Fanfics Brasil - Capítulo 05 - O Plano de Peggy Metamorfose [+16]

Fanfic: Metamorfose [+16] | Tema: Amor Doce


Capítulo: Capítulo 05 - O Plano de Peggy

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Com uma petulância inabalável, Peggy persistiu com a sua questionável linha de argumentação. Estava cada vez mais nítido que ela não iria desistir tão facilmente da sua ideia estapafúrdia, o que fazia com que as minhas dúvidas em relação a ela continuassem a fritar os meus neurônios, que até aquele ponto, estavam me causando uma sensação de terrível constipação. 


-Eu preciso da sua resposta, Jessica! -Com um gestual mais firme, ela aproximou a sua mão, novamente, em minha direção, despertando-me de meus breves devaneios. -Você sabe que a qualquer momento a diretora Shermansky irá retornar para a sala dela, não é? -Explicou sem esconder a sua evidente agitação. -Se isso acontecer, todo o meu progresso terá sido em vão. E você não vai querer arruinar isso, certo? -Disse em um tom de voz um tanto quanto melancólico.


A sua forma de falar comigo me gerava um estranho mal-estar. Devido a isso, engoli em seco assim que pressenti o seu tom variar entre uma linha tênue de amistoso e acusatório, o que me acarretou num embrulho de sensações duais, tanto de culpa quanto de incerteza. 


Eu não queria me envolver em algo que pudesse, de alguma forma, prejudicar a estadia de Lysandre por aqui. Porém, toda a força que estava sendo exercida pelas palavras de Peggy contra mim, me deixaram extremamente nervosa, fazendo-me considerar resoluções imediatistas, o que, no final, terminou sendo o ponto de virada que me fez concordar com toda aquela imprudência sem sentido.


-Tudo bem! Eu aceito! -Digo acatando o seu plano conforme sentia um peso cair sobre os meus ombros. 


-Ótimo! -Peggy exclamou, contente. -Agora, nós duas precisamos ir até o Diretório Acadêmico o mais rápido que pudermos -Declarou me puxando para fora do ginásio, arrastando-me por um de meus braços.


-E você tem certeza de que isso dará certo? -Perguntei, começando a me arrepender de ter aceitado participar daquela maluquice. 


-Não se preocupe, querida! -Peggy dizia com um sorriso confiante. -Tudo foi planejado nos mínimos detalhes. Além do mais, todas as tintas que utilizei na bomba de sacola-plástica são tintas não-laváveis, o que significa que a diretora terá muito trabalho pela frente.


-Mesmo ela se utilizando de Magia? -Indaguei, preocupada.


-Hmm… acho que sim! -Peggy respondeu simplesmente dando de ombros. E eu entendi aquilo como um sinal de “não faço ideia”, o que, no final das contas, foi o que me fez entender a razão por trás de toda a sua agitação, afinal, apesar do seu plano ter sido cuidadosamente elaborado, ainda assim, ele não era tão perfeito como ela insistia que ele era. Por isso, considerei em levantar outros pontos de vista, visando iniciar uma nova discussão, no entanto, acabei desistindo de fazer isso, visto que, no fundo, eu sabia que qualquer contra-argumentação vindo da minha parte soaria insignificante para ela. Sendo assim, passei a matutar silenciosamente enquanto percorríamos os longos corredores da ‘Sweet Amoris’


Após um tempo caminhando, chegamos num elevador que, estrategicamente, tinha sido escondido atrás de uma estátua de bronze que possuía o formato de uma Harpia flamejante. Em seguida, descemos até o subsolo, onde saímos em recinto com uma estrutura semelhante a um lounge de hotel. 


Quando pusemos os nossos pés para fora do elevador, pude avaliar como o local em questão tinha paredes de tonalidade púrpura, além de possuir um piso revestido em madeira-escura, o que criava uma atmosfera um tanto quanto vintage.


Ademais, o restante do ambiente trazia consigo quadros enormes de figuras, aparentemente, importantes para fundação da escola, enquanto na composição da sala havia vários mini-sofás dispostos, e ao lado de cada um deles, vasos de plantas arredondados que continham extravagantes folhas de samambaias que cresceram em seus interiores.


No centro do recinto, pude notar uma extensa mesa, bem parecida com aquelas que você encontraria em um prédio administrativo, e logo atrás dela, tinha uma porta grande e graciosamente blindada por luzes coloridas que iam variando de um azul-claro para um lilás-repolho.


-Dimitry! -Peggy chamou um rapaz de compridos cabelos pretos que trabalhava, concentradamente, na mesa do centro da sala. 


-Ah! -Ele exclamou aparentando estar surpreso pela nossa presença ali. Talvez por estarmos presentes no horário da janta. -Boa tarde, Peggy! -Com um sorriso gentil, Dimitry se conduz até ela. -Como posso ajudá-la no dia de hoje? 


-Com nada! Eu estou bem, Dimy! -Peggy sorria se esforçando para parecer mais simpática. -Eu vim aqui para solicitar uma reunião com a diretora. A minha amiga aqui atrás está precisando de uma sessão de orientação. -Complementou a informação ao me apresentar a Dimitry, que prontamente veio me cumprimentar.


Peggy, então, continuou: 


-Sabe, ela acabou de ingressar no colégio, mas já está apresentando um pouco de déficit na sua... 'Mana'. E como você deve bem imaginar, é um tópico bem sensível de se abordar em sala de aula, principalmente para uma novata como ela.


-Claro! Claro! -Eu percebo um olhar preocupado surgir no rosto de Dimitry, o que me causou uma sensação imediata de desconforto. Eu não fazia ideia o que significava o termo “Mana”, mas pela reação dele, não parecia ser algo bom de se ter.


-E o seu nome é… -Ele perguntou entregando uma prancheta para mim. 


-Jessica! -Digo formalmente me apresentando. 


-Certo! -Ele sorri educadamente. -Eu vou precisar que você preencha este formulário, pois preciso registrar a sua demanda no nosso sistema. Okay? -Apesar de temerosa, assinto para ele, trazendo a prancheta para mais perto de mim.


Assim que foi entregue uma caneta em minhas mãos, iniciei a leitura do texto declarativo que vinha no formulário, e em seguida, preenchi todos os dados que foram requisitados, finalizando-o com uma assinatura no final da página.


-Obrigado! -Dimitry agradece quando eu devolvo a prancheta para ele. -Venha comigo! -Ele enuncia retirando um molho de chaves douradas de dentro de uma das gavetas que fazem parte da sua mesa de trabalho. -A diretora não irá demorar para retornar, enquanto isso, você pode aguardá-la em seu escritório. 


-Jessica! -Ouço Peggy me chamar. -Não se esqueça daquilo que conversamos! 


Olho para ela mordendo os lábios inferiores, sentindo-me muito nervosa pela situação, mas eu sabia que até aquele ponto, não tinha mais volta. O meu destino já estava selado. 


-Ei! -Dimitry murmura para mim. -Eu sinto muito por sua ‘Mana’, mas não se aflija demais. A diretora sabe como lidar com esses problemas. -Ele fala tentando me confortar em relação ao meu suposto “problema”, e eu, agindo desconcertadamente, segui adiante com a narrativa que foi criada.


-É! -Sorrio para ele me esforçando para demonstrar uma pose otimista. -Eu sei! -Comento ao fitar Peggy pela última vez conforme a porta revestida pelos feixes de luzes azuis-lilases ia sendo destrancada. 


Naquele momento, eu não conseguia conceber como fui capaz de ser convencida a agir tão estupidamente assim, mas havia algo em Peggy que me fazia temer em contrariá-la, o que não era um sentimento normal, todavia, por mais que eu quisesse fugir dali e correr para os braços das minhas amigas, eu simplesmente não conseguia. 


Infelizmente, a minha ganância e os meus sentimentos por Lysandre me levaram a um caminho sem saída, e agora, só o que me restava, era enfrentar o empecilho em que fui colocada. 



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Autor(a): robbiedawson

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-É só seguir em frente e ir até a porta de madeira que fica no final do corredor. As orientações que foram passadas por Dimitry, aos poucos, foram se distanciando conforme a refulgente porta ia sendo fechada atrás de mim. Sem perder muito tempo, comecei a caminhar pelo extenso corredor, decorado dos mais diversos porta-retratos, qu ...


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