Fanfic: Assassinos x Monstros: Traga a Morte para Fora das Páginas | Tema: Original

MIKA_VIENNA69 apresenta

ASSASSINOS | MONSTROS: TRAGA A MORTE PARA FORA DAS PÁGINAS

\\ Feirão do quadrinista, Scranton, Pensilvânia. Dia 1.

Todos os anos um feirão é organizado por uma empresa de quadrinhos para promover novos trabalhos de artistas conceituados e também artistas que estão começando no ramo dos quadrinhos, a ZZ RED é a editora responsável pela organização da feira aberta ao público. Fãs de toda parte do país aparecem para conhecer de perto seus “heróis” que criam histórias fantásticas...

- ... a caçada deixa o sangue deles muito mais saboroso!!! HÁ, HÁ, HÁ! – Um fã recitava as falas de um quadrinho. - .... E é isso aí cara, é a minha parte favorita em “30 dias de inferno”. Eu uso isso como minha “frase pessoal” no fórum do seu site. É muito foda finalmente te conhecer, mano.... Harry Finger... “o senhor do sombrio”.

Harry: - É como me chamam, cara. – Ele assinou sua revista.

- .... Mas diz aí, você está bolando o quê dessa vez, cara? Outra sequência do “30 dias de inferno”?

Harry: - .... Bem, na verdade, meu chegado... comecei a fazer o banque jovem entretenimento... eu vou dar um “ar” mais moderno no Blaster Boy da velha Joan Arte Comics... meio que vou dar um tom mais macabro ao personagem.

- .... Show!

- Com licença, Harry... – Alguém interrompeu a conversa. - .... Eu sou o Phil da ZZ RED.… eu posso tirar umas fotos de você e da sua equipe? Vamos fazer uma matéria sobre vocês na próxima revista RED.

As faces do banque jovem entretenimento. Harry Finger, co-criador do Blaster Boy. Criador do “30 dias de inferno: Levante os mortos” e “Revanche”. Também conhecido como “o senhor do sombrio”, ou “produtor de filmes”.

Javier Mendes, ilustrador do Blaster Boy. Já trabalhou em ”vingança mortal” e “reanimados”.

Nica Hidalgo, colorista do Blaster Boy. Blogueira e gerente do site banquejovement.com. Já trabalhou em ”time trauma” da Trauma entretenimentos. E atuou no filme Morte por luxúria 2...

Phil: - .... Valeu pelas fotos, Harry! – Ele foi embora.

- Você deveria ter vergonha, Finger... seu plagiador do caralho. – Um homem não perecia ser um fã.

Harry: - .... Hem.... Como é? – Ele sorriu sem jeito.

- .... Eu enviei a ideia de repaginar o Blaster Boy há três anos. Três anos, caralho! E agora, você está aqui com essa cara lavada ganhando crédito por isso! Esse quadrinho deveria dizer “por Jeffrey Stan”!!

Harry: - .... Então... olha, Jeffrey... eu não faço ideia do que está falando...

Jeffrey: - .... Eu venho tentando entrar nesse meio artístico há dez anos! Então, se você acha que vou ficar de braços cruzados e deixar qualquer escritor de merda de “30 dias” roubar minhas ideias.... Você está errado para caralho! Eu vou fazer desgraças com você que renderão 1000 páginas das suas histórias de merda de terror!

- O que está acontecendo?

Jeffrey olhou para trás e se assustou com o cara enorme parado atrás dele, era um amigo do Harry. Jeffrey “baixou a bola” na hora e foi embora de cara feia...

- .... E essa agora?

Harry: - Sei lá... esse maluco.... Ele apareceu achando que eu roubei a ideia dele sobre o Blaster Boy.

- .... E você fez?

Harry: - .... Claro que não!

- .... Bem, esquece isso. Falando no nosso cara, Blaster Boy... achei umas ótimas edições em uns estandes. – Ele deu uma revista para o amigo. - .... Algumas dessas paradas parecem bem idiotas, haha... me faz sentir falta daquelas histórias de quando éramos pivetes.

Harry: - .... É isso aí. Mas as coisas estão diferentes agora... – Ele pegou uma miniatura do Blaster Boy. - .... Vou descer para o meu quarto... a gente se fala mais tarde, pessoal.

Ele saiu de seu estande carregando seus desenhos na bolsa, um homem com uma camisa do Blaster Boy olhava para o Harry de forma suspeita.

A noite Harry estava terminando o banho para se encontrar com seus camaradas, ele desligou o chuveiro e saiu da banheira...

Harry: - Caramba.... Onde larguei meus óculos? Aff, hoje não é meu dia...

A porta do banheiro fez barulho como se fosse discretamente aberta...

Harry: - .... Q~? Quem está aí...?

Quando se virou para trás ele se deparou com uma criatura minúscula como se fosse um bebê monstro, essa coisa estava com uma faca de cozinha...

Harry: - .... Ahh... merda... uhhh... – Algo estava errado.

Harry começou a se sentir mal do nada, tudo estava “girando” de repente, como se ele tivesse embriagado...

- Sentindo como se fosse apagar, Finger?

Harry caiu sentando próximo da banheira e foi quando ele reparou bem na criatura na sua frente...

Harry: - .... Ah, meu deus!

- Dessa vez o sangue escorrerá de novo com o seu... – Ele levantou a faca.

Harry: - .... Por favor, não... o que você quiser... eu dou...

A criatura pulou em cima dele esfaqueando muitas vezes Harry em vários lugares...

- .... O que eu queria, Finger... – Ele enterrou o último golpe no coração dele. - ... você tirou de mim.

O monstrinho foi embora deixando o cadáver do Harry todo esfaqueado e ensanguentado largado no banheiro.

\\ Altoona, Pensilvânia. Em um quarto de um hotel qualquer.

Angie: - .... É isso aí. Vem para mamãe. – Ela estava pronta para atacar.

Ela correu com uma faca nas mãos e pulou em cima de alguma coisa na cama, começando e esfaqueá-la repetidas vezes. Se aproximando da porta ouvindo o furdunço pelo lado de dentro...

Treze: - O~ oi... sou eu... voltei.... Hm, eu trouxe o... – Ele entrou e ligou a luz. - ... jantar.

Angie estava apenas de blusinha e calcinha de joelhos no chão com uma faca na mão, tinha um travesseiro todo rasgado perto dela...

Angie: - Treze... – Ela sorriu com vergonha. - .... Heh... eh... oi...

Treze: - .... “Matando” travesseiros de novo!? A camareira deve estar puta com a gente.

Angie: - .... Eu só... estou passando o tempo. – Ela levantou. - .... Sabe... eu vou ali vestir umas roupas...

Ela saiu toda sem jeito, Treze sentou na cama e sequer disfarçou aquela olhada para a bunda da Angie...

Treze: - Hunf. – Ele olhou para o pobre travesseiro no chão.

Ela voltou ainda com aquela blusinha curta, mas de calças...

Angie: - Foi mal... eu só estou entediada demais... estamos aqui por três semanas... e já estamos ficando sem grana.

Treze: - Eu sei... – Ele abriu uma sacola. - ... e é por isso que eu fiquei esse tempo todo do lado de fora do Benny até eles fecharem.

Ele tirou alguns hamburguês...

Treze: - .... Eu achei uns extras que eles jogaram fora. Jantar grátis, filha! – Ele parecia satisfeito com isso.

Angie: - .... Você pegou a nossa janta no lixão de uma lanchonete?

Treze: - .... Foi, ué. Mas eu soube escolher. É uma tática de quando eu morava nas ruas, esperar uma lanchonete fechar para eu pegar as sobras.

Angie: - .... Treze... – Ela sentiu pena dele. - .... Então, algum X burguer duplo?

Depois que comeram bastante, os dois estavam jogados, Angie estirada no chão e Treze deitado na cama. A televisão sintonizada em um jornal...

Angie: - Hmm... nossa “dieta” vai foder com a gente antes de um carniceiro...

Treze: - Talvez...

- .... E agora com mais notícias. A polícia de Scranton investiga uma morte intrigante em um hotel essa noite. O nova-iorquino e escritor de quadrinhos Harry Finger foi encontrado morto ao lado da banheira em seu quarto, apenas algumas horas depois de se apresentar no feirão do quadrinista pela ZZ RED hoje. A polícia local está trabalhando com a hipótese de suicídio, mas não descartaram a possibilidade de um assassinato...

Angie levantou e começou a arrumar suas coisas...

Angie: - .... Faz as malas, Treze. Scranton fica algumas horas daqui. Tenho um pressentimento sobre isso...

Treze: - É sério? – Ele levantou.

Angie: - .... Carniceiros adoram um bom assassinato irônico. Um fumante queimado vivo, uma prostituta estuprada com barra de ferro e morta no banheiro, uma servente dando merenda aos estudantes com pedaços de estudantes.... E matar um roteirista de terror no chuveiro, no mais estilo psicose.... Bem, não poderia ser mais irônico que isso. Vamos lá.

Treze: - .... Será que eu posso ler uns quadrinhos também? – Ele limpava a bagunça.

\\ Feirão do quadrinista, Scranton. Dia 2.

Depois de algumas horas na estrada, a dupla havia chegado no feirão do quadrinista, mas por alguma razão Treze quis ir a caráter – ou quase isso...

Angie: - Se eu não te conhecesse, diria que você está feliz como um pinto no lixo.

Treze: - E daí?

Angie: - .... Nada. É só que... na moral, essa máscara você não usa faz tempo. E além disso, ela tem sangue seco.

Treze: - .... Eu acho que não vai assustar tanto. Já faz tempo que não uso ela para caçar carniceiros.

Angie: - .... Ok. Tanto faz. Só vamos bancar os fãs de quadrinhos. – Ela saiu do carro.

Treze: - .... Mas eu sou fã de quadrinhos.

Eles entraram no evento e logo se misturaram com a galera. Logo de cara as pessoas reparavam no Treze, ele se destacava pelo tamanho e roupas pretas, mas era a máscara que lhe atraiu os “holofotes”...

Treze: - Eu estou me achando bem popular hoje.

Angie: - Essa merda está bem estranha.

A maioria das pessoas tiravam fotos e faziam vídeos deles. Por alguma razão, a dupla lembrava personagens de obras góticas de horror...

- Eh... com licença, grandão. Você poderia tirar uma foto minha com ela? – Um homem se aproximou deles.

Quando Treze pegou a câmera, Angie olhou muito brava para ele...

Angie: - .... Nem fodendo, cara.

Treze: - .... Foi mal aí, mano. – Ele devolveu a câmera.

Os dois voltaram a andar pelo evento...

Angie: - .... Corta essa de fotos, “estrelinha”. Temos um trabalho a fazer. Vamos encontrar esse cara com quem o Harry estava trabalhando lá da... banque jovem entretenimento. Descobrir o que eles sabem e.... Treze?

Ela olhou para trás e viu o Treze fuçando algumas revistas em uma prateleira, ela voltou atrás dele...

Angie: - Você gostava de gibis quando moleque, né!?

Treze: - Claro, a travesti que cuidava de mim, me ensinou a ler com isso. Eu gostava muito das artes.

Angie: - .... Então, qual era seu favorito? Aquaman? X-Men? Batman?

Treze: -  .... Que nada, meu favorito era...  – Ele encontrou o que procurava. - .... “Fufi, a esquilo”.

Foi só ouvir aquelas palavras cheias de ternura do Treze para com a personagem, que Angie não se aguentou e começou a rir ali mesmo, na cara do amigo...

Angie: - .... HÁ-HÁ-HÁ. Fufi, a esquilo? Hahaha... ah, caramba... isso é muito imbecil... há-há-há.

Treze: - .... Me arranja três dólares?

Angie: - .... Aí, aí... você não existe. – Ela tirou o dinheiro do bolso.

Enquanto Treze saiu para pagar pela revista, Angie se acalmava quanto as risadas e foi quando ela percebeu uns rapazes ali perto comentando sobre o Harry...

- .... Esses caras do horror são uns escrotos perturbados... que nem o Harry.

Nica: - Que porra você disse!? – Ela partiu para cima do rapaz, agarrando em seu pescoço. - .... Esse cuzão aqui está falando merda sobre o Harry!

Javier: - Você desrespeitou a gente, moleque. Agora vou pegar pesado!

- .... Tirem esses doidos de perto de mim!

Treze: - O que está pegando?

Angie: - Nada, só a “perua” tentando matar o carinha ali. – Ela parecia tranquila olhando a confusão.

De repente algumas pessoas chegaram para “apaziguar” os ânimos...

- Sr. Mendes, Sra. Hidalgo... estávamos procurando vocês!

- Nos acompanhem, por favor.

Nica largou o jovem e se afastou com o amigo...

- Pedimos desculpas por isso. Aqui use esse cupom para ter 10% de desconto do seu estande. Obrigado. – Ele deu um “chega para lá” no rapaz.

A dupla que trabalha no evento saiu levando Nica e Javier...

Angie: - Considere a dupla “sorrisinho bizarro” na lista de suspeitos.

Treze: - Só por isso!?

Angie: - .... Anda. Vamos seguir eles.

- .... Nós entendemos o estresse e a dor pela que estão passando por causa da perda do seu amigo, sr. Finger. E agradecemos por decidirem continuar no evento. – Exclamou a mulher.

- Só sentimos que é melhor manter um senso normal com os fãs. Reações como essa podem afasta-los.

- .... Isso mesmo. Um evento de quadrinhos como esse é um lugar para se “desligar” do que tem lá fora... e ficar longe da peculiaridade do mundo real. Não queremos arruinar essa imagem com a lembrança das pessoas pela morte repentina do talento que era o sr. Finger.

Parecia que a dupla de artistas estava levando uma bronca sutil, enquanto Angie e Treze seguiam eles logo atrás – eles pareciam nada suspeitos, só que não...

- .... Tudo que queremos é que toquem o dia como se Harry estivesse aqui. Ele iria querer isso.

- .... A polícia está investigando o caso nesse momento. E planejamos realizar uma homenagem a luz de velas para o Harry essa noite.

Os apoiadores do evento tentavam deixar Nica e Javier calmos, mas na verdade, eles pareciam que iriam explodir a qualquer momento. Eles chegaram no estande da banque jovem entretenimento...

- .... Então, vamos fazer de hoje um dia normal. Javier, estou certa de que você tem coisas ótimas para seus fãs. E sra. Nica, estou certa de que logo mais você irá apresentar o lançamento de seu filme. Lembrem-se que acabar com a fantasia seria péssimo para todos nós. Façam um bom trabalho!

Eles foram embora enquanto Nica e Javier se juntaram ao outro amigo no estande...

- O pessoal da feira está tentando manter a parada com o Harry fora do assunto, né?

Nica: - Sim, sem falar que sabemos como o cara se parece. Você ouviu aquele papo esquisito. O maluco praticamente disse “eu vou te matar” na cara do Harry!

Javier: - A ZZ RED quer ter certeza que os fãs continuem dando grana nisso aqui. Caralho, mano. O que a gente faz? – Ele estava desanimado.

Nica: - .... Vamos caçar o filho da puta que matou o Harry. – Ela deu um soco na mesa. - .... Vamos fazer o safado sofrer de todas as formas possíveis... e ainda fazer a família dele assistir.

- Essa tua expressão parece a de uma psicopata. – Ele brincou.

Angie: - Hm, acho que podemos ajudar com isso... – Ela chamou a atenção dos três. - .... Sabe, pelo menos com a coisa de “caçar o filho da puta”. E aí a gente deixa a parte de “fazer o safado sofrer na frente da família” com vocês, caras.

Depois de se apresentarem aos artistas e explicar o que poderia ter matado o amigo deles, o grupinho debatia a questão do assassinato...

Javier: - .... Vocês estão tirando com a nossa cara? Um “carniceiro”? Que nem o Jason Voorhees? Ou tipo aquela porra, como é o nome, boneco assassino?

Angie: - .... Tipo isso aí.

Javier: - .... Olha, o teu cosplay de gótica é bem maneiro... e teu amigo grandão é a melhor versão de “tanque assassino mascarado” que eu já vi. Mas esse é o mundo real! Se vocês querem bancar, sei lá, “justiceiro”. A sala do RPG fica lá em cima.

Treze: - E lá vamos nós. – Ele abriu uma revista.

Angie: - .... Aff! Escuta, eu sei como isso parece... e eu poderia estar “viajando”, mas se vocês trabalharem com a gente, podemos ajudar.

Javier: - .... Sei lá, gata. Quer saber? Que se dane! Estou metendo o pé. – Ele foi embora.

Angie: - .... Qual é!

Nica: - .... Valeu pelo apoio, beleza? Foi maneiro, mas pensando bem, acho que vamos deixar isso com a polícia, não é?

Angie: - .... Qual é. Até você vai pular fora?

Nica: - .... Então, eu tenho que ir para porra da estreia do meu filme. Marcos, pode cuidar do estande para gente?

Ela foi embora enquanto Angie olhava para ela...

Angie: - .... Treze fica aqui com ele. Eu vou ficar de olho nela. – Ela foi atrás da Nica.

Marcos parecia com medo de ficar ao lado do Treze...

Treze: - Eh... eu sou o Treze.

Marcos: - Uh... oi... eu sou o Marcos.

Os dois apertaram as mãos...

Marcos: - .... Então, “Treze” é um apelido?

Treze: - .... Não... só Treze mesmo.

Em um painel exclusivo para o lançamento do mais novo filme da Nica, morte por luxúria 2, muitos fãs estão reunidos para assistir em primeira mão a sua atuação sensual e talentosa. Nica subiu no palanque para falar com o público e responder algumas perguntas, Angie estava sentada no meio da galera, escondendo o rosto com uma revista fingindo estar lendo...

Nica: - .... Eu achei a primeira parte da “morte por luxúria” absolutamente incrível. Eu adorei! Então, quando Erick me chamou para participar da sequência, eu não poderia recusar. Bem, mais alguma pergunta? Nenhuma? Beleza. É agora seus borra botas, hora de ver o filme! RODA ESSA PORRA!

As luzes se apagavam ao mesmo tempo que Nica desceu para se juntar a plateia, o filme começou e Angie olhava por cima da revista a exibição. Ela achou que seria interessante ver o filme e então guardou a revista e começou a assistir. Uma decisão que mais tarde ela se sentiria arrependida.

Apesar do filme ter ótimas cenas sangrentas e um tempo considerado bom para cada desenrolar de cena, Angie achou o filme um “saco” a ponto de querer atirar na própria cabeça e algumas vezes sentindo vergonha pela Nica. Mas ela não podia sair dali. Ela estava lá justamente para vigiar a Nica...

Angie: - Aí! – Ela sentiu algo espetando sua perna direita. - .... Mas o que...!?

Quando ela puxou a coisa reparando no que era, um dardo...

Angie: - .... Ah... merda~~ aaa. – Ela se sentiu estranha.

Ela virou sob a cadeira completamente paralisada e sentindo que iria desmaiar, mas antes disso quando olhava para o chão, ela viu uma criatura minúscula se arrastar para fora por debaixo de sua cadeira. E foi quando Angie adormeceu, duas filas de cadeiras a frente, a estrela daquele filme estava assistindo ao longa. Quando ela de repente sentiu uma dor na barriga, e ao olhar para baixo, estava uma faca cravada nela enquanto o sangue lavava suas pernas. Tudo que se ouviu do lado de fora da exibição foram gritos.

No estande da banque jovem entretenimento, Marcos e Treze até que se deram bem...

Marcos: - .... Daí a Fufi disse “isso foi pelas minhas lascas! ”. Hahaha. Essa revista foi ótima.

Treze: - .... Hehe. Fufi, ela é uma graça. É sim.

De repente, o celular dele tocou. Um típico ringtone de telefone barato...

Treze: - .... Um minutinho. Alô?

Angie: - Treze... vem para a sala de exibição... a Nica... ela já era.

Treze: - Ok. - Ele desligou o celular.

Marcos: - Tudo bem, cara?

Ele percebeu que o jeito do Treze mudou de repente...

Marcos: - .... Eu não vejo seu rosto. Mas seus ombros parecem sérios e tensos. Foi a Nica? Foi ela, né!? Ela está bem? Ela está...

Treze: - .... Eu... lamento.

Marcos ficou chocado, não do tipo arrasado na hora, mas sentido. Afinal, ele não era tão amigo da Nica...

Treze: - .... Eu tenho que ir.

Marcos: - Eu vou contigo.

Por causa do ocorrido com a Nica, muitos curiosos se juntaram na porta do cinema, Treze e Marcos tinham dificuldades para abrir caminho pela multidão...

Treze: - Essa gente toda vai nos atrasar...

Marcos: - Droga pessoal. SAIAM DA FRENTE!

No meio daquela gente toda Marcos avistou uma figura conhecida...

Marcos: - Você! Treze! Está ali o desgraçado que fez isso! Foi ele quem ameaçou o Harry!

Treze estava longe para ouvir, vozes de pessoas falando uma por cima da outra também ajudaram para “abafar” os gritos de Marcos pelo Treze. Mesmo assim, Marcos fez seu caminho até chegar no sujeito que para ele era o principal suspeito naquele momento...

Marcos: - Seu desgraçado! Foi você que matou o Harry! E agora matou a Nica também! Como pôde!? – Ele o agarrou pela camisa.

Jeffrey: - O~ o quê? Eu não fiz nada...

Marcos: - ... eu vou te matar! Seu filho da~~~

Marcos sentiu uma dor aguda nas costas, de repente ele caiu de joelhos no meio daquela multidão, e depois caiu de corpo inteiro no chão. As pessoas começaram a gritar, algumas em choque sem entender o que se passava e foi quando Treze olhou para trás...

Treze: - Marcos?

Ele voltou empurrando qualquer um na sua frente sem a delicadeza de antes...

Treze: - SAIAM! Marcos... não...

Havia pessoas fazendo um círculo em volta da cena, assim que chegou perto Treze viu o mesmo homem acusado de assassinato por Marcos, segurando seu corpo. Para piorar ainda mais as aparências, o mesmo tinha uma faca ensanguentada em uma das mãos e ainda sustentando o corpo do Marcos no outro braço...

Treze: - .... Você matou meu amigo...

Jeffrey: - Não. Eu não! – Ele pôs o corpo do Marcos no chão.

Treze foi para cima do rapaz furioso, ele poderia ter arrancado a cabeça dele ali, se não fosse por um detalhe...

Angie: - Treze~ não!

Ele olhou para trás...

Angie: - .... Não.... Treze, não foi ele. Foi alguém... alguma coisa.... Agora, vamos sair daqui... temos que dar no pé antes... dos... – A polícia apareceu. - .... TIRAS!

Eles receberam voz de prisão, mas claro que eles não iam obedecer...

Angie: - .... Treze~~ hm.… você vai ter que me carregar.

Ele agarrou ela pondo em seus braços como uma princesa e saiu as presas empurrando todos pelo caminho. Alguns policiais tentaram segui-los, mas para sorte deles os policiais abordaram um outro grandão que estava vestindo um casaco do mesmo modelo do Treze. A dupla saiu de fininho por outra rota.

\\ Mais tarde em um quarto de motel.

A dupla se sentia derrotada por não conseguirem ter salvo duas vidas debaixo de seus narizes. Angie estava na banheira pensativa enquanto Treze estava do lado de fora do banheiro, encostado próximo da porta também desanimado...

Treze: - Tudo bem?

Angie: - Não. Mas a água quente está relaxando meus músculos.... Seja lá o que aquele monstrinho atirou em mim, era uma parada de merda bem forte.

Ela encarava o teto enquanto brincava com a água em movimentos sutis com o braço...

Angie: - .... E você, Treze? Tudo bem!?

Treze: - .... Aff... é. Sabe, às vezes... eu não gosto e conhecer certas pessoas... e daí... daí elas morrem.

Angie: - .... Eu sei, grandão. Isso é foda.

Treze: - .... Quando eu morava nas ruas, antes da gente se conhecer... só tinha uma pessoa que eu conhecia... o travesti. Um dia.… ele morreu. E depois... eu não conheci mais ninguém. Então, ninguém morreu. Aff... acho que está bem assim.

Angie e Treze quase não falam do passado deles, mas a melancolia na voz dele naquele momento fez Angie fechar sua expressão e sair da banheira...

Angie: - Olha, Treze... tai a razão de você ter me conhecido.

Ainda toda molhada, ela vestiu uma camisa branca e uma calcinha preta e saiu do banheiro. Ela e Treze se encararam e Angie agachou perto dele pondo a mão em seu ombro esquerdo...

Angie: - .... Eu não vou morrer tão fácil. – Ela sorriu para ele. - .... Levanta. Vamos ali matar um carniceiro.

// Em algum lugar...

Em um quarto barato, sentando em uma cadeira de madeira lendo uma revista do Blaster Boy, um homem esboçava um sorriso diante daquelas páginas com gravuras. O jornal na TV transmitia uma nota sobre as mortes na feira de quadrinhos e que haveria uma vigília naquela noite em memória aos artistas...

- Haha~ e Blaster Boy vence de novo. Um pequenino, mas adulto. Uma criança dentro de um homem. Vivendo uma vida dupla...

A criatura comentava em tom irônico sobre o personagem da revista. Ele percebeu que seu parceiro parecia triste olhando para a TV...

- .... Fizemos a coisa certa, Arthur. Os maus queriam acabar com a pureza do Blaster Boy... – Ele desligou a TV. - .... Corromper sua inocência, e afunda-lo nas trevas. Mas nós acabamos com três das quatro cabeças do mal. Levante-se, Arthur!

O homem saiu da cadeira instantaneamente como se fosse controlado pela pequena criatura...

- As coisas ficarão melhores quando tivermos acabado com o mal que é... – A criatura apareceu pelos ombros de Arthur. Tão medonha e ameaçadora. - .... Javier Mendes!!!

Logo mais à noite, um pequeno público se concentrava no salão principal para a vigília em memória aos artistas mortos. Havia um grande painel com capas de quadrinhos dos respectivos artistas, alguns fãs se acomodaram nas primeiras cadeiras e entre eles estava a Angie. Não que ela fosse uma fã de quadrinhos, tão pouco fã dos artistas assassinados. Ela estava lá aguardando a hora certa para falar com uma pessoa em especifico.

Depois de quase duas horas de homenagens e uma breve oração a luzes de velas em um monumento simbólico, Javier estava cansado daquilo tudo e só queria sair dali. Do lado de fora ele ainda teve que lidar com mais fãs e a imprensa em cima dele. Angie ficou por perto dele o tempo todo esperando o momento certo para aborda-lo.

Javier finalmente conseguiu se desvincular de todos aqueles holofotes, Angie deu um “pinote” para chegar no Javier antes dele sumir dali...

Angie: - Oi. Lembra de mim?

Javier: - Ah... sim. A garota gótica que pensa que foi o Michael Myers que matou meus amigos. Escuta, eu já tive muita atenção por hoje. Assim como já ouvi demais também... então, eu vou embora.

Angie: - .... Tanto faz se você acredita nisso ou não. A pessoa que matou seus amigos vai atrás de você muito em breve. Por algum motivo, esse carniceiro está afim de acabar com a tua companhia de desenhos.... E ele não vai parar até que termine o serviço. Me ajude e eu pararei ele.

Javier: - .... Porque eu não devia só procurar a polícia? Eles podem me proteger.

Angie: - .... Porque não tem proteção nenhuma contra carniceiros. Você tem que matá-los. E em alguns casos mais de uma vez.

Javier achava ela muito louca, mas ela parecia muito séria. Ele queria ver até onde ela iria com isso...

Javier: - .... Beleza. Como posso te ajudar?

Angie: - .... Preciso que você seja minha isca.

Javier: - .... Tanto faz. Mas não vou ficar gritando. E muito menos vou ficar sem roupa.

Angie: - .... Relaxa. Não vamos precisar desse clichê de filmes de terror para o carniceiro dá as caras.

Eles vão para algum lugar enquanto Arthur apareceu logo atrás de olho na dupla.

Horas mais tarde no local do evento. Vazio, escuro e silencioso todas aquelas tranqueiras da cultura pop pareciam dar medo a noite. Mas Javier estava sentado no balcão de seu estande ao lado de uma action figure do Blaster Boy...

Javier: - Então, Angie.... Por quê esse maluco quer matar a gente?

Angie: - Droga, Javier... fica quieto. Assim vai afastar o carniceiro.

Javier: - Estamos esperando a quatro horas. Sério, porquê? O que a gente fez?

Angie: - Não faço ideia... para doido qualquer coisa é motivo. Acho que tenha sido inveja de vocês e seus projetos... ou ele pensa que algum de vocês tirou algo dele.

Angie saiu debaixo do balcão tirando o casaco ficando apenas de sutiã...

Angie: - Beleza... vamos tentar outra coisa para atrair o carniceiro. – Ela pôs uma peruca.

Javier: - Tanto faz o que você quer fazer... eu vou para casa. Para mim já deu essa coisa de quadrinhos. Cartões em alto relevo... é isso que vou fazer. Cartões.

Angie avançou por trás dele subindo no balcão e o abraçou sensualmente por trás...

Angie: - Javier... me beija.

O rosto dele estava próximo do dela, parecia que iriam se beijar, mas Javier tomou uma atitude diferente...

Javier: - Se manda! – Ele a empurrou.

Angie: - Mas que... caralho... eu... me desculpa... eu pensei que...

Javier: - Qual é a tua?

Angie: - Carniceiros sempre aparecem quando rola esse tipo de coisa...

Javier: - Minha filha, isso aqui não é “sexta feira 13”, onde na cena de putaria o assassino dá as caras e arrebenta o casal! Qual é.

Angie: - Eu sei. É que... sei lá. Parece que não faço o seu tipo. Pensei que talvez isso fizesse você ficar menos tenso comigo...

Javier: - Escuta.... Angie, foi mal, garota... você é gatinha, sabe, é bem estranha. Mas é gatinha. Eu tenho namorada, e bem... faz seis anos. Eu...

Angie: - Meu celular... é o Treze... – Ela atendeu. – ... Fala.

Treze: - Estou vendo alguma coisa na porta lateral.

Angie: - Dá uma olhada... vou ficar com o Javier. Lembra do que eu falei... ele pode ser bem pequeno... um gnomo de jardim... – Ela encerrou a chamada. – Vamos nessa.

Javier: - Espera. Você disse “gnomo”!?

Treze foi ver o que era aquele vulto que viu passar no corredor escuro. Ele puxou seus facões se aproximando do barulho logo afrente, parecia alguém tentando arrombar uma porta...

Treze: - O que faz aqui?

- Ahh! Pô! Caralho!

O rapaz para lá de suspeito naquela hora da noite ficou todo nervoso diante do Treze...

- Aí merda... é você... o assassino daqueles caras...

Treze: - Eu não~

- Foi mal... eu estava só pegando umas coisas e~

Num minuto ele estava tentando explicar o porquê de estar ali, no outro ele já não tinha mais sua cabeça. Arthur surgiu de algum lugar decapitando o jovem em um ataque covarde, o sangue jorrou no rosto do Treze e Arthur aproveitou a brecha para atirar um dardo tranquilizador nele.

Há algumas salas dali, Angie e Javier ouviram barulhos de luta...

Javier: - Que porra é essa?

Angie: - Treze!

Javier entrou logo em pânico, mas isso não tirou sua percepção que o fez notar algo se movendo perto deles...

Javier: - O que~? Acho que vi alguma coisa se mexendo ali...

De repente o monstrinho assassino saiu correndo debaixo de uma das mesas em direção ao Javier...

- Mendes! O desgraçado que chamam de “artista”!

A criaturazinha conseguiu acertar a perna esquerda de Javier com uma faca de cozinha. Angie agiu rápido e foi para cima do assassino dando um chute nele, afastando-o do Javier...

Javier: - AAAH! Puta que me pariu! É a porra de um feto assassino!

A criatura tinha batido a cabeça no chão e rolado ficando atordoado e sem a faca. Angie pisou em cima do bracinho direito dele tentando segura-lo ali...

- AAH! Grr! Arthur! Ajuda!

Angie: - Arthur?

Angie nem percebeu quando Arthur chegou ali, apenas quando ela ouviu passos e avistou Arthur com um tesado no pescoço do Javier que estava de joelhos...

Angie: - Ahh, meu saco.

Foi aí que ela deixou a criaturazinha livre...

Arthur: - Mabu! Mabu! Tudo bem? – Ele agarrou o Javier pelo pescoço.

Mabu: - É~~~ está doendo, Arthur.

O monstrinho Mabu correu para Arthur e simplesmente entrou na barriga dele. Arthur é um gordinho...

Javier: - Mas que porra! – Ele se apavorou ao ver aquilo.

Arthur: - Vai ficar tudo bem, Mabu... fica aí onde é seguro.

Angie: - Cara, essa coisa vive dentro da tua barriga cheia de banha!? Credo! Isso é bizarro!

Arthur: - Calada! Agora, que nem o Mabu disse, você é o último dos vilões que a gente tem que matar por Blaster Boy. Você não vai corrompe-lo. Amamos Blaster Boy, Mabu e eu.

Ele pôs o tesado rente ao pescoço do Javier...

Javier: - Espera aí, cara~

Arthur: - Ele é como nós... uma criança dentro de um adulto. Tirando que nascemos desse jeito e ninguém nos aceita, porque é mais fácil odiar.

Enquanto Arthur se distraiu com seus devaneios psicóticos para Javier, Angie chegou nele sem aviso, apontando uma arma na cabeça dele...

Angie: - Solta ele, Arthur.

Mabu: - Não ouça ela, Arthur. Ela não é nada. Mate Mendes e depois ela será toda nossa.

Arthur: - Tudo bem... – Ele sorriu e olhou para ela sadicamente.

Angie: - Foi mal, Arthur.

Angie puxou o gatilho estourando a cabeça do Arthur. O gordão caiu para trás e Javier estava livre...

Javier: - Ah, merda!

Angie: - Javier, preciso que saia daqui agora... aquela coisa ainda está dentro dele e~

Mabu deu um salto para fora do corpo de Arthur segurando suas tripas. Ele pulou para cima da Angie conseguindo desarma-la batendo em sua mão. Mabu enrolou as tripas de Arthur no pescoço da Angie como se fossem cordas, tentando estrangular ela...

Mabu: - Arthur foi um bom irmão! Ele fazia o que eu mandava quando precisava ser feito! Tivemos uma irmã... uma puta, que nem você. – Ele a enforcava. – Nossos pais amavam muito mais ela. Então, Arthur mostrou para ela o nosso... ressentimento.

Mabu estava se saindo bem contra Angie, ele estava apertando tanto o pescoço dela que ela já não estava mais aguentando. Quando alguém pegou uma action figure do Blaster Boy chegando por trás de Mabu...

Treze: - Você foi um garoto muito mal! – Ele deu uma porrada na cabeça dele.

Mabu foi arremessado no chão. Treze estava com alguns dardos no rosto...

Treze: - Eu estou te devendo um... espancamento.

Treze estava furioso e não deu chance para Mabu fugir. Com apenas uma pisada ele quebrou a coluna de Mabu. Ele então, aprontou o boneco do Blaster Boy colocando-o de cabeça para baixo como se fosse um martelo...

Treze: - Isso é pela Nica e Harry!

Ele “martelou” a cabeça de Mabu com o boneco...

Treze: - Esse é pelo Marcos! – Bateu novamente na cabeça do monstrinho. - .... E isso... pela minha Fufi!

Treze bateu tanto na cabeça de Mabu com aquele boneco que quando terminou, a cabeça de Mabu parecia uma peneira, só que detonada – bem detonada. Treze levantou retomando o folego, ele descarregou toda a raiva matando aquela criatura...

Javier: - Puta merda!

Angie: - Treze?

Treze: - Foi mal pelo Blaster Boy. – Ele mostrou o boneco ensanguentado.

Javier: - Não... de boa. Pode... ficar.

Angie: - Pelo inferno... ele encheu a tua cara de dardos! - Ela tirou um do rosto dele.

Treze: - Sei... estou com a cara fervendo.

Angie: - Porra, grandão. Aí é foda. – Ela sorriu.

De repente, Javier puxou Angie para ele e a abraçou todo emocionado...

Javier: - Oh, meu Deus... vocês me salvaram. Vocês não têm noção do quanto estou feliz de não morrer nas mãos dessa coisa.... O que vocês quiserem eu~

Angie: - Ei, pega leve aí. Agora me solta, cara... – Ela empurrou ele. - .... Você tem namorada, não esquece.

Eles se afastavam do Javier quando uma luz surgiu da entrada, Javier olhou para trás...

Javier: - Seguranças! Treze, Angie... eu...

A dupla que salvou sua vida já tinha sumido no melhor estilo Batman...

- Puta merda! Que houve aqui?

Javier: - Calma. Eu posso explicar!

Ele olhou para os corpos dos assassinos no chão...

Javier: - Quase tudo... – Ele sorriu aliviado.

Depois de tratar dos ferimentos, Angie e Treze seguiam para algum lugar viajando no meio da noite. Mas Angie estava calada e pensativa...

Treze: - Não saquei. O que está pegando? Achei que ia ficar feliz.... Você não vai mais precisar esfaquear travesseiros por um tempo, né?

Angie: - Não... é que... eu estava pensando. Não precisa muita coisa para fazer algumas pessoas perderem a cabeça e sair dos limites. Um dia ruim, trabalho de merda, transito parado... alguém mudando seu personagem favorito de quadrinho. Eu sempre imagino como vai ser meu fim... eu tenho medo de voltar... tipo aqueles carniceiros que mandamos para vala.

Treze: - Não é bom ficar pensando nisso.

Angie: - Mas se eu perder isso... esse medo. Talvez eu vá além do limite enquanto ainda estou viva. Se isso acontecer, se for preciso, eu quero que você seja a pessoa que vai me matar.

Treze: - Que papo é esse? Eu não vou te matar. Estamos juntos nessa. Somos a porra do grilo falante um do outro. Enquanto for assim, não vamos além dos limites. Pelo menos... não para ficarmos loucos que nem os carniceiros.

Angie: - Valeu, grandão. Você é a porra do meu grilo falante então. Me acorda quando for minha vez de dirigir.

Ela se ajeitou no acento para tirar uma soneca durante a viagem.

\\ Cinco meses depois. Em algum lugar de Atlanta.

Javier trabalhava em um novo projeto após um tempo sem ilustrar nada. Um projeto novo que já tinha anunciado em uma entrevista e logo estará nas bancas...

Javier: - Tudo certo então, Steve. Vou mandar para vocês da ZZ RED uma previa do meu novo trabalho. Não, isso é de um novato no ramo. Nada publicado antes. Um bom escritor... o nome dele é Andrew Mathews. – Ele falava no telefone enquanto rabiscava algo no papel. – .... Que nada... na verdade é um personagem das antigas... só que vamos, tipo, dá uma cara nova para ela, uma visão mais casca grossa. Tenho certeza que vai atrair uma leva nova de leitores maduros. Então, é isso aí mano. Você está ouvindo da minha própria boca.... Javier Mendes voltou, parceiro!

No desenho que ele fez era a Fufi, porém, repaginada com um ar mais sombrio. A esquilo com um facão numa mão e uma pistola na outra com um visual bastante punk. O título de seu desenho era “FUFI: A EXTERMINADORA DE ASSASSINOS”. Javier com certeza tinha uma boa inspiração para dar a personagem Fufi a repaginada que ela merecia.