Fanfics Brasil - Palavras no escuro Harry Potter e o Livro Perdido

Fanfic: Harry Potter e o Livro Perdido | Tema: Harry Potter


Capítulo: Palavras no escuro

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– Como eu pude não lembrar disso? – disse Harry juntamente com Sara na torre da Grifinória. Muitos alunos estavam aproveitando o fim da primeira semana de exames e com isso havia muita conversa.


– Talvez por que estivesse acabado de sair de um exame de NIEMs? – perguntou Sara irônica enquanto Hermione e Rony se levantavam para ver o que havia acontecido. 


– O que foi que houve? – perguntou Rony interessado. 


– Vocês sabem se tem alguém no dormitório dos garotos? – perguntou Harry rapidamente. 


– Não... – disse Rony coçando a cabeça e olhando para Hermione com uma sobrancelha erguida. – Simas acabou de descer para o pátio, e Neville pelo que sei, saiu com Dino para encontrar a lufana namorada dele... 


– Preciso contar algo a vocês... – disse ele pegando Sara pela mão e a levando escadaria acima.Hermione e Rony o seguiram. O Dormitório dos garotos estava praticamente bagunçado, Harry no entanto foi rapidinho em direção ao malão e depois de retirar praticamente tudo no chão, tirou um embrulho de dentro dele. Lá estava o pequeno livro com capa de couro com os quatro animais gravados sobre ele. 


O garoto sentou-se na cama e começou a folhear rapidamente o livro, Hermione e Rony se entre olharam e depois olharam para Sara. 


– O que Harry está procurando? – perguntou a garota.


Harry não ouviu, estava concentrado na sua procura no pequeno livro. Sara parecia ter entendido o que ele estava procurando. Folheava aquele livro tão avidamente que mal conseguia notar as caras de Rony e Mione espantados lhe encarando. O garoto sabia que tinha visto aquele feitiço no diário dos marotos, mas ainda não sabiam que feitiço que era e o que ele fazia. Mas uma pergunta estava na cabeça do garoto, como Corner sabia sobre ele? 


– Aqui... – disse ele achando a página desejada - ... Corner executou esse feitiço para “impressionar”, segundo ele a professora Marchbanks. Como ele sabia sobre esse feitiço se nem o professor Flitwick sabia... 


– Ele poderia ter aprendido com o pai, ou o avô... – disse Hermione encarando Harry - ... Esse feitiço é da época do seu pai, Harry, ninguém pode garantir que só ... 


– Corner lançou esse feitiço em Lisa Turpin... – disse ele em tom de urgência - ...Goldstein me contou, ela dormiu por quase um mês... 


– Ok, Harry, supondo que você tenha razão... – disse Hermione sentada na cama - ... se realmente ele enfeitiçou Tonks, então é só pressionarmos ele para dizer o contra feitiço... e... 


– A questão não é essa... – disse Sara pegando o diário e o olhando - ... pra mim, esse feitiço era usado apenas pelas pessoas que estavam na sonserina. Vejam a lista, é como se fosse um grupo seleto de pessoas que o praticassem. 


Hermione pareceu analisar a resposta de Sara enquanto encaravam o pequeno livro diante deles. As letras em caligrafia fina eram sem dúvida de Lupin. 


– Eu não disse... Somnus Externus ... – mostrou Harry triunfante - … eu disse a vocês, está aqui.... vejam... 


O nome do feitiço estava escrito com uma caligrafia diferente, Harry reconheceu como a de Sírius, principalmente por ter um desenho de um cão negro ao lado. Estava escrita inclinada de modo a envolver três linhas nas quais haviam três nomes escritos. 


– Lucio Malfoy, Narcisa e Belatrix Black? – perguntou Rony coçando a cabeça. 


– Devem ser quem usava esse feitiço na época... – disse Sara encarando os amigos. 


– Bem, que seja... mas isso não prova que Corner seja um Comensal Júnior só por saber esse feitiço... se Lucio, Narcisa e Bellatrix sabiam, Lucio pode ter ensinado a Malfoy e ele ensinou Corner... – disse Hermione mas Sara sacudiu a cabeça negativamente. 


– Disso eu duvido, fiz a prova prática com Malfoy... ele foi um dos piores... se soubesse um feitiço desse nível como Harry disse, com certeza tentaria impressionar o examinador... 


– Sara tem razão... – disse Harry sério olhando para os nomes - ... Corner deve ter aprendido esse feitiço diretamente de alguém que o criou... um desses três nomes ou se não os três inventaram esse feitiço. 


– Bem, se eles três inventaram o feitiço... – disse Rony agora os encarando - ... como Corner iria saber? Ok, pode ser que na época de seu pai outras pessoas aprenderam não é? Até outros feitiços piores a gente aprendeu... 


– A questão não é essa exatamente Rony... – disse Sara - ... a pessoa pode definhar se continuar a dormir... olhe bem, para os marotos terem se preocupado tanto com esse feitiço, isso pode ser realmente perigoso... examinem a lista.... – agora ela virara a lista para que todos vissem - ... todos os nomes que estão aí, a maioria virou comensal da morte, poucos se não somente a exceção desse Quirell viraram ... 


– Você disse... Quirell? – perguntou Hermione procurando o nome na lista – César Quirell? 


– Não.... Ciro Quirell... – disse Sara lhe mostrando o nome escrito novamente com outra letra, menos caprichada e literalmente inclinada para a direita. Como se alguém tivesse acrescentado o nome as pressas. - ... também fiquei encucada, achei que o nome do professor de vocês fosse César... 


– Nosso... você quis dizer, estava conosco... – disse Hermione encarando o diário e ficando pensativa. Harry apenas observava também pensativo. Não vira o nome de Quirell mas o tinha visto na penseira. Quirell tinha tido capacidade de servir de hospedeiro quando Voldemort precisou de um corpo para lhe ajudar. O vira conversando com Mesmero e Pettigrew no pensamento de Lupin. Foi então que ouviu a voz de Hermione. 


– Se já tentamos procurar nos registros da escola o nome Mesmero, e não o encontramos... por que não procuramos esse Ciro Quirell? 


– É, se for irmão de César é provável que tenha alguma foto ou coisa parecida não?- disse Sara. 


– Precisamos falar com Lupin... – disse Harry e todos olharam pra ele - ... ele é o único que pode me dizer quais desses nomes ainda está vivo ou trabalhou pra Voldemort na época dele... além disso, vou visitar aquela lembrança outra vez... 


– Por que? – ouviu a voz de Sara e a encarou. 


– Por que acho que deixei escapar alguma coisa que não devia... e quando achar essa peça... tudo vai começar a se encaixar... 


Durante o sábado, Harry tentou falar com Lupin outra vez mas não conseguira nada. Não ligou a princípio pois sabia que Lupin estava investigando sobre os lobisomens e com certeza, se não tinha respondido, é por que tinha coisas mais importantes. Porém Sara ficara preocupada com isso tanto que no domingo pela manhã aproveitando o vazio da sala comunal, Rony, Hermione e Sara estavam sentados próximo a uma das janelas da torre encobrindo Harry enquanto tentava conversar com Lupin. 


– Remus Lupin… - dizia para o espelho dupla face que ele havia ganho do seu professor. – Não adianta, ou ele não está com o espelho, ou aconteceu alguma coisa... 


– Vai ver ele está fazendo o trabalho da Tonks não? – disse Hermione sabiamente – Ela está ainda no St. Mungus, quem sabe por falta de pessoal ele assumiu o posto dela na ordem... 


– Pode ser... – disse Sara mas então ouviram a voz do seu antigo professor vindo do espelho. 


– Como vai Harry? 


– Professor Lupin... preciso saber sobre um feitiço... não sei se pode ser da sua época, mas... – Harry então olhou para os rostos dos amigos e Sara lhe dera sinal para continuar. – er, bem professor aconteceu uma coisa... 


– Não andou sentindo..... – começou dizer Lupin preocupado mas Harry logo o cortou. 


– Não, outra coisa aconteceu... o Sr. Deve estar sabendo que todos acham que eu fui quem azarou Tonks com aquele feitiço... – começou Harry um pouco sério. 


– Todos não, Harry, apenas os imbecis que o novo ministro colocou em Hogwarts... – corrigiu Lupin e Harry sentiu-se um pouco mais aliviado. 


– Bem, acontece que achei isso... – disse Harry mostrando o diário Maroto. 

O garoto não soube explicar ao certo o que realmente acontecera pois a expressão de Lupin mudara de preocupação para espanto tão repentinamente quanto um raio.


– Por Merlin, onde foi que arranjou isso? – perguntou ele rapidamente. 


– Não importa isso agora professor... – começou Sara por sobre o ombro de 
Harry. 


– É que vimos um feitiço nele... se chama Somnus Externus... – começou Harry a dizer e a expressão de Lupin mudara drasticamente outra vez, agora para preocupação. – Hoje em minha prova de feitiços, um aluno executou esse feitiço para impressionar a avaliadora... 


Ao terminar a frase, a face de Lupin ficara pálida, tão pálida quanto ficava ao ver a imagem de uma Lua cheia. Harry esperou que o professor dissesse alguma coisa mas este parecia em estado de choque. 


– Professor? – ouviu a voz de Hermione por sobre seu ombro, e então Lupin pareceu voltar. 


– Não foi Draco Malfoy ou foi? – perguntou Lupin agora preocupado. 


– Não... – respondeu Harry com convicção – foi um corvinal, Michael Corner... vi esse feitiço destacado em três nomes desse diário, Lucius Malfoy, Bellatrix e Narcisa Black... não sabia o que queria dizer... 


– Mas esse feitiço não foi usado em algum aluno espero... – novamente havia urgência na voz de Lupin e Harry começou a ficar preocupado. 


– Não posso dizer com certeza... – disse Harry lembrando do que ouvira da boca de Goldstein – Goldstein, o monitor da Corvinal disse que algum tempo, o passatempo preferido de Corner é colocar os alunos para dormir, fez isso em uma das aulas da Tonks com Lisa Turpin, ela dormiu por um mês... 


– Escute bem Harry e isso vale para todos vocês... – disse Lupin sério e Harry notara preocupação no rosto lívido do ex- professor - ... Esse feitiço foi um caos na minha época e de seu pai Harry, bruxos das trevas, como você pode ter visto na nossa lista nesse diário foram quem o criou, não tivemos provas na época de que todos eles o usavam, mas tínhamos certeza de que os precursores eram Malfoy, Narcisa e Bellatrix... sendo assim, metade da sonserina devia saber desse feitiço mas somente alguns, os escolhidos por eles é quem sabiam o executar com perfeição.... 


– Mas ele é tão perigoso assim? – perguntou Hermione rapidamente. 


– Pior do que vocês imaginam... – disse Lupin sério - ... Nunca tivemos tantos problemas quanto na época que usavam esse feitiço. Ele fora tirado de um livro das trevas, o mais perigoso da nossa época, havia coisas nele, que nenhum bruxo jamais tivera coragem de executar. Pertenceu a Salazar Sonserina, continha todos os seus piores e maiores feitiços dos quais somente um verdadeiro herdeiro poderia executar... Dumbledore o guardava até certo tempo atrás, mas infelizmente, Voldemort acabou o conseguindo, não me pergunte como, seu pai e os marotos tentaram a todo custo consegui-lo de volta pois com certeza fora a mão da equipe que hoje forma os comensais da morte. Mas fora tudo em vão... e por essa razão... tínhamos a lista de nomes.... 


– Professor... mas, e o nome Ciro Quirell? – disse Sara rapidamente – O senhor lembra dele? 


– Não sei se cheguei a conhece-lo... – disse Lupin parecendo pensativo - ... você sabe, apesar de pertencer aos marotos, não tinha uma vida muito social... 


Foi então que uma sombra passou pelo rosto de Lupin, e ele ficara lívido outra vez. Harry notara mas quando ia perguntar a ele o que havia acontecido Lupin simplesmente se despediu. 


– Não posso conversar mais com vocês agora garotos, preciso correr para o St. Mungus... 


– O que aconteceu? – perguntou Harry rápido mas já não via mais o reflexo do professor e sim o seu no espelho. 


– O que será que deu nele pra sair assim? – perguntou Rony. 


– Tonks.... – disse Harry baixinho – É isso... o feitiço que lançaram em Tonks foi esse, o tal Somnus Externus... foi por isso que Lupin saiu as pressas, faz muito tempo que Tonks está dormindo em sono profundo... 


– E depois dizem que os Lobos não se apaixonam... – disse Rony filosofando e os outros começaram a rir. 


– Não acho que Corner tenha sido tão idiota a ponto de azarar a Tonks... – agora era Hermione quem falava - vejam bem, se ele estiver mesmo aprendendo esse feitiço, tipo, ele só conseguiu fazer Lisa dormir por um mês, o feitiço não foi lá muito eficiente... 


– Onde quer chegar? – perguntou Harry e então ouviu a voz de Sarah. 


– O que Hermione quer dizer é, Corner pode sim ter roubado a varinha de Harry, e, também pode muito bem estar aprendendo esse feitiço, mas pra mim, quem azarou Tonks sabia executa-lo muito bem... 


– Você quer dizer... – começou Rony. 


– Quem é o único que não estava presente naquele dia? – disse Sarah e Harry lembrou-se rapidamente de Mesmero. 


– Professor Mesmero... ele sumiu o dia todo... – respondeu ele baixinho - ... Mas é claro, o vimos em Hogsmeade no dia em que disseram ter visto Narcisa por lá... ela pode ter ensinado Mesmero a fazer esse feitiço, afinal, é professor de Artes das Trevas... 


– E... como não poderia ensinar Malfoy sem despertar suspeitas, tentou ensinar Corner mas este não aprendeu com a rapidez que ele esperava.... – concluiu Hermione. 


– Mas isso ainda não faz sentido... – disse Harry parecendo pensar - ... Por quê azararia Tonks? Isso o incriminaria rapidamente, se esse feitiço foi tão executado no tempo de meu pai quanto diz Lupin, ele seria um dos poucos que saberia sobre ele... 


– Harry tem razão... – disse Sarah. 


– É, mas Tonks estava de olho nele lembram? – disse Rony – Ela estava o vigiando de perto, ele simplesmente a quis tirar do caminho... 


– Ou então, ela descobriu alguma coisa... – disse Harry misteriosamente. Precisavam descobrir o que podiam sobre Mesmero, o quanto antes. 


O tempo se passava e nem se quer uma única notícia de Dumbledore. Harry sabia que o seu ex-diretor estava em busca de algo sobre Voldemort, mas que não dissera a ninguém o quê exatamente estava procurando. Morria de curiosidade para saber, mas nenhum membro da Ordem lhe dizia nada. Por incrível que pareça, o fato de avisar Lupin sobre o tal feitiço não fez com que Tonks acordar. Soubera nos corredores que ela continuava em sono profundo.

– Talvez ele tenha alterado o feitiço... - disse Hermione sabiamente enquanto se dirigiam para fora do castelo, mesmo com o tempo tempestuoso, o calor dentro das paredes centenárias de pedra estava insuportável. Harry sentiu o vento forte bater em seu rosto assim que se sentaram na escadaria da entrada do castelo. - ... já li sobre isso, é assim que encontram novos feitiços, mas é uma experiência arriscada, a pessoa pode morrer se o feitiço não der certo. 


– Sabemos disso Hermione... – disse Rony - ... sabemos muito bem disso... 


Harry sentiu um arrepio estranho quando uma rajada de vento passou por eles, olhou para a Sarah e esta estava calada, abraçada ao próprio corpo. Ficara preocupado. Se chegara ao lado da garota enquanto a abraçava. Sabia que Sara estava preocupada, não tinha como não estar afinal, ele mesmo estava. 


– Estou começando a achar que o professor Dumbledore foi realmente apanhado Harry... – disse ela em voz baixa. 


– Não pense nisso agora, temos várias provas pra fazer ainda... – disse ele alisando o cabelo sedoso da namorada - ... você mesmo não ouviu sua tia dizer que ele estava misterioso com essa procura por vestígios de Voldemort? 


– É eu sei.. – disse Sara - ... mas do quê Voldemort poderia estar atrás... aquele livro de Salazar Sonserina? 


– Pode ser... mas ao meu ver ainda acho que tem mais coisas... ele invadiu o Ministério a procura da tal profecia... a dois anos, queria a pedra que você tinha e que pertenceu a Merlin... Se ele realmente tem esse livro de Salazar sonserina deve estar esperando o momento certo para poder agir.. 


– É isso que me preocupa... – disse Sara o encarando - ... essa espera é pior que qualquer coisa... 


Harry não vira passar o resto da semana, em meio a provas teóricas e as práticas, se desdobrou com o cancelamento provisório dos jogos de quadribol. Draco embora um tanto sumido, ainda era visto quase sempre com Corner, não mais com tanta freqüência como antes. Isso o estava deixando um pouco desconfiado, algo talvez tivesse acontecido mas o quê? 


– Finalmente, nosso último exame teórico... – disse Rony enquanto saiam da sala de aula no último dia dos exames. 


– Não é nosso “último” exame... temos ainda que ir até aquele vilarejo próximo a Hogsmeade para ver o tal cometa se lembra? – disse Hermione andando ao lado da namorado. 


– Eu sei... mas aquele passeio não pode ser considerado um exame não é... vamos nos divertir, vamos ver esse estúpido cometa e o melhor de tudo, vamos tirar esse exame nota máxima... 


– Como tem tanta certeza? – perguntou Hermione enquanto Harry encarava Sarah que continuava calada. Passou seu braço por um dos ombros da garota e então começou a andar mais devagar. 


Não ficava tanto tempo com ela nesses últimos dias e queria poder senti-la com ele novamente, estava com saudades e assim que diminuíra o passo, a jovem pareceu entender. Assim deixaram alguma distância de Rony e Hermione, a garota ainda olhou para trás e sorriu para ele e Sarah. Agarrou na mão de Rony e desapareceram escadaria acima. 


Harry então parou diante de Sarah, e com ambas as mãos segurou a face da garota. Seus olhos brilharam assim que encontraram os dela. Lentamente foi se aproximando do rosto da garota até tocar os lábios rosados da namorada com um beijo. Queria poder dizer-lhe que a amava, que não conseguia vê-la preocupada daquela maneira e não poder fazer nada, mas nunca fora muito bom com palavras e, tentou ao máximo, passar isso em seu beijo. Um calor correu por suas veias, queria protege-la, tê-la em seus braços, em seu corpo. 


Foi aprofundando o beijo até quase perder o fôlego, deu-lhe um selinho antes de parar o beijo por completo e sem se afastar, balbuciando sobre os lábios de Sarah, resumiu seu sentimento em 3 palavras. 


– Eu te amo... 


Viu Sarah sorrir e então a envolveu em seus braços por alguns instantes. Era bom senti-la tão próximo a ele, e ainda mais saber que ela encaixava tão bem entre eles. Sara então ergueu os olhos e lhe encarou. Seu sorriso era como sentir-se vivo, jamais pensou em amar alguém assim antes e no entanto queria passar o resto de seus dias com ela. Seu sorriso, seu olhar, seu jeito meigo o cativavam. Não importava se Voldemort quisesse acabar com ele, valia a pena viver se tivesse uma chance de poder ver Sara ao seu lado. 


– Por que está me olhando assim? – disse ela com um sorriso ao vê-lo lhe olhando. 


– Só estava admirando você, não posso admirar minha namorada? – perguntou Harry cerrando os olhos e tirando uma mecha do cabelo do rosto de Sarah - Tenho visto você muito preocupada, não gosto de vê-la assim.


– Não tenho como evitar... - disse ela finalmente andando até a janela próximo ao corredor - O professor Dumbledore é meu padrinho Harry, é como minha família... 


– Eu sei Sah... - Harry veio até ela e a envolvera em seus braços novamente - ... ouça, se realmente o professor Dumbledore não mandou notícias, alguém implantou essa pista falsa, tenho certeza de que Mesmero tem algo haver com isso, mas não tenho como provar.


– É eu sei disso também... - disse ela agora com os olhos de encontro aos seus - ... as vezes me pergunto o que está havendo, está tudo tão confuso... tento pensar em como resolver isso, achar algo que ligasse tudo mas não consigo.


– Você sabe qual é a ligação Sah.... - disse ele sério, sabia exatamente qual era a ligação disso tudo era ele. Mas só em ver o olhar que Sara lhe dirigira sentiu que ela iria dizer-lhe algo e então não a deixou. Aproximou seus lábios dos dela a impedindo de dizer alguma coisa, beijou-a novamente esquecendo-se de onde estavam, apenas queria sentir Sarah junto a ele e enlaçou a sua cintura fina lhe trazendo bem junto ao corpo. Agradescia a Merlin estar usando sua capa pois se não, poderia assustar a namorada com o jeito que estava.Afastou-se lentamente com um sorriso tímido nos lábios, tinha certeza que mesmo não dizendo, Sarah já havia percebido o estado em que se encontrava.


– Harry... acho que aqui não é lugar pra... bem... você sabe... - disse ela com um sorriso tímido e Harry sentiu uma fisgada no baixo ventre ao vê-la assim. Meneou a cabeça afirmando enquanto sentia as mãozinhas delicadas da namorada o abraçando na cintura por debaixo da capa.


– É eu sei... - disse ele sentindo o rosto esquentar significativamente - ... mas digamos que minha namorada tem uma agenda bem lotada, e, não quer fazer uma vizitinha a sala marota..


– Não vem com isso Harry... você sabe que o problema não é esse... - ouviu a voz da namorada se afastando e cruzando os braços a lhe encarar - ...eu só não quero que um cervo tagarela fique a olhar... só isso....


– É só lançar um feitiço básico e problema resolvido.... - disse ele e então sorriu maroto para a jovem - ... ou se não, jogamos uma capa sobre ele... .


– Mesmo assim Harry... não me sinto a vontade... - disse ela e então ele a puxou para si novamente..


– Não se sente a vontade? - agora ele arquera a sombrancelha e encarara a namorada com um sorriso maroto - O que pretende fazer comigo que não se sente a vontade se alguém estiver olhando?.


Sara então se voltou e encarou o namorado, Harry não pode negar a satisfação de vê-la rubra mas mesmo assim ela sorrira marota para ele e se aproximara até levar seus lábios ao seu ouvido..


– Só vai saber quando tivermos um tempinho só nosso Sr. Potter... - disse ela bem baixinho em seu ouvido e beijou-lhe delicadamente o lóbulo da orelha. Não foi preciso dizer que Harry novamente sentira uma fisgada no baixo ventre.


Estava pronto para puxar Sarah mais uma vez quando ouviu a voz estridente de Ronny correndo em sua direção com um pedaço de pergaminho..


– Harry!!!!! Sara!!!! Soltaram meu pai....


– Que ótimo Ron... - disse ele abrindo um sorriso, Sr. Weasley tinha sido como um verdadeiro pai pra ele durante todos esses anos os quais enfrentara Voldemort. não só ele, mas toda a família Weasley tinham lhe dado apoio. - ... e quando ele vai voltar pra casa?


– Ainda não sei... - disse Rony com um sorriso que a tempos Harry não tinha visto - ... mamãe não quer voltar pra casa, disse que aquela casa não tem dado sorte para nós desde que destruiram a nova Toca, ela pediu a Dumbledore que os deixasse ficar em um lugar mais seguro...


– E onde eles vão ficar? - perguntou Sara curiosa.


– Também não sei... mamãe diz na carta que Dumbledore dirá pessoalmente... - respondeu Rony ainda com um sorriso - Preciso achar a Mione, onde será que ela se meteu... 


Rony correu desabalado escadaria acima desaparecendo no corredor, Harry voltara sua atenção a Sara que novamente ficara calada. E então a acompanhou rumo a ante sala para depois sair rumo a pátio interno do castelo. Haviam várias pessoas passeando por lá, mas Harry andou em silêncio ao lado de Sara até um canto mais afastado. Viu que ela apoiou-se no parapeito da ponte e voltou-se pra ele com o olhar que sentiu cortar-lhe o coração. Harry não teve como se conter e a abraçou o quão forte conseguiu.


– Como Sra. Weasley vai falar com Dumbledore... - Harry a ouviu sentindo a voz da namorada um pouco fraca - ... Nem a Ordem sabe ao certo onde ele está...


– Se tivesse acontecido algo a ele Sah... já saberiamos de alguma coisa... - disse ele não acreditando muito no que ele mesmo dizia, queria poder ter certeza e não ver a namorada daquela forma mas infelizmente não tinha como melhorar isso. Voldemort estava agindo na surdina, já havia pegado o tal livro que todos estavam a comentar do assalto ao museu. Mas o que ele iria querer com algo desse tipo? Também tinham o tal livro que o ministério estava a procura, outro motivo que fazia Harry pensar ainda mais até sua cabeça começar a latejar. - Estou deixando escapar alguma coisa Sah, mas por mais que eu tente achar uma ligação nisso não consigo......


Harry afastou-se um pouco de Sah e virou para olha-la, era difícil pra ele também não saber o que estava acontecendo, mas Sara estava ainda mais preocupada e ao vê-lo dizer aquilo recebera um olhar do qual ele se arrependera de ter falado....


– Me desculpe Harry... tenho sido péssima com você e... - ouviu Sara dizer e então viu-lhe o olhar triste a fita-lo. - ... me esqueço de como sofre por isso também... ...


– Desculpa Sah... não... bem... não é isso... - tentou dizer ele mas não conseguiu achar palavras pra consolar a namorada, era muito ruim com elas e sua boca sempre o deixava na mão quando precisava usa-la. Deu dois passos e ficou frente a frente com Sara, não sabia direito como dizer-lhe que queria disculpar-se. Não devia ter agido tão agressivamente assim. Enlaçou a cintura esguia da namorada entre seus braços e a imprensou delicadamente contra a pilastra que levava aos corredores externos. Seus labios procuraram os lábios aveludados da namorada enquanto a sentia estremecer junto ao seu corpo. O gostinho doce daqueles lábios eram o remédio pra qualquer mal que pudesse existir no interior do garoto. O coração acelerou tamanha fora a sensação de senti-la tão próximo. Não sabia mais quanto tempo resistiria não te-la como sua somente e a todo custo controlou-se, estavam em pleno pátio interno, se alguém os pegasse daquela forma, a reputação de Sarah, não só dela mas da diretora também se abalaria. - Er... Sah... - disse ele ainda sentindo a respiração ofegante da namorada sobre seus lábios e os acariciando com os seus enquanto falava. - Estive pensando em... entrarmos na lembrança de Lupin outra vez.... - agora abrira os olhos e vira aqueles dois lindos orbes cor de chocolate 


Se achar que realmente é necessário Harry... – respondeu ela com um sorriso acariciando de leve o rosto do garoto -... não vejo motivo para não fazer isso... além do mais, dessa vez eu vou com você...


– Eu iria pedir isso se você não lesse minha mente... – disse ele sorrindo. 


– Ei.... eu não tenho essa capacidade sabia? – Sarah então afastara-se um pouco porém Harry a puxou contra seu corpo novamente. 


– Sei disso, mas sempre consegue saber o que penso... – disse ele com um sorriso maroto brotando em seus lábios - ... então... não quer saber o que eu estou pensando agora? 


Sarah o encarou mordendo o lábio inferior como sempre fazia, Harry a olhou sentindo uma fisgada no baixo ventre porém a namorada pareceu entender o que se passava. Sentiu seu corpo aproximando-se e o envolvendo em seu calor lhe dando um beijo ao mesmo tempo inocente e o envolvendo cada vez mais. 


Naquela noite tudo parecia perfeito, Harry não se sentia tão bem assim a muito tempo e era como se não existisse Voldemort, nem o mundo bruxo estivesse parecendo um caos. Senhor Weasley havia sido finalmente solto o que deixou tanto Rony quanto Gina muito mais contentes do que o normal. 

Depois do jantar de comemoração de “Final de exames”, Harry e Rony ficaram jogando xadrez de bruxo enquanto Sara, Hermione e Gina conversavam. 


– Eu não sei o que essas garotas falam tanto... – murmurou Rony enquanto o cavalo de Rony explodia o peão de Harry. – Elas passam a maior parte do tempo juntas, e ainda assim tem assunto... 


– São garotas Ron... – disse Harry com um sorriso - ... eu ficaria surpreso se não tivessem opiniões... 


– Aí com certeza não seriam garotas... – respondeu Dino que até então estava calado apenas observando o jogo. – Vai perder a rainha Harry...


– É eu sei... – disse o garoto arqueando o tronco tentando ajeitar-se na poltrona - ... mas estou um pouco cansado, e... acho que vou pra cama... Assume meu lugar Dino...


Harry levantou-se, sentia-se um pouco cansado mas tinha certeza que era apenas por causa das provas daquela semana. Olhou para a mesa onde as garotas estavam conversando e Sarah estava andando até ele. 


– Achei que quisesse ficar conversando com as garotas... – perguntou ele enlaçando a cintura de Sarah com um dos braços. 


– Bem, estou um pouco cansada por causa das provas... – respondeu a garota enquanto ele a conduzia escadaria acima. - ... amanhã é sábado, podemos voar um pouco se não estiver tão ocupado... 


– Vou adorar voar com você... – Harry parou no meio da escada pressionando o seu corpo contra o de Sarah o imprensando contra a parede. 

Sentira o sangue pulsar em seu corpo de uma forma selvagem como nunca antes sentira. Afastou-se um pouco assustado e conseguira notar que até mesmo Sara, havia se surpreendido. - ... desculpe... não, não quis assustar você... 


– Não precisa me pedir desculpas por isso... – respondeu Sara fazendo-lhe um carinho e recomeçando a subir as escadas o puxando pela mão. - ... sei o que sente Harry, e fico feliz em saber que... bem... – Sara então parou no pequeno corredor que levava para os dormitórios - ... que... 


– Que desejo você... – completou ele sem saber de onde tivera coragem para dizer isso. 


Harry vira o rubor no rosto da namorada e fez-lhe um carinho na face, o jeitinho meigo e tímido como a deixou o fez rir um pouco apesar de saber que dificilmente ela ficava sem resposta. Aproximou-se do seu rosto e tomou-lhe os lábios com amor e urgência. O coração retumbando no peito enquanto uma de suas mãos deslizou para os quadris de Sarah. Notando o movimento, ele mesmo deteve-se e a encarara nos olhos. 


– É melhor eu tomar um banho frio ou, vou acabar invadindo o dormitório feminino sem me importar com a detenção... – disse ele sobre os lábios de Sarah e então sorrindo ao afastar o rosto. 


– Bem... temos tempo amanhã... e já que você não pode vir ao dormitório feminino.... – ouvira a resposta da jovem e sorriu ainda mais - ... nada que eu não possa ir ao dormitório masculino... 


– Não me tente... – murmurou ele dando um selinho enquanto via a jovem se afastar rumo ao interior da porta. 


Sarah apenas sorriu e murmurou o que ele sempre adorava ouvir, mas antes de sair por completo, Harry sentiu o beijo dela em seus lábios rapidamente e então a jovem entrou no dormitório feminino.

O garoto então virou-se e girou a maçaneta entrando no dele, tudo estava silencioso afinal, o dormitório estava vazio. Harry foi para o banheiro, tomou um banho rápido e vestiu o pijama. O tempo La fora não estava ruim mas, definitivamente havia um ar estranho pairando. 


Sem dar muita importância a isso, o garoto então deitou-se, ainda podia sentir o perfume de Sarah, sentir seus carinhos e o gosto do seu beijo, e assim com o calor dos cobertores, ele foi adormecendo. 


Harry havia mergulhado em uma escuridão de breu. Seus olhos não viam nada em parte alguma. Tentou falar, mas a voz não saia. Tentou correr mas também não conseguiu. Estava se sentindo cansado, era como se todo seu corpo tivesse ajudado Hagrid a carregar as árvores de natal para fora do castelo. Seu corpo começou a aquecer-se debaixo dos cobertores e Harry começou a relaxar enquanto observava o teto de sua cama de colunas. A escuridão do quarto passou a tomar formas difusas, e era como se Harry estivesse voando, voando sobre a copa de árvores. Bem ao longe um pontinho brilhante apareceu, provavelmente a luz do luar havia refletido nele. O garoto praticamente estava adorando aquela sensação, era como se ele tivesse se tornado um pássaro. Sentiu uma ponta de curiosidade e quis ir até aquela luz, no entanto seu corpo não obedeceu. 


– Não... é pra lá.... – disse ele forçando seu corpo para a direita, mas como se alguém o puxasse ele foi tomando outra direção. Voava sobre um rio, parecia muito maior do que o lago de Hogwarts. Harry continuou voando, vez ou outra desviando de algumas montanhas, virou o rosto tentando ver mais algumas coisas, era decididamente melhor do que andar em sua vassoura. Pode perceber que as árvores, haviam se distanciado, e logo abaixo parecia ter um povoado. Não era tão grande quanto Hogsmade. Pelo que o garoto notara haviam apenas umas duas ou três casas. Levantou os olhos e voava em direção a uma enorme torre. Parecido como um farol, havia uma imensa luz vindo dele, e de repente o cegou. Harry fechou os olhos e quando voltou-os a abrir, as figuras agora começavam a passar como verdadeiros borrões, provavelmente estava voando mais rápido. 

Então seus pés tocaram o chão com um baque, aterrissara. Harry girou a cabeça para ver onde estava, mas só conseguia ver escuridão. Esticou os braços, ou pelo menos pensou que havia esticado. Uma claridade começava a aparecer, talvez fosse uma saída. Suas pernas começaram a andar, mas ele não queria, não tinha vontade alguma de ir para a frente. Ele queria ir para aquela luz, queria saber o que era. Mas então uma porta se abriu diante dele. Harry sentiu seu corpo novamente ser levado para dentro do pequeno quarto. Bem ao canto havia uma luz, e nessa luz havia um vulto escuro sendo banhado por ela. 


– Anda velho estúpido! – ouviu uma voz que vinha atrás de si. – Meu mestre quer saber... 


Harry voltou seus olhos para a figura e ela continuava imóvel. 


– Não seja estúpido... posso lhe causar mais dor do que jamais sentiu... – novamente a pessoa bradou mas não obteve resposta.- Avada Ked... 


– Expelliarmus! – Harry sentiu sua boca dizer, mas a voz não era a sua – Não poderei saber o que diz a profecia se ele estiver morto! 

Harry sentiu uma raiva terrível quando seus olhos viraram novamente para o vulto banhado pela luz.- Cruccio! 


Ouviu um grito horrível, o vulto era uma pessoa.



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Autor(a): vision2018

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— Foi o que eu disse Rony não ia apenas torturar... – disse Harry sentindo a garganta seca -... eu... eu iria matar seja lá quem era ou é, que está preso em algum lugar. — Mas mesmo assim... – disse Rony coçando a cabeça - ... você já teve sonhos assim antes, não acho que seja algo para se ...


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