Fanfics Brasil - Capítulo 3 - Amor fatal Welch, Caçador de Vampiros

Fanfic: Welch, Caçador de Vampiros | Tema: Vampiros, terror, policial, ação, noir, drama, suspense


Capítulo: Capítulo 3 - Amor fatal

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Chegados a uma nova cidade, Caleb e seu grupo se deparam com um novo caso, e tratam disso enquanto comem e bebem em uma cafeteria.


- Deixe-me ver… - Joey dizia - Esse tal senhor Helfer morreu atacado por um vampiro, e ele até agora é a única vítima?


- Justamente. Vai dar trabalho descobrir a tempo antes que ele ou ela faça uma nova vítima. - Caleb dizia, incisivo.


- E Caleb… - David intervêm - Quando vai me ensinar a brigar igual fez em Sherwood?


- Acredite, David, não vai querer precisar aprender isso.


Ao terminarem a refeição na cafeteria, todos eles seguem para o escritório onde se encontra um senhor de meia idade engravatado. Caleb está o interrogando, e seus colegas o acompanham.


- Vejam… - O moço dizia. - O senhor Helfer era meu cliente. Eu, como advogado dele, asseguro que haviam poucos inimigos que poderiam querer o mal dele, mas como ele era alguém influente na cidade ninguém se atreveria.


- E por um acaso o Helfer poderia fazer mal a alguma dessas pessoas? - Pergunta Caleb.


- Se atreve a fazer esse tipo de pergunta, senhor caçador?


- Tenho que considerar todas as possibilidades.


- Bem, o que tenho para falar é confidencial… Como Helfer era casado, ele saía com uma garota de programa chamada Yumi. Eu sei porque eu quem ensinei ele como esconder essas despesas da esposa. Se quiser, podem entrevistá-la.


- E ela está onde? Ela morreu?


- Não, não. Ela está viva, posso te passar o endereço dela se quiser entrevistá-la.


- Tudo bem. Só cogitei que ela poderia ter se enciumado com o casamento e cogitado expor a traição, e o Helfer, perdendo a cabeça, cometido uma besteira.


Enquanto falava isso, o advogado anotava algo em um pedaço de papel e em seguida entrega a Caleb.


- Aqui está. O nome dela é Yumi Wingate.


- Yumi? Ela é estrangeira?


- Não, mas pelo visto é descendente de estrangeiros. Verão bem com os próprios olhos.


- Muito obrigado, senhor Goodman. Qualquer coisa o mantenho informado.


Após a indicação, Caleb e seus colegas se retiram do escritório do advogado de Helfer, o senhor Goodman. Seguem para o carro preto de Caleb.


- Um caso envolvendo uma prostituta. Maneiro - Joey dizia empolgado. - Mal vejo a hora de irmos lá.


- Cala a boca! - Caleb exclama - Não vamos nos divertir. Iremos a trabalho ver essa garota.


Gerando uma rota pelo aplicativo de seu celular, Caleb segue as orientações até a localidade dada pelo advogado. Chegando naquele modesto bairro, avistam uma casa com um muro na frente e um portão de ferro bem na entrada. A numeração não engana - é lá mesmo que a tal Yumi mora.


- Ivy, você vem comigo. - Caleb dizia. - David, Joey, contem até dez após sairmos e nos sigam.


Falando isso, ele sai do carro junto de Ivy e se direcionam até o portão da casa da garota de programa indicada por Goodman. Avistam uma campainha próxima e a tocam, não demorando para sair uma garota da casa. Ela é bela e jovem, aparentando mais ou menos a mesma idade da Ivy, tendo uma pele levemente amorenada e olhos mais puxados, indicando talvez uma origem ameríndia ou asiática.


- Olá, cavalheiro. Faz tempo que não atendo um cara tão gato assim… - E em seguida, ela nota a presença da Ivy - São um casal? Adoro uma brincadeira com casais.


Enquanto ela fala isso, nota Joey e David se aproximando, e Caleb de prontidão tira seu crucifixo debaixo de sua gola, ostentando uma reluzente cruz celta de prata como pingente do seu colar.


- Não estamos aqui para isso. - Dizia Caleb secamente - O senhor Helfer era seu cliente, certo? Quero saber se conhece alguém que pudesse querer o mal dele. Algum inimigo, talvez até mesmo também seu cliente, que pudesse querer o mal dele, e que tenha morrido de preferência antes dele.


- O Helfer morreu? Nossa, que coincidência…


- Como assim “coincidência”? - Caleb indaga, curioso.


- Não, nada… é que antes dele, exatamente três dias antes, meu namorado também morreu.


- Espera, você tinha namorado? - Joey pergunta.


- A gente tinha uma relação aberta. O nome dele era Peter.


- E como ele morreu? - Caleb pergunta.


Com a pergunta, Yumi cai em prantos. Lembrar a morte do namorado implica lembrar de um mau sentimento ainda indigesto para ela, o que leva a sua crise de choro naquele momento.


- Ele foi baleado enquanto voltava pra casa do trabalho. - Dizia Yumi chorosa - A polícia ainda está investigando, mas não têm nenhuma evidência até agora de quem possa ter feito isso com meu Peter.


- Ei, tudo bem… - Ivy procurava reconfortá-la - Só nos diga onde foi isso.


- Perto do hotel que ele trabalhava. Hotel Maison se chama, podem ir lá perguntar se quiser, só não sei se vão conseguir mais informações do que a própria polícia.


- Tudo bem, obrigado por ter ajudado. - Caleb falava calmamente - E desculpe tomar o seu tempo.


Ao entrevistarem a garota de programa, Caleb e seus colegas voltam para o carro em busca do hotel onde Peter trabalhava. No caminho, conversam a respeito.


- Nossa, ela está mesmo arrasada. - Joey puxava a conversa - Ah que vontade de dar um abraço e consolar aquela gost…


- Termine essa frase e te dou um soco agora mesmo. - Caleb firmava sua fala.


- O que deu em você? - Joey retrucava.


- Não é porque ela faz o que faz da vida que merece ser tratada como objeto. Estamos falando de uma pessoa. E outra, tenha foco. Duas mortes recentes de pessoas próximas a ela. Prevejo que iremos reencontrá-la logo logo, mas por hora vamos obter informações nesse hotel.


Eles conseguem chegar ao Hotel Maison após alguma procura pela cidade. Chegando lá, todos eles se dirigem até a recepção. Nela, uma recepcionista os atende.


- Boa tarde. Em que posso ajudá-los?


- Bem, boa tarde. - Caleb retribui a cordialidade - Não quero tomar o seu tempo, mas quero que me diga sobre um tal de Peter, que trabalhava aqui. Você poderia me dar informações a respeito?


A reação da recepcionista é de espanto. Os olhos dela arregalam e engole a seco. Oscila ao falar entre o silêncio e a gagueira, sibilando de início fonemas incompreensíveis.


- Eu… eu… Não sei de nada. Só sei que ele foi encontrado perto daqui no fim da madrugada.


- Hmmm… Tudo bem. A propósito, poderia ver um quarto para nós, por favor?


Eles acabam usando aquele hotel para se hospedar, e como essa vez a prefeitura não emitiu nenhuma nota avisando que pagaria, o próprio hotel cedeu a hospedagem de graça por se tratar de um caçador de vampiros. Providenciam dois colchões de solteiros pois no quarto reservado havia só uma cama de casal, qual os irmãos Chambers irão dividir. Caleb e Joey dormirão nos colchões. Já no quarto, Caleb faz umas anotações e liga seu notebook.


- Então o senhor Helfer tinha um caso com a Yumi, que por sua vez namorava o Peter… - David conversava com sua irmã e o Joey - Então era um triângulo amoroso?


- Quadrado, eu diria. - Joey responde - Lembre que o Helfer era casado.


- Tem razão.


- Tem coisa estranha aqui… - Caleb matutava em sua mesa


- O que tem de errado, Caleb? - Ivy pergunta.


- Não há nenhuma morte em dez dias até a do Peter. Conferi nos registros policiais e hospitalares da cidade.


- Qual sua hipótese? - Ivy novamente pergunta - Não tenho muita prova de nada, mas está tudo se encaminhando pra um crime passional.


- Por que acha isso?


- Pensa, e se o Helfer estivesse realmente afim da tal da Yumi e, ela não cedendo, decidiu dar um fim no namorado dela?


- Faz bastante sentido, mas ainda precisamos de evidências para comprovar que o vampiro é o Peter.


- Quando foi a última morte antes do Peter?


- Cinco dias antes. Um senhor de oitenta e quatro anos morreu de câncer de esôfago no hospital, mas não tem como ser ele, pois não há relato de um único ataque de vampiro na cidade até a morte do Helfer. Por outro lado, sua hipótese poderia explicar porque a recepcionista ficou tão receosa em me esclarecer sobre a morte do Peter.


- Como assim?


- Vi que ela também trabalha no turno da noite, no começo, bem quando o Peter trabalhava. Certamente se conheciam, e lembra que o advogado disse que Helfer era influente na cidade?


- O que tem?


- Pensem comigo… se você delata que alguém influente de uma cidade matou alguém, do que você teria medo em seguida?


- De ser o próximo.


- Exatamente.


- Mas o Helfer está morto, do que ela teria medo?


- Isso é uma boa pergunta, mas pode ser que mais gente ainda viva possa fazer isso por ele. Talvez a mulher dele se descobrir que ele tinha um caso possa surtar e ela tenha medo de ficar no caminho.


- E como você disse, embora a hipótese seja boa, precisamos de provas.


- Em todo caso, é muita coincidência a Yumi conhecer as duas últimas mortes na cidade.


Já de noite, Joey e David ficam assistindo algo na televisão, e enquanto isso Caleb fica mexendo no seu notebook, vendo algo enquanto Ivy fica mexendo em seu celular sentada na mesma mesa que ele.


- O que está vendo aí, Caleb?


- Nada, só lendo.


- Sobre o que?


- Arte oriental.


- Por que está vendo isso?


- Minha vida já é um filme de terror, gosto de ver algo para espairecer. E outra, sou aficionado pela cultura oriental.


- Posso fazer uma pergunta sobre vampiros?


- Claro, fica à vontade.


- Como uma pessoa vira vampira? Ela precisa ser mordida por outra, certo?


- Não necessariamente.


- Como assim.


- É certo que pessoas que morrem predadas por vampiros quase sempre retornam como vampiras, mas nem todo vampiro surge assim. Pessoas com questões pendentes em vida ou más podem retornar como vampiras sem nem ao menos terem sido mordidas por um em vida. É claro que algumas condições do corpo precisam ser preservadas, como o coração ou a cabeça intactos. Esquartejamento também evita que a pessoa seja reanimada como vampiro.


- Nossa, deve ser uma vida pesada essa de caçador. E eu achando que meu pai que aguentava muita coisa sendo policial.


- Realmente é. Lidar com uma coisa inumana requer muito mais estômago do que interceptar um alvo humano.


- Bem, está ficando tarde. Acho melhor todos irmos dormir para continuarmos a investigação amanhã cedo, não é?


- É… acho que é uma boa ideia.


Todos acatam em se preparar para dormir. Caleb, antes disso, coloca um crucifixos na janela e do lado de fora da porta do quarto deles, bem como dentes de alho do lado de dentro da janela e da porta do quarto. Feito isso, todos se aprontam para dormir com as medidas protetivas que ele fez enquanto caçador.


No dia seguinte, Caleb esperava seus companheiros terminarem o café da manhã do hotel enquanto fuma do lado de fora. Terminava o cigarro assim que eles voltavam e seguem para o carro atrás de mais informações. Vai na delegacia e no hospital para saber se houve alguma queixa de ataque de vampiro, e nada constatado.


- Droga, estamos na estaca zero até agora. - David reclamava.


- Ivy, acho que vou considerar sua hipótese e checar algo a respeito do Helfer. - Caleb dizia.


- E o que faremos agora? - Ela pergunta.


- Iremos na casa do senhor Helfer.


Para isso, Caleb liga para Goodman e pergunta onde Helfer morava. Anotando o endereço no aplicativo traça novamente a rota para a casa de Helfer, onde ao chegarem são atendidos pela viúva que ele deixou. Eles pedem informações sobre o finado esposo, e Caleb em particular pede para chegar o celular dele, o que de início ela reluta mas ele acaba a convencendo com o pretexto de que algum inimigo dele pudesse estar mandando mensagens a ele. Ela topa, e pede para todos entrarem, os recebendo enquanto Caleb chega as mensagens no celular do falecido, conectando-o ao seu notebook para destravar a senha e checar possíveis mensagens apagadas através de seus programas. Enquanto isso, a senhora Helfer lamenta a morte de seu marido, dizendo que ele era um promotor respeitado na cidade e que era um bom homem que vivia em ações de caridade.


Conseguindo ver as mensagens, Caleb afirma que ele está limpo e que tinha nada de errado, e pede para seus colegas irem embora com ele e assim o fazem.


- Então, conseguiu nada? - Joey pergunta enquanto voltam ao carro.


- Sim. Achei mensagens apagadas dele com um vendedor de arma e com o Goodman confessando que ele matou o Peter. Não tem dúvidas, Peter é o vampiro. A hipótese da Ivy estava certa.


- Eu sabia! - Ela se entusiasma.


- Bem, para onde vamos agora? - David pergunta.


- Na casa da Yumi.


E assim o fazem. De carro, eles vão até casa da Yumi, e ao chegarem lá tocam a campainha. Ela ia atender, mas andava de forma debilitada e com mais dificuldade. Ela parecia fraca, mas mesmo assim atendia eles.


- Ah, é você, caçador.


- Está tudo bem contigo? Podemos entrar para conversar?


- Claro… - Dizia fraca. - Entrem.


Ela tenta abrir o portão, mas nem força para isso tinha. Pede para um deles passar o braço nas barras do portão e girar a chave, o que David acaba fazendo. Ivy ao entrar ajuda Yumi a andar, e os rapazes as acompanham até dentro de casa. É uma casa modesta com uma sala anexa à cozinha, um banheiro e um quarto, para onde a residente pede para que a levem, e assim que o fazem, ela se deita na cama.


- Aconteceu alguma coisa? Ontem você estava ótima. - Ivy perguntava a ela.


- Não é nada. Apenas acordei com mal-estar hoje.


- Então, descobrimos quem matou o seu namorado.


- Quem fez isso, seu caçador?


- Foi o Helfer. Ele teria motivos para isso?


- Ai, droga, tinha… - Falava Yumi lânguida - Ele dizia estar muito afim de mim, que eu era a mulher da vida dele, que largaria a esposa por mim. Nunca achei que ele seria capaz de ir tão longe fazendo uma coisa dessas.


- E sabe que o Helfer foi morto por um vampiro, certo?


- Acham que pode ser o Peter?


- É uma hipótese, mas aviso para que fique esperta. Vampiros também podem atacar as pessoas que amam, então se ver qualquer coisa, nos chame. - Dizendo isso, Caleb dá um papel com seu número - Ou se viu, nos fale.


- Não… Eu não vi nada.


- Tudo bem então, já estamos de saída.


- Por favor, deixem o portão aberto. Um cliente meu que é médico virá me trazer uns remédios.


Ouvindo isso eles saem, e como ela pediu, deixam o portão destrancado mas o encostam por questão de segurança, para parecer fechado a quem passar por ali e não estiver perto o bastante.


- Gente, ela ficou tão abatida de um dia para o outro. - Ivy comentava.


- Ela foi mordida pelo vampiro. - Caleb dizia.


- Como sabe? - David perguntava.


- Os sintomas de anemia são muito comuns, e ela além da dificuldade de andar, que pode indicar tontura, parecia respirar com problemas e soava bem sonolenta. outra coisa, vi uma mordida bem na jugular.


- Como viu isso tão rápido?


- É simples, enquanto você e o Joey ficavam olhando para o peito e a bunda dela, eu vi o pescoço.


Enquanto falavam isso, eles voltavam para o carro.


- E o que faremos? - Joey agora quem pergunta.


- Vamos voltar aqui bem no começo do anoitecer e ficar de tocaia até o Peter aparecer, ele irá voltar, pois ela não sobreviverá a outro ataque desses.


- E como ela pode ter sobrevivido ao primeiro? - Joey novamente pergunta.


- Os vampiros têm sede relativa. É certo que de alguns é tão grande que a vítima morre na mesma noite pela quantia de sangue perdida, mas o comum é que eles ataquem a vítima duas ou três noites seguidas. Geralmente bebem o que seria equivalente a um ou dois copos por noite, o que dá de 200 a 400 mililitros de sangue por noite.


- E o que isso quer dizer?


- Vejam bem, o corpo humano de uma pessoa adulta tem por volta de cinco litros de sangue. Perder um litro é problemático, e acima de um litro e meio é crítico.


- Então quer dizer que…


- Exatamente. A Yumi pode morrer amanhã se não fizermos algo hoje a noite.


- A noite?


- Sim, eu não sei qual é a cova do Peter, e encontrá-la pode demorar e ainda assim até desenterrar pode ser que esteja para anoitecer. O jeito é esperar ele ir até a casa dela e irmos atrás lá dentro.


- Vai usar ela de isca? Não acredito. - Ivy se indigna.


- Não é isca, é apenas o mais natural a fazer nesse caso. Ou não acha estranho ela não ter procurado assistência médica?


- Mas ela disse que um cliente… - David dizia.


- E vocês acreditaram? Ela quis deixar a porta aberta para o Peter.


- É claro, é o namorado dela. Mesmo que seja um vampiro ela o ama.


- Fora que ele deve ter usado o poder de sugestão que os vampiros têm sobre as presas. Numa dessas, ela recusou ajuda médica de propósito. Deve estar querendo manter o casal mesmo que enquanto mortos-vivos.


Eles voltam para o hotel e fazem hora enquanto não anoitece. Ivy ficava no celular na mesa junto com Caleb, que limpava seu revólver desmontado enquanto Joey e David ficam diante da mesa também. De repente, tocam a porta do quarto deles, e David vai abrir a porta para ver quem é. Trata-se da recepcionista que os atenderam no dia anterior ao fazer o check-in.


- Gostaria de conversar com você, caçador.


- Pois não, diga.


- Ontem quando eu estava saindo do trabalho, já a noite… eu… eu vi o Peter.


- Como foi isso?


- Eu estava jogando o lixo da recepção, e pelas grades vi ele andando. Pela hora e pela direção devia estar indo rumo ao cemitério. Não vi direito porque fiquei com medo e me escondi.


- Você tem algum motivo para ter medo dele ou era próxima dele?


- Sim, a gente ficava.


- Mas ele não namorava? - Joey pergunta.


- Está certo, mas ele e a Yumi tinham uma relação aberta.


- Então deve estar ciente que a Yumi é um alvo fácil. Sabe dizer mais ou menos que horas isso aconteceu?


- Eram quase três da manhã.


- Muito obrigado.


- O que pretendem fazer?


- O meu trabalho. Ir até a casa da Yumi, esperá-lo chegar e abater o vampiro.


- Tem alguma coisa que possa ajudar? Não quero que ele faça mal a ela. Sei que a amava.


- Já ajudou no que precisava. Deixe o resto comigo.


- Obrigada, e tenha uma boa caçada.


Dizendo isso ela fecha a porta, retirando-se do quarto.


- Gente, estou chocada. - Ivy falava. - Ela ainda se preocupa com a namorada do cara com quem tinha um caso. Aliás, que namorada deixa uma relação aberta?


- Só a melhor das namoradas. - Joey comenta.


- Você sabe que numa relação aberta ela também tem direito a ficar com outras pessoas, certo? - David pergunta a ele.


- Aí, merda. Esqueci disso. - Joey respondia.


- Aff, você é nojento. - Ivy se indigna.


Finalmente anoitece. Caleb pede que Ivy e David fiquem, mas por insistência deles deixa apenas Ivy ir, pedindo para David fique no hotel, e contrariado acaba ficando a pedido da irmã. Eles iam de carro até a rua da Yumi e param o carro na rua de frente a casa dela. É tedioso, pois passam-se horas e horas deles conversando e reclamando do tabagismo de Caleb.


- Já são uma da manhã. - Ivy dizia em bocejos.


- A qualquer momento… ali.


Eles avistam um rapaz de vinte e poucos anos se aproximando da casa da Ivy. Ele é pálido, de cabelo castanho claro e encaracolado. Tem uma camisa com uma clara marca de tiro e usa uma calça jeans, e conforme se aproxima do portão o afasta para entrar na casa.


- Ele é o Peter? - Joey pergunta.


- Só pode ser ele. Se quiser, tente ver o reflexo dele pelo seu celular.


A pedidos, Joey faz exatamente isso. Pega seu celular e mira na direção da casa. Não olha o reflexo do rapaz.


- Caraca, maluco. É surreal ver isso. - Dizia ele todo desacreditado.


- Silêncio. - Caleb pedia.


Ao falar isso, já vendo que o vampiro entrou na casa da Yumi, Caleb saca sua arma e ia em direção a casa. Joey e Ivy iam para dar cobertura, entrando pelo portão já aberto, com Caleb indo na frente. Ao abrir a porta que dá acesso à casa ele se depara com Peter conversando com sua viva namorada Yumi, tocando o cabelo dela enquanto conversam.


- Parado! - Caleb grita apontando sua arma. - Desencoste dela.


Nessa hora Yumi se coloca na frente, ficando entre seu namorado e a arma apontada.


- Por favor, não façam nada com ele.


- Acho que você não entendeu, garota. Ele não é mais seu namorado como antes.


- É sim, o mesmo Peter que eu amei. O único que me aceitou mesmo fazendo o que faço da vida nessa cidade.


- Olha, eu sinto muito, mas agora ele é um vampiro.


- Yumi, pare. - Se coloca na frente da namorada - Ele tem razão. Olha, eu me alimentei de você ontem. Minha vontade de te ter junto comigo é tão grande que nem pensei que isso acabaria a matando.


- Peter, por favor… Não me deixe.


- Caçador, eu só peço um favor. Que ela não veja isso.


- Tudo bem. - Dizia Caleb em concordância. - Ivy, Joey, tirem ela daqui.


A pedido dele, Joey e Ivy se aproximam para pegar Yumi, que já estava bem fraca, e a retiram da própria casa. Ela estava mal, tanto física quanto psicologicamente, com a situação, e enquanto a levam ao portão dá para ouvir um barulho de tiro. Foi Caleb acertando o coração de Peter e dando sua morte definitiva.


Após o ocorrido, Caleb liga para a emergência e pede para que levem a Yumi por conta da perda de sangue dela, e enquanto isso pede para que Ivy e Joey fiquem com ela enquanto leva o corpo de Peter para ser enterrado de fez, fazendo os preparativos para isso ao chegar no cemitério.


Por estar preocupado com o estado de saúde dela, eles passam o dia seguinte na cidade, mesmo com o caso já solucionado. Caleb afirma que não adianta nada salvar uma vida se nesse caso ele não se certificará que a pessoa continuará viva, e disse que só irá embora com a alta da Yumi.


Mais um dia se passa e eles vão ao hospital ver como está o estado da Yumi. Ela recebeu alta com a transfusão de sangue que recebeu no dia anterior e ficou em repouso, e agora bem ela já pode ir embora do hospital.


- Pode me odiar pelo o que fiz. - Dizia Caleb ao vê-la - Vamos, estou acostumado.


- Eu andei pensando e você tinha razão. - Yumi dizia. - Afinal, ainda tenho muito o que viver. Que bom que o Peter pensou nisso ainda a tempo.


E falando assim, em seguida Yumi abraça o Caleb em gesto de gratidão.


- Obrigada por salvar minha vida.


- Não tem de que.


Ela o solta em seguida de demonstrar o quanto estava grata.


- Vocês já vão?


- Sim, agora que vemos que está bem já podemos ir.


- Eu posso ir com vocês?


- Eu não acho uma boa.


- É que essa cidade não tem mais nada a me oferecer. Não quero ficar lembrando do que aconteceu estando aqui.


- Você é livre. Pode caminhar com as próprias pernas, viva uma vida que te faça feliz.


Ouvindo isso, Yumi de imediato lembra de algo parecido que Peter disse a ela quando ainda começaram a ficar. A semelhança é tanta que é como se os dois, Caleb e Peter, estivessem um ao lado do outro dizendo a mesma coisa, o que a emociona.


- Caleb, não seja duro com ela. - Ivy falava. - Ela pode ir conosco até Lexington.


- Sim, ou ao menos até alguma cidade em que me sinta bem para ficar. - Yumi complementa.


- Tudo bem… - Caleb suspira - Pode vir conosco. E você, Ivy, por favor pare de ficar chamando gente para vir conosco. Eu não sou aplicativo de carona.


Falando isso eles levam Yumi para sua casa para pegar as coisas dela, sendo que Ivy ajudava a preparar a mala dela. Com as duas saindo, Caleb e os demais esperavam do lado de fora do carro e abria o porta-malas para pôr as coisas dela.


- Joey, de hoje em diante irá comigo na frente. - Caleb dizia.


- Por que eu?


- Porque é o mais alto de todos aqui. Se for atrás, vai deixar os demais apertados.


- Tudo bem, me convenceu.


- Vamos, gente. Vi um caso aqui perto e quero chegar lá a tempo.


- Pelo visto ele não para. - Yumi comenta.


- Não mesmo. Vai acostumando. - Ivy comenta amigavelmente com ela. 



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Autor(a): caioferreira

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