Fanfic: Harry Potter e o Livro Perdido | Tema: Harry Potter
– Eu sei o que eu vi... – dizia Harry no salão comunal às três horas da manhã. Estava em pé encarando Sara que estava sentada na poltrona e o encarava. Não quisera falar na frente dos outros, e Rony e Hermione já tinham dormido quando ele e Sara haviam chegado.– Era o Mesmero... junto com o Quirell.
– Eu acredito... – respondeu Sara confusa - ... Mas Harry, eu e Hermione viramos os arquivos de Hogwarts de ponta cabeça e não achamos nenhum aluno com esse nome... claro que não invadimos os arquivos... mas...
– Eu o vi Sara... está é claro, muito mais novo... tem mais ou menos nossa idade... – disse Harry se sentando no sofá e apoiando a cabeça com uma das mãos.- Mas era ele... Rabicho conversava com os dois... e com os antecedentes deles... você já pode imaginar que Mesmero também estava metido com Voldemort.
– Não acha que seria melhor mostrar isso a Lupin? – disse Sara se aproximando mais do garoto e passando os dedos delicados por seu braço – Não sei... isso poderia ser útil de alguma forma.
– É eu sei... – respondeu o garoto - ...se Mesmero era mesmo amigo de Quirell e rabicho, bem... devia estar no meio dos comensais da morte...
– Não acho que seja isso Harry, você sabe que os comensais tem a marca negra... vimos os braços dele durante a aula... e não tem nem se quer uma manchinha. – disse Sara e o garoto então a olhou -... além disso você não sente a sua cicatriz doer quando ele está por perto... não é?
Harry concordou e jogou a cabeça para trás, sentia um desconforto enorme por aquele formigamento na sua cicatriz que desde que voltara da ala hospitalar o incomodava. Ele tinha certeza que tinha sido pelo que a professora Trelawney havia dito. E isso o deixara nervoso.
– E então... como foi a lembrança? – disse Sara com um sorriso. – Lupin me disse que eram tantas que ele não sabia qual seria melhor para você.
– Foi legal... – disse ele sorrindo para a garota, o susto em ver Mesmero naquela lembrança o tinha feito esquecer do que ele tinha visto dos seus pais.
– Só... legal? – perguntou Sara desapontada.
Harry notou e então cingiu seu braço pela cintura dela e a abraçou.
– Não foi só legal... eu tenho é que te agradecer por ter feito isso por mim... – disse ele aproximando mais do rosto da garota e tocando seus lábios com os seus. – Quero que veja comigo na próxima vez ok?
– Está bem, e seu pai era tão “maroto” como Lupin diz? – perguntou Sara e Harry sorriu.
– Acho que até pior... – respondeu ele agora sorrindo ao recordar - ...Precisava ver como se tratavam, meu pai chamava Sírius de cão sarnento, e Sírius revidava o chamando de galhudo... e depois terminava em gargalhadas...
– Então eles deviam ser os mais populares e legais de Hogwarts... – disse Sara sorrindo ao ver o rosto de Harry se iluminar ao lembrar.- E a sua mãe? Você também a viu?
– Sim... – disse ele agora a olhando - ...você e ela são muito parecidas... não fisicamente mas, tem o mesmo gênio... quanto a mim, eu não sou tão cafajeste quanto meu pai... – e ouviu Sara sorrir alto - ... não ri não, ele foi realmente um cafajeste.Não duvido que não gostasse de minha mãe, mas também não admitia isso na frente dos marotos. Agia como se ela fosse apenas mais uma na lista...
– Não se preocupe... se ela realmente tivesse o gênio como o meu... ela não estaria com seu pai se acreditasse em tudo o que ele dissesse. – disse Sara sorrindo – Lupin passava horas durante as férias me contando o que eles, ou melhor... seu pai e Sírius aprontavam. Realmente eram como irmãos. E ele sentia muito por você não ter tido chance e nem tempo de conhece-los como ele.
– Ele também me disse isso uma vez... e eu sinto também por não ter tido mais tempo com Sírius... – disse Harry dando um suspiro. - ... mas, fico feliz por ter tido a chance de ter pelo menos o conhecido...
Harry sentiu seus olhos arderem ao lembrar-se do sorriso em forma de latido de seu padrinho. Tinha saudades, isso era verdade. Mas também tinham vários outros que o tinham como sua família. Lupin era um deles. Agora era seu tutor, cuidava ou pelo menos tentava cuidar da “pequena” fortuna que herdara de Sírius.
– Lupin sempre disse que, você é como seu pai... a cópia exata dele... – Harry ouviu a voz de Sara e então sorriu para ela. – Não tive a chance de conhece-lo, mas... bem... se você é realmente parecido com James Potter sei exatamente como sua mãe deve ter se sentido quando o conheceu...
– Bem... você agiu como ela quando nos conhecemos... – riu Harry recordando-se – digo, você não se lembra, mas... brigávamos o tempo todo como eles... só que meu pai adorava levar patadas da minha mãe... como já disse ele era um belo cafajeste, ele e Sírius saiam com todas as garotas e a única que não olhava para ele era minha mãe...
– E ele por sua vez fez uma aposta que a conquistaria... – disse Sara sorrindo - ...Lupin me disse, só o que ele não contava era que se apaixonaria de verdade por ela...
– Não dizem que os opostos se atraem? – disse ele olhando para ela com um sorriso - ... foi o que aconteceu com a gente, quem diria que uma sonserina feito você chamaria tanto a minha atenção.
– Não me chame de sonserina! – disse Sara dando um beliscãozinho em Harry. – A única coisa que valeu esquecer foi de ter pertencido aquele ninho de cobras.
Harry então começou a fazer cócegas em Sara e ambos começaram a rir.
– Não Harry... pára... – ele ouvia dizer mas estava disposto a fazer mais, Sara então deitou-se no sofá tentando se proteger mas não tinha forças.
– Foi você quem começou... – disse ele deitando sobre ela e segurando as mãos de Sara enquanto ela ofegava de tanto rir. – Se rende agora?
– Eu... – disse ela ainda ofegante encarando o garoto e então com o próprio corpo ela o empurrou para o lado o fazendo cair do sofá.
O garoto não sentiu o baque do chão por ter almofadas deixadas jogadas por alunos desavisados, mas agradeceu ou estaria com uma baita dor nas costas. Puxou o corpo de Sara contra o seu, a fazendo cair também. Seu corpo rolou por cima do dela o deixando a poucos centímetros do seu rostlhava a bem nos olhos, enquanto seus corpos praticamente colados passavam calor um ao outro. Sem conseguir dizer absolutamente nada, Harry foi diminuindo a distancia entre seus lábios e os de Sara e quando finalmente os tocou, a beijou com tal voracidade que a principio não acreditou. Aos poucos, foi diminuindo a velocidade até chegar a um beijo lento, amoroso, onde explorava cada centímetro daquela boca delicada que só sua namorada, tinha.
Daquele beijo eles emendaram mais um, e mais um... e quando finalmente se separaram tinham as respirações ofegantes, as faces levemente vermelhas e Harry sentia sua virilha pulsar... Ele não podia nem em sonho pensar em separar-se de Sara naquele momento, pois sabia o risco que corria. Ele a encarou com os olhos brilhantes e viu que ela sorria, não tinha por que razão parar o que seu corpo a meses lhe suplicava. Dando leves beijos em todo o rosto de Sara e Mordiscando de leve o lóbulo da orelha direita sussurrou em seu ouvido com um fio de voz um “Te Amo”.
– Eu também amo você Harry... – ouviu ela sussurrando em seu ouvido com uma voz fraca e doce. Ao ouvir aquilo, Harry não resistiu e desceu mais um pouco as mãos da cintura dela parando na altura das suas ancas. A encarou para ver se ela iria fazer algo, mas antes mesmo de ouvir alguma coisa ou mesmo de levar um golpe, deslizou as mãos acariciando o local e voltando a subir pelos seus braços pressionando seu quadril contra o dela. Enquanto isso ele depositava beijos em todo o seu rosto delicado, mordiscava o lóbulo da orelha e aproveitando, desceu para o pescoço. Alternava leve mordidinhas marotas e beijos delicados.
Não controlava mais a situação, nem ele mesmo achava que conseguiria se controlar. Com uma das mãos, afrouxou a gravata do uniforme que ela usava e abriu o primeiro botão da camisa branca. A pele alva exposta foi um convite para pensamentos que agradecia por Sara não ser tão boa em legilimencia. Olhou mais uma vez em seus olhos, e aproximou mais uma vez seus lábios dos dela, dando um beijo desesperado e cheio de urgência. Começou a descer na pele alva do pescoço enquanto sentia as mãos dela afundarem em seus cabelos. Sem querer, ou sem conseguir parar, acabou deixando uma pequena marca ali.
Voltou a beijá-la, desta vez delicadamente deslizou as mãos para cima dos seios ainda cobertos pela camisa e pela roupa íntima. Eles se moldavam em suas mãos e a beijou profundamente sem conseguir retirar-las dali.
Em sua calça, Harry sentia algo pulsar e latejar na região do baixo ventre. O desejo o consumia, e retirando as mãos do corpo dela, a encarou por alguns segundos e começou a abrir o segundo botão de sua blusa. Não desviava os olhos dela por nenhum minuto, pois se ele notasse alguma coisa, um brilho diferente que fosse, ele não faria mais nada.
Mas Sara apenas o olhou docemente sem dizer nada, então Harry sorriu um pouco sem jeito, não sabia o que estava fazendo, ou melhor sabia, mas não acreditava. No entanto, suas mãos e seu corpo reagiam como se não fosse ele mesmo, como se tivesse vontade própria. Sentiu a respiração de Sara sobre seus lábios, e como se consentisse com seu silêncio ele continuou a desabotoar os botões de sua camisa. Aos poucos a pele alva e a renda branca da sua roupa íntima foram aparecendo. Ele deu graças aos céus quando abriu o último botão e afastou delicadamente a camisa branca. Era o momento mais íntimo que tinham tido até agora, e do jeito que a relação andava, isso ia ficar ainda melhor.
Ele se afastou um pouco dela e admirou seu corpo, era a forma mais perfeita que já vira na vida. Não estava todo descoberto, mas ela era realmente como ele sempre imaginara em seus sonhos. Novamente uma fisgada em sua virilha lhe dizia que não agüentaria mais, essas sensações o estavam deixando louco. Seu corpo gritava desesperadamente pelo calor do corpo de Sara. Precisava senti-la, toca-la, beija-la, sentir seu cheiro precisava tê-la e entregar-se a ela. Novamente deitou-se sobre seu corpo e começou a beijar-lhe o pescoço e o colo enquanto delicadamente aproximou suas mãos das alças de sua roupa íntima para desce-las. A primeira escorregou levemente pelo ombro e o braço direito sem mostrar nada.
Harry a encarava agora sem desviar os olhos dos olhos dela. O desejo nos olhos dele era refletido novamente nos olhos dela. E como se adivinhando o que ele estava pensando, viu a outra alça fazer o mesmo caminho deslizando pelo ombro esquerdo e descansando no braço com uma pequena ajuda de Sara. Sorriu para ela enquanto alisava delicadamente seu rosto e aproximava seus lábios dos dela enquanto com sua mão ia a despindo. Sentiu os dedos delicados de Sara começarem a desabotoar sua camisa e mais uma vez, seu desejo foi praticamente sentido por uma fisgada no baixo ventre. Ela passou seus bracinhos por seu pescoço o fazendo sentir o contato de sua pele com a dela. Harry pressionou seu quadril contra o dela mais uma vez e sentiu a respiração de ambos ficarem mais fortes e intensas. Será que era agora? Que finalmente se tornariam um único ser?
Nesse momento ouviram um ruído vindo do túnel de entrada. E como um animal assustado, ele se virou protegendo-a com seu corpo.
Sentia uma dor muito grande na virilha e um constante latejar, sabia que eram os protestos de seu desejo pela parada.
– O que é que estão fazendo caídos aí no chão? – perguntou Neville com os olhos esbugalhados e vermelhos de sono.
– Bem... – tentou dizer Harry mas não conseguia se mover, a dor em sua virilha era horrível e sabia que não poderia levantar-se pelo menos nas próximas duas horas sem falar que se levantasse estuporava Neville.
– O que você faz fora da grifinória a uma hora dessas Neville? – Harry ouviu a voz de Sara e segundos depois ela já estava em pé e impecável como se nada tivesse acontecido. O garoto pode ver ela lhe dar um sorrisinho e então “desviar” por assim dizer a atenção de Neville de Harry.
– Eu estava com a professora Sprout.. – disse ele agora coçando os olhos - ... aquela papoula estava sendo transferida para outra estufa e tive que ajudar a reenvasar as mudas de Amplomora.
– Mas por que a Papoula foi transferida? – Harry agora perguntou muito bem escondido detrás do sofá e Sara se segurou para não rir.
– Tem alguma coisa errada acontecendo com ela... digo, constantemente está despetalada, ou com alguma folha quebrada e a professora Sprout acha que se trata de alguma planta nômade que ela tem nas estufas.
Sara olhou curiosa para Neville e depois olhou para Harry que ainda estava sentado no sofá com duas almofadas no colo. Já tinham estudado plantas nômades, e sabiam que elas adoravam andar de vaso em vaso. Mas não estavam na época de fazer esse tipo de coisa. E elas também eram muito pequenas, não poderiam atacar a “indefesa” Papoula da professora Sprout.
– Achei que a época de migração das Plantas nômades fossem só daqui a dois meses... – Harry ouviu Sara dizer, parecia que ambos tinham pensado a mesma coisa. - ... e além disso, elas são muito novas ainda, aquela papoula amassaria elas com uma simples folheada...
– É, foi a primeira coisa que a professora Sprout comentou hoje... só que como o tempo esta cada vez mais estranho, ela acha que as plantas também tentam se adaptar ao clima... – Neville então coçou mais uma vez os olhos e bocejou - ....vou me deitar, estou exausto... Noite.
O garoto subiu as escadas em caracol deixando Harry e Sara novamente sozinhos. Harry se mexeu novamente no sofá e viu que finalmente conseguiria ficar em pé. Levantou-se e então percebeu que sua camisa estava completamente aberta.
–Será mesmo que é por isso que a flor está danificada...– disse ele fechando alguns botões da camisa. - ...digo, por causa das nômades?
– Eu acho que não... – respondeu Sara com o rosto levemente rosado - ...também não acredito que ele tenha prestado atenção, viu o jeito que estavam os olhos dele? Deve ter dormido a maior parte do tempo...
– Ainda bem... – respondeu Harry andando até a garota um pouco sem jeito e pela maneira de Sara o olhar, sabia que ela tinha entendido pois sorriu timidamente pra ele.
Harry apenas a olhava sem saber o que dizer, ambos sabiam o que quase tinha acontecido, e sabiam que se realmente acontecesse, bom, teriam muito o que explicar.
– Me desculpe... – disse ele baixinho enquanto escorava-se na mesa de carvalho – eu... não devia...
– Não tem por que me pedir desculpas... – ouviu a voz de Sara e então a viu se aproximando dele até parar em sua frente. – Eu não me lembro de ter tentado impedir você...
Nessa hora o garoto olhou nos olhos de Sara, tinha o rosto levemente rosado, Harry teve a imensa vontade de abraça-la ali, mas não teve muito tempo. Sara se aproximou dele tocando de leve seu peito desnudo pela abertura da blusa. Seus olhos brilhavam com tanta intensidade que Harry tinha certeza que eram duas estrelas vindo em sua direção. Segurou os quadris de Sara com as duas mãos e a aproximou, colando novamente seu corpo com o dela. A respiração voltava a acelerar, e um calor tremendo começou a passar pelo seu corpo tão rápido que quando percebeu, já estava com os lábios grudados aos da namorada novamente. Sentiu suas mãozinhas delicadas deslizarem sobre seu peito e subirem até seus ombros fazendo sua camisa começar a descer por eles. O coração pulava dentro do peito assim como sentia sua virilha latejar novamente. Apertou os quadris da garota contra os dele sentindo que poderia explodir a qualquer momento.
– Eu vou matar o Neville ... Ops...
Mais uma vez Harry é obrigado a virar-se rapidamente, esse “Ops” ele conhecia e muito bem. Rony os encarava com as orelhas tão vermelhas quanto os cabelos. Harry desejou com todas as forças para não pular no pescoço do amigo e enche-lo de socos.
– Foi mal... não sabia que estavam aqui... – disse Rony voltando a subir - ...bem... eu... vou...
– Não tem problema Rony... – Harry ouviu a voz de Sara e voltou os olhos para ela que agora estava com o rosto rubro – Está tarde, e...
– Temos treino... – respondeu Harry rapidamente sem olhar para o seu amigo que Harry sabia já ter entendido o que havia acontecido.
– Está certo... então... boa noite Rony... – e voltando-se para Harry - Durma bem...
Harry sentiu os lábios da namorada tocando os seus mais uma vez, ela não parecia ter se importado com o que acabara de acontecer. – Fica... – respondeu Harry segurando sua mão.
– Não se incomodem por minha causa... – disse Rony subindo – Eu fui...
– Acho melhor irmos dormir... – respondeu Sara sorrindo ao ver a cara de desapontamento do garoto.
– É eu... também acho... – respondeu ele desapontado, seu corpo todo estava agora dolorido por ter que praticamente interromper o que sentia por não uma mas duas chegadas inesperadas - ... antes que mais alguém decida que tem que aparecer por aqui...
– Não seja bobo... – disse Sara pegando em sua mão e o conduzindo escadaria acima e Harry então a encarou - ...vamos ter muito tempo pra isso...
– É eu sei... - disse ele segurando em sua mão a impedindo de ir para o dormitório - ... eu devia me controlar, mas... você me...
Sara então se aproximou mais do garoto e lhe dando um beijo passou as unhas de leve sobre seu peito descoberto.
– Eu sei... – respondeu ela com um sorriso maroto - ... você também me faz perder o controle...
Harry então cingiu seus braços pela cintura de Sara e a apertou contra o corpo e a beijando devagar, aproveitando cada centímetro daqueles lábios macios de sua namorada.
Olhou mais uma vez desejando estarem longe dali e livres de qualquer um, mas isso seria um pouco impossível.
Entrou no dormitório já escuro e foi direto para o malão procurando tirar suas roupas.
– Acho melhor você tomar um banho frio Harry... – O garoto ouviu a voz de Rony que estava sentado na cama – isso sempre ajuda...
– Pelo jeito você tem feito isso sempre não é? – respondeu Harry sorrindo apesar de seu amigo ter interrompido.
– Você nem sabe o quanto...
– É isso o que eu vou fazer... – disse ele jogando a toalha nas costas e se dirigindo para o banheiro do dormitório,ainda estava um pouco incomodado com aquelas sensações que acabara de ter, e por isso não sabia muito bem como agir. Seu corpo precisava desesperadamente sentir o calor do corpo de sua namorada, ele sabia disso, e também sabia que aquela noite ele sonharia com tudo, isso era certeza. O garoto foi até o chuveiro e então deixou a água cair sobre seu corpo por alguns instantes. Rony tinha razão, não que isso resolvesse todo o problema, mas ajudava a ele voltar a pensar com a cabeça. Depois do banho, Harry colocou a calça do seu pijama e jogou-se na cama com os braços atrás da cabeça apenas lembrando do toque, do cheiro, e do gosto da sua namorada.
– Quero lembra-los, que mesmo que tenham privilégios... – Os olhos de Snape faiscaram rumo aos alunos da Grifinória. - ... esse teste não tem comparação com o exigido nos seus NIEMs que se não me falhe a memória está a dois meses de distância a contar de hoje...
Harry sentiu o olhar de Snape direto pra ele e Sara, que estavam sentados juntos pela primeira vez em uma aula de poções. Por que razão, Snape ainda não os tinha separado ele não sabia. Mas estava com um olhar triunfante e Harry não gostava nada daquilo.
– Como estava dizendo... – continuou Snape e Harry sentiu o toque de Sara sem sua perna por baixo da mesa.Uma fisgada novamente lhe incomodou o fazendo mexer-se e então olhar para ela. Com os olhos ela mostrou-lhe Malfoy e Córner sentados juntos.
– O que é que eles estão fazendo? – ouviu a voz dela baixinho lhe perguntar.
– Boa coisa é que não é... – respondeu ele e então sentiu uma fisgada horrível na sua cicatriz. Harry levou a mão rapidamente a testa e então procurou com os olhos Snape. No entanto ele parecia não ter percebido que sua marca talvez tivesse doendo, o que deixou Harry bastante curioso.
– Sentiu sua cicatriz? – ouviu a voz de Sara e então tirou a mão rapidamente.
– Não, foi só dor de cabeça mesmo... – respondeu ele com um sorriso.
– Creio que acreditem que o assunto entre os senhores é mais importante do que estou falando aqui na frente não é mesmo Sr. Potter?
– Na... –começou dizer Sara mas foi interrompida pela voz de Snape.
– Acho que uma detenção lhe viria bem a calhar a essa altura não é? – disse Snape praticamente ignorando as tentativas de Sara de falar.- Já que você e a Srta McGonagall julgam ser perfeitamente capazes de saber tudo o que cairá na prova e não precisar ouvir o que tenho a dizer, poderam aproveitar melhor seu tempo polindo a sala de troféus para o Sr. Filch.
– Mas... – novamente Harry ouviu a voz de Sara tentando falar mas então segurou sua mão sem desviar os olhos de Snape que sorria em triunfo.
– Receberam os horários da sua detenção logo após a aula... – voltou Snape a dizer e depois ir para a frente da sala. – O que estão esperando para começarem a trabalhar?
Harry sentiu uma vontade horrível de socar o professor, como sempre tinha lhe prejudicado, mas não era justo também com Sara, por que deixa-la em detenção se não havia feito nada?
– No que é que você está pensando? – ouviu Sara lhe perguntar algum tempo depois no salão principal, já passava das 3 horas da tarde e definitivamente ainda ele não engolira o fato de ter tomado uma detenção e levado Sara com ele.
– No que você fez ao Snape pra ele começar a perseguir você também... – disse ele passando um dos seus braços e trazendo Sara para mais perto de si.
– Bom, ela era a melhor aluna da sonserina, conseguia médias super altas, sem mencionar que está ajudando Harry a passar em poções... – disse Rony contando nos dedos - ... acho que isso é motivo suficiente. Não é?
– Sara... vem comigo... – Harry ouviu a voz de Hermione e só então percebeu que a amiga sorria de um modo diferente. Ele olhou para a namorada que olhou para ele, Sara também parecia ter percebido o sorriso diferente de Hermione. No entanto, sentiu Sara lhe dar um beijo e segundos depois Hermione a arrastar para fora do salão principal.
– O que foi que deu nela? – perguntou Harry e então Rony deu um sorriso sem jeito, no exato momento que suas orelhas começaram a queimar.- Você não...
– Deixa de bobagens... eu não abri o bico... – respondeu Rony corando ainda mais, Harry voltou a olhar desconfiado para o amigo.
– Não? Então por que esta com essa cara de quem aprontou alguma?
– Bem... – começou dizer Rony mas foi interrompido por uma chegada bem impertinente.
– E aí? – Harry ouviu a voz de Dino e rapidamente olhou para a cara de Rony.
– Alguma novidade? – perguntou Harry fingindo não ouvir o muxoxo de Rony.
– Não muito... – respondeu Dino - ... nos perdemos de Malfoy quando fomos para a aula da Tonks, achei que por você e Sara não terem comparecido, talvez tivessem ido atrás dele...
– Tivemos um contratempo... – respondeu Harry rapidamente tentando desviar o assunto, não ia dizer o motivo que não comparecera. – O que descobriram até a hora da aula?
– Malfoy saiu do salão principal, foi direto para as masmorras e até onde eu sei, não saiu mais de lá. – disse Dino puxando uma edição do Profeta diário. – O mais estranho foi o comportamento de Corner durante a aula...
– Por quê diz isso? – Perguntou Rony olhando para o garoto como se dissesse que ele estava imaginando coisas.
– Bem, Gina disse que ele parecia ansioso por alguma coisa... – respondeu Dino encarando os dois - ... ela fez par com ele, por que disse que queria ver mais de perto o seu comportamento, também disse que ele estava muito estranho, evitava tirar o casaco apesar da sala estar um inferno de tão quente.
Harry olhou para Rony e este deu de ombros, Rony e Hermione também estavam na sala de Tonks, por que razão eles não tinham reparado nisso.
– Gina tem certeza? – perguntou Harry e viu Dino confirmar com a cabeça. – Bem, então temos que descobrir o motivo dessa ansiedade...
No entanto, Durante todo aquele dia e no dia seguinte, Harry passou revisando as anotações com Hermione e Sara. Rony estava no campo de Quadribol acertando os últimos detalhes para o último treino e decisivo antes do jogo contra a Sonserina.
– Harry acorda... – disse Hermione estalando os dedos na frente dos seus olhos - ...você por um acaso sabe sobre o que estamos estudando?
Harry desviou o olhar para Sara e esta indicou o livro de herbologia com os olhos.
– Herbologia... – disse ele para Hermione.
– Que assunto de Herbologia? – perguntou Hermione com cara feia.
– Er...bem... – gaguejou ele mas dessa vez Hermione encarava Sara também. – Dá um tempo Hermione, estou com os miolos fervilhando...
– Harry tem razão... vamos fazer uma pausa... – disse Sara fechando o livro - ...estamos aqui há umas duas horas...
Hermione olhou no relógio e mordeu o lábio, parecia estudar a possibilidade de uma pausa.
– Por favor Hermione... – disse Harry suplicante - ... estamos em cima desses livros á dois dias. Não agüento mais ver sobre fungos e ervas venenosas...
– Ok...vocês venceram... – disse ela fechando seu livro também - ...mas que fique claro, que se não seguirmos a risca o planejamento que fiz, vai faltar tempo pra revermos as matérias.Mas tudo bem, qualquer coisa temos a noite para terminar Herbologia.
– Não dá... temos treino de quadribol e cumprir detenção... – respondeu Harry.
– Bem, então depois que voltarem... – disse Hermione e Harry sentiu a voz dela tremer contrariada.-... temos que terminar tudo antes...
– Vamos terminar sim... não se preocupe... – respondeu Sara e só então Hermione pareceu convencida.
– Bem, então é melhor irmos treinar ou vamos nos atrasar para cumprir essa bendita detenção... – disse Harry levantando-se e esperando que Sara o acompanhasse.
– Se virem o Rony, digam que preciso muito falar com ele... – disse Hermione com o rosto rubro. Harry achou estranho e olhou para Sara que apenas sorriu.
– Ok...- respondeu ele desconfiado.
Percorreu todos os corredores ao lado da namorada sem saber o que havia acontecido para que Hermione agisse daquela forma. Limitou-se em apenas andar sem dizer nada, assim como Sara estava fazendo e ele não sabia o por quê.
– Você anda pensando demais... – ouviu a voz de Sara e então a encarou - ...está muito calado...
– Achei que você estava muito calada.... – disse ele pegando em sua mão - ...estava pensando o que aconteceu lá dentro...
– Não aconteceu nada lá dentro... – respondeu Sara mas Harry viu seu rosto ficar rubro. Então o garoto parou e a segurou em seus braços.
– Você me diz que sou péssimo mentiroso, mas você também não é muito boa nisso... – Disse ele com um sorriso maroto - ... Aconteceu algo entre ela e o Rony?
A julgar pelo rubor da face da namorada, Harry já tinha sua resposta. Mas não podia afirmar com certeza.
– Rony contou a você? – perguntou Sara o olhando agora.
– Não, eu só... chutei... – respondeu ele a encarando, eles mesmos tinham passado algo parecido na noite em que ele voltara da sala de DCAT, onde visitara as lembranças de Lupin. – Você sabe...
– Eu não vou roubar a chance do Rony lhe contar... – respondeu Sara sorrindo e Harry sorriu também – ele é seu amigo, e... deve conhecer melhor os detalhes...
– Então aconteceu? – perguntou ele com um sorriso maroto nos lábios e encarando a namorada.
– Ok, aconteceu... – disse ela começando a andar e o puxar pela mão - ... mas não me pergunte mais nada sobre isso...
– Como não vou perguntar? – protestou ele sorrindo - ...Rony não tem coragem pra me dizer... então queria saber...
– Você não se perguntou por que razão eles não deram as caras nem no jantar e nem na nossa revisão ontem?
– Bem, eu... – tentou dizer Harry mas Sara parou diante da entrada do saguão e o encarou.
– Harry, se Rony não te contou ainda tem seus motivos ok? Não vou contar o que Hermione me contou por que, é falta de ética feminina contar os segredos da melhor amiga para o namorado e melhor amigo do namorado da melhor amiga...
Harry tentou acompanhar o raciocínio mas, por fim entendeu a mensagem de que Sara não contaria nada do que Hermione havia dito. Por ele ser o melhor amigo do namorado da sua melhor amiga.
– Está bem... – respondeu ele a encarando,então passou seus braços pela cintura da garota a puxando para mais perto do seu corpo.Não desviou os olhos dos dela nem por um segundo, e então aproximou seus lábios dos dela. Sentiu que ela abrira mais os lábios e ele não esperou para aprofundar mais o beijo e explorar cada milímetro daquela boca aveludada. Estava com 17 anos, e já começava a se acostumar com aquele tipo de sensação. Só não queria assustar a namorada sendo afoito demais. Sua calça começou a dar sinais de que se apertava então afastou-se gentilmente dela e sorriu.
– Se continuar desse jeito não vou conseguir treinar... – disse ele afastando o cabelo do rosto de Sara.
– Eu sei... é melhor irmos antes que Rony apareça aqui outra vez... – disse ela sorrindo, o levando para fora do castelo.
O dia parecia muito produtivo apesar do friozinho de final de inverno. Ouvia os gritos vindo do campo de quadribol e Harry começava a se sentir um pouco melhor. Não havia nada melhor do que voar, com exceção dos beijos e carinhos da namorada.
Atravessaram o gramado rumo ao lago e viraram a esquerda nas estufas, Harry conhecia os atalhos e sabia que se cortasse caminho pelo salgueiro em minutos estariam no campo de quadribol. Ele e Sara iam andando e de quando em quando ele a surpreendia lhe roubando um beijo, aproveitando ao máximo a chance de estarem sozinhos.
– Se continuar desse jeito, não vamos chegar ao campo a tempo de treinar Sr. Capitão.- Harry ouviu a voz de Sara assim que pararam próximo ao salgueiro lutador – Rony vai te matar pelo atraso sabia?
– Ei... quem é o capitão? – disse Harry beijando o pescoço de Sara fazendo cócegas – Ele não pode me repreender, afinal, eu estava estudando...
– Sei... estudando... – Harry ouviu Sara e começou a rir, suspirando no pescoço de Sara a sentindo amolecer em seus braços.
Um clarão forte veio do campo de quadribol.
– O que foi aquilo? – perguntou Sara.
– Não sei... mas algo me diz que não é nada de bom... – respondeu Harry correndo em disparada para o campo mais adiante.Chegou a tempo de ver Rony sendo segurado por Dino e Gina, ele estava com o rosto completamente vermelho e para surpresa de Harry, Corner é quem estava ameaçando.
– Deixem ele... quero ver se tem capacidade de me enfrentar... – respondia Corner.
– O que é que está havendo aqui... – perguntou Harry e então recebeu um olhar de Corner que lhe deu a impressão de já ter visto algo parecido antes. No entanto, sentiu uma fisgada na testa mas agüentou firme. - ... Temos direito de usar o campo hoje, Corner, e se me lembro, o jogo da disputa do terceiro lugar é somente na semana que vem...
– Ora... Sr. Potter... – disse Corner com desdém - ...eu estava aqui somente dizendo ao Weasley que ele tivera tanta sorte em se safar no ultimo jogo que, achei que ele não arriscaria montar em uma vassoura tão cedo.
– Fala a verdade... diz para o Harry o que estava dizendo seu projeto de bruxo mal acabado! – esbravejou Rony.
Harry olhou para Rony e voltou a olhar para Corner com a mesma expressão séria.
– Ele disse que Sara só estava com você Harry, por que tinha pena... – respondeu Dino lutando para segurar o braço de Rony.
– Resumindo... era isso... – disse Gina encarando Corner.
– Foi isso o que você disse? – Harry ouviu a voz de Sara e ela encarava o garoto do mesmo modo que encarara Malfoy no ano anterior – Anda responde...
– E não é? – respondeu Corner achando graça e cruzando os braços,acrescentando um sorrisinho cínico nos lábios. – O que vai fazer? Ir correndo contar pra sua tia?
– Ah, não... – disse Sara caminhando até ele mesmo Harry tentando lhe segurar - ... não costumo recorrer a minha tia por bobagens...- Harry então viu a garota cerrar o punho e em um movimento rápido acertar um soco na cara de Corner que se desequilibrou um pouco e olhou para ela com ódio. Um ódio que Harry jamais tinha visto antes – ... como deu pra notar, sou suficientemente capaz de me virar sozinha... e nem preciso de varinha...
– Ora sua... – disse Corner puxando a varinha mas Harry já estava de posse da sua e apontava para a garganta do garoto.
– Por que não resolvem isso da maneira dos bruxos... – ouviu-se uma voz arrastada vindo das costas de Corner.- ... como um duelo, por exemplo.
Malfoy apareceu caminhando lentamente como se estivesse ali a muito tempo.
– Serei o padrinho de Corner... – disse ele dando o mesmo sorriso que dá uma criança quando ganha o brinquedo que está desejando. - ...Creio que será o padrinho de sua querida donzela não é?
– Eu não preciso que Harry me defenda... – retorquiu Sara o queimando com os olhos.
– Não vou ser padrinho de Sara, por que Corner vai duelar comigo. – respondeu Harry não ligando para os protestos de Sara. – É só marcar a hora e o lugar...
– Ótimo... – disse Malfoy com um sorriso cínico – Eu serei o padrinho de Corner... então, creio que Weasley será o seu...
– Com toda a certeza... – Harry ouviu Rony atrás de si,e uma troca de olhares “cúmplices” tanto da parte de Malfoy quanto de Corner.
– Na torre de Astronomia, a meia noite... – disse Corner, e Harry teve a nítida impressão de que isso já tinha sido planejado. – Só eu, e você Potter, e ninguém mais!
– É... – disse Harry pegando na mão de Sara e praticamente a arrastando da presença dos outros dois – Temos um treino, e é isso que viemos fazer...
O garoto não sabia ao certo se teriam clima para um treino proveitoso, mas faria ao máximo para que esse duelo não interferisse no desempenho da grifinória.
– Você vai fazer o quê???? – Hermione bradava na mesa da grifinória enquanto faziam os deveres daquela tarde. – Como pode fazer uma estupidez dessa?
– Eu não ia deixar a Sara duelar com ele... – disse Harry perdendo a calma - ...não que você não seja capaz... – acrescentou ele rapidamente olhando a namorada que abria a boca para lhe responder. - ... só que, Corner está diferente, e o jeito que ele olhou para mim... tive a impressão de que...
– Teve a impressão... – impulsionou Rony e Harry então levantou a cabeça.
– Tive a impressão de que vi Voldemort nos olhos dele... – respondeu Harry. Sara ficou estática enquanto Hermione soltava um gritinho e levava as mãos a boca.
– Como assim... – perguntou Rony - ... Achei que se Voldemort quisesse usar alguém, usaria Malfoy... é um imbecil eu sei, mas é da sonserina...
– Corner também é sangue puro Rony, não importa em que casa esteja se tiver sangue de bruxo... – falou Sara séria.
– E ele já tentou fazer algo com Malfoy no ano passado, ele não seria estúpido de fazer outra vez... – disse Hermione.
– Mas isso não impediria que fizesse com alguém que levantasse menos suspeitas... – falou Harry e todos o olharam - ...agora tenho lá minhas dúvidas se não foi Corner quem acertou Rony aquele dia no quadribol...
– Bem, faria sentido não? – disse Sara os encarando – Malfoy disse que era para Rony tomar cuidado não só com os inimigos, mas com os amigos também...
– Agora sim que vou acabar com a raça daquele Zé mané...- Harry via as orelhas muito vermelhas de Rony.
– Ele é meu Rony... – disse Harry – Além disso, alguma coisa me diz que eles já tinham combinado...
– Mas por quê? Pra fazerem como Malfoy fez com você naquele dia do Norberto? – perguntou Rony.
– Claro que foi isso... – respondeu Hermione - ... o jogo contra a sonserina é amanhã... se Harry for a esse duelo e Filch aparecer com uma pequena ajuda de Malfoy, você vai ficar fora do jogo Harry...
– Hermione tem razão... – Harry agora ouvia a voz de Sara e então a olhou - ... principalmente por que disse pra você ir sozinho... ou melhor... você e o Rony...
– Você não está pensando em ir sozinho nessa armadilha está? – perguntou Hermione olhando de Rony a Harry.
– É claro que ele não vai sozinho... – disse Sara – Eu vou...
– Ah não vai não... – interrompeu Harry - ... se é uma armadilha daquele imbecil do Malfoy eu vou sozinho com o Rony e a capa de invisibilidade... além disso, você é monitora... e se nós dois formos pegos, pelo menos você sabe levar o time da grifinória...
– Você ainda não aprendeu que mesmo que queira não consegue me deixar fora das suas encrencas? – disse Sara o encarando – Eu vou e ponto final... além disso se Filch aparecer, posso inventar uma desculpa...
– Sara está certa... – respondeu Hermione encarando os dois – Vocês não conseguem ficar longe de encrencas e mesmo que tenham toda a sorte do mundo, não podemos arriscar...
– Está bem... – disse Harry contra a vontade - ... mesmo por que temos detenção para cumprir, e não vamos sair de lá antes da meia noite mesmo...
– Ótimo, adeus revisão de Herbologia... – lamentou-se Hermione.
– Você se lamentando por não conseguir uma revisão, e Não liga pra mim que corro o risco de ser estuporado? – disse Rony se fazendo de ofendido.
– Não vai ser estuporado, por que se for eu mando Corner e Malfoy juntos para o St. Mungus com um misto de feitiços que nem o melhor medibruxo do mundo vai conseguir achar a cura.
– disse Hermione encarando o garoto e sorrindo timidamente – Vem, quero falar com você...
– Vê se não vai tirar toda a energia dele viu? – brincou Harry e sentiu um beliscãozinho na cintura. – Ai...
– Você não tem jeito... – disse Sara o encarando - ... viu a cara da Hermione?
– E daí? É algo natural pelo que sei... – disse ele passando um dos braços pela cintura de Sara e a trazendo mais para perto - ... querer sentir o cheiro da pessoa que ama... – ele então aproximou do pescoço da garota e roçou a ponta do nariz no pescoço de Sara, respirando fundo e soltando o ar vagarosamente. – querer sentir o seu gosto... – ele então beijou delicadamente o pescoço da garota e sentiu sua mão delicada apertar-lhe a perna. – Enfim, querer sentir você..
Harry então tocou no rosto da namorada a fazendo o encarar, o olhar doce e o sorriso tímido dela o fizeram sentir novamente aquelas sensações que tivera na noite passada, não tão fortes é claro, por que estavam em pleno salão principal. Aproximou seus lábios dos dela e selou suas palavras com um beijo profundo e intenso do qual ele se controlava ao máximo para assusta-la.
Quando finalmente se separou, sentia seu rosto queimar e sua respiração bastante alterada. Sara sorriu para ele e ele correspondeu com um sorriso.
– Temos que ir se quisermos chegar cedo na nossa Dentenção...
As nove horas, Sara e Harry seguiram para a sala de troféus para uma dura detenção com Argus Filch. Era óbvio que ele, não perderia a chance de aplicar a detenção, mas tendo a sobrinha da diretora como uma das “detentas” era provável que se controlaria um pouco.
– Vamos logo com isso... – ralhava Filch com sua gata emaranhada em seus braços - ... Não temos a noite toda e eu preciso patrulhar os corredores...
– Então por quê não vai Sr. Filch... – disse Sara educadamente - ... pode deixar sua gata tomando conta de nós... assim adianta seu serviço...
Harry olhou de canto para Sara, não entendia o que ela estava tentando fazer, mas duvidava que conseguisse driblar as artimanhas de Argus Filch.
– E deixar dois encrenqueiros como vocês sozinhos? – disse Filch arqueando uma das sobrancelhas desconfiado – Sinto muito Srta. McGonagall, mas a Srta pode até ser sobrinha da nossa diretora, mas não confio em deixa-la com Potter.
O garoto abriu a boca para retorquir o zelador mas Sara o encarou, ele entendera e se calara rapidamente enquanto ela falava.
– Que é isso Sr. Filch, o senhor sabe perfeitamente que ninguém fará mal a mim, se fizer será expulso ou terá que se entender com outra McGonagall enfurecida...- disse ela virando-se para encara-lo - ... além disso, hoje é um dia bastante suspeito...
– Por que diz isso Srta? – perguntou Filch desconfiado.
– Bem, eu tenho certeza de que todos estão sabendo que eu e Harry estamos em detenção... – disse ela lançando um olhar para Harry que compreendeu na hora o que ela pretendia - ... e com certeza sabem que o Sr. Está aqui em baixo vigiando com os próprios olhos, então... com certeza os corredores vão estar livres para possíveis passeios...
– A Srta. Não está tentando me enganar não é? – perguntou Filch olhando de Sara para Harry. O garoto desviou seu olhar para o rosto da namorada que encarava o zelador com o mesmo olhar impassível de sua tia.
– E por que razão eu faria isso? – disse Sara cruzando os braços – Temos nossos nomes na lista da detenção, se sairmos daqui minha tia vai saber... agora... se outros alunos estiverem perambulando pelos corredores e o Sr. Não os tiver visto... com certeza minha tia vai ficar decepcionada com o zelador da escola...
– Bem, sendo assim... acho que Madame Nor-r-ra pode muito bem tomar conta de vocês enquanto eu patrulho os corredores... – disse Filch – Fique de olho neles minha querida... e os senhores se comportem.. – Filch foi sair da sala e então colocou a cabeça de volta para uma última olhada - ...faltam ainda mais uma hora para cumprirem, então... se for verdade o que me disse Srta, só estarão liberados as 11h30. Se não voltar até lá... – disse ele agora olhando para a gata - ... deixo-os ir querida, mas os acompanhe até a torre da grifinória.
A gata deu um miado e subiu com um salto sobre uma cúpula de vidro onde era guardado os escudos dados aos alunos. Harry olhou para Sara e sorriu.
– De onde você tirou essa história toda? – perguntou ele sentando-se em um pequeno banco.
– Bem... nem tudo o que disse é verdade... – respondeu Sara pegando a varinha e tocando nos cabelos para prende-los e tentando pegar um dos troféus de cima da estante - ... a parte dos nossos nomes na lista de detenção é verdade, o professor Flitwick desenvolveu esse sistema para que não pudessem burlar as detenções.
Harry então se levantou e passou as mãos pela cintura da garota apoiando seu queixo na curva do pescoço de Sara. Sentia vontade de tê-la em seus braços como no dia anterior, e isso estava mais forte a cada dia.
– Deixa que eu pego... – disse ele levantando a mão e entregando o troféu a ela -... se continuar a fazer isso eu não vou conseguir resistir...
– Se continuar a fazer o quê? – disse Sara sorrindo e o encarando – Não lembro de ter feito nada...
Harry sorriu marotamente e então lhe beijou, queria aproveitar que estavam sozinhos, mas um miado o fez perceber que não eram apenas os dois ali.
– Vamos terminar logo com isso... – disse ele frustrado - ... antes que eu acabe com a raça dessa gata...
– É só arranjar uma distração... – disse Sara pegando a varinha e discretamente transformando uma das taças de troféu em um pequeno ratinho, este passou correndo na frente da Gata que saiu desabalada pela porta da sala. – Viu? Não é difícil driblar a vigilância desses dois...
O garoto sorriu mais uma vez e então algo passou por seu pensamento. Sara o olhou e ele olhava para a janela do lado de fora.
– Está preocupado com o duelo? – disse ela passando os braços por sua cintura e encostando os lábios em seu ombro esquerdo. Harry então passou um dos braços pelos ombros dela a trazendo para a sua frente e a encarou. Ele não queria preocupa-la, mas tinha certeza de que havia alguma coisa errada naquele duelo. Tanto que agora seu sexto sentido já estava lhe dizendo que precisava de seus reflexos bastante aguçados depois da meia noite.
– Não sei... – disse ele a encarando - ... acho que não é só o duelo... não tenho medo de enfrentar o imbecil do Corner, mas também acho que tem mais coisa por trás disso...
– Então não vá... Harry, você não precisa ir... – respondeu Sara o abraçando, mas o garoto não ia dar pra trás agora.
– Eu preciso, nem que for uma armadilha de Malfoy... – disse ele a encarando.
Sara suspirou em seus braços mas não disse nada, ele sabia que ela havia entendido. E também sabia que ela não ficaria na torre como ele havia lhe prevenido.
O relógio já marcava quinze para a meia noite e Sara e Harry ainda percorriam os corredores da biblioteca. Madame Nor-r-ra não voltara e muito menos Argus Filch. Harry encontrou Rony na escada da torre de Astronomia e ele trazia a capa de invisibilidade.
– Quero que fique debaixo da capa está bem? – disse Harry entregando a capa para Sara. Ela não queria aceitar ficar escondida, e ele lia isso nos olhos dela. Mas era o melhor a fazer, se fosse realmente uma armadilha, ela pelo menos conseguiria se livrar se fossem pegos.
– Vocês acham que eles realmente vem? – perguntou Rony indo até a janela.
– Eu sinceramente duvido... – disse Harry andando até ele, era meia noite em ponto e nada dos dois aparecerem.
– Eu se fosse vocês entraria debaixo da capa também... – Harry ouviu a voz de Sara e logo a cabeça dela apareceu ao seu lado - ... é obvio que devem ter ido avisar alguém.
– Ok, vamos esperar mais 30 minutos... se eles não aparecerem, voltaremos para a torre. – disse Harry encarando os dois. O garoto tinha lá suas duvidas de que eles apareceriam, mas também estava muito preocupado por eles não terem aparecido também, era um péssimo sinal.
– Ei... que coisa é aquela lá em baixo? – perguntou Rony apontando para baixo, no outro extremo do castelo.
Harry apoiou o peito contra a mureta de pedra e para poder ver melhor e em seguida os outros dois fizeram o mesmo, a noite estava clara e a luz da lua iluminava o gramado abaixo.
– O que foi? – ouviu a voz de Sara sussurrando em seu ouvido e ele tocou seus lábios com seu indicador pedindo silêncio. Um animal pequeno saiu de dentro da passagem do salgueiro Lutador e tocou a árvore que praticamente parou de se mexer, segundos depois um segundo vulto, muito grande, saiu e logo atrás dele outro, muito menor que parecia carregar e esconder alguma coisa. Estava curvado,e Harry teve a impressão de que realmente era algo pesado.
– Ou aquela coisa enorme é Madame Máxime, ou nosso amigo Hagrid está de volta... – sussurrou Sara e Harry a encarou.
– É... eu também achei... – disse Harry voltando a olhar para baixo.
– Mas por que estão entrando escondidos? – perguntou Rony
– Talvez por que ele não possa ser visto por aqui não é? – disse Sara - ... e aquele último tenho certeza de que é Moody...
– Por quê diz isso? – perguntou Harry olhando um trio de sombras entrar – Ei... só dois saíram... como...
– O gato era tia Minerva... – disse Sara sem emoção - ... reconheceria aquelas listras em qualquer lugar... Por que estão fazendo tanto mistério?
– Não sei... mas isso é muito estranho, o que seria tão importante para que entrassem as escondidas no castelo... – disse Rony coçando a cabeça
– Não faço a menor idéia... – respondeu Sara - mas seja lá o que for... ninguém poderia saber...
– Ou alguém específico... – respondeu Harry olhando significamente para a garota que compreendeu.
Rony então começou a ficar vermelho, e tanto Harry quanto Sara o encararam curiosos, ele pegou o “espelhular” do bolso e então viu o rosto de Hermione estampado nele.
– O que foi Hermione... – disse ele agora pálido. Harry e Sara se aproximaram para ver e então viram de relance o rosto de Hermione, e parecia bastante aflita.
– O que foi que aconteceu? – perguntou Harry mas então Hermione já havia guardado o espelho.
– A torre da Grifinória foi invadida... – disse Rony em tom sombrio – Hermione não me disse muita coisa, mas que é para voltarmos para lá o quanto antes, os professores já foram avisados então... não podemos ser pegos fora da cama.
Autor(a): vision2018
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– Anda Rony... – murmurava Hermione parada junto a entrada da torre da Grifinória. A sala circular estava abarrotada de gente, enquanto os professores subiam as escadas em caracol.– Estamos aqui... – Ai... Por Merlim... não precisava me dar um susto desses – disse ela nervosa enquanto Rony saia discretamente debaixo da capa.Sa ...
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