Fanfics Brasil - A Certeza sobre Dumbledore Harry Potter e o Livro Perdido

Fanfic: Harry Potter e o Livro Perdido | Tema: Harry Potter


Capítulo: A Certeza sobre Dumbledore

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— Foi o que eu disse Rony não ia apenas torturar... – disse Harry sentindo a garganta seca -... eu... eu iria matar seja lá quem era ou é, que está preso em algum lugar.


— Mas mesmo assim... – disse Rony coçando a cabeça - ... você já teve sonhos assim antes, não acho que seja algo para se alarmar... digo... – Rony agora tentou completar rapidamente o que havia dito só por ver o olhar de Harry. - ... ok, não está mais aqui quem falou...


— Precisamos achar alguma ligação entre o professor Mesmero e Malfoy... mas ainda não descobri como...


Harry e Rony desciam do dormitório masculino e assim que chegaram ao salão comunal depararam-se com Sara e Hermione os esperando. Não queria comentar nada mas não achava justo esconder as coisas da única pessoa a qual amava no mundo.


— Harry, ouvimos gritos na noite passada... teve pesadelos outra vez? – ouviu Hermione o questionando sem dar tempo para desejar bom dia.


— Bom dia pra você também Hermione... – disse ele andando até Sara e dando-lhe um beijo nos lábios - ... Bom dia...


— Bom dia... – sussurrou Sara em resposta e antes que ouvisse ela também perguntar, rapidamente levou os amigos para junto das mesas afastadas e contou-lhes tudo o que tinha visto. Desde como chegara lá até o estado de como estava a pessoa em questão que tinha visto ser torturada.


— Isso quer dizer... que ele tem alguém como refém? – disse Sara enquanto Hermione colocava a palma da mão sobre a boca contendo um grito.


— Pode ter sido apenas um sonho... –respondeu Harry já sabendo o que a namorada havia deduzido - ...isso não quer dizer...


— Harry, eu sei o quê isso quer dizer... ele pode ter pego o professor Dumbledore... – disse ela séria - ... precisamos falar com minha tia, não dá pra sabermos de algo assim e não podermos fazer nada...


— E dizer o que a ela Sah? Que eu sonhei e quero que eles se arrisquem para ter certeza? – respondeu ele um pouco alterado.


Sara então ficara imóvel e calada, Harry sentiu o coração partir ao ver os olhos dela encherem-se de lágrimas.


— Me desculpe Sah eu não... eu não... – tentou amenizar Harry mas agora já não tinha mais remédio.


— Tudo bem Harry... – disse ela respirando fundo - ... você não deixa de ter razão, é loucura chegar e dizer algo assim sem provas... conheço minha tia e por mais que alguém como você que já tenha tido sonhos assim antes e comprovado que eram verdade... ela precisaria ter uma confirmação do que está falando...


— Mas e Fawkes? – disse Hermione.


— Ela sumiu... – respondeu Sara com um suspiro – Desde que o professor Dumbledore partiu não a vi mais em sua sala.


— E como uma fênix evapora? –perguntou Rony curioso.


— Talvez foi atrás de seu dono... – respondeu Harry sentando-se.


— Não deixa de ter lógica não? – disse Hermione sentando-se também – Dizem que as Fênix são na maioria das vezes animais mágicos indomesticáveis. Se fosse assim, Dumbledore não conseguiria tê-la sob seu controle, mas... Fawkes faz exatamente tudo o que o dono dela quer pode então muito bem ter ido atrás dele.


— E qual seria a explicação para a “carta” que a Tia Minerva recebeu? – perguntou Sara – Ela conheceu a caligrafia do Professor Dumbledore, e cá entre nós ele dificilmente estaria sob a maldição Imperius não?


— A não ser que ele tenha sido pego depois de ter enviado a carta... – disse Harry.


Os preparativos para o primeiro jogo inter-colegial estavam pra começar. Os treinos de quadribol estavam cada vez mais intensos. Harry ainda fechava os olhos e via afigura sendo torturada. Por várias vezes teve de se esquivar violentamente para os lados para não ser acertado por um balaço.


— O que está havendo com você Harry? – ouviu a voz de Rony atrás de si quando voltava de uma gingada para a esquerda.


— Não sei Ron... não consigo tirar aquele vulto da minha mente...


— Não é melhor pararmos por hoje? – disse Ron preocupado – Sabe como é, você é nosso principal apanhador, não podemos correr o risco de você se machucar...


— Er.. valeu Ron... – disse ele um tanto abismado pela amizade do amigo e sua preocupação com o jogo e não com ele.


— Relaxa Cara... estou brincando... - respondeu Ronny vendo a cara de Harry - ... só estou tentando animar você um pouco... não está com uma cara muito boa e se aparecer no vestiário do pessoal adversário é capaz de fazer-los desistir só de medo.


— Também não exagere Ronny... – disse Sarah descendo ao chão enquanto pedia tempo. Harry percebeu que não estava tendo um dia muito bom e isso já se refletia em seu desempenho no quadribol.


Suavemente desceu da vassoura enquanto os colegas desciam com ele.


— Acho melhor voltarmos para o castelo... – disse ele - ... amanhã retomaremos os treinos, voaram muito bem hoje.


— Mas Potter... – tentou dizer uma das artilheiras mas Sarah a interrompeu.


— Por hoje chega ouviu McDonald, somos suficientemente capazes de nos dar bem tendo pelo menos uma folga.


Harry agradeceu a namorada por fazer isso, sua cabeça estava girando e não sabia ao certo o que poderia acontecer nesse jogo. Sabem quando uma pessoa sente que algo ruim vai acontecer?Bem, era mais ou menos isso. Harry sentia os pelos da nuca oriçados todas as vezes que via ou era mencionado quadribol. A única coisa que queria no momento era justamente tomar um banho e capotar em sua cama. Algo que dificilmente fazia ultimamente por causa dos exames. Mas a contar que agora já tinha passado por isso, não tinha como inventar outra desculpa pra fugir dos amigos e tentar ficar um pouco sozinho. Não que estivesse os evitando, mas estava preocupado demais para também preocupar os amigos. Algo dentro dele estava crescendo e ele não sabia dizer o que era. Com a desculpa de que iria usar o banheiro dos monitores para tomar banho, Harry saiu pelos corredores rumo a sala precisa. Lá ele sabia era o único lugar no qual ele conseguia pensar sem ninguém ir atrás.


— A não ser que alguém lembre de usar o mapa... – pensou ele consigo mesmo enquanto percorria os corredores. Tudo parecia muito estranho, era como se ele estivesse andando em um “pesadelo”. Ok, sua vida nunca fora tão fácil assim. Sempre correndo riscos, seus amigos por vezes quase morrendo por sua causa, e no fim, até mesmo seu padrinho morrera por causa disso. Se apegara tragicamente a duas figuras, Dumbledore e Lupin, e até eles estavam correndo perigo agora.


Coçara a cicatriz distraidamente enquanto não via o tempo passar. Quando voltou Ron estava andando de um lado para o outro, Hermione tentava acalma-lo mas pelo visto não tinha jeito de fazer aquele ruivo se sentar.


— O que foi que houve? – perguntou ele rapidamente entrando na sala.


— O Sr. E a Sra. Weasley foram para Azkaban. – respondeu Sarah num tom baixo. Harry deixou-se cair sentado no sofá – Mas porque? Qual foi a acusação?


— Algo ridículo... – disse Hermione sentando-se no sofá também - ... estão dizendo que encontraram provas de que Dumbledore e seus “amigos” estavam tentando tomar o ministério. O “novo ministro” está dizendo aos quatro cantos de que está com medo de que possa ser uma possível “rebelião” contra ele e os ministeriais.


— Mas isso é impossível... porque Dumbledore ia querer isso? – disse Harry olhando para eles, só de pensar Sra. Weasley em Azkaban ela não ia agüentar.


— Todos os jornais já estão comentando sobre isso... o Pasquim é o único ainda a dizer que estão manipulando a verdade. – disse Sarah e jogou o jornal sobre a mesa. Em meio a essa confusão Harry já não sabia a quem recorrer. Mas em uma “desesperada” esperança, ele correu para o topo da escada entrando no dormitório masculino. Tirou o espelho de duas faces e então chamou por Remus Lupin outra vez.


— Oh, olá Harry... – disse ele um tanto preocupado. Sua fisionomia não era das melhores Harry tinha de admitir isso.


— Olá professor... er, desculpe incomodar essa hora mas é verdade o que saiu no profeta diário? Estão dizendo que Dumbledore e os outros... bem você sabe... estão sendo acusados de formarem uma rebelião contra o atual ministro.


— Bem Harry... é algo que era óbvio que iriam fazer não é? – disse ele depois de respirar fundo e limpar a garganta - ... como te disse a alguns meses estamos trabalhando para evitar que algo pior aconteça. Voldemort tem mais seguidores agora do que tinha antes, e tentar chegar neles está demandando muito dos nossos esforços. Mesmo espiões no Ministério da Magia estão encontrando dificuldades para fazer alguma coisa. A única coisa que descobrimos é que muitos dos seus “seguidores” como os Carrow, estavam levando informações sobre a passagem de um cometa, mas mesmo Dumbledore não conseguiu descobrir muita coisa. E faz dias que não os vemos. Praticamente meses.


— Mas então porque pegar Sr. e Sra. Weasley? – perguntou ele e viu Lupin olhar seriamente para ele.


— Harry... eu vou ser sincero com você as coisas estão mais perigosas aqui fora do que tem sido noticiado... – Harry engoliu em seco mas tentou não se mostrar tão preocupado assim – Está havendo mortes em massa... a família Conelly que era uma das de confianças de Dumbledore foi totalmente dizimada. Não sobrou ninguém... acredite Harry, sinto em dizer isso pra você mas os Weasleys estão mais seguros em Azkaban...


— O que Lupin quis dizer com isso? – perguntou Rony apreensivo quando Harry lhe contou praticamente uma hora depois o que ouvira sobre Sr. Weasley – Que é mais seguro ficar preso?


— Tecnicamente Lupin tem razão – disse Hermione fazendo um movimento com a varinha transformando um cálice em uma pequena tartaruga – Voldemort tem aprontado tudo as escondidas e deixando os próprios comensais se mostrarem... acredite em uma coisa Rony, seu pai corre menos perigo do que nós...


Harry olhou para Sara, a garota voltara da sala de requisição mais calada do que entrara. Não sabia direito que estava passando pela cabeça da garota, mas provavelmente ainda estava preocupada com o que vira durante a noite. Até onde soubera, a garota tivera pesadelos e o que ele tinha em mente é que ela ainda estava aterrorizada com a possibilidade de terem pego Dumbledore.


— Você contou a Lupin? – ouviu a voz de Hermione que agora transformara a tartaruga novamente em cálice – Digo, sobre sua cicatriz...


— Sim... – disse Harry voltando a encarar Sara que agora o encarava também – Ele disse que falou com Dumbledore... e ficou muito interessado quando eu disse que sentia a cicatriz arder quando via Snape...


— Você não tem certeza de que isso acontece por causa de Snape! – retrucou Hermione.


— E por quem mais seria? Não existe mais alguém com a marca de Voldemort que eu saiba, ou tem? – disse Rony.


— Quando Lupin viu o professor Dumbledore? – perguntou Sara sem ligar pela troca de olhares entre Rony e Hermione.


— Acho que... – Harry começou a dizer e então viu uma pontinha de esperança nos olhos da namorada, não poderia dizer que não sabia e deixa-la preocupada até porque Lupin disse que faziam alguns meses – deve ter sido a pouco tempo... pois ele disse que voltaria a falar com ele... disse que a última informação que tiveram foi apreendida com um tal de Carrow, ele levava informações sobre um cometa...


— Se está tão preocupada com o professor Dumbledore, por que não fala com a professora Minerva? – disse Rony, Harry sentiu uma vontade enorme socar Rony por ter perguntado uma coisa dessas a Sara.


— Por que não queria ter que chegar a isso... – respondeu ela com um suspiro – Minha tia não acredita nesse tipo de coisa... diz que adivinhação é uma arte incerta e nem um pouco confiável...


— E ela tem razão... – disse Hermione – mas você não adivinhou Sara...você viu...


— Posso ter apenas imaginado... – respondeu a garota levantando-se e encarando a lua do lado de fora da janela – como vou chegar para ela e dizer que alguém prendeu o professor Dumbledore... como eu provaria isso? Não acho que confiariam em uma garota de 17 anos, sem vocação nenhuma para adivinhações..


— Iriam dizer que está delirando... – concluiu Hermione.


— Ei... esperem ai... – disse Ron chamando atenção para si - ... Harry.. você disse que Carrow estava levando informações sobre um “cometa”?


— Sim.. pelo menos foi o que Lupin disse que um dos informantes dele apreendeu... – respondeu Harry coçando a cabeça e então teve um sobressalto – O nosso último exame!


— Mas o que Voldemort iria querer com algo relacionado a um exame? – perguntou Ron agora confuso, ok, Harry notara que ele pelo menos tinha prestado atenção na conversa mas demorou um pouco para ligar os pontos.


— Francamente Ron, não sei como você chegou tão longe em magia... – disse ela se levantando - ... todo mundo sabe que existem certas magias que precisam de um “pouco mais de influência” digo... geralmente bruxos usam esse tipo de força “Elemental” pra que a magia seja mais poderosa, é óbvio que esse cometa tem haver com isso... mas...


— Mas... – Ron disse e Harry ficara apreensivo também. Não tinha sentido pelo menos por enquanto.


— Porque Voldemort precisaria de um “cometa” pra fazer algum feitiço? Teria de ser um “BEM ESPECÍFICO” – Harry encarou a amiga, era óbvio que ele queria uma brecha na segurança. Afinal, fora os membros do Ministério quem exigiram os exames. Eles teriam indo “apreciar” esse cometa em Hogsmeade, já estava claro pra ele que Voldemort queria uma chance de mata-lo.


— Não precisa ser esperto pra saber o que Voldemort quer não é Mione? – disse ele sério, já estava cansado daquilo.


— Pode até ser... – disse Hermione mas ela não parecia tão convencida - ... mas ainda acho que tem mais coisa ai...


— O que é que pode ter Hermione? – disse Ron agora – A gente já olhou tudo o que precisava sobre cometas, não tinha nenhum feitiço nos livros...


Harry viu Sara ficar alguns instantes encarando a paisagem do lado de fora e então voltar a encará-los. Decididamente ao ver a namorada daquela forma, ele já começava a ficar em dúvidas se Dumbledore realmente estaria bem.


— A sala de requisição... – Harry ouviu a voz de Sara novamente – ela pode se transformar em qualquer coisa?


— Qualquer sala que você esteja precisando... – disse Hermione sem tirar os olhos do estojo que agora a garota estava tentando transformar.


— Se... eu precisasse de... digamos... uma biblioteca ... – perguntou Sara.


Harry estranhou um pouco a pergunta de Sara e então viu Hermione levantar a cabeça rapidamente, talvez a amiga tivesse lembrado de qualquer outra coisa ou até mesmo entendido o real motivo de Sara querer uma outra biblioteca, que ele talvez não tivesse compreendido. Rony olhou para Harry, provavelmente se perguntando o mesmo que o garoto. Então Sara sorriu.


— Como não pensamos nisso antes! – disse Hermione batendo com a palma da mão na cabeça – Claro!


— Dá pra vocês explicarem para quê precisam de outra biblioteca nesse castelo? – perguntou Rony já sem nenhuma paciência. – Hermione já conseguiu ler todos os livros e agora quer novos?


Então como se uma lâmpada ascendesse no cérebro de Harry, ele olhou para as duas e sorriu, se não poderiam ter acesso a todos os livros da biblioteca do colégio, que pelo menos tivessem uma com os mesmos livros para que conseguissem ler sem a Madame Pince ficar os enchendo.


— Rony... – disse Hermione calmamente – Não temos acesso a alguns livros da biblioteca de Hogwarts, mas podemos ter a nossa biblioteca com os mesmos livros... entendeu?


Harry levantou-se e foi até Sara, jamais tinha pensado nisso, poderia até ter feito mais progressos se tivesse pensado em requerer uma biblioteca particular a sala de requisição. O garoto passou os braços pela cintura da garota e descansou seu queixo sobre os ombros dela que levou a mão a sua nuca e começou a fazer-lhe carinho.


— Está cansado? – Harry ouviu a voz da namorada enquanto Hermione e Rony continuavam a conversar.


— Um pouco... – respondeu ele dando um beijo no pescoço da garota. Harry não sabia o que estava acontecendo com ele, desde que tivera aquela conversa com Lupin, parecia que tinha algo que estava o deixando exausto.


— Você ajudou muito Hermione com os feitiços... – disse Sara agora virando-se para encará-lo – devia ir se deitar...


— Já estou indo... – respondeu ele lhe dando um beijo nos lábios – queria ficar um pouquinho com você...


A garota o abraçou com força e Harry sentiu todo o calor percorrer seu corpo com rapidez, e novamente aquelas sensações que há muito tempo estavam lhe deixando inquieto voltaram mais forte. Sem se importar se havia alguém ali ou não, beijou Sara com tanta intensidade que quando se afastou sentia sua respiração como se tivesse corrido a uma maratona.


— Acho melhor... – disse ele ainda ofegante – ir para o dormitório...


— Hum... Sara...Já passa da uma hora da manhã... – ouviu a voz de Hermione que estava sentada com o rosto rubro. O garoto virou-se para Rony e este apenas o olhava intrigado. – É melhor irmos dormir se quisermos aproveitar amanhã para pesquisarmos sobre esse cometa...


Enquanto subiam as escadas, Rony despediu-se de Hermione rapidamente. Harry notara que ambos estavam tentando deixar ele e Sarah sozinhos e agradecia por eles se preocuparem, não era qualquer um que abria a mão de ficar com sua namorada para que o amigo tivesse pelo menos uns cinco minutos de privacidade. Porém sua cabeça estava mais confusa do que antes. Não por Voldemort, ele tinha certeza de que as informações sobre o tal cometa que Lupin mencionara eram apenas para confundir. Ele queria mesmo era saber quando os alunos prestariam o exame, isso é, se ele mesmo não tivesse passado os dados para o Ministério afinal, Harry tinha certas dúvidas se realmente o Ministério não estava sob total controle de Voldemort, era óbvio que tinha algo mais La dentro mas ninguém tinha se quer coragem para abrir a boca.


— Agora é você quem está preocupado... – ouviu Sarah segurando em sua mão e o impedindo de entrar no dormitório. – Eu vejo isso Harry...


— Eu... – então respirou fundo mais uma vez e escorou-se na parede de pedras. Sarah então se postrou em sua frente e seu olhar era o mais doce que ele já vira na vida. - ... não é isso Sah, só estou cansado... e fico ainda mais cansado porque sei que não existe escapatória... ou eu morro ou Voldemort morre.


— Não diga isso... – Harry ouviu a voz de Sarah e então a trouxe para junto dos seus braços. Seu corpo sentiu seu calor e encostou seus lábios sobre sua cabeça.


— Você sabe que tem de ser assim... – disse ele levantando seu rosto para que pudesse olhar em seus olhos - ... era por isso que não queria expor você... não queria ter de encarar seus olhos... ou ver essa tristeza toda...


— Mas as coisas podem mudar Harry... – O garoto agora ouvia esperança em sua voz, sorriu e lhe fazendo um carinho no rosto. Queria que tudo fosse diferente, queria ser diferente mas infelizmente feitiços não eram reais.


— Ainda bem que você é otimista... – disse ele, a viagem para ver o tal cometa era no fim de semana, alguma coisa iria acontecer ele sentia isso. - ... mas você sabe o que realmente vai acontecer...


Nesse instante sentiu Sarah afundar seu rosto na concavidade do seu pescoço. Sabia que por sua respiração ela estava em lágrimas. Apertou-a com mais firmeza não queria mas tinha de ser verdadeiro com ela, nem ele mesmo saberia se sairia vivo do confronto contra lord Voldemort. Seu coração estava em pedaços mas não poderia deixar que algo acontecesse com ela.


— Sarah... – tentou dizer, mas a sua respiração ficara um pouco mais rápida. Sentira os lábios macios de Sarah tocando seu pescoço. Seu corpo começara ter calafrios. Não dos ruins, do tipo que faz com que um garoto de 17 anos perca de vez a cabeça.


Deslizara uma de suas mãos até a cintura da garota e com a outra acariciou sua nuca. Sarah correspondeu deslizando seus lábios pela curva de seu queixo até chegar a milímetros dos seus lábios.


A respiração de ambos estava acelerada, Harry sentia seu coração batendo forte. Não tinha controle, ele sabia disso. Quando tentou dizer alguma coisa, Sarah tocara seus lábios com os dela. O calor que emanara de seu corpo foi tão intenso que Harry não conseguira se conter. Puxara Sarah contra si, enquanto suas mãos deslizavam por suas costas até trazê-la por completo contra seu corpo.


Aos poucos sentira as mãos de Sarah acariciando sua cintura, enquanto aprofundavam mais o beijo. Era maravilhoso poder senti-la assim, correspondendo ao que ele tanto queria lhe mostrar. Sentiu de repente a jovem erguendo-lhe levemente a camisa, seu primeiro impulso seria não deixá-la, alguém poderia vê-los, mas Harry já não tinha controle. As sensações eram fortes demais, só de imaginar que poderiam nunca mais se ver, o garoto pensou em jogar tudo pro alto.


O Toque das mãos delicadas de Sarah quando finalmente alcançaram sua pele fora como se queimasse. Afastara os lábios dos de Sarah e a encarara. Seus olhos brilhavam tão intensamente que a única coisa em que Harry teve capacidade de pensar foi dar-lhe um sorriso. Sarah automaticamente ficara com o rosto rubro, ao vê-la mordendo o lábio inferior não teve como resistir e puxando ela contra si, girou e colocou-a gentilmente contra a parede. Dera-lhe primeiro um beijo em seus lábios, entrelaçando sua língua com a dela lentamente aproveitando cada segundo como se fosse o último. Quando sentiu a respiração de Sarah ficar mais rápida percorrera o contorno de sua mandíbula com beijos até chegar em seu pescoço. Sentira o corpo de Sarah tremer levemente e então com as mãos fora descendo seu casaco revelando o ombro nu. A camisa regata que a jovem vestia por debaixo do casaco moldava seu corpo esguio se encanxando perfeitamente no seu. Harry se demorara um pouco ali, acariciando, mordendo levemente e a cada insinuação sua, sentia não só o corpo de Sarah reagir como o seu próprio corpo também. Sarah então guiou uma de suas mãos até seus quadris e Harry a puxou contra ele uma segunda vez, os encaixando, os pressionando. A respiração rápida, ele subiu com os lábios novamente até os de Sarah e a encarou por alguns instantes.


— Desculpe... – disse com um sorriso e depois dera um beijinho nos lábios - ... não vou conseguir me segurar por muito mais tempo...


Harry encostou sua testa em de Sarah e ficaram ali por alguns minutos, estavam respirando rápido e o garoto não sabia se conseguiria andar direito sem que Sarah o visse. Estava com 17 anos, não era é claro alguém ingênuo, sabia exatamente o que estava sentindo e tinha certeza de que era correspondido. Mas tinha certas intimidades que ainda não sabia como conversar com Sarah, não tivera um “pai” ou algum “tio” para explicar-lhe a não ser conversar com Ron e ele tinha certeza de que o amigo era tão “inexperiente” no assunto quanto ele. Sarah então dera-lhe um beijo no rosto e o abraçara forte.


— Amanhã a noite... – ouvi-a dizer e então sentiu um arrepio pelo corpo - ... na sala Marota. O garoto a olhou e ela sorriu marota, ela estava tramando alguma coisa ou ele é quem estava vendo coisas onde não tinha - ... Você não disse que queria ver a lembrança de Lupin outra vez?


Harry então sorriu por fim, concordando. Dera mais um beijo em Sarah e então seguiu para o dormitório. Rony ronronava alto, Harry então fora até o banheiro, escovara os dentes, tomara um banho frio, afinal não iria conseguir dormir se não fizesse isso e então depois de colocar seu pijama ele foi par a cama.


Apesar de toda a “agitação” que vivera a poucos minutos com a namorada, Harry se sentia estranho. Não o tipo de estranheza que estava sentindo a alguns dias. O fato dele viver sentindo a cicatriz latejar o estava incomodando, sabia que Voldemort queria a ele, e faria o que fosse preciso para ir a viagem da escola. Agora não sabia se falava com a diretora ou não, apesar de que tinha certeza de que ela já sabia. Coçou os olhos tentando desanuviar o sono e então começou a dormir. Em meio a escuridão, Harry tateava a procura dos óculos. Mas não era exatamente porque precisava deles, sentia que precisava acender o interruptor. Dera alguns passos e então uma pequena luz se formou a uns dois passos dele, andou perambulando e então uma luz forte o cegou. Lá estava ele outra vez, parado diante de um corpo no chão. Um círculo de luz era a única coisa que o mostrava, sua cabeça debruçada ao chão como se tivesse sido exposto a uma sessão de tortura. Olhou para aquela figura com desprezo, ele sentia isso, ela era patética, como podia ser o mais poderoso bruxo?


Tentara se repreender afinal ele jamais pensaria algo assim de alguém, com tamanha superioridade, talvez de Malfoy mas não, nem para ele Harry sentiria algo tão hostil e repugnante. Então, Harry sentiu uma raiva terrível quando seus olhos viraram novamente para o vulto banhado pela luz.


— Cruccio!


Ouviu um grito horrível, o vulto era uma pessoa. Esta se contorceu com todas as forças como se estivesse sendo frita em óleo quente. Harry sentia satisfação em ver essa cena, mas seu cérebro parecia lhe dizer que era uma crueldade fazer uma pessoa sentir tanta dor. Dor que ele já tinha sentido.


— Vamos... fale logo o que dizia aquela profecia! – sentiu sua boca se mexer novamente.


— Achei que soubesse que de nada adiantaria me pegar... não vou lhe dizer o que escutei naquela noite... e tomei certos cuidados... perdeu seu precioso tempo


Ao mesmo tempo que ouviu aquela voz, Harry sentiu uma dor aterrorizante em sua cicatriz e um solavanco o fez bater fortemente com os joelhos em algo duro.


— DUMBLEDORE!!!


— Harry?


Harry abriu os olhos, a escuridão havia desaparecido e dado lugar a uma pequena claridade. As coisas estavam embaçadas e ele estava no chão de pedra do dormitório.


— O que foi? Sonhou com o Dumbledore?– ouviu a voz de Rony vindo de algum lugar ao seu lado.


Harry sentiu os braços de Rony o ajudando a levantar-se, o garoto sentou-se na cama tateou a mesinha de cabeceira a procura do seu óculos. Ao colocar, as coisas pareciam começar a entrar em foco.


— O que foi que aconteceu? – disse Rony sentando-se do seu lado.


— Que horas são? – perguntou o garoto passando a mão por sua cicatriz que ainda ardia.


— Acho que umas nove horas... – respondeu Rony. – Por que você chamou pelo Dumbledore?


Harry pode notar que ele já devia estar em pé há horas. Então se recordou do sonho que acabara de ter.


— Onde estão as garotas? – perguntou Harry rapidamente.


— Devem estar na sala de requisição... elas iam pesquisar... – respondeu Rony um tanto nervoso – Vai me contar ou não o que foi que aconteceu?


— Tenho que encontrar a Sara depressa... – respondeu Harry já tirando seu pijama – Acho que realmente Dumbledore foi seqüestrado...


— COMO??


— Foi isso que você ouviu... Ahhh!!!


Novamente o garoto sentiu uma forte dor na sua cabeça, como se ela estivesse sendo partida ao meio. Harry se apoiou na cama e lentamente foi sentando sob seu malão.


— Sua cicatriz.... – disse Rony nervoso apontando para a testa de Harry.


O garoto sentiu algo escorrer da testa e então passou a mão, a cicatriz parecia ter finalmente se aberto, isso ele realmente não estranhara pois tamanha tinha sido a dor. Ainda um pouco atordoado e com os olhos embaçados pela dor que sentira, Harry sentiu o coração aos saltos. Tinha visto Dumbledore naquela prisão ou será que era apenas algo que Voldemort queria que ele pensasse?



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Autor(a): vision2018

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