Fanfics Brasil - Capítulo Três: Lembranças de Sakura I Curtas de Naruto

Fanfic: Curtas de Naruto | Tema: Naruto | SasuSaku, NaruSaku, SasuNaru e NaruSakuSasu


Capítulo: Capítulo Três: Lembranças de Sakura I

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Capítulo Três: Lembranças de Sakura I


Ao entrar no ginásio, Sakura pôde ouvir o baque bruto de um corpo sendo arremessado com força no tatame macio que forrava boa parte daquela sala. A primeira coisa coisa que os olhos verdes captaram foram o Hyuuga que socava ferozmente um saco de areia, em seguida fora a causa do baque estrondoso: Lee estava caído no chão enquanto Tenten tinha um de seus pés sobre o peito do mesmo e um sorriso orgulhoso brilhava em seu rosto.


— Uhul! — Tenten comemorou dando pulinhos. — Amanhã mesmo nós vamos na loja da senhora Riko, chegaram uns conjuntos de shuriken fatais e lindíssimos. É isso que você me dará, perdedor. — Falava empolgada, ajudando Lee a se levantar.


Sakura assistia a cena se divertindo e de rabo de olho pôde ver o pequeno sorriso Neji dava, pensando que ninguém veria. Se sentia agraciada por poder presenciar uma cena tão “caseira” do antigo time 9, não era a primeira vez que via uma das cômicas apostas entre Lee e Tenten – que sempre eram acompanhadas pelo silencioso Neji – mas ela sempre se divertia como se fosse a primeira vez que estivesse vendo aquilo.


— Sakura-san! — Rock Lee se empolgou ao ver a garota de cabelos cor de rosa. — Em que podemos ajudar nossa honrada médica?


A Haruno não conseguiu conter o sorriso ao ouvir essas palavras. Sempre ficava encantada com o jeito de Lee, ele era tão doce e fofo que ela sempre tinha vontade de apertar-lhe as bochechas.  Ela sabia dos sentimentos do moreno por ela e já havia deixado claro para ele que, por mais doce e cativante que ele fosse, não deveria criar expectativas românticas à respeito dela, pois ela já havia entregue seu coração à alguém e não sabia se um dia o teria de volta.


Rock Lee, sendo o doce de pessoa que era, entendeu e se alegrou por pelo menos ter uma boa amizade com ela. No final do dia, se sentia alegre por simplesmente poder estar ao lado dela e acompanhar sua evolução. Ainda daria a vida para protegê-la, mas seu coração pulsava de orgulho cada vez que presenciava o avanço de suas técnicas de combate e cura, sabendo que dia após dia ela tornava-se mais capaz de proteger não só a si mesma, mas também aos outros.


— É minha vez de ter aulas. — Ela deu um sorriso e olhou significativamente para Tenten.


— Ai, não me lembre. — A morena ficou visivelmente pálida e pôs uma das mãos sobre.


Os outros três tiveram que segurar o riso ao ver a reação da Mitsashi. Tenten havia começado seus estudos com Tsunade há pouco mais de um mês e ainda não havia se adaptado completamente ao treinamento. Ela não tinha problema nem um com os treinos que levavam até a exaustão física, mas só de mencionar a parte médica dos estudos, o estômago dela embrulhava e ela ficava tentada a correr para a lixeira mais próxima.


Ela preferia que Tsunade quebrasse 90% de seus ossos do que ter que abrir mais um sapo e estudar a infinidade de ligamentos, veias sanguíneas, veias de Chakra ou qualquer outra coisa que o corpo humano tivesse. Ela não tinha estômago para dissecação e só de imaginar que tudo aquilo estava sob sua pele a fazia ter arrepios.


Ela continuava a ter Senju Tsunade como uma grande inspiração, mas havia aceitado que jamais teria paciência – e coragem – para ser médica ou aprofundar seus conhecimentos na área da medicina.


— Urgh, por favor, me diga que o próximo treinamento será em campo.


— Será sim, Tenten. Não queremos que você fuja. — Sakura deu uma risadinha burlesca.


Tenten soltou um suspiro aliviado, em seguida correu para pegar suas coisas.


— Bem, eu e Lee já estamos indo… — Ela se aproximou de Neji e deu um pequeno beijo em seus lábios. — Nos vemos depois.


Neji mantinha o rosto sério, mas Sakura podia ver o leve rubor em suas bochechas e nas pontinhas de suas orelhas. Era fofo, mas ela jamais diria isso na frente dele.


A Mitsashi e o Hyuuga tinham um relacionamento há bastante tempo, mas mantinham-se discretos e apenas umas poucas pessoas sabiam do namoro. Entretanto, desde que Tenten começara os treinamentos com a Senju e Sakura com Neji, os dois acabaram  por compartilhar a informação com a Haruno que, respeitando a decisão do casal, mantinha a informação apenas para si.


— Vamos nos encontrar no Nabeyaki* depois do treinamento de vocês. Gostaria de nos acompanhar, Sakura-san? — Lee perguntou olhando expectante para Haruno.


— Claro! Não vou poder ficar muito, mas será ótimo descansar um pouco antes do plantão. — O olhar de Lee se iluminou ainda mais e nem um de seus companheiros pôde conter o sorriso. 


Lee era mesmo encantador. 


— E então, houve algum avanço? — Neji perguntou assim que ele e Sakura estavam sozinhos.


— Infelizmente não. Como não temos conhecimento exato sobre os selos utilizados no ritual, preciso ser mais cautelosa na exploração das possibilidades… Sinto muito. — Sakura falou desanimada.


Quando pediu para que Neji treinasse com ela, Sakura queria dar-lhe pagamento em dinheiro pelas aulas, mas o Hyuuga havia pedido algo que para ele era mais valioso. 


Liberdade


Hyuuga Neji queria que ela descobrisse uma forma de retirar o selo maldito de sua testa.


Depois de sua luta contra Naruto, Neji tentara – tentara desesperadamente –  acreditar nas palavras do loiro e seguir em frente. Mas ele não conseguiu. Podia ter aceitado que não deveria descontar sua raiva em Hinata e Hanabi, pois elas ainda não tinham idade nem voz para mudar qualquer coisa, mas sua revolta não havia diminuído.


Com o passar dos dias conseguiu ver que ainda que tivesse a melhor das intenções ao falar aquilo, Naruto nunca conseguiria entender o peso da escravidão. Ele jamais entenderia a humilhação que um escravo sente por estar nessa posição. Ele jamais saberia o que era andar entre pessoas com feições tão semelhantes às suas, com habilidades inferiores às suas mas que ainda assim  tinham a audácia de agir como se fossem superiores a você, cobrando de você subserviência e respeito.  


Naruto jamais entenderia o que é ser um escravo.


Por isso havia recorrido à única pessoa que sabia que o ajudaria sem julgá-lo: Haruno Sakura.


Afinal, se a aprendiz de Tsunade era capaz de amar Uchiha Sasuke – aquele teve a alma corroída por solidão e raiva – e estava disposta a largar tudo que conhecia para ajudá-lo em sua vingança, ela conseguiria entender a inquietação e angústia que aquele grilhão causava em sua alma.


E ele estava certo. 


Sakura em nem um momento tentou fazê-lo mudar de ideia, apenas o ouviu falar mantendo o rosto neutro e depois aceitou seu acordo. Sem questionamentos, sem julgamentos. Ela apenas aceitou ajudá-lo sem contar para ninguém.  Ela explicou para ele suas limitações devido à ainda estar no início de seus estudos, mas para ele aquilo não era um problema. O que eram mais dois anos de espera para alguém que já estava há quase quinze anos com o selo?


Mas mesmo assim, ele ainda ficava ansioso cada vez que a via, esperando receber boas notícias.


— Certo… Vamos ao treino, então. — Ele deu um pequeno sorriso tentando quebrar o clima fúnebre que havia surgido.


Ele ainda não sabia como lidar com ela. Ao mesmo tempo que ela era muito séria e profissional, Sakura era uma pessoa muito emotiva e, embora estivesse aprendendo a se controlar, ainda havia vezes em que deixava suas emoções transparentes demais.


— Ok. — Sakura chacoalhou a cabeça de leve e deu um sorriso pequeno, se encaminhando para a parte com tatame.


☯️⚔️🐿️


— Você precisa estudar mais a posição dos pontos de Chakra, ainda está acertando o meio do caminho entre eles. — Neji orientou enquanto ajudava Sakura a se levantar.


— Fácil pra você falar — Ela deu uma risada seca. — Você vê tudo, até o Chakra correndo pelas veias.


— Não se faça, Sakura. — Ele respondeu no mesmo tom agridoce.


— Ok, desculpe. Só estou frustrada por não estar progredindo.


Aquilo não era exatamente verdade. É claro que a Haruno não estava acertando seus pontos de Chakra com total eficiência, mas para alguém que não enxergava os pontos e a circulação de Chakra, ela tinha golpes muito precisos. 


Eles ainda precisavam recorrer ao método de marcação de pontos – onde marcavam com caneta os pontos de Chakra nos braços de ambos – mas ela havia se mostrado uma rápida aprendiz e agora já podiam deixar as marcações mais espaçadas.


— Realmente me desculpe, Neji. — Ela fez uma reverência. — Sinto que nosso acordo não está sendo adequadamente cumprido e talvez eu esteja sendo uma sanguessuga, apenas usufruindo de seus conhecimentos sem dar nada em troca.


Os olhos pálidos se arregalaram visivelmente e Neji travou por um momento, ele não estava acostumado a ter o respeito e a admiração dos outros. Seus olhos tudo viam, mas era como se fosse cego quando se tratava do modo como  as pessoas ao seu redor o viam. E quem poderia culpá-lo? 


Se sentia feliz por seus companheiros da divisão Chunnin o verem de igual pra igual e sentia-se lisonjeado por seus amigos mais próximos o verem como alguém poderoso que poderia ser mentor deles, mas o que seu coração mais ansiava era ser respeitado por seu clã.


E isso nublava sua visão, opacando todos os bons sentimentos em sua vida.


Queria poder andar pelo distrito Hyuuga e ser olhado com admiração pelas crianças e orgulho por parte dos mais velhos de seu clã, do mesmo modo que acontecia com Ino e Shikamaru quando andavam por seus próprios clãs. Ao invés disso, recebia olhares desdenhosos dos mais velhos e era obrigado a ouvir as crianças falarem como Hinata era incrível e seria a melhor ninja do clã.


Sua prima nem sequer queria seguir a vida ninja, odiava tudo relacionado à lutas, tivera mais uma vez sua presença nos exames Chunnin postergada e parecia não se empenhar o suficiente nos treinos, levando meses para apresentar algum avanço real. Ele, por outro lado, era um prodígio. Aprendera uma das técnicas secretas do clã sem ajuda, tornara-se Chunnin em seu primeiro exame, estava na divisão especial de rastreio e já se preparava para ser parte da Anbu, pulando a classificação de Jounin. E ainda assim, ela era quem recebia elogios, admiração e respeito.


Não mais descontava na prima, mas a raiva continuava borbulhando sob sua pele.


— Ei, não vá lá. 


Neji despertou de seus devaneios ao ouvir a voz de Sakura e de repente se deu conta da mão em frente ao seu rosto, estalando os dedos. Como ela sabia em que ele estava pensando? 


Essa característica perturbadora de Sakura, sempre o deixava em um misto de desconforto e fascinação. Era ele quem tinha o Byakugan, mas era ela quem parecia ver através dele.


— Como você faz isso? — Ele perguntou enquanto se encaminhava para um dos bancos no canto da sala.


— Faço o que? — Ela perguntou sem tirar os olhos de sua bolsa.


Como todo final de treino, agora ela iria examinar os olhos dele. Ele não achava necessário, mas ela exigiria isso na segunda semana de treinos e como obtivera o apoio de Tenten e Lee, o Hyuuga resolveu ceder sem muito alarde.


— Sabe que estou “lá”? — Ela deu riso curto e seguiu na direção dele com uma seringa e dois vidrinhos de colírio.


— Com licença — Ela pediu, ficando próxima a ele enquanto cuidadosamente desamarrava as faixas que cobriam a testa do Hyuuga. — Bem… — Ela suspirou antes de continuar. — Sasuke costumava ter um olhar quando sua mente o levava para a noite em que perdeu seus pais ou quando pensava no irmão dele.


Neji ficou em silêncio por um instante, incerto sobre o que dizer. Sakura nunca falava de Sasuke e todos tratavam isso como um assunto proibido quando ela estava por perto, agora vendo o vazio nos olhos verdes ele entendia o porquê. 


— Vocês são um tanto parecidos, sabia? — Ela deu um leve sorriso para ele. — E não são só os olhos mágicos e carinha bonita. — Ela tocou de leve a marca na testa do Hyuuga.


Ele não podia negar que gostaria de saber mais sobre o que houve com o clã Uchiha, a história era toda mal contada, cheia de incongruências e ninguém parecia realmente saber o que aconteceu naquela noite. Nem mesmo seus companheiros mais velhos sabiam muito sobre o assunto e de modo geral, o nome Uchiha parecia causar medo em todos. 


Talvez os olhos vermelhos fossem mais assustadores do que ele pensava. 


Era difícil de mensurar isso por si mesmo, já que não tinha lembranças daquele clã e o pouco que vira por si mesmo ainda era apenas uma criança com muita raiva e poderes ainda em sua forma base. 


Mas jamais ousaria perguntar aquilo para ela.


Não quando os olhos sempre tão brilhantes ficavam tão opacos com a mera menção do Uchiha. Talvez ela nem soubesse tanto quanto aparentava e quem sabe no futuro ele pudesse falar com o Uchiha pessoalmente? Por que, sim, Sasuke voltaria, ele não tinha dúvidas disso. Não quando conhecia a persistência de Naruto e Sakura. Quem sabe depois que finalmente lutassem um contra o outro, ele pudesse se abrir com alguém que parecia saber o que era ver o lado mais escuro do mundo.


— Você e ele provavelmente teriam uma relação… — Ela soltou a frase no ar, parecendo mais concentrada e aliviar os nós de Chakra na testa de Neji do que em suas próprias palavras. — Não sei exatamente contra quais demônios vocês lutam, mas sei que a crueldade que eles empregam em vocês é grande.


Agora Sakura sentia seus olhos arder.


Não só por pensar em Sasuke mas principalmente por pensar no que ele e Neji passaram e ainda estavam passando. Ela não sabia dos detalhes, mas os terrores noturnos de Sasuke ainda a assombravam e ela tinha certeza que a testa inchada e arroxeada de Neji a perseguiria mesmo depois que ela conseguisse tirar aquela marca horrenda.


Ela queria tanto ajudá-los, mas simplesmente não sabia como. 


Todo dia se perguntava o que poderia ter feito de diferente para impedir Sasuke de partir. Que tipo de amiga ela era se havia deixado ele partir para se juntar à Orochimaru e viver em Kami, sabe que condições? Ele estaria comendo adequadamente? Será que agora conseguia dormir uma noite inteira? Alguém estaria dando-lhe o mínimo de carinho?


A essa altura ela não se importava mais com o amor romântico que sentia por ele, ela de bom grado abdicaria desse sentimento se isso significasse que Sasuke estava recebendo o amor e o carinho que merecia e precisava.


Em contrapartida, ela treinava incansavelmente de domingo à domingo e estudava em todas as horas livres, buscando formas de cumprir o pedido de Neji e cada vez que se encontrava em um beco sem saída, sentia dificuldades para respirar e o peito, tamanha frustração e ansiedade que sentia.


Nesses momentos ela se sentia tão incompetente, tão sozinha.


Era tão cansativo correr tanto pra no final parecer que não saiu do lugar. 


Ela se perguntava constantemente se algum dia chegaria a algum lugar ou se simplesmente estava sendo delirante por querer proteger aqueles shinobis que em tão tenra idade já eram tão poderosos. Fazia sentido querer proteger Uzumakis, Uchihas, Yamanakas e Hyuugas quando todos eles tinham habilidades herdadas e ela era vinda de uma simples família civil, correndo desesperadamente atrás dos anos de treino que não teve?


— Prontinho. — Ela deu sorriso brilhante para o Hyuuga. — Vou aplicar o colírio e você deve se sentir melhor por alguns dias. Seria mais eficiente se você deixasse o Byakugan inativo por uns dias para ter o descanso adequado, mas como isso não vai acontecer, você deve usar o colírio comum quatro vezes por dia religiosamente. — Ela entregou o colírio em gotas para o Hyuuga. — Agora não se mexa, vai ser só uma picadinha.


Com cuidado, ela tocou a têmpora de Neji e delicadamente inseriu o colírio específico diretamente nas veias de Chakra que permitiam o funcionamento do Kekkei Genkai, primeiro no lado esquerdo e depois no direito. Neji sentiu um leve ardor quando o líquido adentrou e começou a percorrer suas veias, mas logo deu um suspiro de alívio sentindo a pressão na testa e nos olhos diminuírem.  


O uso exaustivo que Neji empregava em seus olhos era agravado pelo selo, como o mesmo impedia o funcionamento total de seu Doujutsu e o esforço que ele empregava pressionava as barreiras do selo e isso culminava na testa inchada, avermelhada – que com o passar dos dias ganhava um tom arroxeado – e extremamente dolorida. 


Havia dias que sua cabeça e olhos doíam tanto que era difícil até mesmo se manter de pé, mas graças aos colírio desenvolvidos pela Haruno – especificamente para ele – as dores diminuíram e ele “ganhava” uns dias a mais antes de atingir seu limite.


— Perfeito. — Ela deu um sorriso satisfeita admirando seu trabalho e o rosto aliviado de Neji. — Agora vamos! Tenten e Lee já devem estar nos esperando e eu estou faminta!


Ambos pegaram suas coisas e saíram em direção ao restaurante. Momentaneamente esquecendo suas angústias e preocupações, apenas sendo jovens cheios de esperanças e expectativas para o futuro, mal sabendo que mais cedo do que o esperado, a vida de um deles seria cruel e humilhantemente ceifada.


 


🦊🌸🌕


*Nabe (鍋): Sopa; Yaki (焼き): Grelhar



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Autor(a): Srta.Talia

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