Fanfic: Harry Potter e o Livro Perdido | Tema: Harry Potter
– A senhora tem certeza Madame Pomfrey?
– Tenho sim querida... não foi tão grave assim...
– Mas ele está dormindo a dois dias... – agora era outra voz, Harry tentava acordar mas, sentia suas pálpebras pesadas. Uma leve dor na nuca lhe incomodava.
Sentiu o toque leve de alguém lhe fazendo carinho pelo rosto, conhecia aquele toque, conhecia aquele perfume. Queria poder segurar sua mão e ver aquele rosto lindo e que amava tanto.
– Deixem-no descansar... podem ficar aqui, mas procurem não fazer barulho.- Harry ouviu a voz de Madame Pomfrey a enfermeira – Estarei na minha sala se precisarem.
Harry ouviu os paços se distanciarem e novamente o toque suave em sua face. Reuniu toda a força que tinha e então conseguiu abrir os olhos. Via a imagem de alguém em sua frente, mas não estava usando óculos. Piscou algumas vezes e então tentou se levantar para procura-los mas duas mãos o seguraram.
– Não Harry... – ouviu a voz de Sara baixinho lhe fazendo deitar-se.- Me diz o que quer que eu pego...
– Meus...óculos... – disse ele lentamente.
Viu o vulto se distanciar e logo voltar colocando-o nele. Assim que sentiu os óculos ele fechou e abriu novamente os olhos e pode ver o rosto que tanto queria. Sarah estava ali ao seu alcance. Segurou suas mãos em seu rosto e a trouxe para bem junto de seu rosto lhe tomando os lábios.
– Eu pedi para que tomasse cuidado Harry... – ouviu ela lhe sussurrando segundos após ter terminado o beijo. - ... Se tivesse acontecido algo com você eu...
– Me azararia... eu sei... – brincou ele para depois faze-la sentar-se na cama ao seu lado.
– Não estou brincando Harry... – ralhou Sarah séria.
– Desculpem pelo susto... – disse em fim vendo Hermione,do lado oposto de Sarah e Rony aos pés da cama.
– A questão não foi susto Harry... – disse Sara e ele a encarou -... alguém azarou a vassoura enquanto você voava. Não conseguimos ver quem foi... e Hermione jura que Mesmero estava todo o tempo do lado do professor Snape e da professora Minerva.
– Então foi Malfoy ou Corner... – disse ele olhando para os amigos.
– Não os achamos em lugar algum... – respondeu Rony - ...peguei o mapa segundos depois você ter sido removido pra cá, mas não consegui ver ninguém.
– E o pior é que podem fechar a escola se isso continuar a acontecer. – Harry ouviu Hermione dizer – Estão dizendo que depois que o professor Dumbledore nos deixou, a professora Minerva não tem condição alguma de controlar a escola.
– Mas isso é uma tremenda besteira! – disse ele irritado e sentiu uma forte dor na sua cabeça.E Sentiu novamente a mão de Sara o fazendo deitar-se.
– Eu sei que é mas... você não pode se exaltar tanto... – disse Sara lhe encarando – Pensaremos nisso depois, é bom você dormir agora, voltaremos depois está bem?
– Quero que fique aqui... – disse ele a encarando.
– Sarah ficou aqui todo o tempo Harry... – disse Hermione – deixe ela descansar...
– Não, estou bem... – respondeu Sara com um sorriso - ...eu quero ficar...
Hermione já sabendo que não teria como impedir, pegou no braço de Rony e então saiu da enfermaria.
Harry pegou na mão de Sara e colocou sobre seu peito, o coração batendo forte e tinha certeza de que ela o sentia.
– Tente descansar... – a ouviu dizer e então levou sua mão aos lábios depositando um beijo em sua palma.
– Descansei demais... – respondeu ele.
– Lembre-se que eu te falei para tomar cuidado... – começou Sara mas Harry a fez aproximar-se dele e a tocou com seus lábios. O beijo começara lento mas fora tomando proporções que Harry agradeceu por estar debaixo das cobertas. Por fim a olhou após abrir os olhos e constatar que aquilo não era um sonho.
– Eu sei... – disse ele roçando seus lábios sobre os dela.- Mas me pegaram por que eu estava de costas... então, como foi a festa da vitória. Grifinória ganhou a taça mais uma vez não?
– Sim, mas eu não ia comemorar nada com você trancado aqui... – respondeu a garota. – Madame Ponfrey disse que se o balaço tivesse atingido você com mais força, teria quebrado o pescoço.
Harry viu os olhos de Sara ficarem marejados e então se levantou e a apertou em seus braços. Sentiu as lágrimas molharem a camisa do seu pijama enquanto alisava os cabelos sedosos da namorada.
– Não sei o que faria se... se... – Harry a ouviu e então a olhou nos olhos. Os olhos mais lindos que já vira.
– Demorei para ter você... não vou abrir mão tão fácil assim... – respondeu ele sorrindo, mas sabia de seu destino era incerto, mas faria o possível e impossível para ficar com ela.
Harry deixou a ala hospitalar após Madame Ponfrey ter exanimado cada milímetro de seu corpo. Quisera até fazer Harry ficar mais um dia, mas ele garantiu diante a professora Minerva de que estava bem.
Quando chegou ao salão principal para o café, foi recebido com um estrondoso aplauso. Com Grifinória sendo a campeã da taça das casas, a Sonserina tivera de engolir não só um sapo mas todos os répteis mágicos e não mágicos possíveis.
A tolerância entre as casas Sonserina e Grifinória chegara ao ápice. Mesmo perdendo o campeonato ainda tinham esperança de que conseguissem vencer a taça das casas.
Harry continuava a não deixar Sarah andar sozinha e muitas vezes nem ele andava sozinho. Sempre tinham professores zanzando pelos corredores e em todos aqueles que Mesmero estava, Harry reparara que Snape também estava.
– Snape está suspeitando de Mesmero... – concluiu ele enquanto saíam das estufas após a ultima aula daquela sexta feira.
– É, em todas as vezes que encontrei Mesmero pelos corredores, vi Snape nos calcanhares dele.- disse Sara.
– Se Snape está suspeitando dele... por que razão não faz nada? – perguntou Rony encarando todos enquanto esperavam o quadro abrir para lhe dar passagem para o salão comunal.
– Ele deve estar esperando o professor Dumbledore.- respondeu Hermione e então voltou-se para a amiga - Por falar nisso Sara, você voltou a ter aquelas visões?
– Não... – disse ela sentando no sofá em frente a lareira e Harry sentou-se ao seu lado - ... nem mais uma névoa se quer... Talvez fosse só nervosismo, os N.I.E.Ms são na semana que vem...
– Por falar nisso, temos que revisar o que aprendemos hoje na aula de Herbologia e Transfiguração. Raízes de Amplomora e Transformação parcial iram cair com certeza.
– A gente sabe Hermione... – disse Rony desanimado - ... não vejo a hora disso tudo acabar sabia?
– Eu não sei se vou conseguir me acostumar ficar longe disso tudo... – disse Hermione abaixando os olhos - ...sabe, não ter mais contato com os professores, sem deveres... nem...
– Você está brincando? – disse Rony incrédulo – Aí sim eu vou estar no céu... imagina, sem deveres, sem ninguém pra ficar me impedindo de usar magia... aí sim vou estar no paraíso.
– Para e pensa Ron... – disse Hermione novamente- ... quando é que você vai rever nossos colegas outra vez?
– E você quer rever-los? – perguntou Rony – Já não me basta ter que aturar Dino lá em casa, por que, não duvido que do jeito que está grudado em Gina, mamãe não a permita namorar aquele...
– Ok, senhor insensível... – disse finalmente Hermione colocando um ponto final na discussão. -...se não vai sentir falta, pelo menos finja que vai sentir não é? Ou você acha que vai fazer o quê depois que se formar? Morar com seus pais?
– Não, vou morar com Fred e Jorge... – disse Rony orgulho.
– E você acha que eles vão permitir isso? – continuava Hermione.
Harry por sua vez apenas olhava para os amigos e sentia os olhos incrivelmente pesados.Não entendia se era o cansaço por causa das aulas extremamente puxadas ou por que ainda não se recuperara completamente do acidente no jogo de quadribol.Estava quase cochilando quando ouviu seu nome.
–...então vou morar com o Harry! – ouviu a voz de Rony – É, isso, ele vai morar em Londres não é? Quer ser auror como eu, e com certeza podemos morar juntos não é Harry?
– Hã... er... – disse ele voltando a acordar – O que disse?
– Harry vai ficar com Sara... você não vai querer ficar de Archote na casa deles.. – retorquia Hermione
– Ei... por que não moramos todos juntos? – perguntou Sara e tanto Hermione quanto Rony calaram-se. – Todos vamos querer morarmos sozinhos... por que não morarmos juntos.
Harry então ouviu Sarah se dirigir a ele e sorriu.
– Está cansando não é? – ouviu a voz de Sara e então voltou-se pra ela enquanto recebia um toque em seu rosto.
– Acho que cochilei. – respondeu ele evitando olhar para Rony pois sabia que este estava olhando com um olhar de reprovação.
– Bom podemos conversar sobre isso amanhã... – disse Hermione levantando-se rapidamente. – Vamos inspecionar os corredores pela ultima vez...depois vamos dormir.
– E o senhor direto para o dormitório... – ouviu Sarah e então virou-se para ela.
– Vem comigo? – pediu ele fazendo cara de cão sem dono e depois rindo ao ver Sarah mordendo o lábio inferior.
– Harry?? – disse ela finalmente e Harry sorriu vendo um certo rubor em sua face.
– Até a porta... – disse ele com o sorriso maroto -... acho que não me sinto muito bem e preciso que me acompanhem...
De onde ele tirara a fazer esses joguinhos, Harry não sabia, mas estava gostando de ver Sara ficar com o rosto róseo todas as vezes que insinuava algo. Não via a hora de poder ficar com ela a sós, sem ninguém ou algo para os interromper. No entanto, sabia que não poderia fazer nada sem o seu consentimento e também isso ele não o faria. Ao deixar Sara na porta do quarto, Harry foi para o seu dormitório e jogou-se na cama. Faltavam apenas duas semanas para os exames finais, e então, se formaria na Escola da Magia e Bruxaria de Hogwarts. Lembrava-se como se fosse naquele exato momento que recebera a primeira carta. Tio Valter tentando a todo custo não deixa-lo saber sobre o que era realmente e então, Hagrid apareceu para enfim esclarecer tudo.
Harry virou-se na cama enquanto sentia seu corpo aconchegar-se e aquecer-se nos cobertores, já era final de março e após os exames dos NIEMs, faria os últimos exames da escola e enfim, viveria sua vida.
– Eu já lhe disse Ron... – Harry ouviu a voz de Hermione saindo do salão comunal rumo a mais uma aula de Feitiços – Não posso te ajudar com esse feitiço, só você é quem vai poder executar...
– Mas Hermione... – tentava argumentar Ron, mas Hermione parecia ainda mais obstinada a não ajudar.
– Alguém viu a Sara? – perguntou Harry enquanto desciam para o segundo andar. – Não a vi no almoço.
– Ai, que cabeça a minha Harry... – disse Hermione ficando com o rosto rubro – ela estava com um pequeno probleminha, sabe, algo com uma transfiguração e a professora McGonagall pediu pra que ela fosse até sua sala.
– Ah... – disse Harry compreendendo, mas achando tudo muito suspeito. Sarah nunca tivera problemas com esse tipo de coisa, mas no entanto, depois de tudo o que havia acontecido era provável que sua tia quisesse relatórios sobre como ela estava ou pelo menos vê-la todos os dias para ter certeza de que tudo estava bem.
– Acorda Harry... – ouviu a voz de Sara e então sua mão delicada passou pelos seus olhos – Não acha que é um pouco tarde pra ficar sonhando acordado?
– Estava pensando em você... – disse ele sorrindo e então segurando sua mão e a levando até os lábios beijando a sua palma. – O que precisava fazer que não pode almoçar?
– Minha tia tem medo do que possa acontecer agora... – disse Sara sentando-se ao seu lado na mesa enquanto o professor Flitwick começava a aula.
– Medo? – perguntou ele começando a tirar as coisas da mochila – Medo do quê?
– Professor Dumbledore mandou uma mensagem, aparentemente pelo que ele relatou está em uma ilha averiguando algumas informações... – disse Sara e Harry a encarou, não era possível que o professor tivesse “averiguando” alguma coisa sendo que, todos sabiam ele estava atrás de pistas sobre Voldemort. O qual todos perfeitamente sabiam, estava em algum lugar de Londres. Então algo muito estranho passou pela mente de Harry, e se a mensagem que a professora tivesse recebido não fosse realmente de Dumbledore. Ele olhou para a garota e esta então desviou os olhos para o pergaminho começando a falar novamente.
– É eu sei o que está pensando, o professor Dumbledore jamais usaria uma coruja ou algo assim para passar uma mensagem para a Ordem... – Harry então a viu lhe olhar e não se contendo pegou em sua mão por debaixo da mesa.
– E como foi que a professora recebeu essa mensagem? – perguntou ele enquanto o professor Flitwick lhes ensinava o feitiço para reorganizar.
– Isso é que é o mais estranho... – disse Sara voltando a encara-lo - ...Tia Minerva disse que, quando chegou a sua sala a carta já estava lá.
– Hein?
– Isso que você ouviu Harry, a carta estava lá... – disse Sara o olhando – Estava meio chamuscada, e, minha tia acha que pode ter vindo da lareira.
– O professor Dumbledore jamais mandaria uma carta pela lareira... – disse ele abaixando mais a voz para o professor não ouvi-los - ...ele mandaria Fawkes.
– Eu sei, foi o que eu disse a tia Minerva... – respondeu Sara e Harry então pegou sua varinha para começar a fazer o feitiço.
– Isso, joguem seus pertences sobre a mesa...e depois executem o feitiço para eles reorganizarem tudo e não se esqueçam do movimento longo um giro e do feitiço que estão treinando.
Harry e Sarah começaram a treinar enquanto viam o professor Flitwick parado na frente de sua mesa. Não queriam que ele ouvisse a conversa e, por ele tê-los visto conversando estava de olho na sua prática. O garoto até tentara falar alguma coisa a Hermione mas, esta estava na mesa atrás de Flítwick e por isso não poderia, pelo menos naquele momento.
Passou os olhos pela sala e a maioria também não estava tendo muito sucesso.
– Tente de novo Sr. Potter... – ouviu a voz fininha do professor e então tentou se concentrar - ... O senhor...
Ouviram uma batida na porta e novamente a voz do professor Flitwick dizendo para ficarem em silêncio e rapidamente se dirigindo para a porta.
– Essa história não ta bem contada... – disse ele finalmente após ter tido sucesso na décima tentativa vendo o professor desaparecer no meio das carteiras rumo a porta – Fawkes é quem sempre está com o professor Dumbledore, é ele que seguramente traria as informações.
– É mas ninguém viu o professor Dumbledore e, muito menos Fawkes... – disse Sara – principalmente depois que eu tive aquela visão. Fawkes sumiu, minha tia disse que ela provavelmente o seguiu.
– Eu sei, pode ser... mas... – Harry não pode terminar a frase, pois a professora McGonagall apareceu na porta.
– Por favor classe. Quero que prestem atenção...
Harry sentiu rapidamente a mão de Sara encontrar a sua e então a apertou tentando passar confiança.
– Quero todos no salão principal, sigam o professor Flitwick e sem pressa.
– O que será que aconteceu? – perguntou Rony e ele então deu de ombros, arrumava suas coisas enquanto via Hermione fazer uso do feitiço aprendido para organizar seus pertences dentro da mochila.
– Vamos logo... – disse ela e Harry terminou de jogar o que tinha na mochila e depois a seguindo.
Olhou a namorada enquanto seguiam pelos corredores, Sarah estava séria e com um ar preocupado. Passou delicadamente um de seus braços por seus ombros e então beijou-lhe a testa enquanto seguiam juntamente com os outros alunos.
Os murmúrios eram inevitáveis, e o que mais se perguntavam era a razão de todos terem que sair de suas aulas para se reunirem no salão.
– Será que morreu alguém? – Harry ouviu uma aluna do quinto ano da corvinal perguntar para a colega.
– Se morreu... tomara que seja o Snape... – ouviu a voz de Rony sussurrando baixinho.
– Rony!!! – censurou-o Hermione com um beliscão.
– AAAiiiii!!!! Hermione...– disse Rony massageando as costelas.
– Isso é pra não falar mais bobagens... – disse séria fuzilando Harry com os olhos pois não conseguira abafar um sorriso.
– Por favor... queiram fazer silêncio... – disse a professora McGonagall com a voz ligeiramente aumentada. - Quero que façam silêncio, pois precisamos de toda a atenção!
Harry notou a voz carregada e séria da diretora e encarou Sara. Ela estava séria e o brilho de preocupação em seus olhos era eminente. Tirou-lhe a mochila do ombro e cacomodou-a juntamente com a sua e de Rony ao seu lado juntamente com sua capa. Depois a trouxe para perto a mantendo a sua frente entre seus braços.Sentiu Sara deixar-se abraçar por ele acariciando suas mãos.
Os murmurinhos eram muitos, apesar da professora ter pedido silêncio. Harry achou que mesmo a diretora Minerva sendo rígida como professora, alguns alunos, principalmente sonserinos não a respeitavam. Foi então que passou os olhos pelo salão, onde estava Malfoy?
– Com sua permissão Minerva... – disse um homem com um bigote parecendo um leão marinho vestido de xadrez. – Draco Ilusio!!!
Um dragão dourado apareceu do nada rugindo ameaçador. Isso fez um silêncio tomar conta dos alunos que rapidamente olharam para a frente.
– Obrigado Cambrige... – disse a professora voltando-se agora para os alunos.- Temos um motivo importante para traze-los aqui, algo muito importante foi roubado de... – nessa hora começaram novamente os murmurinhos.
– Como alguma coisa pode ter sido roubada? – Harry ouviu Rony.
– Se continuar falando, não vamos saber... – respondeu Hermione o alfinetando.
– Quer saber Hermi...
– Calem a boca vocês dois.... – ralhou Harry vendo a professora Minerva novamente apontar a varinha para a sua garganta e recomeçar a falar.
– Um livro, cujo o Ministério vinha guardando a sete mil chaves, foi roubado dessa escola. O Senhor Cambridge e o Senhor Victorim estão aqui para fazerem uma vistoria no castelo. – Harry viu então os dois bruxos, Cambridge, cujo bigode e formato do rosto lhe davam a impressão de ver um Leão marinho vestido de xadrez e o outro, Victorim, tão magro e com o rosto ossudo como Tia Petúnia fez uma reverência e tomou a palavra da professora enquanto os borburinhos novamente começaram.
– Não estamos acusando nenhum de vocês, mas por medidas de segurança, não podemos deixar que esse livro tenha caído em mãos inocentes. – disse ele com uma voz fina e irritante.
– Mas que livro é esse? – Harry ouviu a voz de alguém perguntar e rapidamente o Cambridge tomou a palavra.
– Isso é assunto do Ministério caro rapaz... – disse ele - ... para sua segurança, é melhor não saber...
– Mas como alguém iria roubar algo que nem se quer sabe o que é? – disse Harry baixinho no ouvido Sarah. Porém pareceu fazer a mesma pergunta pois Cambridge respondeu.
– Por ser um mistério é claro, sabemos que tudo o que é proibido ou, possua um certo mistério atrai os jovens... e como a vinda desse objeto para Hogwarts, foi um segredo estritamente reservado aos membros do Ministério. Por isso, iremos revistar cada milímetro deste castelo. Todos irão voltar a suas torres e só saíram de lá com um monitor ou com o professor. Colocaremos um aviso no mural de cada torre, incluindo no salão principal, biblioteca...
Harry ficou pensando em que tipo de livro eles estariam falando, se fosse mesmo que este livro fosse perigoso, por que razão teriam trazido para a escola?
– Não seria por que é o lugar mais seguro do mundo depois do Gringots? – ouviu a voz de Sarah e então a encarou.- Não li sua mente, você falou alto...
Sara sorriu timidamente e ele então a apertou mais contra o corpo, precisava senti-la por perto, mas a razão disso ele não sabia.
– Esse livro... será que não foi isso que vimos McGonagall, Hagrid e Moody trazendo aquele dia? – perguntou Rony encarando Harry e Sarah.
– Não seja tolo... é obvio que esse livro já estava aqui... – disse Hermione enfrentando um olhar reprovador de Rony.
– Agora... sigam os monitores e voltem para suas torres, o sinal será dado na hora do jantar... – ouviram a professora McGonagall e Harry então pegou sua mochila e de Sara começando a andar.
– Cara, vou me sentir um perfeito preso... – reclamou Rony – sem poder sair nem pra ir a biblioteca?
– Desde quando você vai a biblioteca? – perguntou Hermione sarcástica enquanto Rony fingia não ter ouvido o comentário.
– É eu sei... – respondeu Sarah - ... mas quem é que roubaria alguma coisa?
Harry começou a pensar, quem em primeiro lugar roubaria esse livro tão importante? Em segundo, se tinha sido levado em segredo para Hogwarts, somente alguém que sabia do paradeiro dele é quem teria o pego. Em terceiro, o que teria de tão valioso nesse livro. Foi então que lembrou-se de algo que o professor Dumbledore lhe dissera uma vez. Um livro que havia sido roubado da biblioteca no ano anterior que pertencera a Voldemort.
– No que esta pensando Harry? – ouviu a voz de Hermione e então voltou do seus pensamentos.
– Em algo que o professor Dumbledore me disse... – disse ele sentando-se na mesa e jogando a mochila. Hermione e Rony fizeram o mesmo e ele puxou Sara para sentar-se ao seu lado. – Lembra de quando o professor Dumbledore nos chamou o ano passado a sala dele,e nos contou sobre um livro que havia desaparecido?
– Sei... o livro de Voldemort... – disse Sarah.
– Você está achando que é esse o livro? – perguntou Hermione e Harry pode ver Rony também o encarando espantado.
– Mas Harry... esse livro sumiu o ano passado... – disse Sarah e ele a encarou – Como só dariam por falta dele agora?
– Lembra que o professor disse que o Ministério tinha ficado com a maioria das coisas de Voldemort. E que estava tudo muito bem protegido?
– Você quer dizer que... o professor Dumbledore é quem o estava protegendo? – perguntou Hermione mais uma vez e Harry somente confirmou com a cabeça.
– É obvio, todos provavelmente procurariam em qualquer lugar possivelmente secreto e, no entanto, Dumbledore o deixou a vista de todos, pra não levantar suspeitas...
– Bem, mas não funcionou... – disse Sara encarando Hermione – o livro foi roubado do mesmo jeito, e lembro muito bem que quando disse ao professor Dumbledore que vi Malfoy com um livro estranho nas mãos, ele ficou bem preocupado.
– Eu lembro... – disse Rony – Gina também disse ter visto Pansy com um livro negro com uma serpente prateada na capa.
– Mas se esse livro desapareceu no ano passado, por que foram até o museu de Londres roubar aquele outro livro? – perguntou Hermione.
– E por quê razão, só agora deram por falta dele... – concluiu Sarah.
– Talvez... – disse Harry finalmente -... por que a pessoa que o pegou, ficou com medo de usa-lo com Dumbledore por perto...
– Ou então não sabia como usa-lo... – completou Sara.
– E será que estão usando agora? – perguntou mais uma vez Hermione. Mas tanto Sara quanto Harry não responderam.
– Ei... mas então o quê era aquilo que vimos outra noite? – perguntou Rony confuso – Se não era esse tal livro que o Ministério está procurando, era o quê?
Nem passava pela cabeça de Harry o quê poderia ser. No entanto estava mais preocupado era com o que Malfoy estaria aprontando juntamente com Corner. Sim, esse corvinal que se mostrara ter espírito sonserino a ponto de se unir ao comensal mirim.
– O que me preocupa agora, é o Malfoy... – disse Harry encarando todos – Alguém de vocês viu ele no meio daquele pessoal todo?
– Ele estava atrás de você... – disse Hermione encarando Harry -... o vi quando ralhei com Rony pois ele não parava de falar.
– Ué, e ele não tentou nada? – disse Harry espantado pelo fato de Malfoy não ter tentado azara-lo pelas costas.- E vocês ainda me dizem que ele não está estranho?
– Deixa de bobagens Harry... – retorquiu Hermione - ... ele não é tão imbecil a ponto de azarar alguém com os professores e principalmente pessoas do Ministério no mesmo lugar que ele.
– Desde quando isso foi empecilho para ele? – perguntou Harry agora curioso.
– Você não acha que está ficando obcecado por Malfoy? – perguntou Hermione com o mesmo tom zombeteiro na voz.
– E não é pra ficar? – tornou Harry a perguntar – Ele não está agindo normalmente como agia...
– Eu sei Harry... mas só por que você acha que ele substituiu o pai como comensal, não quer dizer que ele seja... acho essa idéia maluca se quer saber... – retorquiu Hermione e então Harry levantou-se nervoso.
– Idéia maluca? – perguntou ele. – Ok, Hermione, se você acha que ele é tão santo quanto nós, não me venha chorar depois que ele aprontar algo que com certeza poderia ter sido evitado.
– Harry... eu não quis... – tentou argumentar Hermione mas Harry já subia para o dormitório.
– Eu vou falar com ele... – respondeu Sarah pegando a mochila de Harry e subindo logo atrás.
Harry entrou no dormitório dos garotos e agradeceu por encontra-lo vazio, foi então ao banheiro e jogou um pouco de água no seu rosto. Os olhos embaçados por causa da falta dos óculos tateou a procura da toalha até sentir alguém lhe entregando.
– Não devia ter falado assim com Hermione... – ouviu a voz de Sara e então colocou mais uma vez os óculos.Viu a namorada o encarando com o mesmo olhar que sempre fazia quando queria lhe repreender. - ...Você conhece ela, as teorias pra ela tem que ter provas concretas...
– Quem precisa ir parar na ala hospitalar para ela acreditar em mim?
– Eu acredito em você... – disse Sara se aproximando dele então o encarando - ...não basta?
Harry sentiu o corpo todo tremer ao ver Sara aproximando-se dele. Só de sentir o perfume de sua namorada, o garoto estremecia. Passou um dos seus braços pela cintura da namorada a trazendo para bem junto ao corpo enquanto seus lábios procuravam os dela até os encontrar com um beijo provocante e exigente.
Seu coração batendo acelerado o fazia sentir as pernas tremerem, assim como uma fisgada no baixo ventre lhe fez lembrar a noite em que ficara a um passo de ter Sara somente para ele. Abriu os olhos assim que sentiu os lábios da namorada tocarem seu pescoço e não conseguiu resistir ao impulso de sentir aquele calor que emanava do corpo de sua namorada. Encostou-a na parede pressionando seu corpo contra o dela enquanto seus lábios sorviam os doces lábios de Sara.
Era difícil explicar a sensação que sentia, era um mundo de sensações de uma vez e ao mesmo tempo nenhuma.Seu corpo todo tremia a cada toque que Sara lhe dava e quando seus lábios procuraram o pescoço dela sentiu o ar da respiração ofegante da namorada próximo ao seu.
Uma de suas mãos deslizou para os quadris de Sara enquanto a outra ele elevou-a até ao lado da cabeça da garota. Estava perto de novamente tocar os lábios da namorada, quando tocou sem querer no suporte onde ficava o archote. Em um minuto estava beijando a namorada e no minuto seguinte estava deitado sobre ela em uma espécie de túnel mal iluminado.
– Mas que droga é essa? – esbravejou ele então ouviu a voz de Sara.
– Lumus!
A ponta da varinha da namorada iluminou um pouco os dois, ele estava deitado sobre Sarah e os olhos dela brilhavam como estrelas para ele.
– Você está bem? – perguntou ele tirando o peso de cima do corpo frágil da garota.
– Preferia estar deitada em algo mais macio... – disse ela sorrindo - ...o chão não é muito confortável...
Harry não conseguiu evitar o sorriso e então levantou-se e ajudando Sara se levantar e quase que instantaneamente alguns archotes começaram a clarear o caminho. Diante deles havia uma escada em caracol, as paredes escuras com muitas teias de aranha mostravam que fazia um bom tempo que ninguém passava por ali.
– Que lugar é esse? – Harry ouviu Sara perguntar e então pegou em sua mão, tinha algo estranho naquele lugar, parecia familiar, mas como se ele nunca tinha estado ali antes?
– Vamos subir? – perguntou e encarou Sara que meneou a cabeça concordando.
Não demorou muito para chegarem ao topo da escada, havia uma porta simples com o desenho de um cervo entalhado na madeira.Era idêntico ao seu patrono e, a forma animaga de seu pai. Com o coração aos saltos viu Sara apontar a varinha para a iluminar melhor a cabeça daquele servo.
– Pontas? – perguntou Sara com um sorriso.
Harry engoliu em seco e antão estendeu a mão para tocar na maçaneta, rapidamente ouviu-se uma vozinha que fez tanto Harry quanto Sara saltarem.
– Nananinanão... – disse a voz e então Sara apontou mais uma vez a varinha para a cabeça do cervo e então por um triz não despenca escadaria abaixo. – Ei, vê lá para onde aponta a varinha, pode arrancar o olho de alguém com isso!
Harry segurou Sarah para não deixa-la cair e ambos espantaram-se com a fala da cabeça de cervo, já tinham visto “estatuas de guarda” na sala dos professores e, também na sala do diretor, mas o que uma estátua de vigia estaria fazendo em uma sala escondida no banheiro no dormitório dos garotos?
– Ora... ora... Olá, está perdida por aqui boneca?
– Ei, vê lá como fala... – retorquiu Harry zangado e o cervo meneou a cabeça.
– Olha só? E quem pensa que é pra me dar ordens, ô quatro olhos? E... – então o cervo levantou o focinho para a testa de Harry – Cicatriz...
– Aqui quem está falando é Harry Potter... e...- começou Harry zangado mas foi interrompido pela vozinha irritante do cervo.
– Potter!!! Como assim Potter???
O garoto tentou falar mas o cervo então o encarou de cima abaixo. E sorriu pela primeira vez.
– Pontas!!! É você!!! Há quanto tempo??? Se eu tivesse braços lhe abraçaria agora... – então voltou-se para Sarah chacoalhando os chifres e a encarando - ... essa deve ser a tão famosa Evans... minha cara, ele não parava de falar de você – então Harry viu-o olhando mais uma vez para Sara e meneando a cabeça – Tem certeza que ela é ruiva, pra mim você precisa é aumentar o grau deles...
– Mil perdões senhor... – começou dizer Sara mas Harry percebeu que ela não sabia como chamar aquela cabeça de cervo. - ... bem, eu não sou Lilly Evans, sou Sara, Sara McGonagall e esse é o filho de Lilly Evans e James Potter... Harry...
– O Herdeiro do trono maroto!!! - exclamou o cervo – Mas por que não me disseram logo... – mas então novamente ele cerrou os olhos, ou Harry teve essa impressão - ... ei, espera aí, será que você não é mais um dos planos do Ranhoso, ceboso, nariz de gancho Severo Snape???
– Não, não sou não... – garantiu Harry mas ficara pensando em como provar que falava a verdade.- Sou filho de James sim, pode acreditar...
– Ok, se é mesmo filho de James Maroto Potter, vai ter que passar pelo teste de sangue... – disse o cervo e então Harry sentiu a mão de Sara apertar seu braço mas não desviou o olhar.
– Vou passar, pode pedir o teste que quiser... – respondeu ele sem muita convicção. Encarou a cabeça de madeira e esperou que esta lhe mostrasse o tal teste de sangue. Porém, a única coisa que ouviu foi o tilintar da porta destrancando.
– Seja bem vindo, herdeiro do mais genial, colossal, bonito, inteligente, espetacular, e realmente modesto, James Potter.
A porta se abriu mostrando uma pequena sala circular, haviam dois espelhos que Harry os reconheceu como identificadores das trevas.
– Realmente, seu pai era muito modesto... – ele ouviu a voz de Sara ao seu lado e então adentrou na sala para ver melhor. No que entrara um a um os archotes foram se acendendo com magia. Agora com o lugar mais claro era possível ver uma lareira bem no centro da sala. Cercada por várias poltronas enormes cheias de almofadas e cobertores. Também havia um quadro com o desenho de um elfo domestico onde lhe fazia uma reverência assim que Harry entrou.
– Harry, vem até aqui... – ouviu a voz de Sara e então a viu próximo a um baú bem no canto próximo a uma pequena janela. - ... O que será que tem aí?
– Os mais preciosos tesouros maroticos, minha doce donzela... – falou a cabeça de alce mais uma vez.
Harry encarou o baú por alguns minutos, tinha certeza que deveria estar cheio de feitiços e coisas assim para proteger qualquer que fosse esse tesouro.
Passou os olhos pelo local, o quê ele poderia usar? A varinha com certeza não faria efeito, pois conhecendo o talento que Lupin tinha, era provável que não iria achar a solução.
Tinha de ter um quebra cabeças, assim como o mapa do maroto, ou qualquer outra coisa. Parou os olhos sobre uma pequena estante, bem ao fundo dela havia uma pequena caixa que não passou desapercebido pelos olhos dele. Correu até lá, pegou-a e retirou a tampa. Havia uma pequena chave, mas muito pequena para o cadeado.
– Não vai abrir, e se conheço Lupin não vai adiantar usar a varinha... – disse olhando para a porta e para a cabeça de cervo - ... como posso abrir?
– Bem, você tem mesmo sangue maroto correndo nas veias...– disse a cabeça então o encarando – Pense como seu pai... Ele era um grande rapaz, foi ele quem me criou sabia? Eu e toda essa sala...
Harry mal conseguiu prestar atenção na história que o cervo lhe contava. Havia um rato, um cervo, um cachorro e um lobo entalhados na madeira do baú, tinha que ter alguma coisa neles que ajudasse a abrir, e estava ficando cada vez mais ansioso. O problema era como pensar como seu pai se ele nem ao menos o tinha conhecido?
– O que Fred e Jorge fariam diante a isso?? – perguntou Sarah e Harry posse a pensar. Fred e Jorge foram o mais perto que ele conheceu de “marotisses”.
– Sendo do meu pai e de Sírius... pode-se esperar qualquer coisa... – disse ele tocando no baú. Assim que seus dedos tocaram a madeira enegrecida, sentiu seu braço tremer. Era como se algo penetrasse em sua corrente sanguínea fazendo o sangue fervilhar em suas veias. Como se recebesse um choque ele puxou a mão rapidamente.
– Mas que droga foi essa? – perguntou ele segurando a mão que mesmo a sentindo congelada, estava na temperatura normal.
– Seja lá o que for... você conseguiu... – ouviu a voz de Sarah e então olhou para o baú. Uma luz vermelha e dourada o envolveu fazendo o cadeado se destrancar.
– ... Pontas e eu sempre fomos muito amigos... – continuava sonhador cervo de madeira na porta. Harry e Sara então colocaram a cabeça para espiar dentro do baú.
Harry olhou para Sara um pouco incerto, se tratando de seu pai e os outros marotos, era muito bem capaz de ter muitos feitiços protegendo seus pertences. Sara pareceu entender e então,apontando a varinha para o baú.
– Finis Incantamentum! – disse ela e uma luz branca perolada envolveu o baú. Harry as vezes agradecia aos céus por Sara lembrar de todos os feitiços básicos pois ele geralmente só lembrava dos complicados.
– Mocinha esperta, jovem herdeiro... – disse a cabeça de Cervo que ainda os observava. - ...mas sinto informar, que esses pertences só mesmo o herdeiro do, maravilho, genial, estupendo, lindão...
– Ok, ok.. eu sei que ele era tudo isso... – retorquiu Harry de Mal humor - ...pode por favor terminar a frase?
– Acho que o que ele está querendo dizer... – disse Sara olhando para Harry - ...é que só os possíveis herdeiros é que podem tocar nas coisas desse baú...
– Mais uma vez, a bela lindeza está correta... – disse a cabeça de cervo - ...olha, se por acaso não tiver compromisso, eu lhe dou a honra de ser...
– Ela já tem compromisso... – respondeu Harry agora mais sério do que nunca. – Me ajude aqui Sara...
Aos poucos Harry foi descobrindo o conteúdo do baú. Havia muitas fotos, incluindo aquela que ele ouvira a sua mãe dizendo que havia tirado das mãos dos sonserinos. Também havia duas ou três sacas de kits para sacanear os inimigos. Havia um bilhete escrito sobre cada uma das sacas, e o garoto reconheceu a letra, era de Sírius.
– Ranhoso... – disse ele mostrando um saquinho para Sara e o colocando de lado – Cobra Albina... – disse ele mais uma vez tornou a colocar outro pacote de lado – e bastardo... o que será que quer dizer isso?
– Ué, Snape... – disse Sara mostrando o saquinho – o pai do Malfoy, e provavelmente o irmão dele... não?
– Essa garota é mais marota do que o herdeiro... – disse novamente a cabeça de cervo.
Harry fingiu não ouvir o comentário do cervo e somente concordou com Sara enquanto voltava sua atenção para um pequeno livro, assim como aquele diário que no seu segundo ano Harry acabara descobrindo.
– Harry, eu não acho que seria bom você mexer aí... – disse Sara mas o garoto já abria o tal diário.
– “Diário de marotices”... – leu ele em voz alta - ...São os feitiços e planos que meu pai e Sírius faziam. Veja aqui... – disse ele mostrando o diário para a namorada - ...”Passo 1, criar uma pequena confusão no terceiro andar, Pirraça pode ajudar, mas temos que compra-lo com nossos kits.”
– E eles ainda anotavam o que iam fazer... – disse Sara sorrindo ao ver passo à passo os detalhes dos planos. A caligrafia fina e levemente voltada para a direita era a do professor Lupin. – Lupin devia organizar tudo no papel o que seu pai planejava.
– Tem feitiços aqui também... – disse Harry encantado com os “tesouros” recém descobertos. Nunca tivera nada dos seus pais a não ser pequenas fotos e a capa de invisibilidade que era dele. Agora tinha uma sala inteira de objetos que pertenciam a todos os marotos.
– Nunca ouvi falar desses feitiços... – disse Sara sentando-se ao lado de Harry sobre uma porção de almofadas. -...Será que foram criados por eles, ou...
– Possivelmente sim... – respondeu Harry folheando o livro, seu coração batia acelerado. Haviam várias anotações, palavrões, e muitas outras coisas. Harry queria ler tudo de uma vez por causa da ansiedade. Mas uma coisa lhe chamou a atenção. O símbolo de uma cobra desenhada no canto esquerdo da página e ao lado uma lista de nomes. Alguns estavam ilegíveis, outros a tinta havia manchado o pergaminho.
– Nossa... Snape como primeiro da lista... – ele ouviu Sarah dizer ao seu lado e então sorriu.
– Também tem... Nott, Avery...McNair… - disse Harry passando os olhos rapidamente -...Lúcio Malfoy, Narcisa Black, Bellatrix Black...
– Não são todos comensais? – perguntou Sarah o encarando – Será que, formaram esse exercito aqui dentro mesmo?
– Se tratando de Voldemort... eu não duvidaria... – disse Harry encarando Sara e depois voltando a olhar a lista. Eram bastante nomes, uns que ele jamais tinha ouvido. Talvez seu pai, assim como ele estivesse “caçando” bruxos das trevas desde sua época de jovem, bem, ele era auror então, era bem provável que isso o influenciara bastante na carreira.
– Ciro Quirell? – perguntou Sara e então Harry teve um sobressalto.
– Como?
– Ciro Quirell... bem aqui, no fim da página... – disse Sara mostrando-lhe um nome na última linha, a letra era diferente, mas era bem legível. – Achei que o nome do seu primeiro professor de DCAT fosse César...
– É eu... também... – disse Harry e então sua cabeça se prendeu naquele nome. Será que os marotos tinham se enganado?
– E duvido que eles tenham se enganado no nome...
– Disso eu também duvido... se tem uma coisa que tenho certeza, é de que não ocorreria enganos com os marotos... – disse Sara então olhando para Harry. O garoto novamente parara o olhar sobre um pequeno dizer ao lado da página seguinte. A caligrafia rápida mostrava que fora feita as pressas, ao lado de Malfoy, Black e Lastrange, havia duas palavras em destaque “Somnus Externus”.
– Somnus Externus... – murmurou ele e então olhou para Sarah – Parece ser um feitiço...
– É... parece mesmo, mas o que está me deixando intrigada, é esse símbolo. Parece o mesmo daquele livro sabe...
– Acho melhor eu ficar com isso... – disse ele encarando Sara – Quero ler direitinho o que está escrito aqui...
– Era o que eu ia dizer... – disse Sara se levantando -... ficamos tempo demais aqui, e acho que já passa do horário para irmos pra cama...
Harry concordou com a cabeça e levantou-se também, observando Sarah guardar com um rápido movimento de varinha, tudo novamente no baú o lacrando logo em seguida.
– Assim estará mais seguro... – a ouviu dizer e passou os olhos mais uma vez naquele lugar, agora o seu esconderijo.
– Vamos Harry? – perguntou Sara e então o garoto se aproximou dela com um sorriso e acariciou seu rosto. Agora já sabia onde ficar com Sara sem ser incomodado. Aproximou seus lábios dos dela mais uma vez e os tomou com tal intensidade que se esquecera por completo de que já estavam de saída.
– Hum... – pigarreou o Cervo – Hum, Hum... posso aconselha-los a voltarem pro seus devidos dormitórios?
– Ele tem razão... – disse Sara com a voz fraca e Harry sentiu sua respiração sobre seus lábios. - ... eles vão dar por nossa falta e não acho bom dizer que estávamos em um quarto secreto...
– É eu sei... – respondeu Harry lhe dando mais um selinho enquanto o cervo abria a porta revelando a escuridão da escadaria.
– Voltem quando quiserem... – disse o cervo ficando rígido como pedra na frente da porta.
Novamente os archotes iluminaram o caminho enquanto desciam para o dormitório dos garotos. Olhando no relógio mágico no alto, já passava da uma hora da manhã. Todos deviam estar dormindo mas assim que chegaram ao dormitório, não havia ninguém.
– Ué... cadê todo mundo? – o garoto ouviu a voz de Sara e apenas meneou a cabeça. Sentiu um arrepio por sua nuca, tinha a sensação de que havia acontecido alguma coisa.
– Venha, vamos até a sala comunal. – disse ele a puxando pela mão. Abriram a porta e quando ele foi descer as escadas esbarrou fortemente em Rony.
– Por Merlim, onde foi que vocês se meteram?? – disse Rony ofegante.
– Ei.. calma, a gente pode te explicar... não precisa ficar desse jeito. – ralhou Sara com o amigo
– Não temos tempo para conversas ok? Tonks, ela foi atacada aqui dentro do castelo... deve estar a caminho do St. Mungus agora...
– Como assim? – perguntou Sara horrorizada – Como podem tê-la atacado dentro do castelo? Quem a atacou?
Harry sentiu os olhos de Rony virarem na sua direção. Aquele arrepio na nuca novamente o incomodou.
– Eles acham que foi o Harry...- disse Rony rapidamente - pois foi com sua varinha que azararam Tonks...
Harry então rapidamente procurou sua varinha dentro das vestes, ela realmente tinha sumido.
Autor(a): vision2018
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– Eu estou dizendo, não fui eu... – dizia Harry sentado no meio da sala da diretora. Ao seu redor todos os membros do conselho escolar e se não bastasse, os dois membros do Ministério, Victorim e Cambridge estavam presentes.– E como explica que sua varinha tenha sido a causadora do feitiço que levou a auror Tonks para o St. Mungu ...
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