Fanfic: Dragon Ball GT Kai - O Legado de um Herói | Tema: Dragon Ball
O cenário agora era a Corporação Cápsula na Cidade do Oeste, ainda era o início da manhã daquele lado do mundo. Numa grande garagem havia uma bela moto na qual seu dono trabalhava por hobby no que também era um dia de folga para ele, um homem que trajava um suéter de gola alta preto, calça cinza claro e botas marrons, possuidor de olhos azuis e cabelos lilases presos em um rabo de cavalo na altura do pescoço, além de uma barba completa e bem desenhada. Este homem era Trunks e auxiliando-o estava Gill, aquele que era seu pequeno mascote robótico de cor branca e lente vermelha desde que visitaram o Planeta Imegga durante a grande viagem pelo Universo 7, ambos deixaram o local por um momento para ir buscar algumas peças que o saiyajin precisava. Foi naquele momento que dois indivíduos entraram ali a trocar golpes de katana, um deles era Shu, o cachorro antropomórfico subordinado de Pilaf que trajava seu costumeiro hakama roxo e seu adversário era um garotinho de apenas cinco anos de idade com uma feição confiante de um verdadeiro pestinha, olhos negros e cabelos lilases espetados, trajando um hakama branco de calças pretas e o mais surpreendente é que manipulava três katanas ao mesmo tempo, as quais guardava em bainhas de cor laranja nas costas penduradas graças a uma alça de couro bege com uma fivela que possuía o símbolo da Corporação Cápsula, praticamente as arrastava no chão devido ao seu pequeno tamanho, podia-se notar nele um talento nato como espadachim, mesmo com a pouca a idade. Aquele era o filho de Trunks e Mai, seu nome era Boxers.
— Ei, vai com calma garoto, está me tratando feito cachorro!
— Mas você é um cachorro, tio Shu. - ele disse com a voz abafada ao segurar a katana menor com os dentes, momento em que girou em torno de si, balançando as espadas a desferir três cortes consecutivos, uma com cada lâmina, os quais fizeram a katana de Shu faiscar ao usá-la para defender-se dos golpes, acabando por ser desarmado no terceiro. - Hehe, parece que venci de novo!
— Oh... Boxers, você é realmente impressionante, já é mais habilidoso do que eu e esses seus dentes de leite devem ser bem resistentes, pois nem eu com meus caninos fui capaz de usar uma terceira katana quando tentei.
— Isso não é nada. - disse o pequeno, antes de embainhar suas katanas. - Quando eu crescer, vou me tornar o maior espadachim de todos!
— E depois dominaremos o mundo. - a mão azul do imperador baixinho, o qual os acompanhou até ali, fez cafuné em sua cabeça. - Não é mesmo meu garoto?
— Corta essa tio Pilaf, seu puto! - Boxers desvencilhou a mão dele de sua cabeça.
— Hahahaha, sorte sua a Mai não estar aqui por estar cobrindo a folga do seu pai, pois se ela te visse falando desse jeito, ia lavar sua boca com sabão.
Mais velho, Pilaf ainda era o mesmo de sempre, com seus devaneios de que ainda iria dominar o mundo algum dia, mesmo sabendo que no fundo já havia se tornado bonzinho há muito tempo. Os três riram por alguns segundos do comentário dele, antes de Shu voltar a comentar sobre a luta.
— Mas falando sério meu amo, o senhor viu não é? Com um movimento só, ele foi capaz de jogar minha espada longe! Aliás, onde ela foi parar?
Eles olharam ao redor e eis que o pequeno se encheu de pavor ao encontrá-la no pior lugar possível.
— Essa não...
— Garoto, você está encrencado. - comentou Pilaf.
A katana estava cravada no tanque de combustível da moto em que seu pai estava trabalhando e ao retirá-la e derrubá-la no chão, o buraco se abriu, fazendo com que vazasse mais gasolina do que já estava vazando. Trunks tinha acabado de entrar quando presenciou a cena e com medo de que sobrasse para eles, Pilaf e Shu deram no pé, deixando Boxers sozinho a encarar seu pai com cara de bravo, o qual na visão dele parecia ter olhos demoníacos escondidos nas sombras.
— Fo-fo-foi sem querer, eu juro, nós só estávamos...
— Perigo? - Gill falou, um tanto confuso enquanto assistia a cena.
— Velho, digo, pai, me perdoa, por favor!
Boxers entrou em desespero ao ver que seu pai o encurralou, lágrimas começaram a se formar em seus olhos, era nítido como mesmo sendo tão valente, ainda era só um garotinho e vendo-o naquele estado, Trunks suspirou, fazendo com que a visão de monstro que o filho estava tendo dele desaparecesse.
— Está bem, vou deixar essa passar, porém... - levando a mão ao bolso da calça, pegou uma cápsula hoi poi e apertou o botão para abri-la, fazendo com que dela saísse, em um exalar de fumaça, a espada que um dia ganhou no Planeta Regnum e que foi sua companheira em muitas batalhas desde então, já a sacando de imediato ao deixar a bainha cair pendurada nas costas. - Se quiser mesmo se tornar o maior espadachim de todos, vai ter que me superar primeiro moleque!
Trunks balançou a espada contra o pequeno que conseguiu desembainhar as duas katanas maiores a tempo para se defender, pai e filho então começaram a digladiar com sorrisos de excitação, se divertindo juntos, era notável como Trunks se sentia bem na companhia de Boxers a ponto de ser menos responsável e ser mais desatinado como costumava ser quando jovem enquanto que o pequeno, por mais que não admitisse, o considerava um pai muito maneiro.
Algum tempo depois, ambos se reidratavam a beber água, sentados no chão e recostados em uma das paredes daquela garagem.
— Me desculpe pela moto, prometo que não vamos mais treinar aqui na garagem, palavra de samurai.
— Está tudo bem, não é grande coisa, o Pilaf e o Shu me ajudarão a consertá-la, não é mesmo?
— Sim patrãozinho. - disse Pilaf ao lado de seu subordinado, ambos com uma gota de suor na testa.
— E quando ela estiver pronta, vou te levar para dar uma volta, nem que seja escondido da sua mãe!
— Parece legal, obrigado velho! Aliás, você é bem mais divertido quando estamos a sós, se a mamãe estivesse aqui, você teria me dado um baita castigo.
— Digamos que o velho aqui não era muito diferente de você quando tinha a sua idade, então entendo você mais do que imagina.
— Aliás, onde foi todo mundo?
— Bem, os seus avós e bisavós foram passar alguns dias na ilha da sua tia Tights, você ainda estava dormindo quando eles saíram hoje cedo e não queriam te acordar, por isso saíram sem se despedir.
— Aposto que o vovô Vegeta só aceitou ir para poder treinar com o Senhor Nappa, hehehe!
— Pois é e a sua tia Bra deve estar no segundo ateliê dela, o de Cidade Satan, tinha coisas para resolver por lá.
— Isso me lembra de que ela prometeu ajustar meu hakama, pois ele já está começando a ficar pequeno em mim outra vez. - Boxers comentou ao se levantar e olhar para suas vestes. - Aí velho, posso ir para lá? Assim aproveito para visitar o Gokan!
— Hahaha, se conseguir voar até lá, pode sim. Só não vá para outro lugar sem avisar antes, pois se eu descobrir que você aprontou alguma, irei te castigar mesmo, moleque!
— Relaxa velho, volto antes de anoitecer, palavra de samurai!
— Boxers mentiroso, Gill, Gill!
— Eu não sou mentiroso! - o garoto se exaltou, mostrando a língua para a pequena Máquina Mutante. - O que você quer é ir comigo para ver o Senhor Goten, a Senhora Marron e a Senhorita Pan que eu sei, então vamos logo!
— Gill! - ele saltou para o ombro do garoto, no qual ele mal cabia.
— Até mais tio Pilaf, até mais tio Shu, até mais também velho!
Ele pegou suas katanas e então saiu correndo para fora da garagem, saltando em direção aos céus.
Em Cidade Satan, aquele ateliê de costura, mesmo sendo pequeno, estava razoavelmente movimentado. Bra havia começado sua carreira de estilista há um ano e meio atrás com um ateliê em anexo à Corporação Cápsula, mas com o tempo decidiu abrir este outro bem longe da Cidade do Oeste, pois orgulhosa desejava vencer na vida sozinha, sem a ajuda da fortuna da sua família (apesar do investimento inicial hipocritamente ter vindo dela). Além do orgulho, ela também puxou um pouco da personalidade ranzinza do pai e o fato dela ser perfeccionista com a costura e a concepção dos trajes que desenhava fazia com que lidar com ela fosse um pesadelo para as funcionárias. Apaixonada por todos os segmentos da moda, Bra trabalhava com um pouco de tudo, desde uniformes até roupas de gala e de vez em quando, roupas especiais de alta resistência para serem usadas em batalha que só ela era capaz de fazer. Mesmo tendo seguido por um caminho diferente da mãe, Bra também era um gênio capaz de fazer qualquer coisa se estivesse motivada o suficiente. Ela atualmente tinha 20 anos e neste dia estava usando uma blusinha cropped de pequenas alças de cor vermelha praticamente idêntica a que costumava usar quando era menina, com aquecedores de braço vermelhos. Também vestia uma calça capri azul e sapatos amarelos, mantendo seus cabelos azul turquesa amarrados em um rabo de cavalo na altura dos ombros e usando um par de brincos de argola dourados nas orelhas.
— Ei você, estende esse tecido direito! E você chama isso de costurar? Não é desse jeito, essa parte tem que ser costurada assim, faça como eu ensinei! Vamos meninas, mais empenho para que os vestidos fiquem como no desenho e aquela que não gostar estará convidada a tomar café com leite lá no RH, entenderam bem?!
— Sim chefa! - disseram as quatro funcionárias em uníssono, como soldados a obedecer a seu superior.
— É isso que eu quero ver, dedicação total para todos saírem perfeitos! - seu celular tocou naquele momento e no calor do momento, o atendeu e começou a falar sem pensar. - Seja lá quem for, ligue mais tarde, o estúdio todo se encontra ocupado no processo criativo de uns vestidos de noiva para um casamento triplo muito importante e... - foi quando seu tom mudou ao perceber a voz desesperada de uma criança a chorar. - Espere, eu conheço essa voz, é o garotinho da Marron e do Goten, não é mesmo? O que houve? - Gokan soluçava do outro lado da linha, pedindo socorro. - Tente ficar tranquilo, eu já estou indo ajudar você!
— Aconteceu alguma coisa? - perguntou uma das funcionárias, a mais velha das quatro que tinha cabelos castanhos presos em um coque, todas haviam parado suas tarefas quando perceberam o semblante da sua jovem chefe mudar.
— Vocês se lembram do filho do dono do restaurante para o qual fizemos uniformes novos na semana passada?
— Fala do menino que veio com ele quando vieram busca-los? - perguntou outra funcionária, a qual era uma ruiva de cabelos compridos de olhos azuis. - Como iríamos esquecer? Nós nos assustamos no começo por causa do rabo de macaco, mas vimos que era um amor de menino!
— Pois é, parece que a avó dele passou mal ou algo assim, deve ser algo grave porque ele parecia aflito e parece que está sozinho em casa.
— Pode ir tranquila. - a funcionária mais velha se levantou, manifestando-se novamente. - Nós terminaremos os vestidos a tempo e eles ficarão como as clientes desejam!
— Velvet...
— Hehehe, você vive xingando a gente, mas nós sabemos que você tem um coração mole. - disse a funcionária loira de cabelos curtos e olhos verdes, quase que em um tom irônico. - Vá ajudar o garoto, prometemos dar conta e pode nos matar depois se não cumprirmos isso!
Todas acenaram positivamente em concordância.
— Velvet, Silk, Elastane, Polyester... As noivas são três irmãs da alta sociedade de Cidade Satan, o êxito desse trabalho será muito importante para nosso ateliê, então muito obrigada, confio em vocês! - Bra se preparou para sair, quando disse uma última coisa. - Aliás, eu consegui que fôssemos convidadas para a festa do casamento, então assim que acabarem, sintam-se a vontade para escolher um dos vestidos que temos em exposição, está bem? Quero todas arrasando como as mais lindas da festa amanhã!
— Sim! - disseram todas em uníssono.
— Obrigada Bra-senpai! - disse a funcionária mais nova, de óculos e cabelos negros amarrados em um par de tranças.
Apesar de tudo, Bra tinha uma relação amigável com elas e as recompensava quando tudo dava certo no final, o que talvez fosse o motivo dela não ter sido abandonada até agora pela personalidade que tinha e cada uma delas era importante de alguma forma. Velvet era a mais velha e tinha a experiência e a liderança que Bra sendo tão jovem não tinha, sendo a voz da razão na maioria das vezes. Silk, a ruiva, era alegre e animada em estimular as demais enquanto que Elastane, a loira, era mais séria e ajudava a manter a ordem no trabalho. Por fim, Polyester, a mais jovem, era sempre quieta e vivia tendo sua atenção chamada pela inexperiência, mas era muito talentosa em improvisar. Bra deixou as quatro a cargo de tudo e partiu em seu carro o mais rápido que podia para auxiliar aquele garoto que, por alguma razão, recorreu a ela para que ajudasse a salvar a vida de sua avó.
A filha mais nova de Vegeta havia chamado uma ambulância no caminho, a qual chegou quase que ao mesmo tempo com ela na casa da família Son. Lá ela encontrou o pequeno Gokan tão apreensivo quanto no telefone, Chi-Chi foi levada ao hospital e ela os acompanhou, estando presente para acalmar o menino enquanto a avó dele recebia os cuidados médicos até que o doutor que a atendeu, um homem de meia idade, veio até eles para dar notícias.
— A senhorita é da família?
— Não, sou apenas uma conhecida, o garoto estava tão assustado e sem saber o que fazer que pediu socorro para o primeiro número de telefone que encontrou.
— Compreendo, ainda bem que a trouxeram a tempo ou a situação poderia ter se complicado mais.
— O que houve com a minha avó? - perguntou Gokan.
— Ela teve um desmaio ocasionado por um quadro de anemia. Sabe me dizer se ela tem se alimentado direito?
— Eu não sei, mas a mamãe e o papai sempre brigam com ela porque se esforça demais e se preocupa mais em cuidar de nós do que dela mesma.
— Entendo, normalmente isso não seria algo tão grave, mas a pancada na cabeça gerou uma hemorragia e estamos tentando controla-la, há uma complicação rara no caso dela, pois parece que a anemia fez ela desenvolver um quadro de hemofilia.
— O que é hemofilia?
— Hemofilia é um distúrbio nos vasos sanguíneos que faz com que o sangue não coagule, por causa dele estamos tendo dificuldade de controlar a hemorragia.
Sendo muito inteligente, Gokan pareceu entender o que o doutor havia dito, seus olhos se encheram de água no mesmo instante.
— Isso quer dizer que... a vovó vai morrer?
O médico olhou para Bra, não tendo coragem de dizer a ele que havia tal possibilidade, mas aquele silêncio foi suficiente para que Gokan entendesse. Depois disso, o médico pediu que a garota o levasse dali, pois normalmente crianças não deveriam estar naquele lugar do hospital, orientou que o levasse para casa e assim ela o fez.
Quando retornaram, Gokan entrou e sentou-se no sofá, cabisbaixo e em silêncio.
— Está com fome? - perguntou Bra, tentando animá-lo. - Posso pedir alguma coisa que você goste para comermos!
— Não, obrigado Senhorita Bra.
— Está bem, mas eu vou ficar aqui para cuidar de você, então se mudar de ideia, me avise. Enquanto isso, vou avisar os seus pais.
O garoto se levantou na mesma hora, colocando-se na frente dela.
— Por favor, não!
— Mas por que não?
— É que o papai e a mamãe estão muito ocupados agora.
— Mesmo assim, eles precisam saber o que houve com a Senhora Chi-Chi.
— Eu sei, mas é que... eles vão brigar comigo.
— Brigar com você? Mas que besteira está falando garoto? Você não teve culpa do que aconteceu!
— Eu acho que tive sim, pois o papai e a mamãe trabalham muito e é a vovó quem fica em casa cuidando de mim, só que como eu fico o dia todo estudando no meu quarto, não presto tanta atenção nela e ela sequer entra no meu quarto para não me atrapalhar. Se eu gostasse mais de lutar, eu não estudaria tanto e assim talvez... - de cabeça baixa, lágrimas escorriam de seu pequeno rosto, Bra levou a mão em sua direção e ele imaginou que ela iria confortá-lo com um abraço, sequer imaginava que, ao invés disso, ela iria era lhe desferir um forte tapa em sua bochecha, fazendo-o chorar mais ainda. - Por quê? Por que fez isso, Senhorita Bra?
Ele a olhou assustado, quando a mão dela voltou para um tapa reverso na outra bochecha, deixando-o levemente desnorteado, momento em que ela se abaixou e o agarrou furiosa pelo colarinho da camiseta.
— Pare de agir como um... verme! Como pode se culpar de algo que você não tem controle?! Se a sua avó está doente, a culpa foi dela mesma por não se cuidar!
— Senhorita Bra...
— Além disso, o que seus gostos têm a ver com isso? Olhe só para mim, eu também tenho sangue saiyajin, acha que também não me pressionavam para ser uma galinha de briga sem cérebro só por causa disso?! Se você não quer isso para você, tem que se impor e continuar fazendo o que gosta, não tem obrigação de agradar ninguém! E se ainda assim, mesmo que não goste, se acha que devia lutar, pare de se lamentar e faça isso porque não vai ganhar nada chorando pelos cantos como está fazendo, garoto mimado!
Empurrando-o, ela o soltou e cruzou os braços, o menino ficou em choque, quieto por alguns instantes. Aquela não era a forma ideal para se falar com um menino de apenas sete anos de idade, mas talvez aquelas duras palavras eram o que ele precisava ouvir naquele momento.
— Você está certa, Senhorita Bra. - Gokan enxugou as lágrimas e levantou a cabeça, olhando sério para a jovem. - Obrigado!
Determinado, ele saiu correndo rumo ao escritório onde sua mãe estava escrevendo mais cedo. Curiosa, Bra o seguiu até lá, encontrando-o a revirar os livros da pequena biblioteca que ali havia, livros cujo conteúdo tinham um pouco de tudo e que Marron usava como fonte de pesquisas na hora de desenvolver suas histórias. Alguns daqueles livros tinham conteúdo relacionado à medicina e anatomia humana e foi nesses livros que Gokan decidiu focar.
— O que está fazendo?
— Vou lutar, do meu jeito, para salvar a vovó!
Vendo a determinação dele, Bra sorriu de canto e decidiu ajuda-lo, pegando um dos livros para pesquisa-lo. Os dois ficaram ali por um bom tempo, uma porção de livros jazia espalhada pelo chão, mas infelizmente sem nenhuma informação satisfatória.
— E então Gokan, encontrou alguma coisa?
— Só isso daqui. - disse o pequeno, lhe entregando um dos livros.
— Erva de Aminas? - havia uma figura de uma planta semelhante a uma hortelã de coloração alaranjada. - Oh, aqui diz que é excelente para o tratamento de casos graves de anemia, pois possui uma alta concentração de vitaminas!
— Sim, mas também diz que são difíceis de serem encontradas até mesmo nas regiões montanhosas aonde elas costumam dar. - o pequeno suspirou e levantou-se, caminhando até a escrivaninha onde havia dois porta-retratos e em um deles havia uma foto dos jovens Uub, Trunks, Goten, Marron e Gill na nave espacial, comemorando com as sete Esferas do Dragão de Estrelas Negras reunidas, foto provavelmente tirada em algum momento após a passagem no Planeta Yadorat e antes do retorno à Terra. - Se ao menos eu pudesse reunir as Esferas do Dragão...
— Já faz tanto tempo que as Esferas do Dragão desapareceram, eu mesma era apenas três anos mais velha do que você naquela época e nem cheguei a ter muito contato com elas. Se ainda existissem, tudo seria diferente!
— Talvez elas ainda existam, o tio Uub me contou que foi o meu avô Son Goku que as levou para algum lugar quando foi embora com o Shen Long, então se eu pedir a ele, talvez as traga de volta e assim eu poderia usá-las para curar a vovó!
— Supondo que o Senhor Goku ainda esteja vivo, aonde pensa em encontra-lo.
— Na Montanha Paozu. - Gokan respondeu com esperança no olhar. - Ninguém além do tio Uub acredita em mim, mas quando eu tinha dois anos, teve uma vez que fomos passar um fim de semana em nossa casa de campo e eu o vi, sei que era ele porque era igualzinho às fotos!
— Então você está pensando em...
— Isso mesmo, vou lutar até que minha avó fique bem e para isso irei reunir as Esferas do Dragão, indo à Montanha Paozu ao encontro do vovô Goku!
A eterna jornada em busca das Esferas do Dragão recomeçava através do coração inocente de um garotinho querendo salvar a vida de sua avó, mas será que elas realmente poderiam voltar? Fato é que a grande viagem do pequeno Gokan estava para começar!
Autor(a): fagnerlsantos
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As palavras de Gokan deixaram Bra um tanto surpresa, o garoto realmente acreditava que poderia falar com seu avô e fazer com que as Esferas do Dragão apareçam novamente.— Não é que eu não acredite em você, mas pelo que me consta segundo o que ouvi do meu irmão, parece que Son Goku e Shen Long foram embora do nosso ...
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