Fanfics Brasil - A Visão Harry Potter e o Livro Perdido

Fanfic: Harry Potter e o Livro Perdido | Tema: Harry Potter


Capítulo: A Visão

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– Anda Rony... – murmurava Hermione parada junto a entrada da torre da Grifinória. A sala circular estava abarrotada de gente, enquanto os professores subiam as escadas em caracol.

– Estamos aqui... 

– Ai... Por Merlim... não precisava me dar um susto desses – disse ela nervosa enquanto Rony saia discretamente debaixo da capa.Sara e Harry fizeram o mesmo, logo depois aproveitando a distração dos alunos. 

– O que foi que aconteceu? – perguntou Harry vendo o olhar assustado de Hermione. 

– Eu não sei, estava aqui em baixo fazendo minhas revisões e as garotas chegaram e subiram para o dormitório... então eu só ouvi os gritos e elas desceram rapidamente... – disse Hermione - ... Depois disso, a porta se trancou atrás delas e não conseguimos entrar, Gina foi... 

– Ainda bem que encontrei vocês... – disse Gina interrompendo Hermione – Sara, eu não sei quem entrou lá, também aquelas imbecis do dormitório de vocês não prestaram a mínima atenção. Mas seja lá quem for fez um estrago tremendo... 

– Como assim? – perguntou Sara confusa. 

– O dormitório do quinto ano veio a baixo, seja lá quem for que entrou esperava encontrar alguma coisa... – disse Gina confusa sendo interrompida imediatamente por Hermione. 

– Ou alguém... – completou Hermione olhando para Sara que Harry percebeu engolir em seco. 

– Por que diz isso Hermione? – Perguntou ele passando o braço pelos ombros de Sara e a apertando contra o corpo. 

– É exatamente isso que você está pensando Harry... – disse Hermione encarando os dois. 

Harry encarou Hermione, ia perguntar por que a amiga tinha dito aquilo mas sua professora de transfiguração aparecia com o professor Flitwick e professor Snape. Harry sentiu o olhar dele pousar sobre Sara e algo estranho, como se um alívio passasse por ele. 

– Irão passar a noite no salão principal... – disse Professora McGonagall rapidamente, o que deixou Harry um pouco preocupado - ... Foi uma sorte não estarem no dormitório, onde o Senhores estavam? 

– Bom... er... – começou dizer Sara mas Snape a interrompeu. 

– Com certeza estavam cumprindo a detenção, professora... – disse ele calmamente encarando McGonagall - ...Potter e sua sobrinha estavam cumprindo detenção com Sr. Argus Filtch na sala de Troféus. 

Sara e Harry trocaram olhares curiosos enquanto Snape voltava seus olhos para Rony – Só não sei o que o Sr. Weasley fazia fora da cama... suponho que ao ver o horário avançado tenha ido procurar seus colegas... 

– Eu pedi para que Rony fosse atrás de Sara e Harry... – afirmou Hermione - ...Depois que ouvi os gritos do Dormitório, pedi para que Rony os achassem... já havia passado da hora e achei que seria perigoso eles estarem pelo castelo sem saber o que tinha acontecido. 

– Bem... não importa o que estavam fazendo... agora Srta. Granger e Sr. Weasley, tenham a bondade de reunir todos os alunos da Grifinória no salão principal. Temos providências a tomar e irei fazer o possível para descobrir o culpado. 

Ouviram o ranger do retrato e o professor Mesmero entrou ofegante. Harry olhou diretamente para Snape e por alguns segundos teve a impressão de que o seu professor encarara o recém chegado com certa desconfiança. 

– O que foi que aconteceu? Estava em minha sala e então o Sr. Filch veio me chamar dizendo que nossa diretora queria ver os professores... – disse Mesmero com a cara mais inocente do mundo. Harry sentiu uma pontada horrível na sua cicatriz, mas duvidava que fosse por causa de Mesmero, pois sabia que ele não era um comensal. 

– Achei que o Sr. Filch estivesse tomando conta do Sr. Potter... – respondeu Snape e Harry rapidamente encarou seu professor de DCAT. Pode notar que Mesmero ficara pálido como se todo o ar tivesse sido sugado dele. 

Mesmero tentou dizer alguma coisa mas a professora McGonagall acabou interrompendo. 

– Bem professor, já que está aqui poderá nos ajudar. Os alunos vão ser levados para o salão principal onde passaram a noite. Portanto, avise todos os outros funcionários que puder... – disse a professora encarando Mesmero com uma das sobrancelhas arqueadas.- Atenção, todos sigam seus monitores para o salão principal sem pressa e com calma.Professor Snape, acho que devia acompanhar os alunos da Sonserina 

Snape meneou a cabeça concordando, Harry ainda o viu lançar um olhar para eles antes de desaparecer pela passagem. Harry sentiu um impulso de ir para o dormitório dos garotos pegar seu mapa. Pois, se Malfoy e Corner não deram as caras no duelo, é por que tinham aprontado alguma. 

– Vem comigo... – murmurou ele para Rony. 

Estavam indo em direção as escadas quando ouviu a voz de sua professora indignada e voltou-se para encara-la

– Onde os senhores pensam que vão? – perguntou a professora McGonagall os encarando. 

– Ao dormitório dos garotos...- começou Rony mas a professora rapidamente o interrompeu. 

– A única coisa que vão precisar essa noite é de um saco de dormir, e esse, já está no salão principal. – Harry e Rony se entre olharam e então ouviram a voz da professora mais uma vez – O que os senhores estão esperando? Que um tapete voador os leve? Apressem-se.


– Droga... queria ter tido tempo para pegar o mapa... – disse Harry sentando-se no chão do salão principal, os sacos de dormir já estavam espalhados pelo salão e Hermione tomara o cuidado de guardar lugares perto dela para que pudessem conversar sem que ninguém os ouvisse.-... pelo menos saberíamos onde Corner e Malfoy estavam. 

– Começo a dar razão a Mione quando ela disse que eles estavam armando pra gente. – Disse Rony escorado na parede com a cabeça de Hermione apoiada em seu peito – Eles só queriam era que fossemos pegos para terem mais chances de vencer amanhã. 

– Eu já acho que não é bem isso... – disse Harry que estava deitado no colo de Sara sentando-se e encarando a amiga - ... o que você quis dizer quando “estavam procurando alguém”. 

– O quarto das garotas foi invadido, por que alguém se daria ao trabalho de invadir o dormitório feminino, do sétimo ano? 

– Sei o que quer dizer, Hermione – Disse Sara ficando imóvel por alguns segundos – Mas a pedra foi destruída, vocês viram... não tenho nada que alguém possa querer... 

Ao ouvir esse argumento de Hermione, Harry lembrou-se do sonho em que vira a imagem da namorada dentro de um caldeirão. Apoiou-se na parede e a puxou mais próximo de si,então era isso, Sara estava na mira de Voldemort? 

– O motivo de alguém querer você eu ainda não sei... – disse Hermione – mas pense... Trelawney foi atacada por uma razão que até agora não sabemos. Só temos duas saídas, ou quem a atacou queria impedi-la de dizer o que viu, ou saber coisas sobre você... 

– Mas por quê? – perguntou Sara. 

– Por que acham que você sabe de alguma coisa... – disse Harry a fazendo recostar sua cabeça em seu peito - ...por um breve instante lá na torre, pensei ter visto um certo alívio de Snape quando lhe viu... 

– Isso é verdade, ele até nos livrou de uma bela encrenca... – respondeu Rony -... o que me deixa com a pulga atrás da orelha é o por que disso? 

– Sinceramente eu não sei... – respondeu Harry – Mas seja o que for, Malfoy e Corner estão metidos nisso. 

Na manhã seguinte, os alunos foram despertados por aroma gostoso de café. Harry acordara abraçado em Sara, mas como fizera isso, ele não sabia responder. A professora McGonagall foi quem os chamou e ele ficara muito envergonhado por isso. 

Está certo, estava namorando sua sobrinha, mas ela não precisava saber o grau de intimidade entre os dois, embora Harry já soubesse que não conseguia mais se controlar quando estava sozinho com Sara. 

– Bom dia... – disse Hermione alguns minutos depois de estarem de volta a para o café da manhã - ...Alguma notícia do que aconteceu? 

– Esperava que você soubesse... – respondeu Harry enquanto se servia de suco de laranja - ...Sara foi procurar a tia mas duvido que arranque algo da professora McGonagall. 

– E nem preciso... – ouviu a voz da garota vindo até eles - ... não é difícil saber que quem procuravam era eu... sabe, estou começando a achar que, alguém queria me ver fora do jogo sabia? 

– Não acho que a queriam fora do jogo... – disse Harry sério estendendo sua mão e a fazendo sentar-se ao seu lado – Aliás, não teremos jogo... conseguiram fazer com que o jogo fosse adiado até descobrirem quem foi o invasor. E mais uma coisa Sara, me promete que não vai mais sair sozinha... 

– No que está pensando Harry? – o garoto ouviu a voz de Hermione mas não desviou os olhos da namorada. 

– Só me promete ok?
O garoto viu Sara confirmar com a cabeça mesmo estando intrigada. O por que dissera isso a ela, não tinha muita certeza mas tinha medo que seu sonho estivesse começando a tornar-se um terrível pesadelo real. 


Lá pelas onze horas da manhã, Harry se encontrava sentado diante a lareira da Grifinória. Usava o uniforme completo, e o distintivo de capitão brilhando no peito. Hermione havia ficado uma fera pois não conseguiram terminar as revisões como haviam planejado. E os últimos acontecimentos não paravam de vir a sua mente. A imagem de Snape de repente o fez perceber algo, e então ele levantou-se rapidamente e correu até a biblioteca onde tinha certeza que Sara e Hermione estariam. 

– Preciso falar com vocês... – disse ele assim que chegou ofegante a biblioteca. 

– É tão urgente assim? – perguntou Hermione e Sara já estava levantada apenas encarando o garoto. 

– Hermione... chame o Rony e me encontre na sala precisa, tem uma coisa que vai resolver em parte esse quebra cabeças. 


Minutos depois estavam sentados nas almofadas do “Quartel General” do AD. Lá Harry estava de pé encarando os amigos como os olhos faiscando. 

– Ok... – disse Rony impaciente - ... Por que nos chamou? 

– Lembra que eu comentei que pareceu que vi um certo alivio nos olhos de Snape quando ele viu Sara com a gente? 

– Sim... – repetiu Rony e Hermione e Sara confirmaram com a cabeça. 

– Bem, eu achei estranho ele ter dado uma detenção justamente para nós dois. Ele nunca deixa eu e Sara sentados na mesma mesa e... 

– No entanto, deixou nessa ultima aula... – terminou Sara.
– Você está querendo dizer que... – disse Hermione se levantando e os encarando -... ele deixou vocês dois juntos de propósito para poder dar uma detenção a Sara? 

– Não exatamente... – falou Harry encarando os demais -... mas para tira-la da torre, não sei por que, mas acho que foi a maneira que ele encontrou de tirar Sara da torre pois sabia que alguém iria entrar lá. 

– Mas por que ele faria isso? – perguntou Rony – Se ele está do lado de Voldemort, não acho que ele impediria seus capangas de conseguirem a Sara não é? 

– Rony, Dumbledore confia plenamente em Snape... – disse Hermione calmamente - ...como Dumbledore não está mais em Hogwarts, Snape é o único que pode informar Dumbledore dos planos de Voldemort. 

– Mas isso ainda não explica por quê invadiram a torre da Grifinória... – disse Sara impaciente – Ok,eles talvez estivessem atrás de mim, mas, por quê isso agora? Voldemort sabe que a pedra não está mais comigo, o que eu tenho que pode ser tão importante pra ele? 

Harry foi até a namorada e a abraçou forte,não deixaria nada lhe acontecer, tentara por vezes incontáveis afastar-se dela para que não passasse por isso, mas não tivera sucesso. 

– Não se preocupe... – disse ele a olhando nos olhos -...vamos descobrir... 

– Ei... e se aquilo que vimos McGonagall e os outros trazendo pela passagem tem haver com isso... – exclamou Rony fazendo tanto Sara quanto Harry o encararem. 

– Que história é essa? – perguntou Hermione com os dois braços na cintura parecendo a Sra. Weasley quando repreendia Rony. 

Harry contou brevemente a história e viram Hermione levantar e andar pela sala pensando em silêncio. 

– Vocês disseram que havia um gato,uma pessoa um tanto corcunda e uma maior do que o normal? – perguntou Hermione finalmente os encarando. 

– Bem, uma delas era com certeza a minha tia... – disse Sara. 

– E os outros achamos que poderiam ser Hagrid e Moody.. – acrescentou Harry e Rony confirmou com a cabeça. 

– E alguns minutos depois, você nos chamou... – disse Sara novamente. 

– É, posso dizer que a professora chegou poucos minutos depois de eu ter lhes chamado. – disse Hermione – Talvez fosse ela mesmo... 

– O que quer dizer? – perguntou Harry para a colega. 

– Não quero dizer nada, mas poderia ser outro animago não é? Existem milhões de bruxos que se transformam em gatos... mas a questão é, talvez quem invadiu a grifinória, sabia que iriam trazer algo para cá. 

– Você acha realmente que isso tem a ver com o que vimos? – perguntou Rony confuso. 

– Até pode ser, mas... – disse ele sentando-se em uma das almofadas e trazendo Sara para sentar-se com ele. – Pensem comigo, se fosse algo tão importante, a professora McGonagall jamais daria a Sara... isso a colocaria em perigo não é? 

– Isso é... – confirmou Rony e Hermione afirmou com um aceno de cabeça. 

– Bem... é melhor irmos... – disse Hermione finalmente depois de algum silêncio. – Não temos jogo, mas se sumirmos por muito tempo vão achar nossa falta. 

– Acho melhor vocês irem na frente... – disse Harry - ... se nos pegarem saindo juntos daqui, vão achar que estivemos fazendo alguma coisa. 

Todos concordaram, Hermione e Rony saíram e fecharam a porta. Sara deitou-se nas almofadas olhando para o teto enquanto Harry se aproximou e sentou-se ao seu lado a fazendo apoiar sua cabeça em suas pernas. 

– Se conheço sua tia, ela vai redobrar a segurança agora... – disse ele delicadamente tirando os cabelos do rosto da namorada. 

– Não estou preocupada ou com medo... – disse Sara levantando-se - ...o que me intriga é, por que razão estariam interessados em mim... 

Harry abriu a boca para lhe dizer que ele era o motivo mas Sara novamente se antecipou o olhando com cara feia. 

– ... se vier me dizendo que é por sua causa Harry James Potter eu transformo você em um sapo cor de rosa! 

– Você tem outra explicação?- disse ele sério. 

– É claro que tem... – disse Sara levantando-se decidida - ... sempre tem, o mundo não gira em torno de você Harry, faz tempo que o alvo de Voldemort são todos os bruxos... 

– Aí é que você se engana... – disse ele ríspido - ... Voldemort quer a mim, por que sabe que sou o único que pode mata-lo... 

– Ou ele te matar... eu sei disso... – respondeu ela firmemente – Sei o que a professora Sibilia disse a Dumbledore sobre o menino nascido no fim de Julho... sei que só um de vocês pode viver... 

Harry a encarou surpreso, não se lembrava de ter lhe contado sobre a profecia antes. Nem ao menos se lembrava de Rony ou Hermione terem mencionado qualquer coisa? 

– Como você sabe sobre... 

Um barulho vindo do corredor o fez se apressar, se Filch os pegasse fora da torre depois do toque de recolher, estariam encrencados.


A viagem para ver o tal cometa que tanto a professora Sinistra estava programando estava quase chegando, assim como os exames tão esperados dos N.I.E.M.s. Harry tentava não pensar no que havia acontecido a uma semana, mas era difícil já que mais uma vez ninguém tinha conseguido informações sobre os causadores da invasão a torre da grifinória. Mais e mais vezes os pais dos alunos estavam preocupados com a segurança dos filhos, e Demilda Vane já tinham embarcado para casa.O garoto sentia a angustia de Sara, principalmente por que Sara estava mais preocupada com sua Tia do que o normal, afinal, ela tinha que prestar contas já que era a nova diretora. 

– Tia Minerva tenta parecer forte, mas não sabe o que fazer. – dizia a namorada enquanto estavam na aula de Feitiços – Esta abatida, constantemente está com os olhos vermelhos de ficar noites e noites acordada... 

– Se ao menos o professor Dumbledore aparecesse... – disse Hermione e então olhou rapidamente para Sara e Harry. 

– O que você sabe sobre Dumbledore, Hermione? – Harry perguntou rapidamente.

– Eu ouvi os professores comentando... – disse Hermione abaixando os olhos – Tonks está preocupada por que Lupin disse não ter encontrado Dumbledore em lugar algum. E o que é pior, ele não compareceu na última reunião da Ordem, o que deixou todos muito apreensivos. 

– Isso é muito estranho... Dumbledore jamais não iria a uma reunião da Ordem, todos sabem disso... – falou Rony coçando a cabeça. 

– Aconteceu alguma coisa... – disse Harry mas ao ver Sara preferia ter ficado quieto. A garota o olhou com os olhos preocupados. 

– Não se preocupe, Dumbledore estava investigando algo que só ele sabia... – respondeu o garoto - ... ele deve ter se atrasado enquanto procurava pistas sobre Voldemort... 

Sara sorriu um pouco triste, era óbvio que ela havia notado que ele falara apenas para não preocupa-la. O sinal tocou os alunos jogaram seus materiais nas bolsas. 

– Quero que estudem esse feitiço não verbal para a próxima aula ouviram? – gritava o professor Flitwick de cima de sua costumeira pilha de livros. 

Saíram do salão andando calmos até o salão principal para o almoço, se Hermione estivesse ouvido corretamente, e tivesse acontecido algo com Dumbledore? Olhou para Sara e prestou atenção em todo o caminho, estava calada e parecia abatida. Passou o braço por sua cintura e a puxou mais para perto de si. Tentaria persuadi-la a lhe contar o que estava lhe perturbando, mas já tinha idéia. No entanto, a jovem olhou para ele e lhe respondeu mesmo antes de sua pergunta. 

– Só estou indisposta... – sorrindo, embora Harry sabia que não era verdade. 

– Está assim por causa do seu padrinho não é? – disse ele sentando-se na mesa da Grifinória para o almoço. – Você vai ver que não é nada... 

– É, eu sei... – respondeu ela abraçando o garoto e recostando sua cabeça no espaço do pescoço dele. – Mas não consigo parar de pensar que... 

– Ei...estamos falando de Alvo Dumbledore... – disse ele sentindo a respiração de Sara em seu pescoço - ... o maior bruxo do mundo...
Sentiu os lábios de Sara tocarem sua pele com um beijo delicado e então acariciou seus cabelos. Não demorou muito e Hermione e Rony apontavam no salão e se juntavam a eles. Teo Boor e Mandy Brocklehurst se aproximaram da mesa deles e Harry viu Teo sorrir.

– Olá Harry... não tenho visto vocês nas aulas da Tonks... – disse ele – Você por acaso não viu ela por aí viu? 

– É... queríamos saber se teríamos mais aulas, sabe, para os NIEMs, ainda não peguei o jeito com o feitiço não verbal que ela passou na última aula. – disse Mandy sorrindo cumprimentando Rony e Hermione. 

– Não consegui comparecer na última... – respondeu Harry e então sentiu uma forte pontada na sua cicatriz. Levou a mão a testa tão rápido que mal teve tempo de disfarçar. Soubera que todos ali notaram mas somente Sara, Hermione e Rony foram quem realmente entenderam. Passou os olhos pelo salão e viu Corner correndo rumo a porta de entrada como se tivesse esquecido algo importante.

– Er... bem, acho que com o que aconteceu com a mãe de Jack Slooper, o Ministério deve ter mandado chamá-la não? – disse Hermione mostrando o jornal onde dizia que a mãe do colega tinha sido encontrada morta em sua casa. 

– Nossa... é mesmo... – disse Teo enquanto Mandy dava um gritinho – Acho melhor irmos procurar o professor Flitwick e pedir se podemos mandar uma coruja para nossos pais, a mãe de Mandy é vizinha dos pais de Slooper. 

– Sinto muito... – Harry ouviu Hermione dizer e então tentou parecer o mais normal que conseguiu. Sara no entanto o olhava preocupada e só então viu Snape saindo do salão.
– O que foi que aconteceu? – perguntou Hermione preocupada. 

– Nada... - disse Harry... mas depois de tantos dias sem minha cicatriz arder... tive uma leve dor agora... 

– Você sabe o que tem que fazer não é? – retorquiu Hermione. 

– Sei sim Hermione, mas não acho que deva anunciar no profeta diário que senti Voldemort, mas duvido que seja ele quem eu senti... Snape saiu praticamente na mesma hora em que sentia a cicatriz... 

– Aquele Imbecil... se ele tivesse ficado eu o azararia... – dizia Gina vindo ao encontro deles com Nathalia McDonald. 

– Espero que esteja falando do Dino... – disse Rony vendo a irmã parar de chofre. 

– Ah há há... – respondeu ela – Para minha alegria e seu profundo desgosto maninho, estava falando de Corner... aquele idiota esbarrou em mim com tanta força que chegou a me derrubar.

– É... corria tanto que parecia que tinha visto o próprio Você-sabe-quem... – disse Nathalia despreocupadamente.- Vamos Gina... quero falar com o Colin... 

Harry ficou pensando algo por alguns instantes, mas ouviu a voz de Hermione novamente e mesmo sem ouvir direito a pergunta Sara respondeu e ele viu que continuava a lhe olhar. 

– Só indisposição Hermione, estou um pouco nervosa com os NIEMs, e, como teremos pouco tempo entre o Jogo contra a Sonserina e as provas... 

– Nossa, é mesmo... o jogo é na semana que vem... – disse Rony - ... temos que marcar um treino logo Harry. 

– É eu sei, mas como podemos treinar se a maioria do nosso time está pirando por causa dos exames? 

– Eles podiam cancelar os jogos para... – começou Hermione. 

– NEM PENSAR!!! – responderam em uníssono Harry e Rony juntos. 

– OK... só disse que podiam “cancelar” até os exames terminarem... – respondeu a garota desgostosa. - ... seria até melhor pois aí vocês só se dedicariam ao time não? 

– O quadribol é a única coisa que faz a gente esquecer desses exames Hermione... – disse Rony indignado - ... eles não podem nos privar de ter pelo menos essa diversão. 

– Que bobagem... desde quando quadribol é a única diversão que temos? 

– Pelo menos é a única que vale à pena... – alfinetou Rony. 

– Ah, é? – respondeu Hermione com o seu tom habitual na voz. – Ok, então o que me diz... Sara?

Harry que olhava de um colega ao outro nem havia percebido o silêncio da namorada. Percebeu sim que tanto Rony quanto Hermione estavam estáticos olhando para o lado. O garoto ficou pensando o que teriam visto pra ficar assim e voltou os olhos para Sara. Quando virou a cabeça, viu garota imóvel, com a mão no peito apertando a blusa, e a outra mão sobre a mesa praticamente espremendo o guardanapo. Estava lívida e com os olhos vidrados em um certo ponto da mesa como se estivesse em transe.
– Sara o que foi? – precipitou-se Harry pegando a mão da garota e praticamente a obrigando a olhar – Diz alguma coisa...

O garoto pareceu por alguns instantes esquecer de tudo o que tivera preocupado a alguns minutos antes, Sara estava de um modo catatônico que ele só lembrava uma vez de ter visto na vida. O dia em que subira a torre norte e Sibilia fez uma segunda Profecia. O corpo de Harry congelou ao então perceber o que estava ocorrendo. 

– Vou chamar a Prof. Minerva!... – disse Hermione decidida. 

– Não, não precisa... 

Harry voltou a olhar para a garota, Sara respirava rapidamente como se tivesse corrido por todos os corredores do castelo, enquanto falava. 
– O que foi que aconteceu com você? – perguntou Rony que agora parecia tão preocupado quanto Harry. 

– Ei... vocês querem deixar ela respirar? – resmungou Harry, Sara estava visivelmente abatida, e parecia muito assustada. Se Harry estivesse correto, as visitas a torre norte já tinham um motivo. – Sara... você está bem? 

– Vamos... beba um pouco de suco... – disse Hermione empurrando a garota um cálice. 

Lentamente a jovem foi parecendo voltar, Harry pegou em sua mão e pode notar que a respiração da garota voltava ao normal, encarou-a sem saber o que fazer e então pegou o cálice que Hermione havia colocado na frente da garota e praticamente a obrigou a beber. A jovem parecia horrorizada com alguma coisa, mas pelo que via não iriam obter nenhuma palavra por enquanto. 

– Eu... eu vi uma coisa esquisita... – ouviu a voz de Sara começar a sair muito fraca – Alguém... digo, eu... eu estava lá... 

– Hein? – resmungou Rony coçando a cabeça. 

– Sara... se não nos contar... não temos como ajudar... – disse Hermione tentando fazer a amiga falar algo que fizesse sentido. Harry por sua vez já estava perdendo a calma com seus amigos, será que não viam que Sara estava nervosa? Ela precisava sentir-se segura para poder falar. 

– Vamos Sara... vamos dar uma volta... – disse ele levantando-se e encarando Rony e Hermione que se levantaram também – Ela precisa de um pouco de ar.... 

Ao se levantar, viu Corner novamente sentado a mesa da Corninal, estava pálido e Harry não sabia como ele tinha vindo tão rápido. Mas no momento tinha coisas mais importantes para se preocupar. Segurou a cintura da namorada com força a fazendo levantar-se, Sara parecia uma boneca que facilmente se movia para onde o garoto a levasse. Passaram pelo saguão de entrada, e por fim chegaram a antiga sala que o professor Firenze, um centauro usava. Lá corria um ar fresco e era como se estivessem do lado de fora do castelo. 

– Colloportus!- ouviu Hermione logo atrás dele bloqueando a porta e então forçou Sara a sentar-se sobre uma pedra. 

– Agora... – disse ele calmamente – Preciso que me diga realmente o que foi que aconteceu com você lá no salão Sara... 

Harry pode perceber que Sara ainda estava um pouco confusa, não conseguia distinguir se ela ainda estava em transe ou já havia voltado à si. Então a garota o encarou, suas mãos estavam frias e ela tremia. 

– Eu vi... Alguém caído...– respondeu Sara com a voz fraca. 

– Como? – respondeu Rony pasmo. 

– Eu... não sei como – respondeu a garota – Eu sei que estava diante dele...
– Você viu? Onde? – Harry ouviu a voz de Hermione ao fundo. 

– Eu o vi... – respondeu a garota nervosa levantando-se de súbito fazendo Harry levar um susto. – Alguém caído no chão, estava apontando a varinha para ele... 

– Isso é impossível Sara... – perguntou Rony preocupado. 

– Não... eu o vi... estava lá... em uma espécie de gaiola... ou sei lá... estava preso... – respondeu Sara com os olhos cheios de lágrimas – Ele estava indefeso... cercado de vultos por todos os lados... eu sei o que vi... parecia muito velho... indefeso... 

– Mas que foi que você viu? – perguntou Hermione. 

Harry encarou Sara que estava diante dele, tremendo como se algo muito grave tivesse acontecido. Será que ela...
– Preciso falar com o professor Dumbledore... – disse a garota indo para a porta. 

– Sara... se tivesse acontecido alguma coisa já estaríamos sabendo... – respondeu Harry finalmente

– Mas eu o vi Harry!- disse a garota desesperada – Eu estava diante dele... Eu era uma daquelas pessoas!

– Mas você não sabe se era mesmo Dumbledore... – respondeu Harry segurando em seus braços, Hermione rapidamente levou sua mão a boca e Rony fez um som estranho com a boca que Harry não soube distinguir. 

– Eu senti alguma coisa diferente... eu preciso falar com minha tia... tenho que saber se meu padrinho está bem... 

– Se tivesse acontecido algo, já teríamos sido avisados – disse Rony. 

– Você está nervosa com o que viu... mas a julgar que você estava acordada... – respondeu Hermione. - Pode ter sido uma lembrança de alguém... não? 

– O que você está querendo dizer? – perguntou Rony – Que Sara voltou a ler a mente das pessoas? 

– Não sei... – respondeu Hermione – Depois daquele feitiço do Tempo, Sara perdeu o controle sobre esse Dom, e isso ficou ainda mais extinto quando recebeu aquele feitiço de Bellatrix... quando perguntei sobre as conseqüências disso para o professor Flitwick ele me disse que era quase impossível que ela voltasse a ter esse controle... 

– Mas ela poderia fazer isso não? – disse Harry andando até Sara que estava em pé diante de Hermione. – Digo... um dom desses não some assim... 

– Concordo... – respondeu Hermione finalmente – Talvez ele se manifeste... de algum jeito... 

– Como? – perguntou Sara finalmente – Se eu posso ler a mente das pessoas... como é que... essa lembrança foi parar na minha cabeça? ...
Harry olhou para a namorada e algo passou por sua mente, se Sara estava novamente conseguindo ler a mente dos outros, poderia ser que ela tivesse lido a mente de Malfoy, ou qualquer outro que soubesse dos planos de Voldemort. Mas afastou essa possibilidade da cabeça, isso era praticamente impossível. Fora Snape, ali haviam somente alunos e professores, não poderia haver mais nenhum comensal da morte. Ou poderia? 

– ...Não acho que quem prendeu o maior bruxo do mundo curse Hogwarts não? – perguntou Rony e Harry viu Hermione concordar.

A julgar pelo que Sara tinha acabado de dizer, pareceu que a garota realmente havia retomado seus poderes, ou pelo menos tinha adivinhado exatamente o que Harry havia pensado. Pois o olhou rapidamente. 
– Em primeiro não sabemos se é o professor Dumbledore... e além disso Sara, a professora Minerva teria dito alguma coisa... - então Hermione andou até a porta - Só se.... – Hermione começou a falar mas parou de repente concluindo negativamente a resposta – Não, Hermione Granger, isso é impossível. 

– Não o quê? – ouviu a voz de Rony parecendo curioso – Se você desconfia de alguma coisa Hermione... desembucha... 

– Foi uma coisa que pensei... mas aqui só tem professores e alunos.. não pode ter um... Sara tem razão. – respondeu Hermione a contragosto. 

Por incrível que pareça, ela teve o mesmo pensamento de Harry, mas isso não fazia sentido, se o professor Dumbledore estivesse preso realmente já haveria um estardalhaço e com certeza a professora McGonagall já os teria avisado de alguma coisa. 

– Corner... – disse Sara e Harry a olhou. 

– Ah, duvido que Voldemort tenha recrutado um débil como aquele... – disse Rony rindo. 

– E por que não? – disse Harry- Vi o jeito que ele olhou para Sara quando ela acertou-lhe um soco... 

– Mas isso não prova nada... – disse Hermione - ... qualquer um ficaria furioso se levasse um soco... 

– Hermione... eu combati Voldemort, o brilho dos olhos de Corner eram cruéis... ele pode não ser o próprio, mas acho que... 

– Isso explicaria por que razão ele tem andado com Malfoy... – disse Rony parecendo finalmente acreditar na possibilidade. 

– E explicaria também por que Malfoy parece ter tanta inveja dele... – respondeu Harry firmemente. 

Harry lembrava-se do que ouvira da boca do próprio Malfoy quando estavam do lado de fora da Ala Hospitalar esperando notícias de Rony. 

– Ah por favor... – disse Hermione indignada - ... Corner é...
– É perfeitamente capaz de se recrutar a comensal... – disse Sara e Harry concordou.
– O mais engraçado disso tudo é que nem Mesmero ou Snape estavam no salão... – disse Harry novamente - ... se não foram nenhum deles... então só pode ter sido Malfoy ou Corner... 

O sinal para a aula de Transfiguração soou e os garotos se apressaram, Sara ter tido aquela visão e Harry sentido sua cicatriz latejar, isso queria dizer alguma coisa, mesmo por que ele tinha certeza de que Voldemort estava feliz. 


A semana passava lentamente, e todas as vezes que tocava no assunto sobre Corner, Hermione e Rony se entre olharam não acreditando muito que a teoria de Corner ou Malfoy estarem em uma possível Captura de Dumbledore fosse verdadeira. 

Harry por sua vez acabara não comentando mais o assunto, só evitava deixar Sara sozinha a onde quer que ela fosse. Se os invasores estivessem ainda em Hogwarts, como ele pensava que fosse, era provável que tentariam de novo e se tentassem, ele estaria por perto. Haviam planejado duas revisões para aquela tarde.
– Ok, agora só faltam as anotações de Poções e Transfiguração... 

– Vimos isso ontem Hermione... – disse Rony desanimado enquanto ela lhe lançava um olhar recriminador – Temos um jogo amanhã... 

– É e uma chuva de provas daqui a dois meses... ouviu Ron, dois... – retorquiu a garota - ... não temos muito tempo...
– Tempo... – Harry ouviu Rony balbuciar baixinho para ele e Sara - ... Ta aí uma coisa que eu queria, se a professora Sprout não desse aula hoje, teria um tempo maior para poder descansar... 

– Quem sabe você tenha sorte Ron... – murmurou ele baixinho enquanto Hermione concentrada em suas anotações não ouvia uma palavra do que eles diziam. 

Internamente, Harry torcia para que as aulas de Herbologia fossem canceladas para que enfim pudesse ter pelo menos uma folga. Sara parecia estar bem, mas ele conhecia aquele olhar, e mesmo que ela tentasse não o enganava

E foi o que aconteceu naquela manhã de sexta, as aulas de Herbologia tinham sido canceladas pois as plantas da estufa sete estavam um tanto agitadas e a Prof. Sprout teve muito trabalho para poder acalma-las. O que dera uma folga extra já que tinham as tardes de sexta livres. 
– Está pensando em quem? Senhor Capitão? – ouviu a voz doce de Sara seguido de um toque em seu ombro. Harry pegou seu braço e puxou-o a fazendo cair em seu colo. 

– Estava pensando em quando é que vamos ter um tempinho para ficar a sós... – disse ele tocando em seus lábios e lhe dando um beijo rápido – Não pense que eu esqueci que temos alguns assuntos pendentes... 

– Eu sei, e também queria retomar esses assuntos mas... – disse Sara lhe dando um selinho e então se levantando - ... temos que chutar alguns sonserinos... 

– Sara, eu quero que preste muita atenção no que eu vou lhe dizer... – disse ele a encarando - ... eu sei que você sabe se cuidar, mas, tome cuidado... 

– Eu é quem devia dizer isso a você Harry... – disse Sara lhe encarando e passando os seus braços delicados por sua cintura.- Mas eu vou me cuidar, e você também vê se não... 

Harry não a deixou terminar, segurou seu rosto com ambas as mãos e invadiu sua boca delicada com um beijo apaixonado. O coração batendo acelerado enquanto sentia as delicadas mãozinhas de Sara percorrerem seu peit por quê sentia que ela corria perigo ele não sabia, mas essa sensação ficara ainda mais forte depois da invasão a torre da grifinória.

A atmosfera do era realmente a mais hostil que Harry já vira, em todos esses anos de Hogwarts. Leões rugindo na mesa vermelha e dourada da grifinória, assim como Harry conseguira ver o chapéu de Luna Lovegood urrando como a anos vinha fazendo. 

– Vai ser o jogo do século Harry! – dizia Ernest McMillan passando por ele e lhe dando uma palmadinha nas costas. 

– É o que está parecendo não é? – disse Rony satisfeito – Pelo que sei, Malfoy está fora do time, o que quer dizer que o idiota do apanhador não vai ter chance alguma. 

Harry aos poucos foi deixando sua mente vagar para longe da conversa. Das duas últimas vezes que ocorrera os jogos, duas delas houve acidentes. Sendo que o último, Rony tinha sido azarado. Sem falar que fazia alguns dias, desde a invasão a torre da Grifinória que ele não via o professor Mesmero. 

– Será que está planejando alguma coisa? 

– Falando sozinho Harry? – ouviu a voz de Rony e então notou que tanto Sara quanto Hermione estavam junto a eles.- É melhor não pirar antes de pegar o Pomo... 

– Não seja ridículo Rony... – retorquiu Hermione outra vez com o olhar de Sra. Weasley - ... Você não está pensando que Malfoy ou Corner estejam pensando em aprontar alguma durante o jogo ou está? 

– Não... – respondeu Harry – mas não vi Mesmero desde o dia em que a torre foi invadida, não comentei nada, mas, Mesmero estava mentindo quando disse que Filch tinha ido lhe avisar sobre a invasão. 

– Como assim? – perguntaram Sara e Hermione juntas. 

Você viu a hora que ele saiu da sala de troféus não viu? – Sara assentiu com a cabeça e ele continuou – Ele estava na torre da Ala Oeste como você havia dito Sara, como poderia ter decido até o terceiro andar aqui na Ala norte em menos de 20 minutos já sabendo sobre a invasão? 

– Você acha que ele já sabia do que iriam fazer? – perguntou Hermione. 

– Bem, ele pode ter facilitado a entrada não? – disse Sara – É um professor... 

– Seja como for, o que ele planejou não saiu como esperava... – disse Harry finalmente se levantando.- Temos um jogo e é melhor nos apressarmos.


O time da Grifinória entrou em campo em meio a um mar de gritos e cantorias. Harry pode ver muitos dos alunos, pra não dizer a maioria deles vestindo o vermelho e o dourado da Grifinória. Victor Krum, como sempre fazia chamou os capitães. Harry encarou o Urquhart que ainda lhe provocou com um sorriso de desdém. Passou os olhos ligeiramente pelo resto dos jogadores, nem sinal de Malfoy. Como alguém com ele desistiria da equipe. 

– Vamos acabar com vocês... – ouviu o capitão sonserino dizer e então o encarou sem medo. 

– É o que você pensa. – retorquiu Harry com uma voz forte e decidida. 

O apito foi ouvido tão rápido quanto as bolas foram jogadas ao céu. Rapidamente um borrão verde passou por ele, Puncey vinha a toda velocidade atrás de Gina. Harry por sua vez tinha a missão de pegar o pomo, não poderia deixar a partida se prolongar muito, principalmente com aquela sensação estranha que estava sentindo. 

Olhou para Sara e esta voava a toda velocidade contra um sonserino acertando o balaço em cheio e pegando o apanhador. 

– Isso... – disse ele sorrindo enquanto o novo locutor, Anthony Goldstein narrava os primeiros pontos da Grifinória. 

– Anda Logo Harry! – Gritou Gina e ele apoiou seu peito sobre o capo da vassoura e partiu para a busca do pomo. Não podia deixar de pensar nas possibilidades de algo acontecer. Mesmero estava “desaparecido”, Malfoy e Corner ele não via desde o café, como poderia ficar tranqüilo com seus três maiores suspeitos estavam a solta. 

Era impossível não pensar que naquele exato momento poderiam estar fazendo alguma coisa. 

Puncey passou novamente por ele rumo ao chão. Harry pensou em segui-lo mas algo chamou sua atenção, um brilho dourado perto da vassoura de Urquhart. Harry sabia que se fosse talvez o pomo sumisse, e então viu algo passando por ele e um estampido. Rapidamente o capitão da Sonserina caiu da vassoura e o pomo começou a voar e ele disparou em sua vassoura. 

Quando passou pelas arquibancadas não viu Dumbledore, como a tempos ele não via. Era difícil aceitar o fato de seu professor ter sido seqüestrado como Sara havia dito era impossível que Alvo Dumbledore, o bruxo mais talentoso e poderoso do mundo na opinião de Harry pudesse ser pego por um bando de comensais. 

Afastou o pensamento e viu que a bolinha dourada saia em disparada para o centro do campo, Puncey mais que depressa viu que se enganara e praticamente derrubou Natalia da vassoura assim que passou por ela. Harry concentrou-se ainda mais, olhou para a bolinha e esticou a mão para então levar a grifinória a vitória do jogo e ao campeonato. Com o coração aos saltos, Harry se esticou ao máximo e então sentiu um a bolinha entre seus dedos. 

Mas no instante seguinte, a ter pego essa bolinha. Uma dor forte o cegou o fazendo perder o controle da vassoura, e em segundos batia com tudo no chão do campo de quadribol.



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Autor(a): vision2018

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– A senhora tem certeza Madame Pomfrey?– Tenho sim querida... não foi tão grave assim... – Mas ele está dormindo a dois dias... – agora era outra voz, Harry tentava acordar mas, sentia suas pálpebras pesadas. Uma leve dor na nuca lhe incomodava. Sentiu o toque leve de alguém lhe fazendo carinho pelo rosto, ...


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