Fanfics Brasil - Capítulo XV Duas Faces de Mim

Fanfic: Duas Faces de Mim | Tema: Harry Potter, Hogwarts Legacy


Capítulo: Capítulo XV

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[Narração] 


Ambos estavam sentados sobre o sofá enquanto ele abraçava por trás e ela fazia carinho em seu braço, eles estavam a passar um tempo tranquilo depois daquela tensão toda a onde ambos liam um livro a meias, às vezes ambos olhavam um para o outro com olhares e sorrisos bobos típicos de dois adolescestes apaixonados 


- Eu nunca pensei que estaríamos assim. *ela falava cariciando com delicadeza com o dedo indicador o braço do garoto* 


Ele olhou para ela curioso. 


- B-bem quer dizer, imaginar já tive uma oportunidade de ver. *ela corrigiu meia corada* - Posso dizer que cheguei a nos ver... 


Ele levantou a sobrancelha, e ela começou a explicar sobre os sonhos e da mesma conseguir ver outro tipo de realidade ou outro tipo de futuro, ela mesma ainda ficava confusa com isso, pois a cada momento ela via coisas diferentes. 


- O caso é que eu nunca pensei que nesta realidade nós dois iriamos ter algo. *A voz dela ofegante de felicidade era como um ronronar para ele* 


- Mas espera, me estás a dizer que já tinha pensamentos impróprios comigo... *ele sorriu maliciosamente para ela* 


Ela corou com aquela expressão dele e de seguida ela deu um tapa de leve em seu peito que estava nú por causa dela estar a usar a camisa dele, isso a deixa a olhar para ele meia desconfiada pelas ações do sonserino que se divertia com a reação dela. 


- Eu nunca vi nada de mais ok... *ela afirmou meia envergonhada* 


- Sei... *ele zombou dela com uma expressão provocadora* 


- Hey! Estou a falar sério! *ela se queixou, mas depois riu com a expressão dele* -Bobo! *ela bateu de novo no ombro dele* 


Ele riu juntamente com ela e teve vontade da provocar um pouco mais com esse assunto. 


- E ao certo o que realmente viste? *ele sobrancelha e sorriu de lado* 


- C-como falei não vi nada a mais, só.  


Ela sentiu a mão dele a deslisar pela pele de sua perna fazendo a mesma se arrepiar com a sensação do toque, ela olhou para ele. Ele estava com um ar sedutor e ela suspirou dando um sorriso tímido e ambos se beijaram com ternura e amor que sentiam um pelo outro, de repente eles são surpreendidos. Ela sente que alguém tinha saltado em cima dela e quando ambos olham para o colo dela e vem uma gata com pelo preto e olhos verdes como a cor do colar que ele tinha dado a ela e mesma os olhava com curiosidade. 


- Oh Mia! *ela sorri olhando para a bichana* - Bom dia minha linda. *ela faz carinho na mesma* 


- Miau *a gata responde com um miar animado* 


Ela olha para ele que está com um ar curioso sobre o animal que o olha com a mesma expressão. 


- Seb esta é a Mia, Mia este é o Sebastian. 


- Mia. *ele a cumprimenta* 


A gatinha apenas responde com um miado e se aconchega no colo da dona dela, Lívia apenas sorri e começa a dar festinhas no pelo dela enquanto ele a observa a fazer aquilo. 


- Tu realmente adoras gatos. *O rosto dele era sereno e tinha um pouco de admiração em seu olhar* 


- Sim! *ela confirma olhado para ele com um sorriso fofo* 


Ele sorriu para ela, eles passaram algumas horas na conversa sobre as coisas e ele começou o assunto que ela menos queria falar, mas que a mesma sábia que teria que ter com ele por mais que não quisesse aquele assunto teria que ser falado com mais clareza, ela suspirou. 


- Sebastian, tudo começou quando eu tinha 11 anos... 


[Flashback] 


Uma garota corria pelos corredores de uma Mansão grande, seus cabelos ondulados prendidos num rabo-de-cavalo com um laço de decoração e um vestido vermelho clarinho e com flores que realçava a sua fofura a menina brincava com uma boneca de pano que a mesma chamava de Lalá e atrás dela vinha outra garota, ela olhou para a outra criança, seu olhar cinza cristalino se podia notar em qualquer lugar naquele comodo assim como seu sorriso de alegria e agitação. A garota que corria atrás dela tinha um vestido azul-bebé menos chamativo, mas era bonito mesmo assim, ela tinha o cabelo curto e usava uma fita da mesma cor. Ambas se estavam a divertir enquanto até ao momento que a garota esbarra em alguém, ela olha para cima com dificuldade vendo uma mulher de olhos cor de mel a olhar para ela com curiosidade. 


- De novo a correr nos corredores. *ela pergunta ao encarar a garota que parecia estar a contrair o maxilar meia repreensiva* 


A mulher sorri e se abaixa dando carinho com ternura na cabeça da mesma e depois olhar para a outra garota com o mesmo sorriso. 


- Por favor, não se magoem. *ela diz com uma voz calma e depois olha para a que está à sua frente* - Lív a mãe e o pai agora estão para sair para o palácio. 


A garota acaba fazendo uma careta ao ouvir isso pois ela sabia que teria que ir também, não é que ela não gostasse de ir ao palácio, mas era sempre chato ir sozinha ela olhou para a mãe meia receosa, mas depois ganhou coragem e falou. 


- Mama a Keli pode ir comigo? *eu aponto para a garota loira de olhos escuros e olhou para a mãe com olhos de gatinho pedinte* 


A mulher de ver os olhos de sua filha olhou para a garota que tinha olhado para o outro lado meia envergonhada pelo pedido da amiga e depois ela volta a olhar para a filha com um sorriso. 


- Creio que posso falar com teu pai sobre isso... 


Os olhos da garota se iluminaram e ela saiu de ao pé de sua mãe e foi a correr para junto de sua amiga ambas começaram a saltar de alegria. 


Momentos depois eles estavam todos no palácio imperial, a Lívia estava de mãos dadas com Keli, ambas olhavam para tudo admiradas, para Lívia ter Keli ali com ela era tudo, era tão poucos momentos que ela passava com a garota por ela ser filha da empregada, Lívia sabia que Keli era sua serva, mas para ela a garota era mais que isso, foi a pessoa que fez ela sentir muito bem aos princípios que ela chegou na Mansão de seus pais adotivos claro depois deles, porque quando eles adoram eles ficaram maravilhados com ela, só que ela até hoje não sabia o porque... 


- Meninas façam cuidado. *a mãe dela respondeu meia preocupada já que as crianças estavam algumas vezes a tocar nos objetos que estavam expostos no local* 


- Ok mama... *diz ela com um sorriso carinho para a senhora* 


- Sim senhora Rauscher... *Keli também respondeu, mas com um ar mais cuidadoso* 


Eles chegaram a uma grande porta que foi aberta por dois guardas a uma sala a onde tinha um trono e algumas pessoas a falarem e Lívia viu um homem sentado numa poltrona acompanhado com alguns magos da corte, ele olhou para os pais dela e de seguida para ela, era a a 1ª vez que ela via aquele homem, pois na maioria das vezes que ela vinha ao palácio, ela ficava sempre ficava no jardim com alguma empregada do palácio a brincar, ela já tinha ouvido falar do príncipe herdeiro, mas nunca o tinha visto, mas também não era uma coisa que lhe importava muito, até porque naquela altura ela se estava a tentar acostumam à nova vida dela fora do orfanato que ela tinha passado 8 anos, ela tinha lembranças boas e outras às daquele tempo, mas ela sobreviveu e quando ela foi adotada ela ainda nem acreditava. 


- Sua Majestade. *Seus pais fizeram saudarão a ele* 


[Lívia] 


Eu observei atentamente as ações de meus pais e fiz uma saudação também a ele, eu senti o olhar do homem sobre mim e um sorriso se formou e eu tive uma sensação estranha como algo não estivesse certo, mas tentei ignorar pois era o rei, ele pediu aos meus pais que eu me apresentasse e eu fui na frente e coloquei pé direito para trás, deixando direito atrás do esquerdo e baixei-me graciosamente, tanto quanto os seus membros o permitissem. 


- Audo sua alteza o rei e espero que se supere todos os dias. *eu falava com cortesia como meus pais me tinham ensinado* 


Eu olhei para eles rapidinho, eles estavam orgulhosos de mim, pois estavam a sorrir vivamente no que me deixou um pouco mais descontraída e contente por ter deixado meus pais felizes, e olhei de novo para o homem que estava à minha frente, mesmo me continuava a sorrir com um olhar estranho. E nesse momento eu perdi a compostura e fugi para trás das calças de meu pai, e espreitei meia tímida. 


- Lívia! *meu pai me reprendeu enquanto me encarava lá de cima* 


- Está tudo bem senhor Rauscher, tinhas são mesmo assim... *O homem falou com um sorriso no rosto* - Vi que a senhorita Rauscher tem perto da idade de meu filho Hélios... 


Eles continuavam a falar eu fiquei meia só observa, mas sem prestar muita atenção à conversa deles, ainda cheguei a olhar algumas vezes para a Keli e depois para minha mãe que me piscava o olho como uma forma de cumplicidade isso me fez sorrir, ela sempre me conseguia tranquilizar era incrível esse poder que ela tinha sobre mim, mais tarde quando voltamos do palácio, mais por volta da noite a Keli estava a me pentear o cabelo, pois ela insistiu em mo fazer. Mas nós fomos interrompidas por uma batida, a mesma foi aberta e dela conseguimos ver a minha mão de robe que vinha com um sorriso. 


- Keli já podes-te retirar, eu trato do resto. *ela piscou o olho para a garota que entendeu e se despediu de nós indo embora de seguida* 


A Keli tinha pousado a escova em cima da peteira e minha mãe a pegou começando a me pentear os cabelos, eu só deixei sentir aquele momento gostoso com ela que eu tanto amava sempre que ela podia, sempre vinha me ver e conversava comigo, mas estava curiosa para saber o que ela iria falar comigo foi quando ela começou a falar. 


- Bem, hoje tu surpreendes-te o rei. *ela brincou com as palavras* - Creio que ele gostou muito de ti... 


Eu fiquei meia requieta quando ela me disse isso e acho que ela entendeu minha reação pois parou de me pentear e se virou para olhar para mim. 


- O que está a incomodar Lív?  


- N-nada mãe... *eu falei meia envergonhada* 


- Lív eu conheço-te, algo não está bem, sabes que podes falar comigo. *Seu olhar era de preocupação* 


Eu fiquei com os lábios de lado e olhei para o lado meia desconfortável era impossível esconder alguma coisa dela e eu sabia isso melhor que ninguém. 


- A-a q-quele senhor mamã *eu falei meia com dificuldade* - O olhar dele em mim foi estranho... 


- Filha o Rei é teu tio, ele é uma boa pessoa, ou pelo menos ele tenta ser. *ela me tentou tranquilizar* - Não à motivo para preocupação. *ela me deu um sorriso* 


- P-prometes? *eu a olhei em dúvida* 


- Claro! *ela me sorriu docemente* - E caso contrário o papai e a mamã tratam disso.  


Ela me estava a tentar tranquilizar no que ela sempre conseguia, eu amava a minha mãe por isso, não me importava de ser a filha adotiva deles, eles sempre me trataram como eu fosse realmente sua filha e isso aquecia o meu coração de uma maneira que nem eu mesma sabia como explicar, era tão diferente do orfanato a onde as crianças praticamente tinha vezes que passávamos fome porque eles tinham poucos recursos ou praticamente os stress e as frustrações das outras crianças, eu sempre gostei de ser um espírito livre e achava fascinante isso em mim, por mais que as ferreiras me repreendessem às vezes, mas aqui era diferente eu era repreendida sim, mas tinha uma diferença, meus pais tinham uma forma especial de cautela sobre mim, com eles nunca era 8 ou 80 estava sempre no meio dos dois lados e isso me fascinava, eles me ensinaram a sobreviver, minha mãe me tem ensinado arco e flexa e meu pai com espada, ao principio eu era muito ruim, mas comecei apanhar o jeito com o tempo e comecei amar isso, alem das aulas de etiqueta e as coisas que uma dama tem que aprender muito nova, eu não sei como eu ainda arranjava um tempinho para brincar, ou bem sabia, pelo menos meus pais me deixavam um dia de folga para eu relaxar, pois eles sempre diziam que crianças precisam de aprender, mas brincar e se divertir faz parte do crescimento. Eu olhei para a barriga da minha mãe que estava crescida e sorri. 


- Mamã, mamã já sabes se vou ter uma maninha ou um maninho? *eu perguntei entusiasmada* 


Ela me deu um sorriso cheio de ternura e me fez uma festinha no rosto. 


- Já sei sim amor. *A expressão dela de carinho fez com que eu sorrisse de volta para ela* - É um menino. *ela confirmou colocando a mão na barriga* 


Os meus olhos brilharam com a informação, eu ia ter um maninho, não é que eu não preferisse uma irmã, mas um irmão era tudo, o meu sorriso se alegrou e eu me senti feliz de mais com a informação, mais tem tempo depois fomos interrompidas por uma batida na porta e assim que a mesma foi aberta meu pai surgiu, era um homem de cabelo escuro, meu pai era muito bonito aos olhos da minha mãe, eu sempre via aquele filho no olhar dela sempre que ele aparecia e eu adorava a história dos dois. 


- O que as minhas princesas estavam conversando posso saber? *O tom de falar dele tinha uma mistura de felicidade e brincadeira* 


- Nada papai, a mamã só estava a contar à nossa pequena o género do irmãozinho dela. *ela falou no mesmo tom com ele* 


A forma dos dois se comunicarem sempre me fascinava e eu me preguntava se eu um dia iria ter algo assim parecido, eu vi meu pai a dar um sorriso de orelha a orelha e se juntou a nós depois de fechar a porta, eu sorri para ele e sai de perto da minha mãe para ir ter com ele depositando um beijo na bochecha assim que ele se abaixou, meu pai era mais alto que eu e eu acho que isso era normal, o que vale é que eu estava a escrever e isso era fascinante a cada dia, mas eu queria crescer mais e dar muito orgulho a meus pais, esse era meu desejo do meu coração e eu estava muito feliz pela sorte que eu tive de ter pais como eles. 


- Estou tão feliz papá, eu vou ter um maninho! *eu falei com os olhos a brilhar de alegria* 


- Fico feliz que tenhas gostado querida, o pai também está muito feliz. *ele fez uma cara pensativo e depois olhou para mim* - Mas lembra-te que o único homem da tua vida sou eu... *ele abriu os olhos e começou a me fazer cocegas por toda regiam do meu tronco* 


Eu me comecei a rir, minha mãe se juntou a nós depois e tivemos ainda a conversar sobre outras coisas, era um momento tão calmo em nossas vidas eu nunca pensei que poderia ser tão feliz e tão amada depois de sair do orfanato e eu amava cada momento e me esforçava todo o momento para ser a filha que eles esperavam que eu fosse. Depois de um tempo minha mãe pegou num livro e começou a me ler ele enquanto meu pai abraçava, eu já estava na cama e lentamente meus olhos se foram fechando e a última coisa que eu ouvi da boca a minha mãe foi: 


- Boa noite, meu amor *ela me deu um beijo na testa e eu sorri feliz* 


3 anos passaram-se e as coisas andavam meias estranhas, meu pai andava agitado ultimamente, pois o rei tinha exigido que ele fosse para a guerra, e eu andava preocupada com isso, eu sei que era normal meu pai ir ter que ir, mas eu sempre me preocupava, eu sei que só tenho 14 anos, mas tinha alguma coisa nessa história que não me agradava nada, as idas ao palácio tem se tornado regulares não entre mim, mas sim meu pai e uma noite eu cheguei a ouvir meu pai a discutir com a minha mãe e o nosso mago isto foi quando eu estava a voltar da biblioteca, eu não consegui entender a conversa deles era como se o som que eles fizessem só poderiam ser ouvidos por eles. 


A situação estava muito estranha, eu pensava para mim mesma enquanto atirava flexas para arvore com um círculo à volta, uma das flexas até rompeu a outra quando lancei, eu ia atirar outra quando sou interrompida. 


- Senhorita Lívia? 


Aquela voz me tirou dos meus pensamentos mais longos, eu olhei na direção da voz e vi Keli com os cabelos atados num coque e a farda de empregada a me encarar com uma toalha na mão. Eu sorri para ela com carinho e aceitei a toalha. 


- Keli eu já disse que me podes tratar por Lív, não precisas de formalidade comigo, somos amigas tu sabes disso... *eu falava enquanto limpava o suor que estava atrás do meu pescoço* 


- Eu sei, mas tua mãe... *ela ficou meia encolhida* 


Eu parei de olhar para onde estava olhando e a encarei meia estranhando, eu sei que minha mãe ultimamente andava estranha com a Keli coisa que ela nunca fez com a garota, uma vez ela até me perguntou se eu realmente queria continuar com Keli como minha empregada pessoal, mas eu neguei em deixar que ela tirasse a Keli de mim, pois a garota sempre foi muito importante para mim, eu dava minha vida pelas pessoas que eu gostava se fosse preciso, e a única coisa que eu sabia é que a Keli estava a gostar de um garoto que era um ano mais velho que eu, ela não me dizia quem era, mas eu sabia que era o príncipe, até porque quando nós as duas conhecemos o garoto, ela ficou encantada no que eu até achei engraçado, o Hélio por a caso não era feio até que ele era atraente aos olhos, cabelo loiro e olhos cor de mel, típicos da família da minha mãe, mas sinceramente sempre o considerei mais como um primo mesmo que ele não seja de sangue, mas eu ficou feliz que ela goste dele, pode ser que as coisas melhorem para ela, só tenho receio pelo rei mesmo, ele costuma ser uma pessoa bem severo nessas coisas de classes sociais, eu espero que eles saibam dar um jeito à situação deles. 


- Minha mãe não está aqui Keli, podes ficar à vontade sabes disso. *eu a interrompi e lhe dei um sorriso interno*  


Senti que ela tinha começado a relaxar os ombros e me sorriu gentilmente me fazendo retribuir com carinho. Eu adorava todos os meus empregados e aprendi também a fazer coisas com eles algumas vezes, nunca fui muito de ficar parada no mesmo sítio e tudo o que eu pudesse aprender eu estava lá pronta para tal alem que sempre me divertia com isso. 


- E ai como está essa flechada... *ela falou mais descontraída* 


Eu me ri com o seu comentário engraçado. 


- Está como estás a ver. *eu falei enquanto preparava a fecha que iria atirar* 


- É estou a ver, teu pai tem andado ocupados por causa da situação da guerra. *ela zoou com aquilo* 


Naquele momento meu sangue ferveu, sei que ela estava só a brincar, mas o assusto de meu pai ir para a guerra me incomodava muito e com isso eu lancei a flecha que acertou a outra a destruindo de uma vez. 


- D-desculpa, eu só...  


Eu senti a voz dela a tremer e eu me virei para verificar se ela estava bem e suspirei tentando forçar um sorriso, mas depois o desfiz meia triste. 


- Eu sei Keli... *eu falei fechando os olhos* - Eu só estou com receio... 


- Mas Lív já não é a primeira vez que teu pai vai... *ela estreitou os lábios quando falou* 


Eu suspirei mais uma vez, eu sei que não era a 1ª vez que ele ia para a guerra, mas não sei porque, mas algo me dizia que não estava bem e isso me incomodava. 


- Podemos apenas mudar de assunto, por favor? *Eu pedi, pois era um assunto que não me agradava nada em falar, ainda por mais quando estava a tentar relaxar* 


- Sem problema. *ela falou olhando meia sentida* 


- Keli por favor não faças essa cara, sabes que isso é um assunto que me incomoda, mas eu entendo que tu queiras descontrair a situação... 


- Eu só quero que saibas que podes contar comigo. *ela me deu um sorriso gentil* 


- Eu sei! *eu retribuí com carinho* - E tu sabes que também podes contar comigo, sempre! *minha voz era firme e acolhedora* 


Ela sorriu ligeiro para mim e partir dali falamos de outras coisas, que até eram mais interessantes, mais tarde eu estava na torre de Leon que era o mago da minha família, ele me tinha chamado no que o mesmo fazia muito pouco no que me deixou intrigada. Eu estava sentada numa cadeira observando a maioria dos materiais arrumados e reparei numa pedra brilhante, eu não sei porque, mas pedras sempre me fascinaram, até mesmo pedras de praia eu quase que tinha uma coleção delas numa caixinha. Leon tinha me pedido para esperar por ele, pois ele teria que ir tratar de uma coisinha rápida então eu fiquei ali meia a olhar para o céu estrelado do teto e comecei a me imaginar num mundo completamente diferente, até porque eu gostava do meu, mas sempre me colocava a pensar como seria se as coisas fossem diferentes, eu suspirei e depois comecei a imaginar-me num alto de uma colina de uma montanha a observar as estrelas quando uma luz se iluminou sobre mim e vi o rosto de um rapaz, no que eu achei estranho naquele momento, eu abanei a cabeça para ver melhor até esfreguei os olhos para ver se não era alucinações da minha cabeça naquele momento. Mas quando vi que não notei que o rapaz era parecido comigo, a única diferença era o cabelo curto e a feição masculina, eu ia para tocar no rosto dele. 


- Senhorita Lívia?  


Eu sou acordada daquele pensamento e olho para a pessoa que me encarava com espanto no que no momento eu não tinha percebido o porque dele me olhar assim, mas depois olhei para o escritório dele que estava todo desarrumado, eu levantei a sobrancelha sem entender, e o vi a suspirar. 


- Acho que temos que falar com seus pais sobre o que se passou aqui. *ele falou de forma reta e presunçosa* 


- O-o que se passou? E-eu juro que não fiz nada... *eu comecei a gaguejar sem entender nada e uma confusão interna surgiu em mim* 


- Calma senhorita Lívia, está tudo bem, eu já sabia que isto iria acontecer, só gostava de confirmar isso com meus olhos. *ele tentou me tranquilizar, mas aquilo fez com que eu sentisse mais desconforto* 


Como assim ele sabia que aquilo ia acontecer? 


- O-o que está a se passar? *eu perguntei confusa e mordi o lábio inferior de nervosismo* 


Ele me tentou tranquilizar e começou a arrumar tudo com a varinha dele e depois voltou para junto de mim. 


- A senhorita é uma pessoa muito especial. *ele falou* 


Eu levantei mais a sobrancelha e estreitei os lábios. 


Nesse momento ele entendeu a minha reação e começou a rir. 


- Então bem! *ele acrescentou* - A senhorita consegue mexer com magia. 


Meus olhos naquele momento arregalaram e eu olhava freneticamente para o homem à minha frente pensando que ele só podia estar a brincar comigo, mas sua expressão assim que percebeu o que eu estava a tentar fazer ela ficou seria no que me fez abrir os olhos, eu gostava de magos e já tinha ouvido falar em bruxos também eu achava fascinante a maneira como eles mexiam com as varinhas deles e tudo mais, mas eu já mais pensei que poderia fazer isso também, eu nem varinha tinha como isso era possível? Ele me foi explicando aos poucos fazendo que com meu rosto suavizasse a cada explicação bem-sucedida, isso me fez questionar a razão por que meus pais me tinham adotado daquele orfanato. 


- Senhorita Lívia seus pais a amam como você é, por isso não os questione sobre o assunto. *ele falou ao perceber a que eu estava a virar o rosto com uma expressão triste e duvida* 


- Leon, meus pais sabiam, eu sempre achei que tinha algo de estranho, do porque de eles me terem adotado, mas começo a entender que as coisas que se calhar eu passei eram... 


- Não Senhorita Lívia seus pais a amam muito, eu posso dizer que eles ao princípio não tinham certeza se realmente a iriam adotar, mas quando eles viram sua maneira doce de cuidar dos outros naquele local, eles viram que você seria a filha perfeita para eles, no que até hoje apesar de você ter um espírito livre às vezes continua a ser uma garota extraordinária para eles, por isso nunca duvide do amor que eles tem por você. 


Eu estreitei os lábios sobre aquele assunto, eu podia estar com dúvida sobre tudo agora, mas eu queria acreditar em suas palavras do fundo do meu coração, mas a sensação de traição me invadia como fosse uma coisa dolorosa que eu tivesse que sentir naquele momento, Leon me olhou com carinho e me fez carinho no rosto, aquilo sabia tão bem, até porque eu tinha um crush por ele, mas nunca lhe disse nem sabia e nem tinha coragem de perguntar se ele sabia sobre isso, eu fechei meus olhos para sentir o toque dele em meu rosto. Leon era mais velho que eu 7 anos, mas eu o admirava tanto. 


- Ok, eu também os amo muito. *eu falei com todo o meu coração* 


Ele me esteve a explicar que eu possivelmente iria para uma escola chamada Hogwarts, eu me lembro da minha mãe me ter falado o Bruxo da corte real ter estado naquela escola, eu sempre amei a história da minha família materna, mas ao mesmo tempo também reparei que as coisas eram meias complicadas mesmo no palácio, até porque nas minhas conversas com o Hélio o pai dele estava sempre a exigir a ele para fazer as coisas que ele queria que o filho fizesse isso me deixava com pena dele, não devia de ser fácil estar sempre aos comandos do pai dele.  


3 semanas depois meu pai foi direto para a guerra deixando minha mãe, eu e meu irmão mais novo o Theo já estava com 2 aninhos e por a caso era um garoto inteligente, eu adorava meu irmãozinho, a sensação de estar com uma criança era tão boa que eu pensava como seria quando fosse minha vez, minha mãe dizia quando chegasse a hora de algo ela me contaria pois esse era o costume das famílias nobres, apesar de eu ter muita curiosidade nunca insisti no caso. 2 meses se passaram desde a ida do meu pai era 8 de Maio de 1889. Eu estava a brincar com o Theo no quarto dele enquanto pela porta meia aberta notei minha mãe a correr pelo corredor no que eu achei muito estranho, eu deixei meu irmão com um dos brinquedos dele para que eu pudesse ver o que se passava. 


Assim que sai comecei a procurar ela. 


- Mãe? *Eu a tentei chamar meia preocupada* 


Eu a encontrei quase perto de seu quarto e a expressão dela não era das melhores a mesma estava com os olhos cheios de lágrimas e uma sensação de desespero percorreu meu corpo todo, eu acabei correndo até ela e abracei com força. 


- Mãe o que se passou porque estás a chorar?  


- T-teu p-pai... *ela falou com muita dificuldade* 


Meu desespero só aumento naquele momento, o que tinha meu pai? De repente me veio uma ideia à cabeça e eu arregalei os olhos, não podia ser, por favor alguém me diga que não é o que eu estou a pensar, eu repetia isso para mim freneticamente 


- Mãe... *minha voz era de pânico* 


Ela não me conseguia responder no que eu entendi como um sim, meus olhos começaram a deitar lágrimas e eu abracei mais forte. 


- M-mãe... eu estou aqui, eu... *eu não sabia o que dizer, eu estava a sofrer por dentro* 


Meu pai tinha morrido na guerra, eu me sentia isolada com uma sensação de vazio interno que nem eu mesma sábia como reagir aquilo, nós as duas ficamos assim por algum tempo e tentamos não dar muita conversa, mas a dor que sentíamos naquele momento era multa mesmo que fosse de formas diferentes, meus olhos já começavam a doer com as lágrimas que eu deixava cair e meu coração parecia que ia arrebentar a qualquer momento. 


3 meses se passaram desde o funeral de meu pai, a situação ainda estava muito fresca e a tristeza que rondava a mansão era desconfortável, eu para me tentar distrair sempre treinava mais do que podia alem de ter pedido mais aulas de piano e canto, isso me ajudava a descarregar a dor que sentia e tinha vezes que eu ia à cabeça perto de minha casa, com a esperança de estar mais perto de meu pai, tinha vezes que apanhava a minha mãe ali outra eu só ficava a falar com Deus e pedia todos os dias que ele cuidasse de meu pai, hoje era mais um desses dias, eu estava com um béu rendado à volta de minha cabeça e um vestido tudo branco enquanto estava de joelhos a reclamar e a falar com ele, eu fui ensinada desde nova que Deus era um espirito que ajudava os necessitários, que ele era justo e ele esteve muitas vezes com Merlin em seus momentos de batalhas entre bruxos, e eu pedia a ele para que ele também me guiasse e me ajudasse a ser forte para conseguir cuidar da minha mãe e meu irmão, eu suspirava algumas vezes sentindo aquele momento, enquanto sentia uma força inesperada por todo o meu corpo, era uma coisa que eu não sei como explicar, mas senti uma presença perto de mim no que me fez olhar para trás por causa do barulho que a pessoa tinha feito e vi Keli, com a mão na boca com uma cara de espanto. 


- Q-que foi isso? *ela perguntou com uma expressão de choque e surpresa* 


- O que? *eu perguntei sem entender* 


- Tu estavas a brilhar Lív, eu... *ela corou por um momento* 


Eu levantei uma sobrancelha meia questionadora e esperei que ela continuasse. 


- Teu corpo estava com uma luz e uma aura luminosa azul... *ela completou* 


Eu arregalei os olhos naquele momento, como assim, ela só podia estar doida, eu olhei para mim e me via completamente normal e na minha cabeça ou ela estava a ver coisas ou tinha ficado louca, mas minha amiga não era de inventar coisas assim à toa, eu a continuei a encarar, mas tentei ignorar esse facto e com um sorriso gentil e voz suave falei: 


- Eu me sinto completamente normal. *no que era um facto, eu realmente senti uma força me invadir, mas meu corpo estava completamente normal agora, eu de repente vi que ela tinha uma carta em suas mãos* - Que é isso? *minha voz tinha um tom de curiosidade enquanto eu apontava com a cabeça para o objeto que ela tinha nas mãos* 


Ela olhou para mim e depois olhou para suas mãos. 


- Ah isto? *ela virou a carta para mim* - Chegou para ti hoje... *ela me entregou a carta nas mãos* 


Eu olhei para a carta e nela dizia Hogwarts com o meu nome em baixo, meus olhos brilharam naquele momento, eu sabia que o Leon estava a tentar arranjar uma escola para eu praticar meus poderes e ganhar a minha 1ª varinha, eu tinha lhe perguntado porque eu não podia usar uma varinha qualquer que ele já não precisasse. Mas ele me disse que a varinha tem que ser compatível com seu dono e eu apenas estreitei os lábios meia indignada, mas ao mesmo tempo encolhi os ombros, talvez ele tivesse razão, mas ele me empestou uma varinha para eu treinar uns feitiços básicos, ao princípio eu estava ainda meia sem entender muito, mas comecei a apanhar o jeito, e ele me pediu para que eu apenas aprendesse tudo o que as pessoas me ensinarem com muita sabedoria pois isso me ia ajudar muito ao longo da minha vida e ele me pediu para que eu fizesse cuidado. 


Mas agora eu tinha a confirmação da escola para onde eu iria e eu estava super feliz, quando eu ia para abrir a carta, mas sou interrompida pela voz da Keli. 


- Lív, tua mãe também chamou aos aposentos dela. *Ela ficava meia sem jeito enquanto me dizia aquilo* 


Eu guardei a carta na manga do meu vestido e me levantei. 


- Tudo bem eu depois eu leio... *eu sorri para ela gentilmente* 


Eu me despedi do local e comecei a andar com ela a meu lado, pois eu odiava quando a mesma ia a trás, então sempre pedi a ela para que viesse lado a lado, quando finalmente chegamos ao pé da minha mãe a Keli se absteve e foi para fora me deixado sozinha com ela, minha mãe estava de volta de uma papelada e ela assim que me viu me deu um sorriso carinhoso, eu admirava a minha mãe de mais, ela depois de ter perdido meu pai um mês depois ela começou a se dedicar cada vez mais a mim e meu irmão, mas eu sentia que ela ainda andava ressentida, mas apenas demostrava uma confiança que era contagiante e me deixava orgulhosa de ser filha de uma mulher como ela. 


- Mãe me chamaste? *eu perguntei-lhe retribuindo o sorriso e tirei o béu de minha cabeça* 


- Estives-te na Igreja? 


- hm hm *eu confirmei* 


- Fizeste bem amor. *ela parou por um pouco e começou a procurar algo em sua gaveta e depois me entregou um envelope que eu fiquei a olhar para ela algum tempo e depois olhei para ela com duvida* - O rei deseja-te ver. 


Eu congelei naquele momento e uma sensação e sabor amargo preencheu-me me fazendo engolir em seco enquanto olhava para a carta em minhas mãos, eu olhei de seguida para ela. 


- Porque ele me chamou, tens uma ideia? *eu perguntei com uma expressão de dúvida* 


Ele encolheu os ombros. 


- Eu não sei, mas teu tio sempre que chama alguém nunca é sem um motivo forte.  


Eu voltei a ver a carta em minhas mãos e suspirei, um sentimento que algo de mau viria me ocorreu, minha mãe ao perceber isso se levantou e agarrou minha mão para me dar força, eu olhei para ela no qual estava a sorrir de forma que me desse força e confiança para o enfrentar sem receios, eu sorri de volta para ela confirmando seu pedido, como eu amava... Eu não tinha como descrever por palavras isso, eu só sentia. Eu suspirei tentando ficar mais calma e concordei com a cabeça. 


Mais tarde eu estava no palácio, a cada passo que eu dava era como uma faca que me espetava os pés não sei como explicar era uma sensação do género “Sai dai, algo de errado não está certo*. Eu suspirei fundo assim que estava perto da porta que dava lugar à sala do trono do rei, eu respirei fundo e um guarda me abriu a porta dando passagem, à minha frente eu vi ele sentado no trono como do costumo, ele assim que me viu se levantou e veio ter comigo e me deu um beijo na palma da mão que estava coberta por uma luva. 


- Como tem passado minha linda sobrinha. *ele me olhou para mim com um sorriso* 


O olhar que ele me mandou me assustou e ao mesmo tempo me deixou com uma sensação de nojo ao mesmo tempo, mas eu me limitei em sorrir e fingi que não tinha notado aquilo. 


- Boa tarde, meu tio, que devo a honra do seu chamado com minha pessoa? *eu falei com cortesia formal* 


- Bem eu... 


- Pai me chamas-te? 


Eu me virei para trás e encontrei os olhos cor de mel de meu primo Hélio, o cabelo dourado bem penteado e uma roupa típica de um príncipe, nós nos encaramos meios surpresos até porque era raro nos encontramos.  


- Oh meu querido filho. *O rei sorriu para o garoto e largou a minha mão e foi até ele* 


Ele abraçou o filho, no que fez com que o Hélio e eu nos encaramos meios sem entender o que se estava a passar. O Hélio me perguntou com o olhar o que se passava e eu encolhi os ombros num estado de desentendida, mas de seguida eu fui até eles e comprimente ele. 


- Saludo o príncipe herdeiro e o sol da amanhã. *eu levanto a ponta do meu vestido florido e faço uma vénia perfeita* 


- Também é um gosto a ver Senhorita Rauscher. *ele me comprimento com um sorriso* 


O Rei olhou para nós os dois e sorriu, ok esta situação estava a ficar estranha e eu e meu primo olhamos um para o outro cada vez mais sem entender a situação. O Rei voltou para seu trono e nos encarou com firmeza. 


- Eu vos chamei para anunciar que vocês os dois vão estar de compromisso de casamento um com o outro. *ele deu um sorriso orgulhoso* 


Eu arregalei os olhos e olhei para o Hélios surpresa e senti uma sensação de pânico, eu estava noiva do meu próprio primo, o homem que a minha melhor amiga andava a ter um caso secreto, não isso não era para mim, eu nem via ele dessa forma, Hélio coçou a nunca meia atrapalhado, o mesmo não sabia o que falar. 


- Meu rei, e-eu não posso... *eu comecei a perder a minha compostura* 


O sorriso do rei perdeu seu encanto e se transformou numa cara severa, eu sabia que ele tinha esse lado dele pelos boatos que eu tinha ouvido do palácio mesmo nunca ter visto isso com meus próprios olhos, o estava a ver agora e não era a coisa mais agradável isso fez meu corpo se arrepiar todo e uma sensação de receio passou por mim, mas eu não podia fraquejar, não foi assim que fui criada e não ia dar meu ponto fraco tão fácil assim. 


- O que disse? *ele perguntou* 


Eu engoli em seco, arranjei toda a confiança interior em mim. 


- Eu não aceito esse casamento! *eu falei com a voz firme e olhar afiado direto para ele* 


- Pai, a Lívia tem razão isso é ridículo, eu e ela somos primos não faz sentido isso nunca foi normal na nossa família... *O Hélio ganhou coragem e falou também ao me ver confiante* 


- VOCÊS GAROTOS NÃO SABEM DE NADA! *ele começou a ficar irritado com nossas confirmações e nos olhou com raiva* - VOCÊS NÃO TEM VOTO NA MATERIA, E ELA NÃO É TUA PRIMA BILOGICA, ELA É UMA BASTARDA QUE FOI ADOTADA PARA SUPROIR AS NECESSIDADES DA FAMÍLIA DELA! 


- NÃO FALE DA MINHA FAMÍLIA DESSA MANEIRA, VOCÊ NÃO SABE DE NADA! *eu comecei a me irritar com aquilo, naquele momento já nem queria saber se ele era rei ou não, no momento eu só conseguia ver um velho com o rei na barriga que achava que podia fazer o que ele queria* - E MINHA RESPOSTA É NÃO... Se me der licença...  


Eu me ia retirar, mas antes que isso acontecesse eu ouvi uma rosada vinda dele no que me fez olhar para trás sem entender a razão daquele lunático estar a rir do nada. 


- Você tem piada. *ele começou a abaixar a voz enquanto ri e depois me lançou um olhar que fez meu corpo estremecer* - Mas acho que você não iria querer perder a sua queria mãe como perdeu seu pai? 


Meus olhos se arregalaram ainda mais. 


- O que foi que você disse? *eu perguntei meia desacreditada no que estava a ouvir* 


Ele sorriu alcançando seu objetivo. 


- Isso mesmo que você ouviu. *sorriso malicioso surgiu em seus lábios* 


- Que estás a falar pai, você está louco? *Hélio tento chamar à razão de seu pai* 


Eu estava completamente em choque, aquele homem era o responsável pela morte de meu pai, eu sei que ele tinha mandado meu pai para a guerra, mas nunca pensei que ele estivesse envolvido nisso, eu ouve que meu pai esteve na linha da frente sendo que ele ficava na linha do meio, no que na altura deixou eu e minha mãe preocupadas antes de ele ir, mas agora tudo fazia sentido, isto foi tudo um plano dele desde o começo, por isso é que sempre que meu pai vinha do palácio ele andava meio repreensivo naquela época. Tudo por causa deste crápula e agora ele ameaçava a minha mãe. 


- Como você pode usar sua irmã para me ameaçar e ainda por cima considerar em matar ela? *eu perguntei com nojo* 


- Aquela mulher é uma bastarda assim como a filha dela, a única diferença é que eu e ela tínhamos o mesmo pai, acho que a única coisa que ela fez de bom, foi adotar uma bastarda como você. *ele acrescentou com a voz severa e firme* 


Eu estava com odio naquele homem, eu senti um sentimento que raramente sentia ou bem eu nunca senti odio por ninguém e naquele momento aquele homem me dava nojo e impulsão de uma raiva que eu nunca pensei em ter na minha vida inteira, eu olhei para Hélio ele estava tão chocado que não sabia o que dizer. 


- P-porque eu? *eu perguntei com dificuldade e sem entender* 


- Simples, você tem poderes e será a única maga do reino com melhor perfil para ser imperatriz do mundo humano e bruxo! *ele respondeu com um sorriso grandioso* 


- I-isso não faz sentido, e não é justo! *meu olhos começaram a querer lagrimejar e minha respiração estava pesada* 


- A vida não é justa senhorita vá se acostumando! *ele respondeu com desdém* 


Eu comecei a olhar para o chão enquanto mordia o lábio inferior de nervosismo, como eu odiava o poder alheio naquele momento! Eu apertei o canto do meu vestido e vi a mão de Hélio a fechar como um punho. Ele nos estava a obrigar a fazer uma coisa que ambos não queríamos, e isso era odioso de mais... 


- Como vamos fazer senhorita Rauscher, você vai casar com meu filho ou vai querer ver o pescoço de sua querida mãe numa estaca? *ele perguntou com uma voz preguiçosa e sem impaciência*



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Autor(a): CatFlower

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Como aquele homem podia? Eu ainda me perguntava como podia a ver uma pessoa tão calculista e hipócrita, alem de tudo ele destruiu minha família e tudo para ter mais poder? Eu estava chocada, com odio, com raiva e tristeza acho que eu sentia uma salda de fruta de emoções que eu nunca pensei em sentir, eu engoli em seco naquele momento e serr ...


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