Fanfic: SEGREDOS OBSCUROS | Tema: ROMANCE

MAITÊ NEUBERGER

Assim que abri os olhos, senti uma dor enorme em minha cabeça. Minha visão estava embaçada, porém ainda deu para observar o lugar. Eu estava em um quarto. Bem iluminado, e principalmente espaçoso. Estava prestes a me levantar, quando alguém entrou no quarto.

- Maitê?

- Quem é?- perguntei com receio.

- Sou eu Samuel, seu professor- disse ele se aproximando.

- Sr. Samuel? Onde eu estou?

- Isso. Você está na minha casa.

- O que estou fazendo aqui?- perguntei espantada.

- Eu encontrei você, desmaiada no corredor da biblioteca.

- Como assim?- perguntei colocando a mão na cabeça.

- Não faço ideia. Porém, amanhã de manhã eu te levo para casa, está muito tarde para a senhorita ir. Acho melhor você ir tomar um banho. Ajuda a relaxar. Suas roupas estão lavando, porém tem algumas trocas no closet. O banheiro fica logo ali.- disse apontando para o outro lado do quarto.

- Certo. Obrigada Sr. Samuel.

Me levantei com cuidado, e fui em direção ao banheiro. Era enorme. Diria que é do tamanho da cozinha da minha casa. Tirei as roupas, e liguei o chuveiro. Enquanto a água caía sobre meu corpo, eu pensava no que tinha acontecido comigo. Por que eu estou aqui? Como vim parar aqui? Tantas perguntas, apenas respirei e fechei os meus olhos. Deixei a água me relaxar, levar as minhas dúvidas junto.

Assim que sai do box de tantos pensamentos, fui para o closet. Enquanto colocava um blusão, olhei para o chão. Tinha um pingente, escrito Nathaniel. Que estranho. Apenas peguei e coloquei na minha ecobag. Espera... Será que esse Nathaniel, é o Sr. Misterioso? Não pode ser. Seria muita coincidência.

Com a curiosidade falando mais alto, abri a porta do quarto. Assim que abri dei de cara com um corredor, enorme com vários quadros e vasos de flores. Com o meu andar pude reparar em um quadro, na qual chamou minha atenção. Era um whisky Macallan 1926. Aquele whisky me fazia lembra do Sr. Misterioso. Apenas sorri, encantada pela lembrança. Porém sem tempo para me perder em minhas lembranças, escutei alguém chamando.

- Maitê? Por aqui por favor.- disse Sr. Samuel me mostrando o caminho.

Apenas o segui. A casa era enorme, só para uma pessoa. Descemos pela escada. Pude reparar que tinha pegadas sujas. Parecia de coturno masculino. As pegadas eram grandes. Porém de quem seria, sendo que o Sr. Samuel está de tênis branco, e pela aparência parecia novo.

- Maitê, sente-se!- disse Samuel entregando um prato com um sanduíche.

- Claro.

- Me perdoe, porém é o que eu sei fazer de melhor. - disse olhando em direção ao sanduíche.

- Imagino senhor, já estou grata pelo o que está fazendo.- disse dando uma mordida.

- Me perdoe se eu estiver sendo invasivo, mas o que você estava fazendo na biblioteca?

- Imagina. Eu estava estudando. É normal os alunos irem estudar lá.

- Mas não na sexta-feira. - disse ele olhando para baixo.

- Sou diferente Sr. Samuel. Mas agora que o senhor está comentando desse assunto, me lembrei de ter escutado alguma coisa.

- O que?- perguntou com os olhos arregalados.

- Era som de.... Tiro! - disse surpresa pelo o que eu lembrei.

- Capaz. Eu estava lá o tempo inteiro. Desde das 18 horas e não ouvi nada.

- Como assim? Espera o que o senhor estava fazendo lá?

- Estava resolvendo algo com a Margo.

- Espera, com a Sra. Margo?- disse querendo saber mais.

- Sim. Bom já está tarde, a senhorita deveria descansar. Está até imaginando som de tiro.- disse ele dando risada.

- Capaz Sr. Samuel. Ainda vou provar para o senhor.

- Acho melhor nos seus sonhos.- disse ele lavando o prato.

- Pode deixar. Boa noite Sr. Samuel.

- Boa noite Maitê.

Assim que sai da cozinha, passei pela sala de estar. Era grande. Bem espaçosa, com bastante iluminação. Porém teve uma coisa que me chamou atenção. Era um quadro enorme com duas crianças, diria que são meninos, estavam em um canteiro de rosa. Era interessante, porém preocupante. Assim que subi as escadas, fiquei alguns minutos admirando o quadro na qual tinha um whisky. Ele me lembrava tanto daquele homem. Dava para sentir a euforia através do quadro.

Porém cansei de ficar eufórica por alguém que só fui tocada uma vez. Assim fui para o quarto. Pensando nele. Porém algo me deixou curiosa. Será que o Nathaniel que está escrito no pingente, é o Sr. Misterioso?

Essa curiosidade me deixa tão animada. Porém meu dia foi longo. Mesmo com tantos pensamentos, o sono estava me consumindo.

Durante a madrugada, eu senti alguém fazendo carinho em mim. Era alguém colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha.

- Está na hora de acordar, minha princesa!- disse continuando fazendo carinho no meu cabelo.

- Me deixa dormir mais um pouquinho, Sr. Samuel.- disse me virando para o outro lado da cama.

- Você não quer perder o restante da sua inocência?

- Como assim?

- Oh meu amor, está na hora de você descobrir os prazeres da vida.

Após essa frase, abri os olhos e me virei em direção a voz. Era um homem. Ele estava muito perto. Dava para sentir o seu hálito de whisky. Eu reconhecia muito bem esse whisky.

- Espera o que o senhor vai fazer? - antes mesmo dele me responde, ele tomou os meus lábios. Tinha gosto mesmo de whisky. Era ele o Sr. Nathaniel, ele voltou para mim.

Seus lábios ainda eram macios e saborosos. Uma tentação. Seu beijo era intenso. Ele passou as mãos pelas minhas costas e me ergueu. Com os seus braços firmes me colocou em seu colo. O beijo estava ficando cada vez mais intenso. Suas mãos passando pelo meu corpo, até chegar na barra do blusão. Ele simplesmente rasgou.

- Por que rasgou?- perguntei ofegante.

- Assim consigo chupar seus seios melhores. Eles são tão pequenos, porém são gordinhos. Cabem certinho na minha boca.- disse ele abocanhando de uma vez o meu seio direito.

Não conseguir me conter com sua boca e suas mãos pelo meu corpo, cada vez mais eu gemia. Estava tão gostoso, até que ele parou.

- Deita na cama.- ele mandou.

Assim fiz. Me deitei olhando fixamente para cada movimento. Ele apenas ficou parado na minha frente. O olhar dele era forte. Parecia fogo.

- Pode gemer a vontade, florzinha.- disse ele sendo sarcástico.

Apenas sorri. Estava envergonhada. Pois eu não tinha controle sobre meu corpo. E ele sabia muito bem disso.

Ele começou beijando meu corpo de baixo para cima. Cada beijo, eu dava um suspiro longo. Isso era torturante. Ao longo do percurso, ele chegou no seu objetivo, minha região íntima. Ele a beijou, e logo em seguida passou a língua lentamente. Sem querer, eu gemi. Ele apenas olhou para mim, e começou a me chupar.

Ele era certeiro com cada movimento. Sua língua era uma dádiva. Meu corpo se contorcia, querendo mais, até que ele parou.

- Por que parou? - perguntei o repreendendo.

Apenas ficou quieto. E colocou dois dedos de uma vez. Eu gemi tão alto. Está forte e fundo. Até que senti alguém me balançando.

- Acorda, Maitê!- disse Samuel me chamando.

Acordei ofegante. Estava eufórica. Apenas olhei para o professor na minha frente.

- O que aconteceu?- perguntei.

- Escutei você gemendo, achei que estava com dor. Mas pelo visto está eufórica. O sonho deve ter sido bom.- disse ele querendo rir.

- Não é isso que está imaginando senhor.- disse tentando explicar.

- Claro, imagina se fosse. Vai tomar um banho e venha tomar café da manhã. Sua roupa está no banheiro.- disse ele saindo.

- Obrigada senhor.- disse falando um pouco mais alto. Estava morrendo de vergonha. E o pior de tudo, é que eu estava excitada, principalmente minha região intima. Porém estava triste, pois fui mais uma vez do Sr. Misterioso, através dos sonhos.

Me levantei, e tomei um banho. Coloquei a roupa e arrumei o quarto. Estava perdida nos meus pensamentos enquanto descia as escadas.

- Maitê? Venha. - disse ele apontando para a cadeira.

Apenas assenti. Ainda estou com vergonha. Não consegui olhar para o Sr. Samuel. O que será que ele deve estar pensando de mim? Será que ele sabe que eu tive um sonho erótico? Tantas perguntas. Porém sua voz me tirou dos meus pensamentos.

- Está pronta?

- Para o que?

- Para ir embora. Vamos irei te levar para casa.- disse ele pegando a chave do carro.

- Claro.

Durante o percurso, fiquei quieta. Estava morrendo de vergonha. Com certeza ele sabe que tive um sonho erótico. Ele é um homem experiente. Como vou encarar ele agora? Será que meu gemido foi muito alto? A vergonha e a curiosidade ao mesmo tempo é horrível. Só queria chegar logo em casa. Depois de cerca de vinte minutos chegamos.

- Obrigado senhor, e me perdoe se te atrapalhei sua sexta-feira.- disse olhando para ele.

- Imagina. Foi um prazer cuidar de você. Espero que a senhorita seja mais cuidadosa, só isso.

- Certo, pode deixar. Até segunda senhor.- disse saindo do carro.

- Até.

Apenas acenei. Logo que ele se foi, entrei em casa. Passei a tarde inteira pensando e cheguei na conclusão que estou precisando me distrair. Está na hora da minha antiga personalidade sapequinha voltar.