Fanfics Brasil - Capítulo 6 - O Senhor das Árvores Alice: Sacrifício Humano

Fanfic: Alice: Sacrifício Humano | Tema: Fic da lenda urbana Alice: Sacrifício Humano


Capítulo: Capítulo 6 - O Senhor das Árvores

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O coelho humanoide de rosto descarnado fareja um campo de rosas vermelhas, cada flor transborda sangue fresco, o céu fica escuro, o animalzinho bizarro olha para o céu, onde observa Shub-Niggurath, o senhor das árvores, em toda sua glória.
Seu corpo de verme se impõem acima das copas das árvores, repleto de tentáculos e bocas, de onde escorrem líquidos escuros, Shub-Niggurath também conhecido como o senhor das árvores ou “a cabra negra da floresta dos mil filhotes” é um deus exterior, uma divindade descrita no Necronomicon, cuja peculiaridade é vomitar seus filhos.
dezenas de cabras negras, decompostas, se curvam a divindade.
Uma série de coelhos putrefatos começam a cantar:
“Era uma vez, um pequeno sonho/Não se sabe quem o sonhou/porque era muito pequeno…/Mas isso fez o sonho pensar/‘Eu não quero desaparecer, como faço para continuarem sonhando comigo?’/ Então ele teve uma ideia/‘Eu vou trazer as pessoas até mim, elas farão o meu mundo’”
Uma lua azul se impões sobre um bosque vermelho, rondando um castelo apagado, Misako e Asano são vomitados pelo senhor dos bosques.
Os coelhos continuam sua melodia.


Em outro plano da existência, em uma cafeteria de Tóquio.
Yuki está distante, ela rabisca Shub-Niggurath em um guardanapo, o nome proibido nada diz para a repórter, que bebe mais um gole de seu café. Yuki não saberia dizer se o café está bom ou não, devido ao seu estado de ansiedade.
Ao lado da repórter uma funcionária passa vestida de rosa, com orelhas e rabos de gatinha, ao fundo outra garçonete mia para um cliente, que aplaude festivo.
Kyoko adentra o local, um pouco menos chamativa que o normal, a exceção é seu cabelo verde, naquele bairro ela é apenas mais uma na multidão, talvez um pouco gótica em excesso.
- Desculpe a demora.
- Eu agradeço por ter vindo tão prontamente.
- Na verdade, não sei o que fazer aqui, eu… sonhei com você, por favor, não fuja, às vezes tenho esses sonhos, onde compreendo o significado de algumas coisas - ela faz uma careta - parece muito estranho?
- Não vou fingir, também sonhei com você - Yuki lê o nome de “Shub-Niggurath” no guardanapo e o risca - tem alguma coisa acontecendo e acho que você sabe o que é…
As duas interrompem sua conversa, quando a garçonete chega, Kyoko pede um capuccino gelado, com caramelo, assim que a gatinha se afasta a garota de cabelo verde continua.
- Então, eu não sei, não sei por que tive esse sonho, não sei porque esses crimes acontecem…
- E o sacrifício humano, da Alice. O que é?
- É uma música de autor desconhecido, que virou uma lenda urbana, no início pensei que alguém pudesse estar se inspirando na música, mas…
- Mas todos os seus instintos dizem o contrário, mesmo que pareça ilógico ou absurdo - Yuki bebe mais um gole de café - quando se está atrás de uma história ou se interroga alguém é necessário entender quando nosso lado racional deve comandar e quando ele precisa ser deixado de lado.
- Você sabe alguma coisa sobre estudos antropológicos das lendas? Acredita-se que religiões e crenças surgiram para dar um sentido para as pessoas que precisavam se identificar, essas ideias agrupavam as pessoas,deram um lugar, um nome e um sentido, esses grupos criaram leis e costumes. Com o passar do tempo criaram religiões e grupos.
- Totem e tabu, de Sigmund Freud, eu li alguns anos atrás, antes de virar uma repórter sensacionalista.
- Tente expandir essa ideia, podemos dizer que ideias, conceitos e crenças
nascem, indo além podemos perguntar por que algumas são esquecidas e outras se mantém.
- Onde você quer chegar?
- Onde a realidade termina e onde a ficção começa. Realidade, tempo, espaço, são todos conceitos abstratos, a única certeza que temos é a morte e mesmo assim ninguém sabe o que vem depois ou se existe um depois.
- Você está dizendo que alguma “coisa” - ela olha para o guardanapo riscado - esquecida quer ser lembrada e está usando esses assassinatos para ser lembrada?
- Ou se manifestar, a crença não é sobre saber, mas sobre sentir - ela se recosta na cadeira, encabulada - você acha que estou louca?
- Em qualquer outro dia eu diria que sim e iria embora, mas hoje, sou obrigada a confessar que sua teoria faz muito sentido.


Pelo país uma série de pichações se espalham pelo, trazendo imagens de Shub-Niggurath, dependendo da pessoa ou grupo as imagens são diferentes: estilizadas, rudimentares, realistas, etc….


De volta ao café, as duas garotas bebem em silêncio, Yuki quebra o silêncio:
- O que podemos fazer?
- Como se combate uma crença?
As duas permanecem em silêncio.



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Autor(a): diegot

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