Fanfic: Alice: Sacrifício Humano | Tema: Fic da lenda urbana Alice: Sacrifício Humano
Asano está cantando em um grande palco, as pessoas aplaudem felizes, o cantor agradece satisfeito, quando o sorriso desaparece de seu rosto, o coelho brando humanoide o observa, de seus olhos vazios surgem flores azuis.
Kyoko/Yuki caminham por um corredor, uma não vê a outra, até se depararem com um campo de flores azuis, levando para um longínquo castelo abandonado.
O coelho branco surge dentre as flores, ele abre a boca, exibindo um olho.
Kyoko/Yuki tentam correr, elas se deparam com Asano rindo loucamente, lágrimas escorrem por seus olhos, saliva por sua boca, seu corpo reclina para trás, esqueletos decompostos emergem das flores azuis.
O assassino empunha sua Katana apontando para cima, para uma massa negra pairando nos céus, com tentáculos, em uma das extremidades, algo parecido com a cabeça de um verme.
Kyoko e Yuki percebem que estavam no mesmo sonho, elas acordam.
- Aquela vagabunda! - Fuyutsuki arremessa o jornal contra a parede, onde o nome e o rosto de Misako foram exibidos - ela não tem nenhum respeito.
Uma policial entra na sala do detetive, que se vira.
- Agora não!
A policial engole sua raiva, vai até o detetive e encosta uma pasta nele.
- Agora sim, você precisa ver isso.
Estranhando a reação dela, Fuyutsuki pega a pasta, a abre vendo uma foto de Asano.
- Suicídio?
- Olhe a próxima foto.
Ele assim o faz e sua expressão muda, o detetive apoia i corpo sobre sua mesa, encarando a carta do rei de ouros, então ele fala:
- Estamos fodidos!
O canal quatro transmite seu jornal, o âncora faz as chamadas do dia:
- Deputado e professor do assassino canibal tem seu mandato cassado, jovem universitária com camisa do deputado é agredida por dois homens que gritavam “amante de pedófilo”, ela encontra-se hospitalizada em estado grave, monge morre durante o funeral de Misako Aoyama. Vamos ao vivo a frente do congresso, com nossa repórter Yuki
Yuki entra ao vivo, na frente do congresso, atrás dela um cordão de isolamento, a separa de uma turma furiosa.
- Bom dia, o clima está tenso entre apoiadores do deputado…
O texto cuidadosamente preparado se perde em meio a uma onda de dor, Yuki sente seu corpo caindo, gritos indissociáveis a impedem de compreender o que acontece, ela sente seu corpo ser amparado.
Um policial ampara Yuki, a puxando para dentro da viatura, equanto os demais tentam conter alguns manifestantes, que agora tentam se matar.
O cinegrafista continua a filmar, enquanto Massami observa a agressão sofrida por Yuki com um sorriso no rosto, um manifestante saltou sobre ela, atingindo sua cabeça com as duas mãos.
Horas mais tarde, Yuki está na delegacia, em uma sala protegida, ela escuta cantos de protesto e gritos, quando Masami entra na sala, sentando-se ao lado dela, sua voz soa protocolar e impessoal.
- Como está sua cabeça?
- Ótima - ela decide que não vale a pena entrar em detalhes, com quem não se preocupa com sua saúde.
- Bom, olhe isso.
Ele entrega seu celular, com um vídeo pausado, Yuki reconhece a garota de seus sonhos, sua postura muda, ela agarra o aparelho e dá play.
Na tela Kyoko está em seu cenário, sem o sorriso de sempre.
- Eu não sei por onde começar, nessa noite o cantor Asano Hatsumi foi encontrado morto em sua casa, ele era um proeminente cantor, descrito como gentil e tímido. Dois detalhes geram estranhamento nessa cena, Asano foi encontrado com um tiro na cabeça, porém a perícia afirma que ele não estava sozinho em seu quarto, o porém é que a porta estava trancada por dentro, o segundo e mais perturbador detalhe é a presença de uma carta de baralho, um rei de ouros para ser mais exata.
A tela mostra as duas cartas encontradas.
- Os dois crimes parecem estarem associados, o que é péssimo para a polícia, as duas vítimas não tem nada em comum: sexo, idade, ambiente, modus operantis, nada se assemelha, exceto pelas cartas e é ai que volto com a minha teoria de “Alice: Sacrifício humano”.
Yuki olha assustada, trechos de seu pesadelo vem à tona, na tela um coelho branco, de aspecto sinistro surge, muito diferente do coelho de seu sonho, até porque ela imagina que nada pode se assemelhar com aquele coelho.
- A segunda Alice era um rei de ouros, veio ao país das maravilhas com seu canto! Ele encheu o país de notas inventadas, criando um mundo azul de som e loucura, essa Alice era frágil como uma rosa e um dia, um homem louco veio e lhe meteu uma bala, seu corpo floresceu rosas vermelhas, antes era amado e agora ninguém se lembra.
Yuki fica estática ou melhor seria dizer apavorada, seu sonho se encaixa naquela música, Masami nunca viu sua colega daquela forma e a observa intrigado.
- Está tudo bem? - Dessa vez sua preocupação era verdadeira.
- Eu… eu quero saber mais sobre esse Alice sacrifício humano, por favor - Yuki segue aérea e paralisada - você pode me mandar esse vídeo?
- Claro.
Yuki é retirada de seu transe com a porta sendo aberta, os dois jornalistas olham para a origem do som, onde Fuyutsuki está de pé, com expressão furiosa, ele encara Massami - “fora” - o produtor recolhe seu celular e sai em completo silêncio.
Fuyutsuki fecha a porta atrás de si e senta-se à frente de Yuki, que recua assustada.
- Você não tem coração.
- O que?
- Não é uma pergunta, é uma afirmação, você é um monstro.
- Eu não tenho que…
- Calada!
A repórter decide obedecer, naquele momento sua mente estava límpida.
- O que Misako Aoyama fez para você?
- Quem?
O detetive esmurra a mesa gritando:
- Misako! Misako Aoyama! A garota encontrada pendurada em uma árvore, está lembrando agora? A garota que você revelou o nome e expôs sua família! A mesma família que precisa velar a filha assassinada e negar o relacionamento dela com um assassino!
- Alguém ia acabar descobrindo.
- Sim, depois de informarmos a família! Você gostaria de saber pela televisão, que um ente querido morreu? Que a pessoa que você ama foi estripada? Lógico, para isso acontecer você precisaria ser capaz de amar alguém.
Yuki começa a chorar, Fuyutsuki se acomoda na cadeira, com um sorriso de deboche nos lábios.
- Não acredito em lágrimas.
- Por favor, pare.
- Por que eu deveria?
Ela desata a chorar, dessa vez Fuyutsuki fica sem reação, os dois permanecem em silêncio, até ela começar a falar.
- Eu nunca quis isso, nunca quis o canal quatro, nunca quis ser odiada pelas pessoas, meu único irmão não me deixa ver sua filha.
Ela recomeça a chorar, com os braços apoiados na mesa, Fuyutsuki a afaga.
- Fuyutsuki - sua voz estava distante.
- Sim.
- Cuidado com o coelho branco.
- O que?
Yuki falou dormindo.
A noite começa, Fuyutsuki estuda as fotos das duas vítimas, ele observa ao lado uma frase que o mesmo escreveu: “Cuidado com o coelho branco”.
Yuki está em seu quarto, com o celular nas mãos, ela envia uma mensagem para Kyoko, se apresentando e dizendo que gostaria de conversar com ela.
Uma enorme massa cinzenta, repleta de tentáculos e bocas, pingando lodo, abre sua boca principal e vomita o homem sem rosto, com capa, luva e chapéu, todos pretos, ele prende sua katana na cintura.
Yuki acorda assustada, ela percebe que cochilou, no celular uma mensagem de Kyoko: “precisamos nos encontrar o mais rápido possível”.
Autor(a): diegot
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O coelho humanoide de rosto descarnado fareja um campo de rosas vermelhas, cada flor transborda sangue fresco, o céu fica escuro, o animalzinho bizarro olha para o céu, onde observa Shub-Niggurath, o senhor das árvores, em toda sua glória.Seu corpo de verme se impõem acima das copas das árvores, repleto de tentáculos e bocas, ...
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