Fanfics Brasil - Mentiras e Verdades Harry Potter e o Livro Perdido

Fanfic: Harry Potter e o Livro Perdido | Tema: Harry Potter


Capítulo: Mentiras e Verdades

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– Tem alguma coisa errada comigo Ron… - murmurou Harry desolado – Preciso de ajuda… 

Rony o conduziu até o castelo, juntamente com os outros membros do time. Harry estava confuso, triste e principalmente preocupado com Sara. Por que estaria a tratando tão mal assim. Por que sentia tanta raiva dela quando a via, se a amava com toda sua força. Tinha algo acontecendo com ele e com certeza queria afasta-lo do seu grande amor. 

Seguiram até a ala hospitalar. Enquanto Madame Ponfrey prestava os primeiros socorros a Sara, Harry era conduzido juntamente com Rony e Hermione até a sala da diretora. Harry estava confuso e muito calado. Embora o garoto não quisesse, tinha que prestar contas à diretora, mas estava tão desnorteado com as coisas que, Harry achava difícil explicar o que tinha acontecido. Subiram as costumeiras escadarias até a torre do diretor, que agora era a sala de sua professora, ao entrar, os três receberam um olhar suplicante de sua diretora. 

– Sentem-se... – disse ela – Gostaria de saber o que foi que aconteceu? 

– Não sabemos professora... – disse Hermione. 

– É... Madame Hook deixou claro que os treinos deviam ser feitos com as bolas reserva, e foi isso que Harry fez...- respondeu Rony

– É verdade Sr. Potter? – perguntou ela seria. 

– Sim, professora, não sei como aquele balaço foi parar no campo... somente os capitães e a madame Hook tem acesso ao armário. – disse Harry preocupado – Não sei como esse balaço pode ser liberado... 

– Bem... quero suspender... pelo menos por enquanto os treinos de quadribol... – disse ela recebendo os protestos dos garotos – não quero mais nenhum aluno ferido por bolas descontroladas... Não só por ser minha sobrinha, mas o acidente poderia ter sido mais grave... 

Os garotos se olharam e concordaram, apesar dos protestos. 

– Senhores, iremos fazer uma investigação muito grande para sabermos o que foi que aconteceu, e por essa razão, até não descobrirmos os treinos irão ser cancelados. Entenderam? Estão dispensados. 

Os três saíram da sala e percorreram os corredores até a entrada da torre da Grifinória. 

– Por quanto tempo vocês acham que a McGonagall vai suspender os treinos? – perguntou Rony enquanto Hermione dizia a senha. 

– Pelo amor de Deus Rony, Sara está ferida na Ala hospitalar e você pensa em quanto tempo é que irão ficar sem treinar? Claro que até que saibam quem foi que enfeitiçou aquele balaço ninguém vai poder chegar perto do armário da Madame Hooch – disse Hermione enquanto o retrato se abria – Aonde vai Harry? 

– Preciso ver a Sara... – disse ele preocupado – Não vou conseguir dormir sem saber como ela está. 

– Harry, eu acho melhor você não ir... – disse Hermione – Conhecendo Sara como conheço, ela não vai nem querer ver sua cara... 

– Não, eu vou vê-la sim... – disse o garoto decidido descendo as escadas rumo à ala hospitalar. 

– É melhor irmos com ele... – disse Hermione cautelosa. 

Hermione e Rony seguiram Harry até a enfermaria. Sara estava deitada na cama, o rosto pálido. Harry olhou para Sara que desviou os olhos rapidamente. 

– Vocês não acham que é um pouco tarde para virem até aqui? – disse Madame Pomfrey. 

– Queria saber como está Sara... – disse Harry mas foi interrompido por ela. 

– Estou bem... – disse ela ríspida – e se me der licença preciso descansar.... 

– Sara eu... – tentou argumentar Harry mas a garota virou o rosto. 

– Vamos Harry... – disse Rony batendo em seu ombro. 

                                                                                           ***

O tempo do lado da casa grande era o pior de se imaginar, raios, trovões e a chuva castigava as janelas. Quem olhasse de fora acharia que a casa estava abandonada, mas no seu interior um pequeno ratinho passava por entre as passagens e frestas da antiga casa. Lugares escuros e apertados onde somente alguém como ele poderia passar. Atravessou um grande corredor e passou por debaixo da porta. A Sala escura era iluminada por poucos segundos, a cada raio que jogava a claridade pela janela. O ratinho parou diante de uma mesa, seu corpo começou a crescer, um dos braços começou a se alongar assim como as patas traseiras. O focinho comprido deu lugar a um rosto chato e quase todo enrugado, e com o iluminar do raio do lado de fora o ratinho havia se tornado um pequeno homem, com apenas um braço. Este homem foi até a pequena mesa no centro da sala, em sua superfície havia algo encoberto por um lenço. Ele se aproximou, e com a mão tirou-o revelando uma bola de cristal Negra. Ficou ali, por algumas horas, pronunciando coisas sem sentido, como se estivesse conversando com alguém. 

– O que está fazendo Pettigrew.... – disse uma voz um tanto fantasmagórica aparecendo diante de um pequeno homenzinho dentuço, e maneta que olhava dentro de uma pequena bola negra, cuidadosamente posta sobre uma mesa. 

– Na...na.. nada... mestre... – disse o homenzinho tentando cobrir aquela bola novamente. 

O homem em um movimento rápido, estendeu sua mão e fez com que o Pedro começasse a sufocar. 

– O que foi que eu lhe disse Pedro... não ouse colocar suas patas de rato sobre meus objetos... 

– Sim... desculpe... meu Lord.. – disse Pedro sufocando. 

O homem vestido com a capa negra novamente com uma agilidade incrível o jogou contra a parede, sem nenhum esforço. O rosto pálido e magro, os olhos amarelos eram as únicas feições que era possível de se ver. 

– Meu Lord vai brincar com o garoto Potter?? – disse o pequeno homenzinho rastejando de joelhos até a figura imponente do seu mestre. 

– Não... – respondeu ele novamente sem a menor expressão na sua voz – seu pequeno erro de tentar mata-lo chamou muito a atenção. 

Disse o homem voltando seus olhos diabólicos para o homenzinho que estremeceu. 

– Tenho novos planos... e Narcisa está sendo tão fiel como seu marido... mas está despertando suspeitas, não posso mostrar meus verdadeiros planos ainda e sei que o idiota do Dumbledore está no meu encalço dia após dia... e não posso mais contar com meus fieis seguidores já que estão sendo caçados como animais pelos membros do Ministério. Não posso esperar mais, tenho que conseguir aquele livro de volta antes do eclipse. Tenho muito a fazer antes desse maravilhoso e poderoso evento. 

Uma gargalhada sinistra foi ouvida enquanto a figura sinistra e maligna desaparecia do cômodo. 


                                                                                               ***



– Harry??? 

O garoto sentia alguém sacudindo seu corpo que estava um pouco dolorido, via-se em um lugar estranho, no meio da sala havia uma pequena mesa circular com uma bola de cristal escura acomodada em seu centro. Também havia alguém com ele ali, pois via seguidamente um vulto muito mais baixo que ele sempre ao seu redor como se fosse um cachorrinho a seguir seu dono. 

– Harry!!! 

– Ãh?? – disse ele abrindo os olhos finalmente. – Rony?? O que foi? 

– Você... está dando umas gargalhadas que... Sinceramente me dá arrepios... – disse Rony o encarando apavorado. 

– Hein?? Gargalhadas? – perguntou Harry estranhando, geralmente não falava enquanto dormia, mas de alguns anos pra cá isso estava ficando freqüente – Como assim dando gargalhadas? 

– Sei lá, mas se fizer isso de novo... da próxima vez eu te acordo é com um banho frio... – respondeu Rony – Com o que você sonhou agora? 

– Eu preciso ver a Sara... – disse ele chutando as cobertas que voaram por cima de Rony . 

– Você esqueceu? Ela não quer ver sua cara... – disse Rony se desvencilhando dos cobertores – Pudera... depois de tudo que você disse pra ela ontem... até eu.. 

– Rony... eu vi Voldemort – respondeu ele – ou melhor... eu fui ele... 

Rony ficou branco, os olhos arregalados como se visse o próprio na sua frente. 

– Co...Co... mo assim? 

– Eu não me lembro direito dos detalhes... – disse Harry levantando-se da cama – sei que estava em uma sala, onde tinha... uma espécie de bola de cristal, e alguém ou alguma coisa rastejava sob meus pés... tenho certeza... eu vi ele... 

– Harry... talvez foi apenas uma coincidência... você e Sara discutiram sobre isso ontem... – disse Rony. 

– Não, eu sei o que vi... – respondeu Harry. 

– Olha, Sara não está na torre... – disse Rony – Passou a noite na ala-hospitalar, pelo que Hermione me disse, o balaço fez um estrago e tanto no ombro dela... mas madame Ponfrey iria deixa-la novinha em folha pela manhã. 

– Onde está Hermione? – perguntou Harry esperançoso. 

– No dormitório das garotas é obvio... são 5 horas da manhã maluco... – respondeu Rony bocejando. 

Harry saiu correndo em direção a porta e Rony correu atrás – Onde você vai? 

– Falar com Hermione... – disse ele atravessando a porta. 

Hermione dormia tranqüila, próximo a cama de Sara que estava intacta, não estava exatamente em um sono muito agradável, praticamente não conseguia dormir. Ouviu a porta do quarto feminino ranger de vagarinho e virou-se rapidamente. 

– O que pensam que estão fazendo aqui?? – falou ela em um sussurro alto – garotos não podem entrar no dormitório das garotas... 

– Sabemos disso Hermione... – ralhou Harry – Quero falar com você... preciso saber o que Sara te disse... 

– Me disse? – perguntou Hermione – Do que é que você está falando? 

– Do sonho, aquele sonho que vem tendo... – disse Harry sentando-se na cama. 

– Vamos até o salão, não quero que acordem as outras garotas... ou vou ter que me entender com a McGonagall – disse Hermione se levantando. 

Harry e Rony seguiram Hermione silenciosamente pelas escadas até a sala circular, o fogo estava apagado na lareira e a única luz que entrava, era o clarão da lua que às vezes aparecia. 

– Então... – disse Harry sentando-se na frente de Hermione – O que foi que Sara lhe contou? 

– Primeiro, quero saber uma coisa Harry, sua cicatriz tem doído ultimamente? – perguntou Hermione. 

– Não... pelo menos não desde que doeu no meu aniversário... – respondeu ele com dúvida – por que? 

– Você acha que é isso? – perguntou Rony com os olhos arregalados – Que é a cicatriz? 

– Não a cicatriz... – disse ela levantando-se e andando até a janela – Acho que é a ligação entre Harry e Voldemort que o tem feito agir assim... 

– Não duvido... – disse Harry sério. 

– Não tem como duvidar... – disse Hermione – Você fez e disse coisas que você jamais diria se estivesse com sua cabeça em ordem, principalmente pra Sara. Você deve se lembrar... a gota da água foi quando a acusou de ter tentado algo contra você com aquele balaço... isso foi o cúmulo Harry... 

– Tá, ta... será que eu vou ter que repetir que sinto muito??? – disse ele – Sara é a única coisa com que me importo e a estou perdendo... você acha que eu gosto disso? Não! Sei que a magoei muito, a tratei pior do que trato Malfoy e seus amigos... 

– Muito pior... – completou Rony. 

– E já viu que não vai conseguir fazê-la falar com você por enquanto... – disse Hermione. 

– Já, tive uma idéia quando estive lá... – falou Harry se jogando na poltrona – Se alguém estava brincando comigo pra fazer Sara se afastar de mim... com certeza está satisfeito à essa altura. 

– Não temos certeza se foi isso mesmo Harry... – disse Hermione – Sara sonhou com o que aconteceu naquele dia na câmara, do Malfoy estar apontando a varinha pra você... 

Harry apoiou-se no joelho para prestar mais atenção na amiga que se sentou na pequena mesa no centro da sala e continuou. 

– ... Na verdade Harry, ela não viu você ser atingido pelo feitiço, ela viu você lançando-o, ou seja, ela viu Voldemort em você... por isso estava preocupada... por isso não queria lhe dizer... 

– Por que sabia que eu iria tentar descobrir o que ele queria de mim... – respondeu Harry.
– É por aí... – respondeu Rony – E eu que durmo no mesmo dormitório lhe digo que você realmente tem tido pesadelos com ele... e a gargalhada de hoje é uma prova disso... 

– Como assim? – perguntou Hermione. 

– Rony diz que eu venho falando algumas coisas... 

– Resmungando... você quis dizer – interferiu Rony – Harry vem resmungando coisas durante o sono, eu me assustei várias vezes pois me dá arrepios só de lembrar. 

– E com o que você vem sonhando Harry? – perguntou Hermione 

– Não lembro, todas às vezes acordei com Rony me sacudindo... – disse o garoto voltando a sentar-se – E nunca me lembro do que sonhei... 

– Acho melhor você pedir ajuda a alguém Harry... – disse Hermione preocupada – Você se lembra das besteiras que fez mas não às evita... 

– No momento, a única coisa que me interessa é me acertar com a Sara... – respondeu o garoto dando um suspiro. – Estou preocupado com ela... 

– Vou tentar conversar com Sara, Harry... mas você pegou pesado com ela... – disse Hermione. 

– Isso é algo que só eu vou poder resolver Hermione... – respondeu ele voltando a subir as escadas para o dormitório. 

– Será que acabou tudo mesmo? – disse Rony no ouvido de Hermione. 

– Não sei Ron... – respondeu ela fazendo-lhe um carinho. – Juro que não sei... 


                                                                                            ***

Passou-se uma semana e nada de Sara e Harry conversarem, Sara estava terrivelmente magoada com Harry e isso o tinha deixado ainda mais rabugento que de costume. Claro que, todas as vezes que a via ela fingia não o enxergar e ele por sua vez abaixava a cabeça e saia do local. Hermione tentara de todas as formas conversar com ela, e mesmo ela sabendo que Harry poderia estar sob influência de alguém, a jovem continuava relutante em se quer olhar para ele. Harry sabia que quem quer que estivesse fazendo aquilo com ele, estaria decidido a “machuca-lo” através de Sara, e esta, estava muito magoada com ele, e fazia de tudo para não ficar no mesmo lugar que ele por muito tempo. 

– Sara? – disse Hermione naquela manhã de sábado – Vamos estudar no salão? 

– Claro, preciso de ajuda em Runas... estou ficando cada vez mais maluca com isso... – respondeu ela. 

– Ok, Rony e Harry foram conversar, Harry quer falar com Lupin e foi ver com sua tia onde poderia encontra-lo... – disse Hermione mas Sara a interrompeu. 

– Por favor Hermione... não quero ouvir falar em Harry está bem? 

– Não finja que não o ama... não vê que está magoando Harry e a si mesma? – disse Hermione. 

– E eu? Não acha que o que ele me disse não me magoou? – perguntou Sara. – Ele sabia o que estava fazendo e dizendo Hermione... 

– Eu sei... mas... 

– Não quero brigar com você por causa disso... podemos mudar de assunto? – disse ela. 

– Ok... 


Harry saiu da torre naquela manhã e foi até a sala dos professores, estava muito preocupado e chateado ao mesmo tempo. Principalmente pelos olhares que eram lançados para ele. Olhou para dentro da sala vazia e nem um sinal. Decidiu então ir até o andar onde ficava a sala de DCAT, provavelmente estaria lá, sua professora estaria lá conversando com o novo professor. Estava passando pela sala de Runas e então encontrou Lupin saindo de seu interior. 

– Olá Harry... como vai? – perguntou ele. 

– Não muito bem... – respondeu ele decepcionado, seu professor parecia um pouco cansado, e muito mais apático do que de costume. 

– Oh,... sei o que quer dizer... gostaria que eu falasse com Sara? – perguntou ele – a conheço o suficiente para dar alguns conselhos... 

– Não acho que você falando com ela vai resolver alguma coisa professor... – respondeu Harry. 

– E por que razão diz isso? 

– Professor, aconteceu algo... digo... vem acontecendo coisas estranhas sabe... – Começou Harry. 

– Está falando do acidente no campo de Quadribol? – disse Lupin fazendo sinal para que se sentasse em uma das carteiras. 

– Não é só isso... – disse Harry recostando-se em uma das mesas – Tenho tido comportamentos completamente estranhos... 

– Como assim? – perguntou Lupin prestando mais atenção no garoto. 

Harry relutou um pouco em contar o que estava acontecendo, mesmo porque tinha certeza de que ele mandaria Harry procurar a diretora da escola. Tudo que Harry menos queria no momento era ter que encarar mais uma vez sua professora, além de tudo que “aprontara” ainda magoara a sobrinha dela, não agüentaria ver aquele olhar de desapontamento. 

– Rony diz que durante a noite, tenho murmurado palavras ou coisas sem sentido... e na noite passada, soltei uma gargalhada... como ele disse... aterrorizante e Maligna... 

– São só sonhos Harry, às vezes as coisas que vivemos se manifestam novamente nos nossos sonhos... – respondeu Lupin. 

– Mas eu não me lembro de ter sonhado com alguma coisa... pelo menos nenhuma em que desse gargalhadas, ou que estivesse conversando com alguém... revivi todos os meus encontros com Voldemort em alguns sonhos, e, não sei, tive um comportamento estranho no fim da aula de DCAT, ajudei o professor Mesmero e depois disso eu... praticamente ataquei Sara 

– Atacou como? – perguntou Lupin parecendo preocupado.
– Não com magia... – respondeu Harry corando levemente e viu que Lupin o sorriu.
– É isso que vem lhe preocupando? – perguntou Lupin vendo que Harry ficara preocupado pelo que acabara de dizer. 

– Não é nada natural, eu jamais tocaria em Sara ... – respondeu ele.
– Hermione me contou... – respondeu Lupin finalmente e vendo o olhar de Harry acrescentou rapidamente – Sara contou à ela e, ela ficou preocupada...
– Professor, pode parecer besteira minha... mas, um bruxo pode induzir uma pessoa à distância? 

– Explique melhor isso Harry... – disse Lupin sentando-se na frente do garoto. 

– Bem, como a pessoa ter consciência do que está fazendo ou dizendo, porém o que diz não era bem o que ela queria dizer... – respondeu Harry, fizera uma baita confusão na “explicação” que nem ele mesmo havia entendido. 

– Você quer dizer, um bruxo usar outro como... fantoche? – disse Lupin levando sua mão direita ao queixo e encarando Harry que confirmava com a cabeça. – Em primeiro o bruxo tem que ter poderes incríveis para “induzir” uma pessoa sem se manifestar. Tem que ter uma certa ligação com essa pessoa, magicamente é claro... Não lembro de ter visto alguém além de Voldemort. Harry... você está querendo dizer que... acha que Voldemort está... 


– Não disse isso... – respondeu Harry rapidamente – Mas... sempre que vejo Sara, ou, até mesmo Hermione... mas, principalmente Sara, sinto raiva dela... – ele olhou para Lupin que o encarava e então levantou-se – Algo dentro de mim manifesta esse sentimento por ela... mas eu sei que não é isso que sinto... é muito complicado... de se explicar... 

– E nada fácil de se entender também... – respondeu Lupin – Tem certeza de que, não está confundindo seus sentimentos por Sara? 

– O Senhor sabe o que sinto por ela... – disse Harry sério – Ela é a única coisa com que me importo... quando estou sem ela, é isso o que sinto, que a amo mais do que tudo, mas, só de vê-la é como se despertasse algo dentro de mim... e esse sentimento todo desaparece... não por completo... tenho consciência de que a amo, mas a revolta é muito mais forte... como se não a perdoasse por alguma coisa que tenha feito, e passo a me ver fazendo coisas das quais não sei como impedir...

– Harry, eu sei que você odeia Snape... mas, acho que deveria retomar suas aulas de Oclumência... se está com receio de que seja Voldemort que esteja brincando com você... é melhor prevenir... 

– Não posso ficar na mesma sala que Snape... – respondeu Harry nervoso – O Sr. Mais que ninguém sabe que se ficarmos sozinhos em uma sala, um de nós acaba na enfermaria... 

– É incrível como se parece com seu pai... – disse Lupin sorrindo – É tão tolerante com Severo quanto ele... 

– Está no meu sangue... – respondeu ele com um sorriso. – O que o senhor me diz? 

– Vou tentar ajuda-lo... mas... – disse Lupin andando até ele – Não posso prometer nada... se isso voltar a acontecer... quero que procure a Professora Minerva... e vou mandar uma coruja para o Professor Dumbledore... 

– Está bem... – disse Harry – e... professor... o senhor conhece o Professor Mesmero? 

– Não muito bem... – respondeu Lupin – ele foi o único que se interessou pelo cargo de DCAT...
– E por que o Senhor não ficou como professor?
– Dumbledore... – respondeu Lupin com um sorriso – Agora eu tenho que ir... preciso ter uma conversa com a prof. Minerva antes de partir...


                                                                                         ***

Sara e Hermione estavam sentadas na mesa da Grifinória fazendo seu dever de Runas. Em meio a muitos livros e anotações, a garota notou que Sara não estava muito concentrada. 

– Sara, faz meia hora que você está com esse livro aberto na mesma página... 

– Ãh? Ah Hermione... não tenho cabeça... desculpe... – disse Sara acordando. 

– É o Harry não é? – disse Hermione encarando Sara que pegava sua pena e começava a rabiscar – Por que não conversa com ele? 

– Pra que? – Falou Sara desanimada – Pra ele me insultar e deixar claro na frente de todo mundo que me detesta? Não, obrigado Hermione... 

– Harry não te detesta... – disse ela – E você é muito mais boba do que ele se pensar assim... 

– Bela maneira que ele tem de demonstrar que não me detesta... Ah.. Hermione, deixa eu me concentrar... se não fizer a tarefa da professora Striker estou perdida...- respondeu Sara pegando sua bolsinha de runas e espalhando sobre a mesa. 

– Vamos ver o que as Runas dizem a você? – disse Hermione ansiosa. 

– Não acredito muito nesse tipo de coisa Hermione... – disse Sara desanimada – elas não vão dizer mais nada do que eu já não saiba... 

– Deixa de ser desmancha prazeres Sara... você já fez a descrição que a professora pedia? 

– Já... – respondeu ela – ... de acordo com o livro, “Cada Runa representa um arcano ligado a entidades representativas de Deuses da mitologia nórdica. Os símbolos por sua vez, tem uma energia individual e uma vibração característica que se expressa na força específica de cada Runa. O campo vibratório se altera na medida em que vários símbolos são conjugados para um trabalho em grupo. É essa força que estimula a intuição do "runamal" cujo significado é a Runa falada ou os intérpretes que faziam as Runas falarem, o que recebiam esse cognome. A resposta do oráculo será tão precisa como seria se pintássemos os seus símbolos em seixos com o próprio sangue. Todavia, seja qual for o meio de adivinhação rúnica aplicada, sempre deverá ser precedido por um momento de introspecção e concentração para que a sintonia do interlocutor em relação ao campo rúnico possa se estabelecer e que a energia flua corretamente entre os dois pólos estabelecidos.” Acho que pra começar, isso já ta bom... 

– É, uma boa introdução... – concordou Hermione - Agora vamos lá... tem que sortear uma pedra e escrever sua interpretação... 

– Está bem... – disse Sara fechando os olhos enquanto Hermione misturava as pedras. 

– Vai... Concentresse e tire uma pedra – disse Hermione. 

Sara fechou os olhos e pegou uma das pedras, Hermione ficou eufórica, ela adorava Runas antigas e era muito boa nas interpretações. 

– O que foi que você tirou? Anda Sara... me mostra.... 

Sara olhou a pedra e mostrou a Hermione, havia um desenho em forma de seta virada para cima t . 

– O que quer dizer? – disse Sara folheando o livro, mas Hermione já tinha a própria dedução de cabeça. 

– É a pedra..."TEIWAZ” se for pelo livro diz que em breve você precisará usar todas as habilidades e lições que aprendeu. Você precisa agir com iniciativa, e força de vontade. Se permanecer verdadeiro para si mesmo e para o que acredita, você irá se sobressair." 

– E, o que isso quer dizer numa linguagem mais... simples... – disse Sara. 

– Você não podia ter tirado outra pedra a não ser essa Sara... ela diz exatamente o que você está vivendo... 

– Sei... e dá pra traduzir? – perguntou Sara. 

– Olha só... – disse ela mostrando a primeira parte – “Em breve você precisará usar todas as habilidades e lições que aprendeu. Você precisa agir com iniciativa, e força de vontade.” Ou seja, você vai enfrentar algo, alguma coisa que faça com que você use todos os seus conhecimentos... e tem que fazer isso com iniciativa e força de vontade... no entanto... 

– No entanto... – disse Sara para que Hermione continuasse. 

– Veja a segunda parte... “Somente se permanecer verdadeiro para si mesmo e para o que acredita, você irá se sobressair.”, 

– E o que isso quer dizer? – perguntou Sara vendo a expressão preocupada no rosto da colega. 

– Está falando de Você e Harry... – disse Hermione vendo Sara fazer cara de descrença. 

– Não está falando... é você quem está ... – disse Sara guardando as pedras dentro do saquinho de veludo. 

– Sara, abra sua cabeça e raciocina comigo... “Em breve você precisará usar todas suas habilidades e lições que aprendeu, Aja com iniciativa e força de vontade” - dizia Hermione – É exatamente o fato de você enfrentar algum perigo, você e Harry sempre se metem em confusões mesmo sem querer... e vocês sempre se safam... Você sempre toma a iniciativa quando se trata de alguma “investigação” que façamos... digo, você e Harry sempre discutem por um querer proteger o outro o impedindo de fazer... e qual é o resultado disso? Um sempre acaba salvando o outro... 

– Isso não quer ... – tentou argumentar Sara mas Hermione continuou. 

– “Somente se permanecer verdadeiro para si mesmo e para o que acredita, você irá se sobressair” Você não vê? Se continuar negando a si mesma que ama o Harry tudo o que tentar fazer não vai dar certo, sabemos que Voldemort está lá fora planejando mais um plano terrível contra nós... e Harry é o principal alvo. Você jurou a mim que não deixaria nada acontecer a ele... mas você mesmo está fazendo mal não admitindo que o ama... 

– Mas Hermione... – tentou Sara argumentar novamente mas Hermione estava decidida a não deixa-la falar. 

– Não vê que é isso que Voldemort está querendo? Afastar as pessoas de Harry para fazê-lo se sentir sozinho e fazer uma besteira? Você o ama e sabe disso, e sei que bem lá no fundo você acredita que Harry a ama também... 

Sara calou-se, ela lembrava-se de ter falado com Harry antes de virem para Hogwarts que Voldemort iria tentar fazer algo para atingir Harry através de Sara e pensando assim, Hermione tinha razão, talvez ele estaria usando o próprio Harry para atingir o garoto. Isso com certeza queria dizer que Voldemort iria usa-la para prejudica-lo.

– Acho que sim Hermione... – disse ela finalmente. 

Nesse instante, Rony e Harry entram no salão principal. Ele vestia o uniforme grifinório, tinha dois botões de sua camisa desabotoados, deixando um pedaço de seu peito a mostra, os cabelos estavam despenteados como sempre foram, por mais que ele arrumasse nunca paravam de espetar para todos os lados. Carregava sua capa em um dos braços. Sara olhou para a porta e os viu entrando, algo tomou conta do seu peito, Harry estava cada dia mais lindo. Ela mesmo, agora prestava atenção e via que ele chamava atenção das garotas. Seus olhos imensamente verdes, escondidos por um óculos redondo e preto, o físico que começava a dar sinais de que o Quadribol estava lhe fazendo bem era o que estava chamando mais atenção das jovens. 

Harry parou na porta do salão principal ao lado de Rony, o amigo provavelmente estaria procurando onde estava Hermione. Quando entrou seus olhos pararam diretamente na direção dos olhos de Sara. Seu coração praticamente despencou quando a viu sentada ao lado de Hermione e um amigo de Simas e Dino, ele não o conhecia mas já não gostava dele, principalmente depois que Harry o vira olhar para Sara e comentar alguma coisa com Dino. Sara parecia não ter percebido nada, mas ao olhar para a porta seus olhos encontraram os dela. Ele tinha certeza de que eram a coisa mais linda que já vira, e sentia saudades de vê-los a centímetros de sua face todas as vezes que a beijava. Mas agora estava decidido, não queria mais colocar ninguém em perigo por sua causa, se Voldemort queria mata-lo ou ele teria que matar Voldemort, essa luta seria deles dois, sem mais nenhum inocente. Harry sabia que Voldemort usaria tudo o que lhe fosse possível para isso, e enquanto ele estivesse afastado de Sara, ela estaria à salvo.

– Anda Harry... – disse Rony batendo em seu braço – Vamos até lá onde está Hermione... 

Harry assentiu, e acompanhou o amigo até onde se encontravam Sara e Hermione. A cada passo que dava, parecia que seu estômago espremia. Rony sentou-se ao lado de Hermione e Harry sentou-se ao lado de Rony. Hermione encarou Rony que lhe correspondeu o olhar dando de ombros. Principalmente por que Rony foi o único a cumprimentar, Harry apenas deu um aceno de cabeça tanto para Hermione quanto para Sara. 

– Hermione... pode me ajudar com o dever da McGonagall... to ficando maluquinho com isso... – disse ele olhando para a namorada. 

– Você quer dizer... Hermione você poderia fazer pra mim... – disse Hermione sorrindo lhe dando um selinho. – Claro... eu ajudo você sim... 

Harry não levantava a cabeça, não sabia exatamente por que fazia isso e conforme ia tirando as coisas de sua mochila olhava para Sara que parecia nem ligar para o que acontecia ao lado. Seus olhos metralhavam o rapaz que fazia de tudo para chamar atenção da garota e sentia vontade de levantar dali e o acerta-lo. 

– O que foi cara? – disse Rony vendo a cara do garoto para o menino ao lado de Sara. 

– Se aquele garoto puxar conversa com Sara... eu quebro a cara dele... – disse Harry baixinho. 

– Até parece que a Sara vai notar aquele estrupício... – disse Rony batendo em seu ombro. – Fica frio. 

– Sara, pode me emprestar uma folha de pergaminho? – disse Hermione – as minhas acabaram e preciso levar essas anotações para a Bonnes... 

– Claro... – disse Sara lhe passando um rolo do papel, nesse instante seus olhos encontraram os de Harry. Sara sentiu seu estomago começar a dar voltas e não teve outra reação a não ser desviar os olhos dos dele. 

Hermione percebeu mas não disse nada, depois de dar um beijo em Rony ela foi até a mesa da lufa-lufa entregar as anotações. Voltou poucos minutos depois com o jornal do dia. Por algum motivo ela recebera pela manhã mas não o lera e resolveu fazê-lo naquele momento.
– Sara... dá uma olhada nisso? – disse Hermione lhe mostrando a manchete do jornal.
Sara puxou o jornal para ela e começou a ler, “Esquisitices no vilarejo de Hogsmade” Em investigação para o nosso jornal, a nossa nova repórter, Kenaz Jones passou essa noite no vilarejo de Hosgmade. Por dias, temos recebido denúncias dos moradores do vilarejo dizendo que têm visto coisas estranhas acontecendo e que o ministério vem encobrindo para não alarmar os moradores e estragar o comércio...” 

– Quem é o idiota irresponsável que está como ministro? – disse Hermione. 

– É o meu Pai... – respondeu o garoto ao lado de Sara fechando a cara. – E eu não admito que falem dele assim! 

Harry levantou-se rapidamente ao ver o garoto levantar-se enfrentando Hermione que o encarava. 

– Você não tem que admitir ou deixar de admitir alguma coisa... – respondeu Hermione – Ele é um imbecil sim... colocando a vida dos moradores e turistas em perigo... sem antes saber o que é que está acontecendo por lá... 

– Só por que é a Sabe-tudo da escola não quer dizer que saiba algo sobre segurança...! – respondeu o garoto. – Além disso, está bravinha por que o meu pai é melhor ministro que o assassino pai do seu namorado!!! 

Não é preciso dizer que se não fosse Harry, Rony tinha esbofeteado o garoto, Hermione e Harry jamais tinham visto Rony tão nervoso. 

– Vê se cala essa boca Projeto de Lockhart, o único metido nessa mesa é você!!! – disse Rony já de pé com as orelhas vermelhas. 

– Dino, tire esse seu amigo daqui ou vai sobrar pra você catar os pedaços... – disse Harry na frente de Rony encarando o garoto. Que não tirava os olhos de Sara. 

Entretida na leitura e concentrada no que lia, Sara não ligou para o que estava acontecendo ao redor, mas algo lhe chamou a atenção fazendo ela chamar Hermione rapidamente. 

– Olhem isso... 

– O que foi? – perguntou Hermione sentando-se ao lado de Sara. 

– ... De acordo com moradores do vilarejo, e algumas testemunhas, um cão negro tem sido visto pelos arredores do povoado. Alguns dos moradores estão apavorados pois acreditam que é um presságio de morte, ou como os mestres em adivinhação dizem, um Sinistro... 

Harry olhou para o lado e foi rapidamente ver com os próprios olhos o que Sara estava lendo. Inclinou seu corpo por cima de Sara apoiando-se com o braço direito sobre a mesa. Aquilo o pegou de surpresa, principalmente por que não tinha visto mais, ou ouvido falar no tal sinistro depois da morte de Sírius. Isso o fez ter um pouco de esperança, de que talvez Sírius estivesse vivo. Mas não poderia ser isso, ele vira o padrinho morrer. Vira todos lhe dizerem o mesmo. De que ele não voltaria. 

– O QUÊ?? – disse ele. 

Sara virou-se de súbito com o susto de ouvir a voz do garoto tão perto e encontrou os olhos verdes de Harry. Estavam a poucos centímetros um do outro, Harry sentiu seu corpo todo tremer ao notar a respiração de Sara a poucos centímetros dele. Tinha uma vontade enorme de poder sentir o calor dos abraços que Sara lhe dava, sentia falta dos beijos e carinhos que o faziam sentir-se amado. Mas não poderia ceder.

– Não é quem eu acho que é... é? – perguntou Rony olhando para Hermione. 

– Deixa de tolices Rony... os mortos não voltam... – respondeu ela enquanto Harry e Sara pareciam voltar a realidade. – Não é ele Harry... 

– Como você pode saber? – disse o garoto endireitando-se e voltando a encarar os garotos – Quantos cachorros em forma de Sinistro você conhece? 

– Não é o Sírius... – respondeu Hermione – Você ouviu muito bem... o que Dumbledore, Lupin e McGonagall lhe disseram... Os mortos não voltam... 

Sara levantou-se de repente e olhou para o garoto, tinha certeza de que Harry faria qualquer coisa para ter seu padrinho de volta. E se tinham a suspeita de que ele estaria vivo, o garoto iria lá para ter certeza. 

– Preciso ir até lá... – disse Harry. 

– Não pode... – disse Sara lhe dirigindo a palavra pela primeira vez em semanas – A próxima visita a Hosgmade é daqui uma semana... e duvido que o Ministro libere Hogwarts a visitá-la depois do que aconteceu... 

– Não penso em pedir permissão... – respondeu Harry. 

– Então irá assim, dando uma de herói e fazendo exatamente o que querem que faça? – respondeu Sara. 

– É o que vou fazer... e não me importo nenhum pouco se correr para sua tia ou contar a alguém... – disse ele sério, mas ao mesmo tempo que disse se arrependeu ao ver os olhos de Sara começarem a brilhar. 

– Não me meto nos seus assuntos... afinal a única coisa que fiz foi atrapalhar seus planos não é? – disse ela pulando sobre o banco e pegando suas coisas. Essas palavras a feriram como se mil facas a atingissem no peito mas agüentou para não derramar uma lagrima que fosse. 

Harry não conseguiu dizer nada, principalmente quando Sara o encarou com o olhar decepcionado. Foi a pior coisa que já sentira na vida. 

– Não se dê o trabalho de responder... – disse Sara o encarando – já sei a resposta... 

Sara virou de costas e foi andando em direção a porta de entrada do salão principal, Hermione encarou Harry mas não lhe disse uma só palavra, Rony olhou para Hermione que lhe fez um sinal para não dizer nada. Harry andou até o banco e praticamente despencou nele, não entendia por que dissera aquilo e o pior de tudo foi receber aquele olhar de Sara. Ela jamais o tinha traído antes, nem mesmo quando pertencia a Sonserina, e ele no entanto acabara de insinuar que ela fizera isso. Ficou encarando a folha de pergaminho em branco sobre a mesa enquanto sentia que era o centro das atenções. 

– Não diz nada Hermione... sei que piorei ainda mais a situação – disse ele ao ver que sua amiga iria lhe dizer alguma coisa. 

– Eu não ia dizer nada... só iria perguntar se falou sério sobre ir até Hogsmade... – disse ela recolhendo suas coisas e olhando para ele. 

– Sim... eu falei sério... – disse ele levantando-se – Não vou conseguir descansar se não ver com meus próprios olhos que não é o Sírius... e principalmente, tenho que saber quem é. 


                                                                                       ***

Sara estava subindo as escadas rumo a torre da Grifinória, fizera um grande esforço para não chorar na frente de Harry, principalmente por que acreditava que cada vez que fazia isso, pior ele lhe tratava. Porém, não conseguia mais controlar, as palavras de Harry não saiam de sua cabeça e machucavam cada vez mais seu coração. Não podia pensar em vê-lo procurar o perigo que sentia uma raiva enorme, como Harry podia ser tão imbecil a ponto de acreditar que aquele “sinistro” era Sírius? Sara parou de andar de repente. Enquanto as lágrimas rolavam pelo seu rosto. 

– É isso, só pode ser uma armadilha... – disse ela baixinho. 

– Está maluca McGonagall... – ouviu uma vozinha esganiçada vindo de trás de um corredor. – Olha, conselho de amiga querida, se continuar andando com o Potter vai ficar ainda mais... não o chamam à toa de Potter Pirado 

Sara virou-se e deu de cara com o ser mais desprezível que ela jamais pensou que poderia encontrar, pelo menos naquele momento. Pansy Parkinson, setimanista da sonserina que nunca tivera escrúpulo algum a não ser quando era com ela mesmo. 

– Ah, esqueci que você não está mais namorando ele... – disse Pansy fazendo cara de pena – tadinha... a sobrinha da diretora agora foi abandonada.. 

– Tipicamente ação de um sonserino... – disse Sara a encarando – Não tem coragem pra me intimidar quando estou bem e aproveita-se quando não tenho vontade alguma de lhe partir a cara não é? É mais fácil chutar um cachorro morto... 

– Querida, eu não tenho medo de você, se é isso que insinua... – disse Pansy cruzando os braços. 

– Quer saber Pansy, vai procurar o Malfoy e brincar de médico... pois é só pra isso que você serve... – disse Sara lhe dando as costas. 

– Pelo menos eu tenho com quem brincar... - disse ela dando uma gargalhada e seguindo seu caminho. – Mas não se preocupe... Potter não irá durar muito tempo mesmo... 

Sara parou de andar e virou-se para encara-la, mas a garota já não estava mais no corredor. Pensou muitas vezes em ir atrás dela mas não queria ver Harry , pelo menos não mais naquele dia.



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Autor(a): vision2018

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Naquela manhã de Sábado, Harry levantou-se mais uma vez com os olhos vermelhos. Não pregara o olho durante a noite e sabia muito bem por que. A imagem dos olhos de Sara não saia de sua cabeça e por mais que tentasse fingir não conseguia, a amava demais para deixa-la escapar.— Bom dia... – disse Rony o vendo levantar-se .& ...


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