Fanfic: Semelhança da Alma | Tema: Original
Em mais um dia comum em Adeles Empire um reino vasto e grande, mas eu não diria que estaria na lista dos mais poderosos pelo mundo. As casas feita de madeira ou com pedras, as ruas feitas com pedregulhos, permitiam que as plantas e folhas se espalhassem um pouco, até começar a incomodar as pessoas e cortarem. Era possível ver o castelo independentemente de onde você olhasse, as pessoas trabalhando. Pessoas vendendo seus produtos, animais, comercio e serviços, crianças brincando e correndo para todo lado, era essa a visão de caminhar por lá de dia. Mulheres e meninas usavam vestidos longos feito de um tecido comum e barato para aquela classe social, homens e meninos usando calças, camisas e botas, algo particularmente mais confortável na minha opinião.
É simplesmente mais um dia como qualquer outro, apesar de eu ter acordado com uma sensação ruim, um aperto e o sentimento que só vou descobrir o que é isso ao final do dia, particularmente eu deixaria isso de lado e seria mais um dia comum, nada diferente na vila e essa sensação iria passar, mas horas e horas passavam, sempre que eu pensei ter esquecido esse sentimento, ou ele ter parado ele volta novamente, tinha algo muito errado ali, talvez uma pessoa soubesse o que estava acontecendo. E eu sei exatamente quem perguntar. Claro que sendo uma pessoa de uma das classes mais altas, ela estaria cercada de proteção, a gata tem seus próprios guardas e como toda filhinha de papai, mantida dentro de casa. Eu teria que passar pela segurança se quisesse falar com MINHA MELHOR AMIGA, graças a “pérola “do pai dela.
- Meus queridos, não sou uma ameaça, eu sou a melhor amiga dela, podem ficar tranquilos, aproveitem e vão se divertir, dar uma volta na praça, não sei, quem sabe? – falei com um sorriso amigável, mas minha vontade era de mandá-los dar meia hora de rabo com o relógio parado.
- Sinto muito senhora, mas a senhorita terá que se retirar imediatamente, a nossa senhora não está recebendo visitas hoje. – Aquele pedaço de lata velha que mal consegue respirar naquela porcaria respondeu.
- Vamos meu amigo! Me ajuda a te ajudar, eu juro que vai ser rápido, cinco minutinhos. – Tentei de novo, se não funcionasse eu teria que usar o jeito difícil-
- Senhorita, eu já avisei, retire-se ou vou ter que te guiar até a saída. – Ele disse botando a mão no meu ombro, não lembro de ter deixado ele encostar em mim, a audácia.
- Escuta aqui seu porco enorme escondido atrás de uma lata velha, vá- eu estava prestes a mandar ele se fuder quando um corpo masculino alto e forte entrou no meio, pelas costas aparentemente ele era loiro.
- Desculpem, ela está comigo. - Ele disse, oh, que voz bonita, mas quem ele acha que é pra se meter no meio e mentir na cara dura?
- E você é quem? – o guarda perguntou erguendo a sobrancelha ao olhar para o rapaz-
- Meu nome é Juan Fenrir, estou aqui para tratar os cavalos da família, sou o veterinário de confiança deles. – Ele disse com um sorriso simpático e educado. – Ela é minha assistente.
- Não foi isso que ela disse, ela alegou ser amiga de nossa senhora. – O guarda respondeu desconfiado, será que eu estaria muito ferrada se metesse um soco no nariz desse arrombado?
- Tenho certeza que ela pensou que eu não tinha um acesso livre e tentou os convencer a abrir caminho primeiro, posso garantir. – Ele disse com um aceno da cabeça.
Aquele porco suado ainda olhou para mim desconfiado, tive que me segurar para não chutar os ovos dele e dar um sorriso simpático, mas no final eles nos permitiu entrar. Uma vez dentro da residência “ humilde “ da minha querida melhor amiga Lux, olhei para o garoto, eu diria que ele é certamente alto, eu chutaria 1,89cm de altura, lindo, com olhos verdes profundos, cabelo mais curto que normalmente outros homens usavam, loiro e não pude deixar de notar o porte físico dele sob as roupas, bem forte mesmo para um veterinário, meio suspeito, pois havia músculos trabalhados que normalmente não se via em veterinários, claro, considerando que ele trata animais grandes a pequenos era de se esperar uma certa força física, mas ele tinha o porte de um lutador, não de um veterinário.
- Você ficou doida? Sabe o que fariam com você se você fosse xingar eles? – Ele perguntou abaixando as sobrancelhas indignado ao olhar para mim.
- Eles não fariam isso se soubessem o que é bom para eles. – Eu respondi cruzando os braços. – Eu não menti sobre o que falei sobre ser a melhor amiga da chefe deles.
- Amiga ou não você não devia agir assim, é perigoso, qualquer coisa você simplesmente mandasse uma carta avisando que vai vir visitar com antecedência. – Ele disse enquanto ajeitava melhor uma bolsa grande de couro que carregava sobre o ombro.
- Eu tenho permissão da própria, amigo. – Disse de forma sarcástica.
- Bem, amiga, se eles soubessem dessa permissão eles teriam permitido você passar sem você ter que questionar não acha? – Ele perguntou erguendo uma sobrancelha. Estranhamente ele conseguia ficar atraente em meros movimentos.
- Ela deve ter avisado e eles são simplesmente teimosos, ou o pai dela não permitiu outras pessoas além da burguesia de entrar. – Revirei os olhos, o pai de Lux tinha uma fama de ser um homem mesquinho e sempre fechado para o trabalho, ele não tinha tempo para sua única filha nunca, mas fazia tudo que ela pedia, apesar de não ser isso o que ela queria, eram incontáveis as vezes que ela já me disse queria pelo menos uma hora do dia para passar com o pai, mas ele nunca estava disponível e nem fazia questão.
- Isso faz sentido. - Ele concordou. – Bem, você já entrou, vá atrás de sua amiga. – Ele disse caminhando em direção dos estábulos.
Eu ainda observei ele andando para longe antes de sumir de vista, me virei para olhar as duas portas grandes da construção da propriedade, me aproximei e abri uma das portas olhando ao redor, tudo estava exatamente como sempre, um grande salão, ao fundo duas escadas de cada lado que levavam ao primeiro andar, as paredes decoradas com ouro, diamantes, pedras preciosas, quase semelhante a como se imaginava um castelo, mas eu tenho certeza que o que eu via lá não era nem um terço do que eu veria em um castelo da realeza, mas ainda assim era algo muito distante das pessoas comuns.
Caminhei pelo salão enorme onde normalmente acontecia muitas festas para os ricos, apenas para os ricos, o som dos meus sapatos estavam ecoando a cada passo que eu dava enquanto seguia até as escadas, quando ouvi passos apressados pelo corredor, dois pares de sapatos, logo no primeiro andar parou ela, Lux e o namorado dela, que posso dizer que eram quase como Romeu e Julieta, ele era filho de um fazendeiro e comparado a ela e a classe social dela, já deve imaginar que o relacionamento deles não era muito bem visto, por mais que eles estivessem felizes juntos, o conveniente era rico, com rico e pobre com pobre.
- Fauna! – Ela disse ao me ver e sorriu, antes de pegar as barras de seu vestido e suspender para descer as escadas mais rápido, seus cachos dourados e soltos pulavam de forma adorável, Lux parecia uma bonequinha, as vezes a comparavam com um anjo, quando criança era chamada de cachinhos dourados pelos adultos, mas eu diria que pela personalidade dela ela era mais independente e teimosa, não era pra menos que facilmente ela batia boca com o pai dela, o fato de ser um homem e o pai dela nunca a impediu de impor o que pensava.
Ela tinha uma personalidade única, além de teimosa, decidida, orgulhosa, corajosa e inteligente, ela era também amorosa e extremamente carinhosa com quem ela amava, talvez seja isso o que fez Nathan, seu namorado, se apaixonar tão perdidamente por ela, ele não é simplesmente qualquer namorado que é carinhoso, cuidadoso e atencioso, ele faz de tudo por ela, ele com certeza carrega o titulo de pau mandado com orgulho.
- O que está fazendo aqui? Normalmente vocês só se veem nos dias que a Lux sai da propriedade. – Nathan perguntou seguindo logo depois de sua amada.
- Tá perguntando porque? Atrapalhei a foda? – Ergui uma sobrancelha olhando para ele, tínhamos uma relação mais parecido com irmãos que não se davam lá muito bem.
- Atrapalhou sim. – Ele respondeu estreitando os olhos olhando para mim.
- Fiz bem então. – Eu disse me virando para falar com Lux enquanto via uma cara revoltada no rosto do ruivo. – Tu tem um mal gosto pra macho eu vou te dizer viu? – Disse vendo Lux rir baixo e revirar os olhos com a implicância.
- Parem com isso, enfim, tenho impressão do porquê que você tenha vindo aqui... – Ela comentou com cautela.
- Sim... – Também comentei com cautela. – A sensação ruim... O que você acha que deve ser isso? – Perguntei vendo-a negar com a cabeça.
- Não faço ideia, mas tenho certeza que é algo grande, meu pai desde manhã está conversando com outros homens no escritório dele e não saiu de lá ainda, aparentemente mandou os empregados guardar maioria das coisas, fez os guardas ficarem ainda mais rigorosos e cautelosos e chamou o veterinário para preparar os cavalos para estarem no melhor estado, isso tudo parece que vamos – Eu a interrompi pois já imaginava o que ela ia dizer.
- Fugindo... Então ele sabe de alguma coisa e isso provavelmente é algo perigoso... – Eu disse preocupada, eu também vi a preocupação no rosto do casal quando se olharam- Alias... – Eu acrescentei fazendo Lux olhar para mim de novo, Nathan ficou pensativo enquanto mantinha um olhar de seriedade e preocupação. – Eu quase não entro aqui, seus guardas não deixaram, só estou aqui dentro graças ao veterinário que chegou e deu alguma desculpa, aliás, que veterinário gostoso você arrumou né?
- Foi recomendação do Nathan para meu pai, é um amigo bem próximo dele e espera um pouco que eu vou falar com os guardas. – Ela fechou a cara antes de passar por mim e ir direto para o portão onde os guardas estavam.
- Nathanzinho?... – Eu comecei a falar com um sorrisinho enquanto ele olhou pra mim desconfiado e irritado- Você sabe que eu te amo né? Você é como um irmãozinho que amo muito. – Eu disse mantendo o sorriso no rosto.
- Já pensou em usar óleo de peroba para essa sua cara de pau? – Ele perguntou cruzando os braços.
- Eu só estava pensando sabe?... Se você poderia, quem sabe?... Me apresentar ao seu amigo veterinário. – Disse tentando o convencer com um sorriso lindo e angelical meu.
- Não, você é bem sínica pedindo isso depois de falar que sou um péssimo partido né, maninha? – Ele sorriu, me dando vontade de quebrar cada um daqueles dentes.
- Por que você está mais para um viado encubado com silicone na bunda. – Disse estreitando os olhos-
- Você só tem inveja porque tenho um bundão. – Ele disse e para comprovar ainda deu uma tapinha na própria bunda. –
- Parem vocês dois e Fauna deixe a minha aBUNDÂncia em paz, por favor? – Lux disse ao voltar de literalmente ameaçar decapitar os guardas se me impedirem entrar-
Era um fato que Nathan tinha uma bunda grande, coisa que ele definitivamente não puxou do pai dele, mas de resto ele é uma copia mais jovem e menos musculosa, Nathan tem 1,80cm de altura, um pouquinho alto, enquanto a querida Lux não chega a ter 1,70cm, ela é mais baixa que eu e Nathan, ele é ruivo com os cabelos ondulados e uma estrutura física forte, dá para comparar com o do veterinário de antes mas um pouco menos, o pai dele parecia uma montanha, o homem é enorme, com barba e um cabelo ruivo longo, mas diferente do filho ele não tinha bunda mesmo, inclusive o filho sempre fazia questão de jogar na cara do seu velho, hehe, é engraçado ver ele relembrando o pai que ele tem mais bunda que o outro.
- Enfim, precisamos descobrir o que é que vai acontecer hoje, ou provavelmente estaremos ferrados. – Disse ficando pensativa sobre o que poderia ser.
- Isso soa como se alguma tempestade destruidora ou estivermos a sofrer ataque de outro reino. – Lux disse cruzando os braços.
- Meu amor é muito inteligente. – Nathan disse todo boiola com um sorriso no rosto-
- Na verdade isso é meio obvio né não? – Olhei para ele pelo canto do olho. – Gado.
- Melhor ser gado do que um filho da puta no relacionamento, sem falar que ela não merece nada menos que alguém aos pés dela. – Ele retrucou.
- Concordo nessa parte, mas dá pra não ser um filho da puta e nem um gado e ainda ser um cara foda em um relacionamento. – Eu respondi.
- Filho da puta? Justo você falando isso? Conhecendo seu dedo podre para macho? – Nathan olhou pra mim com um ar de deboche. Mostrei o dedo do meio para ele o que só fez ele sorrir. – Acertei não foi?
- Vai se fuder. – Disse e então voltei ao foco. – Precisamos descobrir o que vai acontecer.
- Sim, vou tentar falar com meu pai e perguntar o que vai acontecer. – Lux disse antes de se virar para Nathan o beijando e saindo logo depois subindo as escadas.
- Você acha mesmo que vai acontecer algo assim hoje? – Nathan olhou para mim preocupado e sério.
- Para ser sincera? Eu espero que seja coisa da minha cabeça... – Falei olhando para o chão pensando nas possibilidades do que poderia ser, seja o for pela atitude que o pai de Lux tomou teríamos que fugir da vila... Talvez do reino.
- Sobre o que estão falando? – Imediatamente reconheci aquela voz, era o veterinário gostoso de antes, quer dizer, o Juan.
- Você de novo? – Perguntei me virando para olhar para ele-
- Sentiu saudade querida? – Ele brincou com um sorriso enquanto se aproximava, suado, a roupa colada no corpo, mostrando o físico dele, mas o cheiro de animais me fazia querer me afastar automaticamente.
- Ei! Vai tomar um banho, cê tá fedendo! - Eu disse enquanto tampava o nariz.
Autor(a): kat_0789
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
Bem, perdemos nossas casas, talvez alguns amigos e etc. Mas estamos vivos, não é? Vai ser um caminho longe até conseguirmos pegar cada uma das drogas desses livros, aparentemente vamos ter que salvar o mundo, pensando nisso é uma pressão desgraçada... Somos jovens e já temos que fazer algo tão grande assim... Dá ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo