Fanfics Brasil - Primeiro dia de aula Harry Potter e o Livro Perdido

Fanfic: Harry Potter e o Livro Perdido | Tema: Harry Potter


Capítulo: Primeiro dia de aula

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Saíram exatamente às 7 horas da manhã, Sra. Weasley liderou o grupo até a casa de seu filho Carlinhos e depois de ficar mais ou menos uma hora tendo uma conversa misteriosa com ele, saiu da sala convocando todos para irem até a outra esquina e pegarem o ônibus até o caldeirão furado. 

A viajem no Noitebus andante não fora tão ruim quanto Harry imaginava, da última vez que se aventurara a andar com esse meio de transporte bruxo, quando voltara a escola no seu quinto ano saiu quase colocando as tripas pra fora. Sara estava calada e também notara que quase não tocou no seu café da manhã. Tentou persuadi-la a contar-lhe o que estava acontecendo, mas ela insistia em dizer que era apenas uma indisposição. Contudo ele a conhecia o suficiente pra duvidar da afirmação de Sara, decidiu passar a maior parte do seu tempo com ela e tentar distraí-la ao máximo antes de pegarem o trem às 11h na plataforma no dia seguinte. Contudo, depois de chegarem a casa de Carlinhos, Sra. Weasley lhes disse que era muito mais seguro permanecerem no caldeirão furado. Harry estranhou a principio essa mudança toda de planos, mas não quis comentar nada.

O Caldeirão furado estava repleto de alunos, sem comentar que o Beco Diagonal parecia um formigueiro com tantas pessoas indo e vindo. Passaram no Gringotes e enfim começaram as compras. De todas as lojas nenhuma era mais movimentada do que a Loja dos Gêmeos Weasleys, lá encontraram Lino Jordan e Dino Thomas procurando mais Gemialidades. 

– Essas novidades são melhores do que a Zonko’s em Hogsmade... - dizia Lino a Dino enquanto olhava alguns chicletes que faziam quem os provava mudar a cor do rosto. - Ah... Olá Harry... Tudo bem? 

– Pelo visto a loja está indo de vento em popa não? – disse Rony a Fred que acabava de chegar para os cumprimentar. 

– Melhor impossível maninho... - disse Fred. 

– E ainda vamos melhorar, Pode ter certeza... - respondeu Jorge. 

– Se estão bem assim... – disse Dino – porque não abrem uma loja em Hogsmade? 

– Isso até que não é má idéia... - respondeu Fred - só estamos um pouco sem estoque, mas... Prometo que iremos pensar no assunto... 

– Onde estão as garotas? – perguntou Gina que acabava de chegar - Preciso de ajuda com algumas coisas... 

– Sara ficou ajudando Hermione na compra dos livros, dividimos as coisas para podermos ter mais tempo, e tomarmos um sorvete mais tarde...- respondeu Harry pegando uma sacola com vários frasquinhos. 

– Então quer dizer que... Está mesmo amarrado Potter... – disse Lino sorrindo. 

– Amarrado não seria bem a palavra... - disse Fred passando a mão pelo ombro de Harry. 

– Ele está caidinho, babando‚ idolatrando e completamente apaixonado... – disse Jorge passando o outro braço por ele. 

O garoto ficou com o rosto completamente rubro, mas acabou levando na brincadeira. - Chamem do que quiserem... Mas pelo menos eu sei que ela sente o mesmo por mim... – respondeu ele sorrindo -... Agora... Não lembro de vê-los acompanhando alguma garota... 

– Harry, Harry... Nós não pertencemos a uma única garota... - disse Jorge sonhador. 

–... Pertencemos a várias... - acrescentou Fred. 

– Acho melhor encontrarmos as garotas... – disse Rony ao pé do ouvido de Harry -...Ou se não...Eles vão nos dar a lista completa das garotas com que eles sonham... 

Depois de várias horas andando pelo pequeno beco, os garotos voltaram para o Caldeirão furado, lá Sra. Weasley já os esperava para conferir todas as coisas. À noite depois do jantar, todos foram para cama cedo. Logo pela manhã mal Harry havia levantado a cabeça pois um trem sacudia todo o seu quarto, Rony já estava a sua espera dizendo que a Sra. Weasley os esperava com dois táxis Trouxa. Harry como sempre fizera a transação com as moedas quando chegaram a estação. 

– Por sorte mandei a bagagem de vocês pelo Noitebus andante... – dizia ela enquanto entravam no táxi - ... Mas matarei o Ernesto caso ele tenha perdido essas malas... 

Todos desceram do táxi faltando 15 minutos para as 11 horas. Foi uma correria até chegarem a plataforma onde já a maioria dos alunos já havia embarcado. Depois de conferirem cada um seus pertences‚ para ver se não haviam esquecido nada, entraram no trem com o último apito. 

– Você acha que Fred e Jorge falaram sério com esse negócio de abrirem uma loja em Hogsmade? – perguntou Rony a Harry enquanto procuravam um vagão que não estivesse repleto de gente. 

– Aqui... – disse Neville fazendo um sinal para eles – estou sozinho aqui e já tive o desprazer de encontrar Malfoy duas vezes... 

– Devia aprender a se defender Neville... – disse Hermione entrando primeiro -... Você é um Grifinório... Não pode deixar Malfoy usar e abusar de você... 

– É fácil pra você dizer... – respondeu ele colocando Trevor dentro de um recipiente – não treme de medo toda vez que ele lhe joga um feitiço... 

– Pelo que estou vendo‚ Não perdeu mais seu sapo... – disse Rony sentando-se na frente do garoto enquanto Harry arrumava sua mochila e de Sara no alto do maleiro sobre o acento. 

– Sara me deu no ano passado essa gaiola... – disse Neville com o rosto rubro olhando rapidamente para Harry - pertenceu a sua avó não era? 

– Er... Sim... Ela também tinha um sapo Neville...‚ E como eu tenho Edward... Não tinha por que ficar com isso não é? – disse ela agora vendo que Harry lhe encarava com curiosidade. 

– Neville... – disse uma lufana colocando a cabeça para dentro do vagão - Você pode me ajudar... Preciso que venha até minha cabine... 

Harry e Rony encaram-se e olharam para o garoto que antigamente era gordinho e o viram pegar a gaiola de Trevor e seguir a jovem pelo corredor. 

– Quem é ela? – perguntou Rony. 

– É Susan Bones... A namorada do Neville... – disse Hermione sorrindo ao ver a cara de espanto de Rony. 

– Ah pelo amor de Merlin... - disse Sara - só porque Neville não é lá um garoto tão popular não quer dizer que não possa ter alguém que se interesse por ele... 

– E porque razão você deu aquela gaiola para ele... Se não se lembra de nada como a gaiola pertenceu a sua avó? - perguntou Harry. 

– Sempre gostei muito do Neville‚ e tinha pena por ele ser tão distraído com suas coisas... - disse Sara sentando-se próximo à janela – Só tentei ajudar ele e por isso lhe dei a gaiola... 

– Por que você tem que ser assim‚ tão maravilhosa... - disse ele sentando-se ao seu lado e delicadamente puxando o rosto de Sara para que ela o olhasse. 

– Hum... Vamos Rony‚ Temos que patrulhar os corredores... – disse Hermione puxando Rony pelo braço. 

Sara olhou para os dois saindo e acabou percebendo que Harry lhe encarava, não queria preocupa-lo com aquele pesadelo que tivera, mas também não conseguia evitar lembrar dele todas as vezes que via o garoto. Desviou os olhos para outro ponto do vagão e isso fez com que Harry desconfiasse. 

– O que é que está acontecendo? – disse ele a encarando. 

– Já te disse que não está acontecendo nada... – respondeu ela voltando a olhar para ele. 

– Não vem com essa Sara... Você está estranha desde ontem pela manhã... – disse ele se aproximando mais – Como quer que eu seja sincero com você se... Você não confia em mim? 

Sara engoliu em seco naquela hora, não era que ela não confiasse nele ou outra coisa, apenas não queria falar, algo lhe dizia para não amedrontá-lo. 

– Não é isso Harry... Só... – disse ela pensando seriamente se falava ou não ao ver aqueles olhos verdes lhe encarando -... Só foi um sonho bobo... E... Que não sai da minha cabeça... É isso... 

– Com o que você sonhou? - perguntou ele fazendo-lhe um carinho no rosto – Não posso ajuda-la se não me dizer... 

– Sonhei com o que havia acontecido... Com o raio vindo em sua direção... - Sara não pode continuar, sentiu algo trancando sua garganta e seus olhos encheram-se de lágrimas. 

– Hei... - disse Harry a abraçando - Calma... Estou aqui... Graças a você... Foi só um sonho ruim... Está bem? Não precisa ficar assustada... 

– Não é a primeira vez que sonho com isso Harry... - disse ela o olhando enquanto Harry enxugava as lágrimas que rolavam pelo seu rosto. – Tenho sonhado com isso quase todas as noites... Só que sempre não chego a tempo... 

O garoto não sabia o que fazer, então depois de abraça-la deu-lhe um beijo delicado e ao mesmo tempo intenso. - Não se preocupe... - disse ele enquanto afagava seus cabelos – Seu subconsciente está querendo lhe pregar uma peça... 

Harry aconchegou a cabeça de sua namorada sobre seu peito e a apertou contra si, sabia exatamente o que Sara sentia. O sonho que tivera aquela noite, era como se ele fosse quem estivesse acertando-a e não Malfoy. 

Ao chegarem na estação em Hogsmade, Harry desceu com Rony e foram logo a procura de uma carruagem enquanto Sara ficava com Hermione a espera como todos os outros alunos. 

– O que você tem? – disse Hermione vendo o súbito silêncio de Sara. 

– Por que está me perguntando isso? - respondeu a garota tentando abrir caminho para ir até onde estavam os garotos. 

– Você está assim há dias... – disse Hermione segurando-a pelo braço -... Sei quando está preocupada com algo, e também não sou idiota a ponto de não perceber que é algo com esses sonhos que vem tendo... 

– Está bem, Hermione, eu conto... - disse Sara dando um profundo suspiro – mas aqui não, não quero preocupar Harry... 

– Claro‚ vamos conversar no dormitório... Lá ninguém vai nos interromper... – disse Hermione enquanto Rony vinha até elas. 

– Vamos rápido, Harry conseguiu uma carruagem só não sei por quanto tempo... – disse ele. 

Foram tentando abrir caminho entre os alunos que se empurravam para pegar a condução até o castelo. 

Harry estava parado ao lado da carruagem e então ouviu uma voz arrastada que conhecia muito bem. 

– Obrigado por arrumar uma carruagem para mim Potter... – disse Malfoy acompanhado de seus gorilas. 

– Essa carruagem é nossa Malfoy... – respondeu ele virando quase que imediatamente - se quer uma...Procure... 

– O que está acontecendo aqui? – disse Hermione que chegava com Rony e Sara. 

– Você não cresce não é Malfoy? - disse Sara imaginando o ocorrido – Com tantos motivos melhores pra arrumar confusão com Harry, você escolhe justamente uma carruagem? 

– Ora, ora.. Se não é a nova grifinória... – disse ele com um sorrisinho cínico – Seu sangue é tão ruim que foi praticamente expulsa da sonserina... 

– É, e devo agradecer a você por isso... – respondeu ela - mas não é questão de sangue, e sim de inteligência... 

– É bom estar de volta não é Malfoy... - disse Harry sorrindo e entrando na carruagem, logo após Sara entrar, seguido por e Hermione e Rony. 

Crabbe praticamente expulsou dois alunos da Corvinal da carruagem de trás para que Malfoy e seus comparsas entrassem. 

Durante toda a celebração de boas vindas Harry pode notar algo diferente quando o olhavam, ele mesmo se sentia diferente apesar de dizer o contrario. Talvez fosse Sara que o tivesse mudado, ou até mesmo as atitudes dela que o fizeram a tê-la como exemplo. 

– O que você tem? - perguntou Sara a ele que não parava de encara-la enquanto faziam o caminho para a torre da grifinória. 

– Todos estão notando que estou diferente... - respondeu ele pegando em sua mão. 

– Como assim, eu não acho que você tenha mudado... - disse ela parando de andar. 

– Também não sei, mas eu sinto que estou diferente... - respondeu Harry fazendo-lhe um carinho no rosto - E devo isso a você... 

– Não dê os méritos do seu amadurecimento a mim... - disse ela enquanto Hermione dizia a senha para o salão comunal da Grifinória. 

– É Harry, já estava na hora de você crescer por si mesmo... – disse Rony sorrindo – mas, não posso negar que a Sara só melhorou sua teimosia... 

– Olha quem fala... - disse Harry sorrindo enquanto os alunos se espalhavam pelo salão comunal –... Quem vê acha que você é um Profundo conhecedor de psicologia... 

– Psico o quê? – perguntou Rony o seguindo. 

– Deixa pra lá Rony... - disse Sara. 

Ficaram ali por alguns minutos e então Hermione preocupada com relação à amiga, a convidou para irem para o dormitório. 

– Mas já? – perguntou Rony segurando o braço de Hermione. 

– Estamos cansadas Rony... - disse Sara se levantando -... E amanhã começa a nossa maratona de aulas... 

– ... E mais um ano tendo aula com Snape... - disse Harry se levantando e passando o seu braço pela cintura de Sara -... Acompanho você até o dormitório... 

– E se fosse você Rony Weasley, dormiria cedo também... – disse Hermione cruzando os braços na frente do namorado. 

– Ih... Parece que esses dois aí agora estão na coleira... - disse Simas a Dino enquanto Rony se levantava. 

– E você morrendo de inveja por não ter alguém pra puxar a sua não é? - respondeu Harry pegando na mão de Sara e dando uma piscadinha a Rony. 

– Eu??? – disse ele sorrindo – Não sou de ninguém cara... Sou de todas... 

– Pelo que estou vendo, Fred e Jorge deixaram seus fiéis seguidores na Grifinória...- respondeu Rony enquanto subia as escadas. 

Hermione deu boa noite a Rony e entrou para o dormitório, mas ao olhar a amiga, ela entendeu que era melhor entrar antes que as outras garotas entrassem. 

– Vejo você lá dentro... – disse Rony batendo no ombro de Harry. 

Estavam novamente no pequeno corredor que levava aos dois dormitórios‚ Harry sentiu algo estranho quando se viu no mesmo lugar onde havia pedido Sara em namoro e então após Rony fechar a porta o garoto abraçou Sara. 

– O que foi? – perguntou ela estranhando a atitude. 

– Lembrei do nosso primeiro beijo... – disse ele lhe fazendo um carinho – foi exatamente aqui. 

Harry segurou Sara pela cintura e foi se aproximando até sentir os lábios doces da garota, novamente tocarem os seus. Lembrava exatamente o que havia acontecido naquele dia, a conversa com Dumbledore, a pequena despedida entre ele e Sara e então o súbito impulso que o levou a não controlar mais o que sentia. Uma coisa tão simples que o marcou muito, não tinha sido seu primeiro beijo, e muito menos sua primeira namorada, mas fora a primeira pessoa quem ele tinha encontrado que realmente sentia algo verdadeiro por ele. 

– Por que está me olhando assim? – perguntou Sara ao vê-lo encarando de um modo diferente. 

– Só estou feliz por ter alguém como você comigo... – respondeu ele. 

– É que você me olhou de uma maneira tão... sei lá, como se estivesse se despedindo ou algo parecido...- disse Sara enquanto ele lhe acariciava o rosto. 

– Deixa de ser boba, não é isso... – respondeu ele lhe dando mais um beijo. – é que, você é a única que me faz sentir coisas que, não sei bem como explicar... 

Sara sorriu enquanto sentia seus lábios novamente serem tocados pelo garoto. Havia alguma coisa estranha, ela não sabia muito bem o que era, porém estava cada dia mais apaixonada e era difícil saber o que era estranho, haviam sensações, e muitas outras coisas que sentia e não conseguia descrever. 

– É melhor eu entrar, se não alguém pode aparecer por aqui... – disse Sara ao ver que Harry não pararia. 

– Está bem... – disse ele um tanto contrariado. – fazer o quê? 

Harry lhe deu mais um beijo de boa noite e Sara entrou para o dormitório, não se sentia bem por esconder de Harry o que estava lhe preocupando, porém não queria levar esse tipo de suspeita e preocupa-lo com besteiras. Mas ela estava tendo sonhos bastante incomuns, até pros padrões Mágicos. Ao entrar viu Hermione sentada em sua cama a sua espera, tanto Parvati, quanto Lilá estavam dormindo há horas. 

– Agora você pode me contar o que é que você vem escondendo?- disse Hermione sentando-se na cama de Sara. 

– Primeiro você tem que me prometer que não vai contar nem mesmo para o Rony... – falou Sara andando até seu criado mudo e jogando sua capa sobre o malão. 

– Vai depender do que é que você está me escondendo... – respondeu Hermione. 

– Isso não Hermione, venho sonhando com isso há dias, e estou me arriscando contando isso a você e não a Harry primeiro, por isso você tem que me prometer... – disse Sara ajoelhando-se diante de Hermione – Você tem que jurar que não irá contar a ninguém... 

– Está certo, eu não vou contar... – disse Hermione – mas sabe que é sob protesto que estou jurando... 

– Tenho tido sonhos muito estranhos, coisas que aconteceram no ano passado... Lembra... Sobre o colar, Voldemort e aquele episodio sobre a substituição de Draco com Voldemort... – Sara se levantou e sentou-se ao lado de Hermione que parecia muito interessada no assunto. 

– Sei, e o que você sonhou... – perguntou a garota. 

– Em todos os sonhos vejo alguém sendo acertado com um raio e sem pensar eu corro até lá... - disse Sara se recostando na cabeceira da cama. 

– Sei... – disse Hermione ficando de frente para ela – Você vê Harry sendo acertado por Draco... 

– Não é Harry quem é acertado por Draco... é justamente o contrário... – disse Sara nervosa – É Harry quem o acerta, e quando olho em seus olhos um brilho horrível e diabólico aparece... 

– O que você quer dizer? – disse Hermione ficando assustada. 

– Que Harry se torna o Voldemort... – disse Sara agora com o rosto apreensivo – Entendeu agora? Voldemort controlava Harry, em vez de Draco ter sido controlado como no que realmente aconteceu, é Harry quem eu vejo Hermione... 

Hermione ficou calada por alguns segundos, não sabia o que poderia dizer para consolar Sara, mas sua amiga também não poderia ficar dando tanta importância assim aos sonhos. 

– Não dê tanta importância assim para isso Sara... – disse Hermione -... Talvez foi apenas algo que ficou marcado em sua mente e como é seu grande medo, pode ser que sua mente tem se apropriado... 

– Não é isso Hermione... – disse Sara – às vezes, quando estou com Harry, sinto que ele está diferente. Naquele dia mesmo, em que você foi até o quarto de Rony, a maneira com que ele me beijou. Harry é tímido pra caramba, jamais me beijaria daquele jeito... 

– Deixa disso Sara... – disse Hermione – talvez ele estivesse apenas... Animado... 

– Também pensei que talvez fosse isso... – respondeu Sara – mas depois que olhei em seus olhos, vi um brilho diferente... 

Hermione levantou-se e a encarou, agora ela estava realmente assustada. 

–... Não “aquele” brilho sabe, ele não estava feliz por me ver... Tinha algo que me assustou... – acrescentou Sara a encarando – Não sei como posso explicar isso, mas... O Harry não parecia o Harry... Entendeu? 

– Você está querendo dizer... Que... Talvez Você-sabe-quem... Possa estar fazendo algo com ele? – perguntou Hermione rapidamente. 

– Sei que parece um tanto fantasioso, mas conheço Harry, Hermione, sei que tinha ou tem algo errado. Ele não me conta, mas sei que tem. – respondeu Sara – Tenho medo que o que vi naqueles sonhos estejam se tornando verdadeiros pesadelos... 

– Vai ver é só impressão... – disse Hermione tentando acalmar Sara que estava aflita – Você-Sabe-Quem tem uma ligação com Harry, desde o dia em que tentou mata-lo quando era bebê... Por isso tanto Harry quanto ele sentem o que o outro sente, por isso Harry tem um pouco dele assim como ele deve ter algo do Harry... 

– É disso que tenho medo... – respondeu Sara agora colocando seu pijama – que ao invés de controle... Harry esteja se tornando... 

– O QUÊ??? – disse Hermione esquecendo o tom de voz. 

– SHITTTT!!! – fez Sara pedindo silêncio – Não acorde as outras... 

– Harry se tornando Voldemort... – sussurrou Hermione – Não... Isso é impossível. 

– Como é impossível? – disse Sara – Nada é impossível na Magia, você melhor do que eu, sabe disso. 

– Ah... Você me entendeu... – disse Hermione. 

– Pros padrões de Hogwarts talvez seja proibido, mas não existe limite para Voldemort... – respondeu Sara – Tivemos uma boa prova disso no ano passado. 

– Mas mesmo assim, não acredito que ELE seria capaz disso... – falou Hermione se dirigindo até sua cama – Agora vamos dormir por que amanhã temos um longo dia com Sprout e Binns, logo pela manhã. 

– É, eu sei disso... – respondeu Sara – boa noite. 

Sara e Hermione deitaram-se na cama, Hermione logo pegou no sono, mas Sara demorou um pouco para conseguir fechar os olhos. As imagens ainda passavam na sua mente e tudo era confuso demais. – Sara, isso são apenas sonhos... – disse ela virando-se na cama.


                                                                                           ***



Na manhã seguinte Harry e Rony se levantaram mais cedo, tinha alguma coisa incomodando Harry e ele não conseguia saber o que era. O único problema foi tentar manter isso em segredo já que Rony não fez a menor questão de comentar isso ainda dentro do dormitório. 

– O que é que você tem? – disse Rony enquanto Simas e Dino brigavam para saber quem usava o banheiro primeiro. 

– Não tenho nada Rony – respondeu Harry fechando os últimos botões de sua camisa do uniforme. 

– Claro que tem... – disse Dino andando até os dois depois de ter perdido a guerra de travesseiros para Simas – Está calado, pensativo e muitas vezes parece que não é você... 

– Deixa de besteira... – ralhou Harry ajeitando a gravata e colocando sua capa – A única coisa que tem diferente em mim é o fato de ter amadurecido e não achar graça nas coisas que achava antes. 

– É, e ficou mais chato também... – disse Simas saindo do banheiro – Nem nas nossas brincadeiras você participa? 

– Não é isso, só não acho graça em ficar fazendo campeonatos bobos pra saber quem é o melhor... – respondeu Harry andando em direção a porta – Você vai tomar café agora ou não Rony? 

– Espera que já estou indo... – disse ele correndo para alcançar Harry. 

Eles saíram do dormitório deixando os garotos fazendo uma nova guerra de travesseiros. Harry não comentara nada com o amigo, nem ao menos dissera uma palavra desde que saíram do dormitório e apesar de Harry ter mudado, Rony sabia que havia alguma coisa errada com ele. 

– Vai, para de fazer segredo e me conta o que é que você tem? – disse Rony impedindo Harry de passar. 

– Que tipo de segredo você acha que estou fazendo? – disse Harry se surpreendendo com a pergunta – Sara é quem é perita nesse departamento Rony... 

– Você me entendeu... – disse Rony não rindo da pequena piada do amigo – você murmurou a noite toda. Falava coisas sem sentido... 

– Todo mundo fala coisas sem sentido quando sonha... – respondeu Harry um tanto curioso, não se lembrava de ter tido algum sonho estranho. Na verdade nem se quer se lembrava se havia tido algum. – E, além disso, eu nem me lembro se sonhei alguma coisa. 

– Como assim não se lembra? – perguntou Rony espantado – Você assustou todo mundo com aquela voz... 

Harry o encarou como se Rony estivesse fazendo uma brincadeira, mas ao ver seus olhos brilhando viu que não era só um trote. Realmente havia acontecido algo estranho para Rony estar agindo daquela forma. 

– Do que é que está falando? – disse Harry o encarando. 

– Harry, você falava coisas estranhas... uma língua que ninguém entendia, no começo achei que você apenas estivesse brincando ou algo assim, mas quando fui até sua cama você estava completamente molhado e murmurava alguma coisa. – respondeu Rony o encarando – Cara, você falava de um jeito que não parecia ser você...Tem certeza de que não se lembra? 

– Eu juro que não me lembro de nada... – falou ele coçando a nuca. Era incrível, como poderia ter assustado tanto seu melhor amigo sem se quer lembrar de ter feito? 

– Tenta puxar na memória... – dizia Rony – É muito difícil você fazer aquilo sem ter tido nenhum pesadelo. 

– Estou falando sério Rony, não me lembro de ter sonhado ou muito menos ter tido algum tipo de pesadelo. – respondeu Harry se jogando sobre a poltrona. 

– Mas então, o que foi que aconteceu com você? – perguntou Rony ainda mais assustado. 

– E como é que eu vou saber? – falou Harry – Mas a única coisa que eu lhe peço é que não conte nada a Hermione e muito menos a Sara... ela tem andado um pouco estranha esses dias e acho que é por eu ter sentido minha cicatriz arder naquele dia e não quero preocupa-la ainda mais com esse tipo de coisa. 

– Quem você não quer preocupar? – disse Hermione que descia as escadas juntamente com Sara. 

Os garotos se calaram enquanto elas se aproximaram, tanto Hermione quanto Sara ficaram um tanto desconfiadas mas foi Sara quem encarou Harry e colocou-os contra a parede. 

– O que estão tentando esconder? – disse Sara olhando diretamente para Harry. 

– Nada... – disse Harry a encarando. 

Hermione olhou para Rony que gaguejou um pouco antes de responder a primeira coisa que lhe veio à cabeça. 

– É que teremos jogo de quadribol... – disse ele olhando para Harry em busca de ajuda. 

– Jogo de quadribol na primeira semana de aula? – perguntou Sara olhando para Harry. 

– Não na primeira semana, mas você, Sara é nossa nova batedora e era isso que não queria preocupar você... – disse Harry andando até ela – Você está sob pressão e, Rony queria fazer um treino logo na primeira semana pra já sairmos na frente das outras casas... 

– E Harry não queria forçar você a se preocupar com isso também... – completou Rony rapidamente. 

– É bom mesmo, pois Sara vai ter muito com que se preocupar esse ano... – disse Hermione -... como sou monitora Chefe, ela ficou com o cargo de monitora pra compensar a besteira que a antiga monitora fez no ano passado de cair naquela baboseira de... 

– Já entendemos Hermione... – disse Rony já sabendo que se tratava do episódio da garota da Grifinória ter quase matado Harry o derrubando da vassoura. 

– É só isso mesmo? – perguntou Sara desconfiada. 

– É... – respondeu Harry lhe dando um beijo no rosto - Agora vamos tomar café antes que meu estômago saia pela boca... 

Sara sorriu enquanto o garoto pegava em sua mão e a conduzia juntamente com Rony e Hermione para fora da torre. 

Durante todo o café da manhã tanto Sara quanto Harry conversaram normalmente com os colegas. Sara pode notar que Harry parecia até mais sorridente e o brilho antigo dos seus olhos havia voltado. No entanto não comentou nada, terminaram seu café e depois de receber seus horários seguiram para o quarto andar para mais uma aula de História da Magia. 

– Tomaram bastante café?- disse Dino Thomas passando seus braços pelos ombros de Harry e Rony. 

– Por que pergunta Dino? – perguntou Hermione entrando na sala de aula. 

– Oras, pra conseguir ficar acordado durante essa aula... – disse ele sorrindo andando até o final da Sala para sentar-se ao lado de Simas. 

– Definitivamente, seus irmãos deixaram seus discípulos mesmo Rony... – disse Hermione sentando-se ao lado do namorado. 

– Por falar nisso... – disse Harry – sinto falta das confusões que eles armavam... 

– É, apesar de serem aqueles pentelhos pelo menos eles faziam com que a gente se divertisse pra caramba... – acrescentou Rony tirando seu material da mochila. 

Não demorou muito para o Fantasma do Prof. Binns aparecer flutuando através do quadro negro. 

– Bom dia, Senhores e Senhoritas... – disse ele com sua voz lenta que mais parecia uma canção de ninar. – Queiram abrir seus livros no capítulo 23, para fazermos uma breve introdução dos maiores bruxos que existiram ou que ainda existem em nossa história. 

– Ele já não explicou algo sobre esses benditos bruxos? – perguntou Rony olhando para Hermione que confirmava com a cabeça – Então, só que falta que além dele ser um fantasma está com problemas de memória... 

– Fantasmas não têm cérebro... – disse Dino virando-se para trás para jogar um tubo de tinta para Jack Sloper. 

– Eles têm cérebro Dino... Só que não aparece... – respondeu Rony sorrindo. 

– Nem ele aparece direito... – retorquiu Simas sorrindo. 

– Vocês querem parar... Estou tentado ouvir o Binns... – disse Hermione. 

– Como vocês podem ver, existiu entre 1556-1639, uma bruxa chamada Gunhilda, alguém sabe por que ela ficou conhecida? – disse Binns dando um toque de sua varinha e fazendo com que uma imagem da velha bruxa corcunda e de apenas um olho e definitivamente horrível aparecesse. 

– Uma modelo famosa é que não foi... – disse Rony olhando para Harry que sorria enquanto Hermione levantava seu braço. 

– Sim Srta. Granger... – disse o Professor dando a vez à explicação da aluna. 

– Gunhilda foi uma curandeira muito talentosa e trabalhadora, ela ficou famosa por criar uma poção de cura do dragão. 

– Muito bem, Srta Granger... – disse o prof. Flutuando para trás de sua mesa – 5 pontos para a Grifinória. 

Sara rabiscava o pergaminho distraída, oras desenhando, outras escrevendo seu nome de várias formas. Harry ficou curioso, pois Sara jamais deixava de prestar atenção nas explicações dos professores. 

– Se quiser jogar forca ou jogo da velha eu jogo com você... – disse ele sorrindo. 

– A proposta é muito interessante, mas sei o “quanto” você praticou durante todos esses anos nas aulas do Binns... – disse Sara sorrindo – com certeza eu não teria chances... 

– A gente podia entrar num acordo... – disse ele passando o braço por trás da cintura de Sara e a trazendo para mais perto. – quem ganhasse faria alguma coisa pelo outro... O que me diz? 

– Hum... pensando bem... Isso muito me interessa... – disse Sara sorrindo. – Mas acho melhor estudar essa proposta depois da aula ou o Binns vai chamar nossa atenção. 

Harry sorriu e lhe deu um beijo no rosto enquanto o fantasma usava mais uma vez a varinha para mostrar a imagem de um outro bruxo. 

– E quem pode me falar sobre Ignatia WildSmith? – disse o professor olhando diretamente para Sara e Harry que estavam conversando. 

Sara percebeu e levantou a mão rapidamente – Ignatia Wildsmith foi à inventora do Pó de Flu professor... 

– Muito bem Srta. McGonagall, mais 5 pontos para a Grifinória. 

– Você conhece muito sobre essa família não é? – disse Harry fechando a cara para Sara. 

– Se você não fosse tão ciumento e olhasse em sua volta veria que o professor Binns fez essa pergunta pensando que nem eu nem você saberíamos a resposta por estarmos conversando durante a aula... – disse Sara séria – e, além disso, todo mundo sabe que Ignatia WildSmith inventou o pó de Flu. 

O garoto continuou sério, não queria dar o braço a torcer, mas era isso mesmo, até ele sabia quem havia inventado o pó de Flu, porém sempre que ouvia falar em WildSmith ele lembrava-se de Gregory, um aluno da Northville, escola com o qual ele e Hogwarts disputaram a final da Taça Inter-escolar no ano anterior e pra variar tinha feito de tudo para sair com Sara. 

                                                                                                 ***



– Deixa de besteiras Harry... – dizia Rony enquanto andavam pelos corredores até o salão principal para o almoço. – Todo mundo sabe que Sara é louca por você, não sei por que razão você está com ciúmes. 

– Não é ciúmes... – disse ele – só... 

– É o quê então? – retrucou Rony. – Nenhum garoto pode vir conversar com ela que você fica com essa cara... 

– Não fico com cara nenhuma... e por falar nisso, onde é que ela e Hermione se meteram? – perguntou ele sentando-se no banco após colocar a mochila ao seu lado. 

– Sei lá... – respondeu Rony dando de ombros – Você conhece as mulheres, vivem indo a qualquer lugar juntas. Principalmente quando estão mais “sensíveis”, você sabe... 

– É eu sei... – disse ele colocando uma porção generosa de bolo de carne no seu prato. – Qual é a próxima aula? 

– Infelizmente... Trelawney – respondeu Rony. – Acho que vou falar com a McGonagall para me tirar essa disciplina. Nunca aprendi nada que conseguisse utilizar... 

– Queria saber quando é que vamos ter DCAT, queria muito falar com Lupin. – disse Harry tomando um gole de Suco. 

– Bem, então vai poder fazer isso amanhã... – disse Sara chegando com Hermione. 

– Como assim? – perguntou ele tirando a sua mochila para que Sara sentasse ao seu lado. 

– A aula de DCAT vai ser amanhã, e pelo que fiquei sabendo, tem um novo professor, não o Lupin... – respondeu Sara - só não me pergunte o motivo, ou o que foi que levou a minha tia a contratar outro professor. 

– E... você sabe quem é? – perguntou ele confuso, Harry tinha ouvido muito bem o Professor Dumbledore no ano anterior, ele nomeara Lupin para o cargo. Será que tinha acontecido alguma coisa com ele? 

– Não faço idéia... – respondeu Sara. 

– Trelawney não está em condições de dar aula... – disse Hermione sentando-se ao lado de Rony. 

– Como? Nem bem combeçamos as aulas... – respondeu Rony com um enorme pedaço de pastelão na boca. 

– Por favor Rony... pode pelo menos não falar de boca cheia – repreendeu Hermione. 

– Ela teve que fazer uma viajem, por isso iremos para a aula de Transfiguração depois do almoço. - respondeu Sara servindo-se de um copo de suco de laranja. 

Uma coruja parda entrou pela vidraça, trazendo um exemplar do “Profeta diário”, jornal que com certeza vinha direto para as mãos de Hermione. 

– Alguém além de você recebe exemplares extras Hermione? – perguntou Rony bebendo um gole enorme de suco de laranja. 

– Fique sabendo Rony, que tenho meus meios de conseguir esses exemplares – respondeu Hermione abrindo o jornal e olhando direto para as páginas que lhe interessavam. 

– Alguma notícia? – perguntou Harry. 

– Somente algumas poucas linhas sobre como se defender de Você-Sabe-Quem. – respondeu Hermione. 

– Acho melhor você olhar isso depois, estamos atrasados para a aula. – disse Sara. 

Os garotos percorreram novamente os corredores até o quarto andar, viraram à esquerda e encontraram a professora de Transfiguração sentada em sua mesa como sempre. Tanto Sara quanto Harry sabiam a dificuldade que a professora estava passando em conduzir a escola, ser professora e ainda fazer seu papel na ordem. 

Cumprimentaram a professora com um sorriso e foram até o fim da sala para sentar, havia poucos alunos na sala por enquanto, e por isso Hermione sentou-se e começou a folhear. Sara foi até o seu lado enquanto Harry e Rony sentaram-se em duas mesas. A professora levantou-se e saiu da sala, enquanto alguns alunos da Sonserina começavam a chegar. Rony torceu o nariz e continuou conversando com Harry, pelo menos até ouvirem uma voz arrastada vindo de alguns lugares na frente. 

– Procurando saber se já pegaram o seu sogro Granger? – disse Malfoy jogando as coisas em cima da carteira e o encarando. – Devia se interessar mais pelos casos policiais Weasley, seu pai está em primeiro lugar na disputa dos bruxos mais procurados de Londres... 

Rony levantou-se para acertar Malfoy mas Harry o segurou. 

– Se o Pai de Rony está nos mais procurados de Londres, Você e sua família deveriam estar nos mais procurados do Mundo Malfoy... – disse Sara levantando-se rapidamente. 

– Está mais corajosa agora que sua tia virou diretora, não é McGonagall? – disse Pansy Parkison ficando ao lado de Malfoy formando o quarteto de Sonserinos com os gorilas Crabbe e Goyle. 

– Nunca tive medo algum de você ou quem quer que fosse Pansy... – disse Sara a encarando -... a única coisa que sinto quando vejo sua cara, é pena pela ciência ainda não ter conseguido um ingrediente para uma poção milagrosa de beleza...

Enquanto Sara virava às costas e ia em direção a carteira de Harry, ele começou a rir assim como Rony e Hermione, Pansy ficou furiosa por não ter tido oportunidade de responder e acabou puxando a varinha, principalmente por que Malfoy não a defendeu. 

– Por favor senhores, queiram se sentar... – disse a voz firme da professora que estava parada na frente de sua mesa - ... e Srta Parkison, guarde já essa varinha se não quiser começar o ano com uma detenção. 

Pansy guardou a varinha e sentou-se ao lado de Draco na primeira mesa da fila, Sara sentou-se ao lado de Harry, e ambos viram o olhar de “que teriam revanche” por parte de Draco e Pansy. 

– Aquela “PitParkison” ainda não aprendeu que não tem vez com você? – disse Harry disfarçadamente enquanto tirava sua pena e seu livro e os colocava sobre a mesa. 

– Se sabe, eu não sei, mas que ela não admite perder, ah isso ela não admite. – respondeu Sara arrumando o tubo de tinta e alguns pergaminhos enquanto a professora começava a explicação. 

– Existem magias capazes de tornar um ser ou objeto totalmente imperceptível aos olhos humanos, tanto de bruxos como de trouxas. Vocês devem estar familiarizados com alguns artefatos mágicos que produzem o mesmo efeito. Alguém poderia me citar um exemplo? - Perguntou a professora. 

– Uma capa de invisibilidade. – respondeu Hermione rapidamente com a mão levantada. 

– Muito bem senhorita Granger.! 5 pontos pela sua participação. – respondeu a professora. 

– E quem tem dinheiro para comprar uma capa de Invisibilidade... conheço uma poção muito boa, a Poção Lacertília. Ela também faz esse mesmo efeito que a capa professora – disse Malfoy com desdém. 

– Muito bem senhor Malfoy! O professor Snape deve estar muito satisfeito com o seu desempenho na aula de poções. – disse Mcgonagall – contudo é uma poção proibida por precisar de ingredientes proibidos pelo Ministério da Magia. 

Draco fechou a cara enquanto Rony tentava controlar o sorriso. Sara tentava prestar atenção, mas Harry insistia em mexer em seu cabelo lhe tirando a concentração. 

– Se você não parar, daqui a pouco minha tia chama sua atenção... – disse ela baixinho. 

– Não tenho medo, mas só pra não prejudicar você eu juro que vou me controlar... – respondeu ele arriscando um beijo rápido no rosto da garota. 

– Hoje vocês aprenderam um feitiço que produz esse efeito. Chama-se INVISILIBUS! O nosso pequeno Hunter, aqui presente, irá auxiliar o nosso experimento. Especialmente se houver algum aluno que tenha esquecido o seu bichinho de estimação, ou ainda não possua um. – disse ela apresentando um pequeno ratinho branco a classe - Antes que vocês possam praticar tenho mais algumas considerações sobre o Invisilibus. Existe um contra feitiço para anular o seu efeito, chama-se APARECIUM. Este contra feitiço anula o poder do invisilibus, entretanto não se trata de um feitiço de conjuração, ou seja, não pode ser usado em objetos que não existam no local. E também não funciona com capas de invisibilidade... 

Hermione anotava freneticamente tudo o que conseguia em seu pergaminho enquanto Rony tentava ao máximo prestar atenção. 

– Droga... – disse Harry enquanto Sara ia anotando as observações – Me perdi e esqueci de copiar uma parte. 

– Depois eu lhe passo o que falta... – disse Sara sorrindo. 

– Eu já disse que amo você? – respondeu ele sorrindo. 

– Deixa eu ver... – disse ela fazendo cara de quem estava pensando – Hoje, é a primeira vez... 

– Então, juro que depois eu compenso...– respondeu Harry lhe dando mais um beijo no seu rosto. 

–... Bruxos mais espertos são dificilmente enganados pelo invisilibus, principalmente se o praticante for inexperiente, entretanto nenhum não-bruxo é capaz de perceber um objeto ou pessoa oculta pelo invisilibus. A dificuldade de execução do feitiço varia com o tamanho e o grau de imobilidade do objeto ou ser que será ocultado. – continuava a professora. - Em outras palavras, uma vez atingido pelo invisilibus, o nosso amigo Hunter dificilmente será percebido nesta sala, mesmo por um bruxo perspicaz, entretanto seria muito pouco provável alcançar o mesmo efeito com um trasgo. Quero que formem grupos de quatro alunos, e que cada dupla pegue um pequeno ratinho dessa caixa para treinarmos. Até o final da aula gostaria que me entregassem um relatório contando como foi a experiência. – A professora andou até o armário ao lado da porta e voltou trazendo uma pequena caixinha cinza – Por favor queiram vir até aqui pegar seus animais. 

– Vamos até lá Harry... – disse Rony se levantando – enquanto isso as garotas vão arrumando as coisas para fazermos as anotações. 

– Já voltamos... – disse Harry se levantando e acompanhando Rony até a frente da sala. 

Hermione e Sara começaram a arrumar as carteiras para que ficassem de frente para poderem trabalhar. Sara continuava calada, apesar de parecer estar mais animada com o início das aulas. 

– Encontrou alguma notícia sobre a morte do ministro, Hermione? – perguntou Sara já se sentando. 

– Nada que já não soubéssemos... – respondeu ela sentando-se e puxando o jornal para que Sara pudesse ver. 

– Como puderam dizer uma coisa dessas do Sr. Weasley? – disse Sara baixinho enquanto fechava o jornal – Ninguém nunca viu ele matando uma mosca antes, quanto mais o próprio chefe... 

– Falar é fácil... – respondeu Hermione – o provar é que é difícil. 

– Falando sobre o quê? – disse Harry sentando-se e colocando o pequeno ratinho dentro de uma caixinha. 

– Sobre o feitiço oras... – respondeu Sara. 

– A Hermione, dizendo que o feitiço é difícil? – falou Rony – isso é que é difícil... 

– Por que não começam a treinar... a conversa pode ficar para mais tarde... – ouviram a voz da professora McGonagall vindo do grupo da frente. 

Uma hora mais tarde, todos já haviam feito seus ratinhos desaparecerem. Não totalmente, tanto que a professora teve que deixar o relatório para ser enviado a ela no dia seguinte. A aula tinha sido divertida e também muito proveitosa, principalmente por que tanto Sara quanto Hermione conseguiram fazer seus ratos desaparecerem facilmente. Harry ainda teve dificuldades, não tanto quanto Rony que deixou o pobre ratinho sem a metade do corpo. O garoto percebeu que talvez pudesse ser falta de concentração, por tudo o que estava acontecendo com seu pai, e por isso Harry pensou em irem fazer uma visita ao Hagrid. Sabia que Rony talvez não esquecesse por completo a preocupação com seu pai, mas pelo menos se alegraria com uma boa conversa com seu amigo.



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Autor(a): vision2018

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