. O ambiente tenso era palpável na sala, carregado com as tensões de um mundo sombrio. 


— O detetive da antinacóticos? O que ele quer que você faça? - Akihiko indagou.  


Saori explicou, com uma mistura de frustração e incerteza:  


— Quer que eu o distraía, se é que me entende.   


Akihiko suspirou, compreendendo a complexidade da situação.  


— Isso é estranho. Ele é sempre tão obcecado em relação a você e agora está ordenando que você seduza outro homem?  


Saori assentiu, sentindo o peso da responsabilidade em suas palavras. 


— Foi exatamente o que eu pensei. E sinceramente, eu não queria me envolver com aquele sujeito.  


— Ele não pode ser pior do que Aiwaza-sama.  


— Justamente o contrário. - Disse Saori, sua voz carregada de pesar. - Ele é bom demais. Um mulherengo, com certeza. Está sempre me tirando do sério e vive me enchendo o saco por causa do cigarro. Mas ele é o total oposto de nós. Odeio admitir que não queria envolvê-lo nesse mundo. 


Akihiko suspirou, reconhecendo a complexidade do dilema de Saori e as inúmeras camadas dessa situação intrincada.  


— Saori-chan, ele é da polícia. Eventualmente, acabaria topando com a Red Dragon. Não concordo com essa mania que Aiwaza-sama tem de sempre mandar você fazer o trabalho sujo, mas seja lá o que ele esteja tramando, não é culpa sua. Você não tem outra opção a não ser obedecê-lo.  


Saori acendeu um cigarro, fechou os olhos com pesar antes de responder, a fumaça pairando no ar como um reflexo da complexidade de suas emoções.  


— Gostaria de ter escolha uma vez na vida. 


 


 


 



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Autor(a): spacecowgirl_

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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