Fanfic: Alice: Sacrifício Humano | Tema: Fic da lenda urbana Alice: Sacrifício Humano
Um coelho branco percorre um campo verde, sob um céu azul, Kyoko acorda de uma soneca debaixo de uma árvore, quando o mundo gira, ficando vermelho, a garota segue a trilha vermelha.
Misako, trajando uma roupa vermelha, empunha sua espada, retalhando um exército de cartas de baralho.
A cena pisca, um coelho branco humanoide ajoelhado, na direção do infinito, se levanta, seu rosto permanece colado ao chão, fibras de carne ligam o crânio ao rosto se desfazem, o rosto cadavérico da criatura observa Kyoko.
Uma lua sorridente vermelha ilumina Misaki, agora uma marionete, comandada pelo coelho humanoide de face esquelética.
Kyoko se encontra em um bosque, ela segue a trilha vermelha, chegando a uma árvore, onde Misaki está enforcada, diversos coelhos cantam em conjunto, sobre uma Alice intrépida e caçadora, que foi surpreendida por sua caça.
A garota prende a respiração, um ser de roupas escuras está atrás dela, segurando uma espada na mão direita, protegida por luvas pretas.
O coelho humanoide sorri para ela, seus dentes dianteiros são ameaçadores, exibe um sorriso diabólico, os globos oculares vazios transbordam sangue, flores vermelhas se abrem, em um espetáculo carmesim.
Kyoko acorda gritando.
Ao mesmo tempo, ainda alheia ao assassinato da noite anterior, Yuki se veste para ir ao trabalho, de saia e camisa branca, ela ajeita o blazer, de costas para o espelho, Yuki nunca se olha no espelho quando se arruma.
Seu celular toca mais uma vez, com expressão de tédio ela lê mais um xingamento:
“sua puta preconceituosa, quem você pensa que é?”
“Piranha, tomara que alguém te estupre”
“Você merece ser morta”
Indiferente ela guarda o celular no bolso interno do blazer, dá as costas ao espelho e dai de seu quarto, seguindo para a cozinha, onde se serve um pouco de café, quando o celular toca.
- Bom dia Massami!
- Você ainda não sabe?
- Não me assuste.
- Não tem nada a ver com você, bom agora tem, os diretores a querem nessa matéria.
- Explique - seu tom de voz exprime uma ordem, que faz Massami estremecer do outro lado da linha.
- Uma garota foi assassinada ontem a noite, foi bem bizarro, sua especialidade, estou mandando fotos.
Ela ouve Massami desligando, logo sons de arquivos chegando, encostada na pia ela analisa as fotografias de Misako, “ela era bonita”.
Na cena do crime a polícia cerca o perímetro, o inspetor Fuyutsuki se encontra ajoelhado na grama, seu sobre tudo roça a grama manchada de sangue, ele fuma, olhando o cadáver de baixo para cima.
Os primeiros raios de sol ultrapassam os galhos de árvore e o cadáver pendurado, Fuyutsuki é obrigado a reconhecer, existe uma beleza ali.
- Inspetor.
- Me diga que encontrou alguma coisa.
- Só essa carta de valete de espadas, sem relação com nenhum baralho.
- Meio grande para uma carta de baralho, pode ter sido feito só para ela.
- Alguma ideia?
- No Tarô valete de espadas é um aviso, para você ter atenção redobrada ou que você vai passar por momentos conturbados no amor. Contudo isso não parece uma carta de tarô.
- O que isso significa.
- Não significa nada, só estava jogando conversa fora.
Fuyutsuki se afasta do outro policial, aproximando-se do cadáver pendurado, ele ouve a perícia dizendo que já terminaram, outro policial apresenta a carteira de identidade da vítima, a qual está com dinheiro e cartões.
- Misako Aoyama, estudante de língua japonesa, faculdade de humanas? Ela…
- Sim, colega de classe do assassino canibal.
- Puta que o pariu! Não quero que vaze para a imprensa.
Fuyutsuki volta caminhando para a trilha, ele ignora os repórteres barulhentos, focando seu olhar para a faculdade no fundo.
Yuki dirige seu carro até o local do assassinato, logo ela reconhece o caminho, “não pode ser”, ela pensa animada, uma rápida pesquisa no celular e a repórter constata que o corpo fora encontrado próximo da universidade.
O sinal fica verde, enquanto dirige ela usa o sistema de discagem rápida.
- Massami, preciso de um favor.
- Já estamos aqui.
- Ótimo, tenho um palpite, cheque a identidade da vítima.
- A polícia se recusa a divulgar, antes de informar a família, estão chamando de “pessoa a”.
Ela pensa um pouco
- O cadáver está próximo da universidade?
- Sim.
- Me encontre no campus de humanas.
- O que você está pensando?
- É só um palpite, pode ser algo maior, muito maior.
Yuki desliga o celular e acelera o carro: “uma vingança pela criança morta?”, um crime político contra os progressistas?”. Ela sorri pensando que precisa ter certeza.
Na universidade Fuyutsuki está na frente da sala do deputado e professor, orientador do assassino canibal, sua secretária avisa que o professor não se encontra.
- Eu preciso da lista de orientandos deles, se não for possível basta confirmar um nome. Já pode ser importante para uma investigação.
- Qual nome?
- Misako Aoyama.
A secretária pesquisa pelo nome, logo responde com uma negativa, complementando que ela nunca fez nenhum requerimento ao professor.
Longe dali, Kyoko acompanha a matéria de Yuki comentando sobre o assassinato, a repórter era a única que gravou na frente da universidade e não na trilha onde o corpo fora encontrado.
- Ainda não temos informações sobre a “vítima a” ou o porque seu corpo foi encontrado próximo a universidade…
Uma pessoa grita ao fundo, Yuki olha quatro alunos mascarados atacando, a repórter tenta se defender. Yuki e sua equipe são cercados. A câmera para de filmar.
Yuki é jogada no chão, ela se prepara para a surra, quando alguns policiais surgem, os alunos tentam fugir, com os policiais atrás deles.
Fuyutsuki estende a mão para Yuki, a ajudando a se levantar, ela faz seu melhor sorriso.
- Você está bem?
- Sim, venho sofrendo ameaças nos últimos dias.
- Você mexeu em um vespeiro, não que justifique De qualquer forma o que está fazendo aqui?
- O mesmo que você - Yuki fica um pouco ofendida, mas interessada, raciocinando que aquele policial pode ser sua melhor oportunidade - Então ela é do cursos de humanas?
- Sem comentários.
Os policiais retornam com dois alunos detidos, eles informam que mais dois foram presos.
- A senhora vai prestar queixa?
- Acho que seria um bom exemplo para meus espectadores, eles precisam conhecer os meus direitos.
Naquela noite Kyoko entra ao vivo, ao fundo ouve-se a música “Alice - Sacrifício Humano”
- Boa noite meus amores, fãs de mistério e assuntos estranhos, hoje tenho um assunto muito bizarro para vocês. Todos viram o assassinato recente, próximo a universidade de humanas, a polícia revelou que encontraram um valete de espadas próximo ao corpo. Isso mesmo, quem conhece a música sabe o que isso significa.
Kyoko dá um comando em seu computador, compartilhando a tela com o desenho de uma garota, usando vestido vermelho, carregando uma espada, com um coelho albino ao fundo.
“A primeira Alice era um valete de espadas, veio ao país das maravilhas com sua lâmina! Ela cortou tudo que no caminho encontrou, deixando um rastro vermelho por onde passou, Essa Alice no bosque se perdeu, e como um criminoso lá dentro se perdeu, seu caminho vermelho é tudo que garante, que algum dia ela chegou mesmo a existir”.
- Conseguem perceber as semelhanças? a “vítima a” foi morta com uma espada, quem encontrou o corpo disse que havia um caminho vermelho até um bosque. Além disso temos o valete de espadas, encontrado no corpo dela, se for verdade podemos esperar mais três assassinatos. Espero que não.
Ela termina sua live, depois fica lendo os comentários e sorri com o número das visualizações, Kyoko se levanta para comemorar com uma taça de vinho, o rosto de um coelho branco pisca na tela de seu computador.
Autor(a): diegot
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Noite.Kyoko brinda sozinha ao sucesso de sua live, Fuyutsuki adormece a frente das fotografia de Misako, Yuki limpa a boca, após um “serviço oral” em um policial, em troca ela tem a identidade da vítima. Em poucos minutos entra ao vivo no jornal- Boa noite, estou na frente da delegacia, onde prestei queixa contra agressão que sofri de ...
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