Fanfics Brasil - Visita a Hosgmeade Harry Potter e o Livro Perdido

Fanfic: Harry Potter e o Livro Perdido | Tema: Harry Potter


Capítulo: Visita a Hosgmeade

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Naquela manhã de Sábado, Harry levantou-se mais uma vez com os olhos vermelhos. Não pregara o olho durante a noite e sabia muito bem por que. A imagem dos olhos de Sara não saia de sua cabeça e por mais que tentasse fingir não conseguia, a amava demais para deixa-la escapar.

— Bom dia... – disse Rony o vendo levantar-se . 

— Não sei o que tem de bom... – disse ele sem vontade. 

— A julgar pelo seu humor, não conseguiu dormir nenhum pouco não é? – perguntou Rony se arrumando. 

— É... não preguei o olho. – disse Harry – Não sei por que me engano tanto fingindo não me importar com ela Rony... se... 

— Se ela é a única coisa com que você se importa... eu sei Harry... – disse Rony – Juro que se eu soubesse como resolver isso eu faria, detesto ver vocês dois desse jeito. 

— Eu provoquei isso Rony... – disse Harry. 

— Não, você só foi um instrumento... – disse Rony. – Ops... 

— Ops??? Do que é que está falando? – perguntou Harry encarando Rony. 

— Hermione, ela acha que foi Voldemort... – disse Rony esperando ouvir um sermão. 

— E como ela sabe? – perguntou Harry colocando seu Jeans surrado e uma blusa de agasalho azul. 

— Você conhece Hermione, juntou os pontos... as coisas que a Sara disse com o que conhece de você... – respondeu Rony colocando um casaco de lã vermelho por cima da camiseta branca. – o único problema é saber como ele fez isso... digo... Hermione não acredita que ele tenha usado a sua cicatriz para isso...- agora Rony vinha até ele - ...sabemos o quanto gosta da Sara para falar aquelas coisas pra ela. 

— E de que adiantou? Magoei ainda mais Sara e nem precisei de Voldemort pra isso... – disse ele ignorando a careta de Rony andando em direção a saída do dormitório.- ... Não foi Voldemort ontem, fui eu... não quero mais magoar a Sara e... acho que ela corre menos perigo longe de mim... 

Harry tinha certeza de que Rony iria falar alguma coisa, mas ele parou com a boca aberta e pareceu reformular a pergunta.
— Esta planejando mesmo ir até Hogsmade? – perguntou Rony enquanto desciam as escadas. 

— Estou... – disse ele – mas não se preocupe... vou sozinho.. não quero arriscar que alguém se machuque. 

— E quando vai ser isso? – perguntou Rony. 

— Ainda não sei... mas vai ser logo... – Harry sabia que se contasse quando pretendia ir Rony espalharia para Hermione ou Sara, e ele não queria que ninguém interferisse. 

Quando estavam descendo as escadas para tomarem o seu café-da-manhã, Harry e Rony não perceberam a agitação diante do mural de avisos do salão. Hermione e Sara já estavam sentadas na mesa e Harry pode perceber que Sara tentou levantar-se ao vê-lo chegando mas Hermione a segurou pelo braço. Eles sentaram-se diante delas mas Harry não conseguia encarar nenhuma das duas. 

— Ficaram sabendo do que aconteceu em Hogsmade essa noite? – disse Hermione aos dois – Foi feita uma varredura por todo o povoado, e nada de Sinistro... acho que realmente foi invenção daquele povo... 

— Saiu alguma coisa no jornal? – perguntou Rony com um grande pedaço de bolo na boca. 

— A tal repórter que o profeta mandou para o povoado publicou essa nova matéria... – disse Hermione lhes mostrando o jornal. – Não sei não, com Você-sabe-quem a solta, por que dar tanta importância assim para um simples boato? 

— Talvez essa Jones... seja parente da Skeeter... – disse Rony. 

Sara brincava com a comida sem levantar a cabeça, Harry sabia a razão e fazia o mesmo. Não conseguiria encarar aquele olhar novamente. Não tinha nada pior para ele do que o olhar de decepção estampado no rosto de Sara. 

— O que você acha Sara? – disse Hermione notando o clima. 

— Também acho que isso é só uma distração para desviar a nossa atenção do que realmente está acontecendo... – disse Sara levantando-se – vou dar uma volta... 

— Você nem tocou na comida? – disse Hermione mas Sara já se dirigia para a porta do salão. – Essa garota vai ficar doente... faz dias que não come... 

— Como assim? – perguntou Harry preocupado. 

— Ela está deprimida e nós sabemos o por que não é? – disse Hermione – Harry por que não conversa com ela? 

— Por que sempre acabamos discutindo... – disse ele empurrando seu prato para longe. 

— E aí? – perguntou Gina que se sentava ao lado de Hermione – Preparados para o baile? 

— Baile? – disse Harry. 

— Não vai dizer que não sabe? – disse Gina servindo-se de suco de abóbora – A professora Minerva vai fazer um baile a fantasia na semana de ano novo... pra animar o pessoal, sabe... com o natal chegando o pessoal vai querer ir para suas casas e os que ficarem... vão ter que arrumar um par para a festa de ano novo. 

— Estamos em Novembro Gina... por que deveríamos nos preocupar com o baile? – disse Rony. 

— Só achei que Harry gostaria de saber... acabei de vir da torre e ouvi o Copper dizer que estava pensando em convidar a Sara... 

— Ele que se atreva!! – disse Harry se levantando fazendo tanto Gina e Hermione quanto Rony levarem um susto. – Quem é esse Copper? 

— É o Capitão da Corvinal... – disse Gina piscando para Hermione – Pelo que fiquei sabendo vocês se conheceram ontem durante a tarde... 

— Aquele projeto de Lockhart está pensando em convidar a minha namorada para o baile? – disse Harry nervoso. 

— Tecnicamente, Sara não é mais sua namorada... – disse Gina – Vocês acabaram tudo na frente de todos nós durante o treino... 

— Não terminamos nada... – disse Harry – discutimos apenas... 

— E ainda continuam sem se falar? – falou Gina – Harry... Sara é uma garota legal, bonita, é sobrinha da diretora e sem dúvida alguma conheço carinhas que só estavam esperando você fazer uma besteira para terem uma chance com ela... 

Harry começava a ficar vermelho, sentia uma raiva imensa dele mesmo por ser tão burro a ponto de continuar com uma discussão que nem ele mesmo sabia como havia acontecido. 

— O único defeito de Sara... é ser incondicionalmente, indiscutivelmente e completamente apaixonada por você... 

Hermione e Rony apenas olhavam para o amigo, Harry estava completamente sem palavras e ainda mais com uma raiva horrível dele mesmo. Tinha que fazer alguma coisa, tinha que ter Sara de volta, precisava dela. Levantou-se e saiu da mesa sem falar com mais ninguém. Gina sorriu despertando curiosidade em Hermione e Rony. 

— É verdade que esse tal Copper convidou a Sara para o baile? – perguntou Rony a garota. 

— Sim... ele a convidou... – disse Gina agora bebericando seu suco . 

— E por que você falou isso pro Harry... nervoso do jeito que ele está se encontrar o Copper ele o estupora... – disse Hermione aflita. 

— Bem... tenho quase certeza de que ele vai tirar satisfação com a Sara primeiro... principalmente por que a Sara deu um tremendo fora naquele projeto de garanhão... 

— E por que você não contou ao Harry? – perguntou Rony. 

— Harry é orgulhoso demais para reconhecer que fez uma tremenda burrada... – disse Gina – - É preciso que tenha alguém no páreo para ele tomar de uma vez uma atitude e voltar com a Sara... 

— Gina, eu me surpreendo com você... – disse Hermione. 

Harry seguiu pelos corredores dando passos decididos, não acreditava que era só ficar alguns dias brigado com Sara para choverem pretendentes para se aproveitarem da situação. Como Gina havia dito, tecnicamente não eram mais namorados, mas também não tinham dito nada a esse respeito. Sem falar que os tais dias, eram meses, praticamente dois meses. Subiu as escadas do terceiro andar rapidamente, cruzou os últimos corredores até o sétimo andar passando pelo corredor com armaduras velhas. Quando virou o corredor levou um susto ao dar de cara com Nick-quase-sem-cabeça, fantasma da Grifinória. 

— Olá Harry... como vai? 

— Não muito bem Nick... – disse o garoto. 

— Problemas amorosos não é? – perguntou Nick – Sei como é... no meu tempo tive muitas, namoradas. Mas nunca encontrei a certa... 

— E quando achamos a certa... acabamos perdendo... – disse Harry sentando-se na escada. 

— Por que não conversa com ela? – disse o fantasma – às vezes é o melhor remédio. 

— Eu tento mas sempre acabo dizendo a coisa errada e a afastando ainda mais... – disse ele – e agora... está cada vez pior com tantos caras se aproveitando da situação. 

— A concorrência é muito persistente Harry... mas sua princesa não vê mais ninguém além de você... – respondeu o fantasma. 

— E como sabe? – disse o garoto levantando-se. 

— Acabei de vê-la dispensando um garoto... – disse ele sorrindo – mas não diga que fui eu quem disse... 

O fantasma deu uma piscadinha ao garoto e desapareceu na parede à frente, Harry respirou aliviado por alguns instantes, sabia que o que sentiam um pelo outro era forte e não havia acabado assim, em segundos. Subiu os últimos lances de escada rumo a torre da grifinória, não iria deixar Sara escapar dele, e estava decidido a lutar novamente para conquistar sua confiança. 

                                                                                   ***

Os dias passaram voando, entre meio aos novos professores e aulas extras para conquistarem seus N.I.E.N.S. os estudantes estavam cada vez mais preocupados com as longas tardes perdidas na biblioteca, a semana de férias estava chegando e a primeira semana de Dezembro praticamente desapareceu. Sara estava no salão comunal sentada na poltrona em frente à lareira lendo seu livro. Era o primeiro dia de férias e a torre estava praticamente vazia, a não ser por ela, Hermione, Rony, Gina e Harry. Sua tia acabara fazendo o que o professor Dumbledore sempre fazia em ocasiões assim, deixava apenas uma mesa central no salão para que todos os alunos se reunissem nas refeições como membros de uma única casa. Os treinos de quadribol finalmente tinham sido liberados e ninguém havia descoberto nada de errado. O único problema em se ter uma única mesa no centro do salão principal, era que Pansy e Malfoy, juntamente com os queridos gorilas haviam ficado também. Felizmente, Sara ficara tempo suficiente na torre para não ter esses “felizes” encontros com Sonserinos, porém tivera vários encontros com Harry. Não falara com ele desde a discussão no salão principal a não ser pequenos cumprimentos. Por incrível que pareça, não discutiam mais. Podiam ficar um bom tempo juntos sem dizer uma palavra de ofensa. Sara até tinha impressão de que Harry até a estava tratando melhor. Mas daí a voltarem a serem namorados tinham um longo caminho. 

— Bom dia Sara... – disse Gina descendo as escadas – já tomou seu café? 

— Estava esperando Hermione... – disse Sara. 

— Você não a viu? Ela saiu faz tempo com o Rony... – disse Gina. – Posso ir com você... 

— Claro... não estou querendo ir até lá sozinha... – disse Sara. 

— Está com medo de que mais alguém a convide para o baile? – disse Gina sorrindo. 

— Não vou ao baile, Gina... – respondeu Sara. 

— Por que você e Harry não fazem as pazes logo? – perguntou a garota indignada – Vocês se amam... 

— É, eu sei... – disse ela parando no saguão – mas, é difícil começar uma conversa com ele sem que nos magoemos... 

— E como sabe? – respondeu Gina – Vocês mal se cumprimentam desde Outubro... Sara, Harry é complicado eu sei.. mas você é a única com quem ele se importa no mundo... 

— Não precisa me dizer isso, eu sei... mas – tentou dizer Sara mas foi interrompida por Gina. 

— Mas nada... vai me dizer que se Harry estivesse aqui e te pedisse pra voltar você não voltaria? 

— Eu... – começou Sara mas Gina estava decidida a não deixar ela falar. 

— É claro que sim, não sei como duas pessoas que se gostam tanto podem ficar desse jeito... 

— Olha Gina, tenho todos os motivos para não tentar conversar com o Harry, sei que devia ficar do lado dele e tudo... principalmente depois da conversa que eu e Lupin tivemos... 

— Você conversou com Lupin? – Sara ouviu a voz de Harry vindo da escada. Harry tinha pedido para seu professor não comentar nada com ela para não complicar mais a situação. – Por que você sempre procura os outros para saber informações sobre mim? 

— Não lembro de ter lhe dito que você é o centro do universo... – disse Sara respondendo a pergunta do garoto. – Recebi uma coruja dele ontem... Ele veio até mim por que queria saber se você ainda ajudava o professor Mesmero... 

— E por que? – perguntou ele curioso. – Ele poderia ter escrito a mim não? 

— Se você procurasse não poupar as pessoas da verdade, quem sabe ele teria perguntado isso a você!- respondeu a garota lhe dando as costas. 

Harry ficara sem resposta, estava nervoso por achar que Lupin havia conversado com Sara ao seu respeito e que talvez tivesse lhe contado sobre sua conversa. Mas havia passado tanto tempo pensando em consertar as coisas que acabara complicando-as ainda mais e tinha que consertar de alguma forma. Ao ver Sara dando-lhe as costas e indo em direção a passagem não pensou duas vezes. 

— Desculpe! – disse ele rapidamente – Me... desculpe... é que ando meio nervoso ultimamente. 

— Cada segundo do dia você quer dizer... – respondeu Gina e Sara a encarou séria. – Acho, melhor ir para o salão principal... vejo vocês depois... 

Agora estavam sozinhos, Harry e Sara frente a frente no salão circular . O único som que era ouvido era o crepitar da lareira. Harry sentiu o seu estômago despencar pro dedão do pé pelo modo que Sara o encarava. Sentia-se um perfeito idiota, pior do que Duda quando tentou conquista-la enquanto estavam na rua dos Alfeneiros. Já estava na hora de se ter uma trégua. Mas seu orgulho ainda falava mais alto. 

— É melhor eu ir... – disse Sara desanimada ao ver que a conversa não iria além dali. 

— Espera... – disse Harry rapidamente – Sara eu... 

— Olha Harry, não... – respondeu Sara dando um profundo suspiro – Não agüento mais isso ta, não conseguimos ficar mais de cinco minutos juntos sem discutir... e... 

— Eu sei, mas... – começou Harry mas não sabia o que dizer, talvez se dissesse que a amava, ou a beijasse ali mesmo era a única coisa que poderia mostrar que os sentimentos que tinha ainda estavam vivos. 

— Sara... – disse Dino entrando no salão – Copper quer falar com você... 

Harry sentiu uma raiva terrível crescer dentro dele, aquele idiota, metido a galã de cinema não tinha desistido ainda? 

— O que aquele idiota quer com você? – disse ele ríspido. – Não acredito que ainda converse com aquele estrupício depois do que ele falou do Sr. Weasley! 

— Pra seu governo, eu nem conheço esse cara... e... Ah... – respondeu Sara ficando nervosa pelo comentário – Dino... volte lá e diga que eu não estou... diga que eu Morri.. ou sei lá.. 

— Mas você não vai tomar café? – perguntou o garoto. – Gina me disse que estava lhe esperando... 

— Acabei de perder a fome... – respondeu Sara andando em direção as escadas. Iria esconder-se no dormitório deixando Harry juntamente com Dino no meio do salão comunal. 

— O que é que eu digo para aquele projeto de Lockhart de meia tigela... – disse Dino preocupado. 

— Por que é que você não manda ele pro inferno! – respondeu Harry mal humorado. 

— Pra você é fácil falar... – respondeu Dino – Olha Harry, esse cara vem me cercando desde que descobriu que você e Sara tinham brigado. Ele está com essa fixação de que ela tem que ir ao baile com ele. 

— E por que? - perguntou Harry desconfiado. 

— E você vem perguntar isso pra mim? – respondeu Dino – Acho melhor ir pedir pra ele cara, e se eu fosse você... daria um jeito rapidinho de resolver essa parada com a McGonagall... 

— E você acha que eu não tento? – respondeu Harry desanimado – Esse meu gênio de Trasgo está complicando ainda mais a situação. Agora... acho melhor ir para o salão, quero conversar com Rony e Hermione. 

Harry acompanhou Dino até o corredor do sexto andar, mas não havia nem sinal do tal Copper, “talvez ele tenha se cansado de esperar por Sara e desapareceu” pensava Harry feliz por não ter que olhar para a cara do rapaz. O garoto não o viu mais durante todo o trajeto até o salão principal e muito menos na única mesa onde ele se sentaria. Caminhou lentamente até a mesa na frente de Hermione e Rony , despencando no banco. 

— Ih, pela cara... discutiu com Sara de novo... – falou Rony girando os olhos nas órbitas. 

— Eu não acredito que vocês tenham... – falou Hermione mas Harry a interrompeu. 

— Ta... ta... Hermione.. já conheço esse sermão. – Harry já não estava com paciência com ele mesmo, e também nem um pouco a fim de ter que ouvir os benditos sermões de Hermione. 

— Então por que... – Hermione novamente foi interrompida pela chegada das corujas, era a primeira semana de férias e uma coruja parda veio voando até eles. Hermione colocou a moeda na bolsinha e tirou o Profeta Diário da embalagem que o envolvia e começou a ler. 

— E aí? – perguntou Rony – Já decidiu se vai ou não ao baile de ano novo? 

— Não tenho nada pra comemorar... – respondeu Harry. 

— Como não tem? E o seu “excelente” que tirou nos N.O.M.S? 

— Preferia comemorar outra coisa melhor do que meu excelente... – falou Harry desanimado. 

— Não acredito! – disse Hermione chamando a atenção dos dois que logo espicharam o pescoço para saber o que estava escrito. 

— O que foi? – perguntou Rony. 

— “Sinistro traz medo ao vilarejo de Hogsmade.” – disse Hermione mostrando a notícia estampada na frente do jornal – “O corpo de um bruxo, trabalhador do departamento de transportes ferroviários de Hogsmade foi a primeira vítima do Sinistro, de acordo com a nossa repórter, enviada ao vilarejo. Vicktor Viridiano, um bruxo com mais de 58 anos e 30 dedicados aos transportes foi encontrado morto em seu trabalho na estação ferroviária do povoado. Colegas de trabalho dizem quem Vicktor gozava de uma ótima saúde até ontem, quando chegou ao trabalho afirmando ter visto o Sinistro enquanto percorria o trajeto de sua casa até a estação “Vitinho chegou ontem nervoso, estava bastante agitado e preocupado pois quando estava vindo para cá, viu o Sinistro andando pelas ruas da cidade.” Nos contou uma das colegas de trabalho de Vicktor. De acordo com ela, o Sinistro foi visto nas proximidades do correio, sendo assim mais uma vez o terror assombra o povoado.” 

— Outra vez esse Sinistro? – disse Rony temeroso – Isso é uma perfeita palhaçada se vocês me entendem... 

Harry levantou-se rapidamente da mesa e saiu do salão principal sem dizer uma só palavra, Hermione encarou Rony preocupada. 

— Ele vai atrás do tal Sinistro não é? – disse Hermione preocupada

— Juro que não sei... – respondeu Rony. 

— Não podemos deixar ele fazer essa besteira... 

— E o que podemos fazer? – perguntou ele. – Você conhece o Harry, ele não vai nos ouvir... 

— E se contarmos para a professora Minerva? – perguntou Hermione – Ela pode... 

— Deixa de ser boba Hermione... – respondeu Rony – Harry sempre driblou Dumbledore na época dele, você acha que ele não vai driblar a McGonagall? 

Hermione abriu a boca pra responder mas não o fez. Apenas olhou para Rony com seu olhar que o fez revirar os olhos novamente. 

— Ok... está certo... vou atrás dele. 
 
                                                                               ***

Cansada de ficar na torre, Sara saiu da passagem da mulher gorda e desceu as escadas rumo ao salão principal, estava decidida a não mais ligar para os comentários de Harry e muito menos dar importância ao que os outros estavam falando. Passou pelo corredor do terceiro andar e virava o corredor para descer para o segundo quando ouviu a voz de Rony. 

— Você enlouqueceu? – dizia Rony encarando o amigo. – Acabei de vir do salão principal, a McGonagall colocou um aviso nos murais dizendo que as visitas ao vilarejos estão proibidas, se te pegarem por lá... 

— Eu sei muito bem das conseqüências Rony... mas eu preciso ir até lá... – respondeu Harry. – Tenho que ter certeza de que ele não é o Sírius... 

— Você sabe que não é... – mas ao ver o olhar de Harry, Rony soube que aquela discussão não levaria a lugar algum. – Está bem, quando pretende sair? 

— Depois que todos estiverem dormindo... – disse Harry – Vou usar a capa de invisibilidade... 

— Vou com você... – disse Rony decidido. – Filch estará monitorando tudo... você pode ser pego sabia? 

— Não, não quero que perca sua insígnia de monitor, e muito menos a Hermione... – respondeu Harry – E não quero que diga uma palavra a ela ou a .... 

— Ta.. eu sei... não se preocupe que não falarei nada para Sara... – respondeu ele. 

Sara ouvia atentamente tudo o que estava sendo dito, sabia que Harry iria usar o mapa do maroto para ir até lá. Conhecia as maneiras de Harry usar esse mapa, mas o que ela faria para impedi-lo de continuar? Ouviu a voz ficar mais perto e tratou rapidinho de voltar para a torre, mas o que fazer? Não sabia exatamente o que faria, mas Harry não iria sozinho, pelo menos ela não o deixaria.Subiu as escadas apressada e quando estava quase entrando na torre Hermione a encontrou. 

— Sara... vem.. preciso falar com você! – disse ela praticamente a puxando para o topo da escada circular. 

— Se for sobre o Harry eu já sei... – disse ela entrando no dormitório – ele está pensando em ir até Hogsmade ainda hoje... 

— Ele não pode! Temos que fazer alguma coisa. – disse Hermione. 

— O que? - perguntou Sara – Você conhece o Harry, nada do que fizermos vai impedi-lo de fazer o que quer... mas... estou pensando em ir com ele...
— Você enlouqueceu de vez? – ralhou Hermione. – Não pode... 

— Não vou deixa-lo ir até lá sozinho, você e eu sabemos que aquele cão não é o Sírius, mas Harry não vai descansar até não ter certeza... ele não admite que Sírius tenha morrido... e eu não vou deixar ele correr perigo, principalmente depois que Pansy me disse que ele não duraria muito.... 

— O que foi que você disse? – perguntou Hermione rapidamente. 

— Encontrei PitParkison depois daquela discussão com o Harry no salão principal, e depois das “palavras de carinho” que ela sempre me diz, disse que não era pra mim me preocupar por não estar mais namorando Harry, já que ele não duraria muito mesmo... – respondeu Sara – Sei que vai acontecer alguma coisa com ele... e não vou deixa-lo ir sozinho... 

— Tenho uma idéia... – disse Hermione saindo pela porta. 

Sara não sabia exatamente o que Hermione faria, mas com certeza seria algo que impedisse Harry de ir. Claro, pelo menos, Hermione achava que conseguiria. Alguns minutos mais tarde, Hermione entrava com um pedaço de pergaminho nas mãos. 

— O que é isso? – perguntou Sara a garota que se sentava na cama. 

— É o mapa do Maroto, você sabe... ele mostra todas as pessoas e o que estão fazendo... 

— Ta eu sei... mas pra que você pegou isso? – perguntou a garota preocupada. 

— Assim Harry não vai se arriscar... – disse Hermione... 

— Hermione, Harry tem a capa de invisibilidade... não faz diferença alguma se ele tem ou não o mapa... – concluiu Sara – E se ele quer ir vai usar com certeza a passagem do Salgueiro, é a única que vai dar em um lugar que o ministério não fechou... 

— É, você tem razão... – disse Hermione - Mas então? 

— Ele pode ter a capa, mas eu vou usar esse mapa... – disse Sara pegando o pergaminho e o tocando com a varinha. – Juro solenemente não fazer nada de bom... 

O mapa foi tomando forma e vários pesinhos foram aparecendo. A diretora McGonagall estava na sua sala imóvel, talvez estivesse sentada na sua mesa corrigindo alguma coisa. Snape, estava descendo para as masmorras e em poucos segundos estava em sua sala. Argus Filch estava percorrendo o sexto andar enquanto Madame Nor-r-ra passeava pelo terceiro. Sara pode ver dois pares de pezinhos na torre da Grifinória, os dois dizendo Sara McGonagall e Hermione Granger, e no salão comunal mais dois, Rony Weasley e Harry Potter, já se passava das cinco da tarde, com certeza Harry iria começar a se preparar para a noite. 


Quando Harry chegou a torre estava um tanto apreensivo, não podia acreditar que existisse mais de um cão como o Sinistro, principalmente um outro animago que se transformasse em cão negro como Sírius. Um reconforto surgiu em seu peito, talvez depois de dois ano que sofrera pela morte prematura de seu padrinho, não passasse apenas de um engano. Correu até o dormitório, estava decidido a ir até o povoado e não esperaria até a noite para fazer isso. Abriu o malão enquanto Rony tinha ido até a sala dos monitores, iria fazer tudo antes mesmo do jantar para que não tivesse problemas. Tirou algumas roupas e encontrou sua capa dobrada debaixo delas, agora só precisava o mapa mas este, ele não encontrou. 

— Não acredito, Hermione... – disse ele baixinho - ... mas ela que não pense que irei desistir só por não ter o mapa do maroto... 

A neve já cobria os campos de Hogwarts, e com certeza o vilarejo estava ainda mais frio devido às baixas temperaturas do inverno. Debaixo de mais ou menos uns três casacos, Harry planejou tudo sentado em sua cama, colocou um fio de seu cabelo em um copo com água e então utilizou o WeasleyClone, uma nova invenção dos gêmeos Weasley que ele mesmo havia pego de Rony. Claro, sem Hermione saber. Deixou seu clone sobre a cama deitado, e abriu a porta do dormitório de vagarinho para ver se alguém estava por perto. Hermione com certeza estaria no dormitório das garotas, provavelmente contando a Sara o que ele estava pretendendo. Por alguns segundos, Harry pensou em desistir pois sabia que, com certeza Sara estaria fazendo alguma coisa para impedi-lo de ir até lá. Porém tinha que andar rápido se não queria empecilhos. Saiu do dormitório e olhou para o salão comunal, estava vazio, à não ser por Gina que parecia ter adormecido na poltrona. Jogou a capa sobre si e começou a descer as escadas, agradecia por não ter muitos alunos na torre, pelo menos não se preocuparia em esbarrar em alguém. Sentia em seu peito algo estranho, um misto de ansiedade e medo que fazia um bom tempo que não sentia. Era algo que não conseguia explicar e mesmo que tentasse não acharia as palavras. Tinha uma sensação boa, apesar de algo, como um sexto sentido que lhe dizia que tinha alguma coisa esperando por ele, mas esse sentimento ele ignorava. 

Desceu as escadas do sexto e sétimo andar sem ter problemas, tinha que andar rápido pois era quase seis horas da tarde e nesse horário sabia que Filch fechava as portas. Mas sabia como entrar pela porta lateral do castelo. Era por onde Dobby passava para entregar as verduras que trazia da horta de Hagrid. Levou um susto ao passar pelo quarto andar onde Madame Nor-r-ra cruzou seu caminho, mas por sorte, Pirraça a enxotou a fazendo como alvo dos seus balões de água. Chegou ao saguão de entrada e antes de atravessar a grande porta de carvalho, olhou para o salão principal. A mesa estava posta e ainda pôde ver Hermione e Sara sentadas, provavelmente estavam fazendo os deveres. Sentiu um aperto horrível no coração ao ver Sara ali. Seu olhar não era mais tão alegre como antes, mas ele não podia fazer nada. Era melhor assim, não poderia mais colocar a vida de quem amasse em perigo, e mesmo com todo o amor que sentia por Sara, ela estava mais segura longe dele. A garota levantou sua cabeça e olhou na direção de Harry, ele sentiu um embrulho horrível no seu estômago, ela sabia que ele estava ali. Mas Sara abaixou a cabeça novamente e ele respirou fundo e saiu do castelo, nada mais o impedia de fazer o que tinha planejado.
Andou pela neve tomando cuidado para não deixar suas pegadas marcadas, e assim seguiu até onde se encontrava o Salgueiro lutador. A árvore que o professor Dumbledore havia plantado para que ninguém usasse aquela passagem para Hosgmade. Harry já sabia como fazê-la parar de se mexer, ficou a alguns metros de distância da árvore e apontou a varinha e estava pronto para dizer o feitiço quando sentiu alguma coisa puxar sua capa o fazendo aparecer completamente. 

— Vai a Hogsmade não é? – ouviu a voz de alguém lhe dizer. 

Harry virou rapidamente e levou um susto ao dar de cara com Sara segurando sua capa. – Como me encontrou? 

— Usei seu mapa... – disse Sara lhe jogando a capa e andando em direção a árvore – vou com você.. 

— Então foi você quem o pegou... – disse Harry segurando em seu braço – pode ficar com ele, conheço o caminho até Hogsmade... 

— Pra começo de conversa.. não fui eu quem o roubou de você, foi Hermione... ela tinha esperança de que usasse sua inteligência e desistisse dessa idéia, mas conheço você melhor do que ninguém pra saber que a falta desse mapa não faria você mudar de idéia. – disse Sara puxando o seu braço com força. – Por isso vim atrás de você, vou até lá... 

— Ah não vai não... – disse Harry nervoso 

— Escuta aqui, não vou deixar que você e essa teimosia sua, levem por água abaixo todo o sacrifício que os membros da ordem fazem para te proteger... – disse Sara nervosa – sou um membro dela e jurei a mim mesma que morreria por você se fosse preciso e não vou deixar você ir até lá sozinho só para ter certeza de algo que eu já sei que não existe... 

— Não posso deixar você fazer isso... – disse Harry a encarando, sabia que não iria conseguir fazer Sara mudar de idéia, mas admirava a sua coragem. 

— Eu vou fazer, você querendo ou não... 

Quando Harry foi tentar argumentar, algo passou rente ao seu nariz, os dois olharam para o lado e viram o que quase os acertara. Harry ficara tão nervoso por ser descoberto, que esquecera de lançar o feitiço “Imobilus” na árvore. Sara e Harry pularam para trás, agora era tarde para tentarem fazer alguma coisa, o Salgueiro já havia percebido que os dois estavam tentando chegar até a entrada e por isso, começou a ataca-los. Harry desviou de um dos galhos mais grossos mas acabou sendo acertado por outro pelas costas. Sara correu na direção oposta de Harry e estava pronta para lançar o feitiço quando um dos galhos conseguiu joga-la para longe. Mais que depressa Harry pegou a varinha e lançou o feitiço, mas não teve ação nenhuma contra a planta. 

— Droga, o feitiço não funciona!!! – disse ele dando um salto para desviar do galho que lhe passava uma rasteira. 

— E você acha que Dumbledore iria deixar o Salgueiro sem proteção depois que você descobriu a passagem? – respondeu ela ao garoto e então se voltou para a árvore - Harry, eu tive uma idéia... quando eu disser agora... você corre para a passagem!!! – gritou Sara para o garoto – Agora!!! 

Sara correu na direção oposta a passagem chamando a atenção do Salgueiro para si, Harry mais que depressa se arremessou para dentro da passagem. Deslizou como em um escorregador tão depressa que acabou caindo direto no chão. Sentou-se e olhou para a entrada do Túnel para ver se conseguia ver Sara e então a ouviu, a garota deslizou como ele, tropeçando nos pés do garoto e caindo sobre ele. Harry sentiu o corpo de Sara sobre ele e não soube o que fazer, seus lábios estavam a poucos milímetros de distância e a única vontade que sentia era de toca-los com os seus. Podia ver o brilho nos olhos de Sara, ele sabia que ainda existia algo muito forte entre eles, e era por essa razão que Sara havia o seguido, faria qualquer coisa por ele. 

— Desculpe, mas... não tenho freios... – disse Sara sorrindo timidamente – Anda, vamos antes que descubram que saímos... Lumos!!! 

Sara levantou-se e esticou a varinha para que iluminasse o caminho, o túnel continuava úmido e viscoso, era muito fácil escorregar tanto que ela teve que tomar muito cuidado. 

— Você está bem? – perguntou ele a acompanhando. 

— Já passei por coisas piores... – disse ela – e você? Aquele galho te acertou em cheio... 

— Nada que madame Pomfrey não resolva... – respondeu ele, não sabia por que razão estava indo até Hogsmade, tinha visto seu padrinho Sírius ser acertado por Belatrix no Ministério, viu o corpo dele ser recolhido ao final de tudo e Dumbledore o tinha dito que os mortos não voltam. Por que precisava ir até lá e arriscar seu pescoço e de Sara assim? – Sara... 

— Não precisa dizer nada Harry, não acredito que seja Sírius... – respondeu ela. – Mas se você precisa ver para acreditar, então... vamos até lá. 

Seguiram o túnel por mais ou menos uma meia hora, o túnel estava da mesma maneira que Harry havia deixado desde seu terceiro ano, ele seguiu até a elevação que lhes mostrava o alçapão onde sairiam na sala da casa dos gritos. Harry forçou o alçapão e o levantou, deu uma olhada e então saiu. A casa continuava a mesma, fazia praticamente um ano que ele não colocava os pés lá, muito menos depois de que Sírius morrera não conseguia. Tinha muitas lembranças daquele lugar, fora ali que soubera de toda a verdade sobre seu padrinho, fora ali que Sírius dissera o quanto ele amava seus pais e isso ainda estava em seu coração como se tivesse sido há poucos segundos. 

— Você está bem? – perguntou Sara preocupada

— Estou... – disse Harry ajudando Sara a subir – Você olha aqui que eu vou ver lá em cima... 

Sara viu o garoto subir as escadas e então olhou os outros cômodos do andar de baixo, tudo parecia abandonado, somente poeira e muita teia de aranha. A casa estava completamente vazia, a jovem conseguia ouvir os passos de Harry no andar de cima, provavelmente procurando alguma coisa. Sara voltou até a sala e andou até a janela, limpou um pouco a vidraça para poder ver o que se passava do lado de fora. A neve caia e o frio começava a ficar mais forte, Sara abraçou mais os casacos os juntando ao corpo para proteger-se. Harry desceu as escadas e a viu olhando para fora, sentiu-se bem por tê-la ali apesar de ter ficado zangado no início. 

— Está com frio? – perguntou ele – se quiser posso ascender a lareira... 

— Estou, mas se acender a lareira vão ver que tem alguém aqui... – respondeu a garota voltando a olhar para fora – O que pensa em fazer agora? 

— Vamos esperar um pouco e aí vamos dar uma volta... – disse Harry sentando-se na sua frente e começou a encara-la. Queria dizer alguma coisa mas não conseguia pensar em nada. E isso o deixava profundamente zangado. Amava Sara, e tinha certeza de que era correspondido. Mas tudo aquilo que estavam passando, devia ser um sinal de que não poderiam ficar juntos, não poderia expor mais as pessoas que ele amava na mira de Voldemort. 

— Lupin disse que vai ter aulas de Oclumancia novamente... – disse Sara que continuava a encarar a vidraça. 

— Vou... – respondeu ele levantando-se e olhando para o relógio – Por que Lupin pediu informações sobre o Professor Mesmero... 

— Lupin não confia nele... – respondeu ela ainda encarando a neve do lado de fora. Harry ficou um pouco desconfiado e voltou a olhar para Sara. – e sinceramente... eu também não...

— Alguma razão em especial? – perguntou ele tentando estender a conversa e esperando que Sara parasse de olhar pela janela e desse atenção à ele.
— Não sei, só... não confio nele... tem alguma coisa nele que me incomoda... – respondeu a garota. – E Hermione o acha familiar... tem certeza de que...
— Parece que já o viu antes... é, eu também já tive essa impressão...- respondeu o garoto - Por que é que está olhando tanto lá pra fora? 

— Algo que a PitParkison me disse.... – respondeu ela sem tirar os olhos da vidraça – está tudo muito silencioso pro meu gosto... 

— O que foi que ela lhe disse? – perguntou o garoto andando até ela. 

— Olha Harry... quando eu disse pra você que isso era uma armadilha, era por que a própria Parkison jogou na minha cara que você não duraria muito... – respondeu Sara agora o encarando.
— Ela só estava querendo te assustar... – disse ele vendo os olhos de Sara começarem a brilhar. 

— Você não entendeu, ela veio me dizer que era bom não estarmos mais namorando, por que você não...- Sara olhou novamente para a janela e engoliu em seco. 

Harry tentou levantar o braço e toca-la, então era isso, ela achava mesmo que não estavam mais namorando, Sara, no entanto esquivou-se. 

— Acho melhor irmos antes que escureça... se alguém nos ver, estamos perdidos... – disse Sara se levantando. 

Os dois saíram da casa dos gritos tomando um enorme cuidado para que ninguém os visse, percorreram toda a ruazinha de pedras até a rua principal que levava as lojas de Hogsmade. Tudo estava quieto e vazio. Sara parou de repente e Harry preocupou-se. 

— O que foi? – disse ele. 

— Não... nada... – respondeu ela voltando a andar – Nossa... está parecendo uma cidade fantasma... 

Harry assentiu com a cabeça, os dois foram andando calmamente tomando cuidado para que ninguém os visse, porém não havia nenhuma pessoa que estivesse transitando por ali. 

— Você não acha que podem nos reconhecer? – perguntou Sara puxando a manta para mais perto do seu rosto. 

— Não estamos vestidos com os uniformes... então... – falou Harry puxando a touca de seu casaco para cobrir sua cabeça. Quando estavam virando uma das esquinas próximo ao correio, viram um homem muito bem agasalhado e um distintivo brilhando do lado esquerdo do peito. – Droga!!! 

— O que foi?? – perguntou Sara mas não teve tempo de receber a resposta o homem estava vindo na direção deles. Harry mais que depressa puxou Sara pela manta a trazendo bem junto a si e lhe beijando. Ao tocar os lábios de Sara, Harry se rendeu completamente, e percebeu que Sara correspondeu ao beijo. Não se importava se o homem os visse ou não, sabia que apesar de se magoarem o tempo todo, eles se amavam e isso estava mais forte do que antes. O homem passou por eles encontrando outra mulher que Harry reconheceu sendo Madame Rosmerta, do Três vassouras. 

— Essa juventude... não pensa nos perigos... – disse o homem passando por Harry e Sara. – Com todas as coisas que vem acontecendo por aqui e ainda saem de casa... 

— Deixe eles Sr. Matthews, são jovens e só estão cansados de ficar trancados ... – disse ela o impedindo de chegar até os dois. – E afinal, quando é que irão liberar o meu bar? Estou precisando de clientes, pois vivo disso sabia? 

— Claro Rose, mas não são ordens minhas, agora Dumbledore pediu para que a comunidade bruxa se unisse ao Ministério e que mesmo sem ministro, tomássemos a decisão certa. E foi isso que o conselho decidiu... mas não se preocupe que só até resolvermos tudo. – respondeu Matthews entrando em um pequeno hotel próximo de onde Harry e Sara estavam. 

Ao verem que estava tudo certo, Sara se afastou de Harry com o rosto rubro. – O que ele quis dizer com “decisão do conselho”? 

— Talvez seja por que nenhum dos dois ministros esteja em condições de tomar uma decisão... – respondeu Harry pegando na mão da garota – Venha, vamos até o correio, quem sabe descobrirmos mais alguma coisa. 

Sara ficou um tanto desconsertada, principalmente por que Harry praticamente não havia dito uma só palavra sobre o que acabara de acontecer. Ela havia sentido o que ele realmente sentia por ela, mas ele parecia se negar a ver, e isso a deixava irritada. 

Chegaram em frente ao correio e procuravam por pistas quando Sara se aproximou de alguns arbustos. 

— Harry... dá só uma olhadinha aqui... – disse a garota puxando algumas folhas. Haviam debaixo delas marca de pés, Harry a olhou e foram a seguindo floresta adentro. . 

— Dê só uma olhada aqui... – disse Harry mostrando as últimas duas pegadas e vendo logo quatro patas de cachorro – acho que aquele Sinistro não passa de mais um animago... 

— Mas essas pegadas não parecem de cachorro... – disse Sara abaixando-se – olha só.. são enormes se comparadas com a de um cão... 

— Bom... - disse ele olhando ao longe a escuridão começar a cair – acho melhor voltarmos... já está ficando escuro... e como o tal Matthews disse antes... é melhor não ficarmos andando por aí

Sara acompanhou o garoto e saíram da floresta, estavam tomando todo o cuidado, pelo que tinham visto, a cidade não estava totalmente deserta e por isso todo cuidado era pouco. Tanto Sara quanto Harry estavam calados, Sara sentia algo estranho parecia que estavam sendo vigiados e isso a estava deixando inquieta. 

— O que foi? – perguntou o garoto. 

— Não tem a sensação de que... estamos sendo observados? – disse Sara o encarando. 

— Também sentiu isso? – perguntou ele vendo Sara confirmar com a cabeça – é melhor nos apressarmos. 

Harry pegou Sara pela mão e começaram a andar mais rápido, precisavam chegar até a casa dos gritos. O garoto não entendia o por que, mas sentia que estavam em perigo e isso fazia com que seu estômago desse voltas. Não queria que por sua causa, por sua teimosia algo acontecesse com Sara. 

Quando estavam a poucos metros dos fundos da casa dos gritos, uma figura apareceu diante de ambos. Era alta, peluda e mostrava suas mandíbulas enormes para os dois. 

— Fique atrás de mim... – disse Harry empurrando Sara para trás. 

— É o que eu acho que é? – perguntou a garota já empunhando sua varinha. 

— É um lobisomem... – respondeu o garoto. 

— São lobisomens... – disse Sara chamando–lhe atenção para mais dois que vinham por trás das árvores. 

As feras andaram para frente ficando atrás do que eles perceberam, parecia ser o líder. Era incrível como eram feios e ameaçadores. Seus dentes brilhando sob o luar e isso fez Sara sentir um medo terrível e apertar o braço de Harry. O garoto engoliu em seco, não tinha idéia de como poderiam sair daquela encrenca e muito menos sabia o que fazer. Teriam que passar pelos três para chegar a porta dos fundos da casa dos gritos, e pelo que ele vira os três não estavam pra brincadeiras. 

— Harry... só quero que saiba... – começou Sara mas Harry a impediu de falar. 

— Me desculpa por ter te metido nisso... – disse ele 

— Fui eu quem se meteu nisso... – disse ela com um sorriso forçado nos lábios, então olhou para o lobisomem que estava a poucos metros da sua frente – Mas se não morri pelas mãos de Voldemort não vou morrer pelas mãos ou... patas...desses cachorrinhos... IMOBBILUS!!!. 

Sara apontou a varinha para o primeiro e um raio de luz dourado saiu de sua varinha o atingindo em cheio, o lobisomem ficou imobilizado. Harry olhou para os outros dois, estavam posicionados debaixo de dois pilares que seguravam a cobertura da porta. 

— Sara... eu acerto o primeiro pilar e você o segundo... – disse ele – depois corremos para a porta da frente. No três... um... dois... Três... 

— BOMBARDA!!! – gritaram os dois, os raios vermelhos foram em direção aos pilares os arrebentando. A aba que cobria a entrada dos fundos despencou sobre os outros dois lobisomens os deixando caídos. O Primeiro começou a voltar e Harry pegou no braço de Sara praticamente a arrastando para frente da casa. 

— ALORROMORRA!!! – gritou Sara enquanto corriam para a porta a escancarando, Os dois se arremessaram para dentro enquanto Harry fechava a porta. 

— COLLOPORTUS!!!. 

Harry correu para a passagem e a abriu, Sara olhou para fora da janela procurando ver se conseguia enxerga-los e então uma das feras pulou sobre a janela fazendo com que a garota pulasse para trás enquanto Harry a abraçava. Por alguma razão as janelas não se partiram com a força com que os três lobisomens faziam. Provavelmente os marotos tinham colocado algum feitiço sobre a casa a impedindo que lobisomens passassem por ela. O garoto apertou Sara nos braços enquanto tentava fazê-la parar de tremer. 

— Você está bem? – disse ele segurando sua face com uma das mãos – não está machucada? 

— Estou bem... – disse ela vendo novamente a fera tentar forçar a entrada – É melhor irmos... 

— Não posso sair daqui sem... – começou Harry mas Sara já abria a passagem. 

— Se ficar não vai sobreviver para descobrir o que realmente está acontecendo... – disse ela o encarando – Vamos Harry... agora.... 

O garoto pulou para o alçapão logo depois de Sara, ela mais que depressa prendeu a tranca para que ninguém conseguisse força-la por cima e só então seguiram de volta pelo túnel, provavelmente já se passava da hora de estarem em suas torres e teriam mais um longo e perigoso caminho até lá, principalmente com Filch andando pelos corredores.



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Autor(a): vision2018

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