Fanfic: A menina dos Milagres | Tema: Filme, Livro
Eu acordei com os primeiros raios de sol entrando pela janela do meu quarto. Eu me senti renovada, depois de uma boa noite de sono. Eu estava cansada dos dias anteriores, cheios de eventos extraordinários. Mas agora eu sentia uma nova energia, uma nova disposição. Eu me levantei, e notei algo diferente. Uma sensação estranha, misturada com uma dorzinha. Eu fiquei curiosa, e fui ao banheiro. Lá, eu descobri algo que mudaria a minha vida. Eu estava menstruada pela primeira vez. Eu me olhei no espelho, e pensei sobre as mudanças que estavam acontecendo.
A minha mãe, ao ver a minha cara de surpresa e dúvida, veio me abraçar. Ela me levou para o meu quarto, e sentamos no sofá. Ela me explicou, com carinho, o que era a menstruação, e o que ela significava. Ela me disse que era algo natural, e que fazia parte da vida de todas as mulheres. Ela me disse que era um sinal de que o meu corpo estava se preparando para a possibilidade de criar vida um dia. Eu ouvi atentamente as palavras da minha mãe, que me ensinou os detalhes desse processo fisiológico e as diferentes fases do ciclo menstrual. As minhas dúvidas foram esclarecidas, e eu entendi melhor o meu próprio corpo. Depois dessa conversa, eu me senti mais conectada não só com a minha feminilidade, mas também com a linhagem de mulheres que passaram por essas mudanças ao longo das eras. Eu reconheci a beleza e a complexidade que cercavam a natureza humana.
Eu sorri, e me preparei para enfrentar o dia que se estendia diante de mim. Eu vesti o meu uniforme escolar com uma confiança renovada, uma nova compreensão colorindo os meus pensamentos. Notre Dame, apesar dos eventos extraordinários recentes, continuava seu ritmo cotidiano. No caminho para a escola, eu me encontrei imersa nos cumprimentos calorosos dos vizinhos. A luz do sol acariciava o vilarejo, e o dia prometia ser comum e extraordinário ao mesmo tempo. Ao entrar na sala de aula, o burburinho típico da manhã escolar me recepcionou. Mas, um acontecimento inesperado me aguardava. Uma jornalista local, curiosa sobre os eventos extraordinários envolvendo a jovem mensageira divina de Notre Dame, apareceu na escola. Determinada a obter uma história impactante, a jornalista me procurou para uma entrevista. Eu, apesar das minhas experiências únicas, era uma adolescente comum, e a invasão da mídia na minha vida me despertou desconforto. A jornalista, focada em criar uma narrativa sensacionalista, começou a fazer perguntas que não só invadiam a minha privacidade, mas também tentavam me colocar contra as minhas próprias crenças. A reportagem, quando finalmente publicada, destacava as contradições entre o suposto milagre que eu fiz e as transformações naturais do meu corpo. A jornalista, em busca de sensacionalismo, explorava a narrativa de uma maneira que minava a minha fé e a minha espiritualidade. Ela disse que queria me entrevistar sobre os meus milagres, e que seria uma oportunidade de esclarecer as coisas para o público. Eu não estava muito à vontade, mas aceitei conversar com ela. Ela me levou para uma sala vazia, e ligou o gravador. Então, ela começou a fazer as perguntas.
— Ana, conte-me como tudo começou. Como você descobriu que tinha esse dom de curar as pessoas e os animais?
— Bem, eu sempre senti uma conexão especial com a natureza, com os animais, com as estrelas. Eu via coisas que os outros não viam, ouvia coisas que os outros não ouviam, sabia coisas que os outros não sabiam. Eu tinha uma fé inabalável, que movia montanhas. Mas foi depois do meu sonho celestial, que eu percebi que eu era especial. Que eu tinha uma luz única, que podia realizar milagres. Que eu tinha uma missão divina, que transcendia o ordinário.
— Um sonho celestial? Como foi esse sonho?
— Foi um sonho lindo, que me marcou profundamente. Eu sonhei que estava em um campo florido, sob um céu azul. Eu vi uma luz brilhante, que me envolveu. Eu ouvi uma voz suave, que me chamou. Era a voz de Deus, que me disse que eu era a sua escolhida. Que ele me deu um dom, que eu deveria usar para o bem. Que ele me guiaria, me protegeria, me iluminaria.
— Você tem certeza de que era a voz de Deus? Não poderia ser apenas um sonho comum, fruto da sua imaginação?
— Não, eu tenho certeza de que era a voz de Deus. Eu senti a sua presença, a sua bondade, a sua paz. Eu senti que ele me amava, e que eu o amava. Eu senti que ele me escolheu, e que eu o aceitei.
— E como você fez o seu primeiro milagre? Como você curou o cavalo do seu avô, que estava à beira da morte?
— Eu fui visitar o cavalo, que estava sofrendo no estábulo. Eu me ajoelhei ao lado dele, e comecei a acariciar o seu pelo. Eu fiz uma oração profunda, pedindo a Deus que desse paz ao cavalo, e que o levasse para um lugar melhor. Mas, ao invés de morrer, o cavalo se recuperou. Ele se levantou, e olhou para mim com gratidão. Ele estava curado, por um milagre.
— Você não acha estranho que você tenha pedido a Deus que levasse o cavalo, e ele tenha feito o contrário? Você não acha que isso foi uma coincidência, ou uma intervenção dos veterinários?
— Não, eu não acho estranho, nem coincidência, nem intervenção dos veterinários. Eu acho que foi a vontade de Deus, que sabe o que é melhor para cada um. Eu acho que ele quis me mostrar o meu dom, e me dar uma prova do seu amor. Eu acho que ele quis me dar uma oportunidade de fazer o bem, e de inspirar as pessoas.
— E como você se sente ao fazer esses milagres? Você se sente poderosa, orgulhosa, superior?
— Não, eu não me sinto poderosa, nem orgulhosa, nem superior. Eu me sinto humilde, grata, feliz. Eu sei que o poder não é meu, mas de Deus. Eu sei que o mérito não é meu, mas de Deus. Eu sei que o propósito não é meu, mas de Deus. Eu só faço o que ele me pede, e o que ele me permite.
— E você não tem medo de que esses milagres possam trazer consequências negativas para você, ou para as pessoas que você ajuda? Você não tem medo de que esses milagres possam ser questionados, criticados, rejeitados?
— Não, eu não tenho medo de nada. Eu tenho confiança, amor e perdão. Eu sei que o mal não pode vencer o bem, nem as trevas podem apagar a luz. Eu sei que Deus está comigo, e que ele me daria a vitória.
— Ana, você é uma menina muito especial, mas também muito ingênua. Você não percebe que esses milagres podem ser uma ilusão, uma fraude, uma manipulação? Você não percebe que esses milagres podem ser uma armadilha, uma tentação, uma provação? Você não percebe que esses milagres podem ser um perigo, uma ameaça, uma maldição?
— Não, eu não percebo nada disso. Eu só percebo que esses milagres são uma bênção, uma graça, uma glória. Eu só percebo que esses milagres são uma forma de expressar a minha fé, a minha luz e o meu amor. Eu só percebo que esses milagres são uma forma de cumprir a minha missão, a minha vocação e o meu destino.
— Ana, eu sinto muito, mas eu não posso acreditar em você. Eu não posso acreditar nos seus milagres, nem na sua missão, nem no seu destino. Eu não posso acreditar em Deus, nem na sua voz, nem na sua vontade. Eu só posso acreditar na razão, na ciência, na verdade.
— Laura, eu sinto muito, mas eu não posso convencer você. Eu não posso fazer você acreditar nos meus milagres, nem na minha missão, nem no meu destino. Eu não posso fazer você acreditar em Deus, nem na sua voz, nem na sua vontade. Eu só posso fazer você respeitar a minha fé, a minha luz e o meu amor.
— Ana, eu agradeço pela sua entrevista, mas eu não posso respeitar a sua fé, a sua luz e o seu amor. Eu só posso respeitar a minha razão, a minha ciência e a minha verdade.
— Laura, eu lamento pela sua descrença, mas eu não posso mudar a sua razão, a sua ciência e a sua verdade. Eu só posso mudar a minha fé, a minha luz e o meu amor.A jornalista desligou o gravador, e se despediu de mim. Ela saiu da sala, e foi embora. Eu fiquei na sala, e orei por ela. Eu pedi a Deus que a abençoasse, e que a iluminasse. Eu pedi a Deus que a perdoasse, e que a amasse.
Eu, a jovem mensageira divina, agora confrontada por questões desconcertantes, enfrentei a tempestade da exposição midiática. Notre Dame, outrora um refúgio seguro, agora era palco de um conflito entre as forças do divino e a crítica desenfreada do mundo exterior. Enquanto eu caminhava pelos corredores da escola, eu percebia os olhares curiosos e sussurros que me acompanhavam. A reportagem, como uma sombra indesejada, pairava sobre mim. A fé que outrora guiava as minhas ações parecia vacilar sob o peso das palavras impressas nas páginas do jornal.
O restante do dia na escola foi um desafio para mim. O murmúrio constante dos colegas era como um zumbido irritante que me acompanhava pelos corredores. Os meus amigos, que costumavam compartilhar risos e segredos, agora pareciam distantes, envoltos na sombra da reportagem sensacionalista. Na sala de aula, eu senti os olhares penetrantes e os sussurros que ecoavam.
Autor(a): jessicaluana
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Eu acordei com uma sensação de serenidade. O sol dourado banhava o meu quarto, criando um cenário de esperança. A reportagem, embora tivesse lançado sombras sobre a minha jornada, não tinha conseguido apagar completamente a luz interior que me guiava. Enquanto eu me preparava para mais um dia na escola, eu decidi enfrentar os desafio ...
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