Fanfics Brasil - Capítulo XXIII Duas Faces de Mim

Fanfic: Duas Faces de Mim | Tema: Harry Potter, Hogwarts Legacy


Capítulo: Capítulo XXIII

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[Lívia]


Eu senti o sol do amanhecer acariciar suavemente meu rosto, e me dei conta do aconchego do corpo de Sebastian sobre mim. Um sorriso terno e feliz iluminou meu rosto enquanto o observava dormir serenamente, com uma expressão tranquila, era tão bom sentir seus braços à minha volta. Com cuidado para não acordá-lo, deslizei meus dedos sobre seu rosto, admirando cada traço com carinho, até me deter em seus lábios, que pareciam convidativos ao toque.


Contudo, era hora de me levantar com cuidado para não perturbá-lo. Meus movimentos foram sutis até que, infelizmente, pisei em algo no chão, emitindo um leve ruído que fez meu coração acelerar de medo que ele acordasse. Por sorte, Sebastian apenas murmurou e virou-se na cama.


Com a mão sobre meu peito, respirei de alívio.


Aproveitei para ir até à cozinha. Mas antes peguei sua camisa, ainda impregnada com seu cheiro, e dei início a uma pequena preparação matinal. No entanto, notei que os suprimentos na cozinha estavam escassos, o que me levou a lançar um feitiço para trazer mais alimentos à bancada.


Enquanto preparava o pequeno-almoço, as lembranças de minha infância na cozinha da casa dos meus pais vieram à tona, inundando-me com uma sensação de nostalgia e saudade. Eu costumava adorar ajudar as empregadas na cozinha, apesar das reprimendas posteriores da governanta. Sorri com ternura ao recordar os momentos divertidos que passava com Keli na cozinha, preparando bolos e travessuras inocentes.


O aroma reconfortante do bolo assando no forno trouxe-me de volta ao presente, e voltei meu olhar para Sebastian, que dormia serenamente. Ele parecia tão pacífico e tranquilo, e meu coração se encheu de amor e gratidão por tê-lo conhecido, seus erros do passado eu não os conseguia esquecer, porém eu sempre acreditei que seus atos foram inconscientes, ele agora podia ser a pessoa que eu amasse, mas foi a pessoa que mais me ajudou desde que vem para Hogwarts. Além de Natsai, Adeliade, Gareth, Poppy e até mesmo o Amit que sempre foram amáveis comigo. E claro não podia esquecer do Ominis que mesmo ao começo nos termos estranhado, ele é uma pessoa maravilhosa e adoro o ver junto de Anne que mesmo com uma personalidade forte e sua fragilidade no momento.


A lembrança do dia que vem nesta casa com uma poção da invisibilidade, para ver como estaria o estado de saúde da garota me fez conhecer, um pouco mais conhecer sobre sua rotina, ela algumas vezes ainda vinha à rua para tentar apanhar ar, seu tio por sua vez sempre tentava ajudar a menina a deixando o máximo de tempo confortável. Anne não era uma garota que gostava de ficar quieta em seu canto, sempre que vinha ela estava sempre a fazer alguma coisa, mesmo com as reclamações de seu tio por causa de sua saúde que de volta e meia atacava.


Mas ouve um dia que apanhei seu tio a trabalhar em algum tipo de poção.


Eu fui até à bancada de trabalho do falecido Solomon e comecei a analisar seus trabalhos e materiais, alguns estavam cheios de pó.


- Bom dia.


Eu tive quase um susto, me senti completamente envergonhada, como tivesse sido apanhada a fazer algo que não devia, mesmo que a voz dele fosse de quem tinha acabado de acordar, eu olhei para Sebastian, eu sorri amarelo para ele, vê um sorriso a brincar em seus lindos lábios, me fazendo meus olhos brilharem com seu bom humor naquela linda manhã.


Decidi confessar o que estava a fazer.


- Bom dia, sempre me perguntei o que tanto o teu tio fazia, para que estas coisas? *Murmurei, enquanto mexia nas ferramentas de Solomon*


- Ele estava sempre a fazer experimentos estranhos, nunca entendi, desde que eu e Anne o conhecemos, acho que foi um passatempo que ele arranjou depois de sair do Ministério. *Falou ele, se começando vestindo*


- Hmm, interessante... *Disse, continuando a mexer nas coisas*


Até meu olhar se encontrar com uma caixa me deixando intrigada, eu peguei a pequena caixa e a comecei analisando vendo alguma forma de abrir sem ter que usar magia, até a voz do sonserino surgir.


- Encontraste algo interessante? *Perguntou, que demostrava seu interesse.*


Eu o encarei e lhe mostrei a caixa.


- Sim, encontrei esta caixa trancada. Parece ser antiga, talvez haja algo importante dentro dela. *Respondi.*


Ele começou a andar até mim e disse que sempre teve curiosidade sobre aquela pequena caixa, como não tinha outro jeito acabamos abrindo a caixa com "Alohomora" encontrando várias cartas a onde demitentes eram os pais de Sebastian, pelo que entendi, o Solomon tinha muitas discussões com o pai dos gêmeos a onde a mãe deles era sempre mencionada, até que chegamos a uma carta que por sua vez estava fechada e pelo que parece nunca enviada.


O que não esperamos foi o que acabaríamos por descobrir naquele pedaço de papel.


"Meu maior arrependimento.


Esta carta é mais um desabafo que eu sei que nunca irei entregar, mas é a confissão do meu pecado, eu amei a mulher do meu irmão, um amor que nunca foi retribuído, ela escolheu ele, porque ele? Ele sempre teve tudo, e nunca se esforçou nem um pouco pelas coisas, Benjamin tinha um feito tão teimoso e persistente sobre as coisas.


Eu aproveitei esse facto para naquele dia colocar um veneno em toxina lâmpada, para assim me vingar dele, eu só nunca esperei que a Giselle estivesse com ele naquele dia assim causando aquele trágico acidente, em minha própria vergonha, ataquei um dos bruxos das trevas com uma maldição imperdoável para ter um pretexto que ninguém descobrisse da verdadeira razão.


Pela minha sorte, fui obrigado a cuidar dos gêmeos, Anne e Sebastian são dois garotos rebeldes e mimados, mas sempre que olho para a Anne me lembro da minha amada Giselle, já Sebastian cada dia que passa se torna tão teimoso como seu pai era um dia, me levando muitas das vezes a crises de stress, eu só estou a cuidar eles como uma punição que dou a mim mesmo, por minhas ações.


E me tentar redimir assim, sobre meu grande erro."


Eu e Sebastian ficamos completamente em choque com o que tínhamos acabado de ler, então aquilo queria dizer que a morte dos pais de meu amado tinha sido causada pelo seu próprio tio? Eu olhei para Sebastian que tremia por todo o corpo, eu vi seus dentes a serrem um no outro, sua expressão que antes estava alegre desta vez demostrava raiva e frustração.


- Mas que merda é esta?! Aquele cabrão! *Ele rosnou, a olhar em suas mãos agora estava esfolada pela sua fúria*


Sebastian estava claramente perturbado com o que acabara de descobrir, e eu o observei com preocupação enquanto ele cerrava os punhos, lutando para conter a raiva que fervilhava dentro dele. Seus olhos faiscavam com uma intensidade feroz, e eu sabia que ele estava à beira de explodir.


Tomei uma respiração profunda, tentando manter a calma enquanto enfrentávamos essa revelação chocante juntos. Não era fácil absorver a verdade por trás da tragédia que havia assolado a família de Sebastian, os atos de seu tio eram completamente impuros, e tudo por causa de um amor não correspondido.


- Sebastian, nós precisamos... *Comecei a dizer, mas fui interrompida pela voz dele, carregada de frustração.*


-Eu não posso acreditar nisso. Tudo esse tempo... *Ele murmurou, suas palavras cortadas pela raiva contida.* - Meus pais... Anne e eu... Nós fomos deixados para trás por causa da maldita vingança desse desgraçado!


- Sebastian, escute. *Eu tentei colocar a mão gentilmente sobre o ombro dele*


Infelizmente ele a tirou, e sem me deixar falar seja o que for, ele jogou aquele envelope todo marcado no chão e com passos largos, ele saiu pela porta fora, deixando-me ali, atônita com a intensidade de suas emoções. Eu o observei partir, sentindo-me impotente diante da avalanche de sentimentos que o dominava. Sabia que ele precisava de um momento para processar tudo aquilo, mas também temia que sucumbisse à raiva que o consumia.


Com passos hesitantes, aproximei-me do envelope que ele havia jogado no chão. A carta, agora amassada e marcada, parecia conter uma carga emocional tão pesada quanto as palavras ali escritas. Aquilo era uma história trágica que eu já mais poderia querer saber sobre uma parte de vida de Sebastian, uma história que era mais sombria do que eu jamais poderia imaginar.


Apanhei o envelope e o analisei mais um pouco, quando como tivesse a captando algo, virei ele algumas vezes e depois olhei para as chamas da lareira, como elas pedissem que eu fizesse a coisa certa que era me lembrar daquele pedaço de papel, e sem menos pensar eu o fiz, deixando-o ser consumido pelo fogo. As chamas devoraram a carta, transformando-a em cinzas que dançavam na brisa da lareira, levando consigo as palavras dolorosas que continha. Foi como se eu estivesse libertando um peso insuportável, permitindo que a verdade se dissipasse junto com o calor das chamas.


Segundos depois Sebastian tinha voltado, sua expressão ainda carregada de raiva e angústia, mas agora misturada com uma sensação de vazio. Ele olhou para mim, seus olhos encontrando os meus em busca de conforto e compreensão. Eu me aproximei dele lentamente, estendendo a mão para tocar seu rosto com suavidade.


- Saby, eu sinto muito. *Minha voz saiu em um sussurro, repleto de empatia e carinho.* - Eu não posso imaginar como estás te sentindo agora.


Sebastian olhou para mim por um momento, seus olhos mostrando uma mistura de dor e gratidão.


- Eu não sei o que fazer, Lívia. *Ele murmurou, sua voz carregada de cansaço.* - Tudo isso é demais para processar.


Eu o abracei com força, oferecendo-lhe meu apoio silencioso. Não havia palavras que pudessem consertar o que havia acontecido, mas eu estava determinada a estar ao seu lado, não importava o que acontecesse.


- Nós vamos superar isso juntos. *Eu disse, tentando transmitir toda a minha determinação em minhas palavras.* - Você não está sozinho, Sebastian. Eu estou aqui com você, hoje e sempre.


Sebastian respirou fundo, tentando reunir a coragem necessária para enfrentar a situação de frente. Seus olhos, agora repletos de determinação misturada com dor, buscavam a carta que há pouco tempo estava ali. Ele tentou limpar uma lágrima solitária que ameaçava escapar de seus olhos cor de amêndoa e, em seguida, olhou para o local onde a carta estava antes.


- Aonde está aquilo? *Ele perguntou, sua voz carregada de tensão.*


Eu senti um nó se formar em minha garganta, e começando a pensar se o que tinha acabado de fazer há segundos atrás poderia ter sido a melhor coisa a ter sido feita, ou se eu mesma fui errada por ter acabado cometer outro erro, fosse como fosse tentei arranjar coragem para confessar minha ação impulsiva anterior, respirei fundo fazendo ele prestar atenção em mim.


- Lívia, a carta? *Ele estava a começar a ficar ansioso*


Estreitei os lábios e olhei para meus pés descalços naquele chão de madeira tentando encontrar as palavras certas para explicar minha ação.


- Eu... eu queimei a carta, Sebastian. *Murmurei, evitando seu olhar enquanto me preparava para sua reação.*


Ele se virou para mim, uma mistura de surpresa e raiva brilhando em seus olhos. Ele deu alguns passos para trás e arqueou a sobrancelha*


- Tu o quê? *Sua voz era firme, mas carregada de incredulidade.*


Eu engoli em seco, sabendo que minhas palavras não seriam bem recebidas.


- Eu sei que pode parecer errado, mas... *Tentei me justificar, mas fui interrompida por sua voz.*


- Lívia, tu não tinhas o direito de fazer isso! *Ele rosnou, sua expressão endurecida pela frustração.*


Eu fechei os olhos em descrença pela sua repreensão, sentindo-me culpada por minha decisão impulsiva.


- E-eu só queria te proteger, Sebastian. *Murmurei, lutando contra as lágrimas que ameaçavam inundar meus olhos.* - Eu não queria que você sofresse ainda mais por causa daquela carta.


Ele olhou para os cantos na casa, com um sorriso sínico, passando a mão pelo cabelo em um gesto de frustração.


- Me fazendo sofrer? *Ele me encarou* - Me poupa, sério tem vezes que és muito ignorante! *Ele bateu em sua própria testa*


Aquelas malditas palavras estavam de novo na boca dele, eu odiava quando ele me chamava de ignorante, quando eu sabia que as coisas que eu fazia eram apenas para proteger as pessoas que eu amava.


- Podes parar de me chamar assim? *Falei com frustração também*


- Há, que queres que te chame? Consequente?


Eu abaixei o olhar, sentindo-me ainda mais desanimada diante de sua reação. Sabia que ele estava ferido e irritado, mas não esperava que descontasse em mim dessa forma. Sebastian apontou para a lareira com um gesto de frustração.


- Tu não entendes! *E voltou a olhar para mim de novo* - Aquilo podia ser uma prova para mostrar à Anne que seu tio não era o homem que ela tanto pensava ser!


Eu engoli em seco, sentindo o peso de sua acusação. Ele tinha razão, e eu sabia disso. Minha impulsividade tinha me levado a agir antes de pensar nas possíveis consequências. Baixei os olhos novamente, sentindo-me culpada pela minha ação.


- Eu sei, Sebastian... Eu sei. *Murmurei, incapaz de encarar sua expressão de desapontamento.* - Eu só... não pensei direito, e agora... d-desculpa-me.


Sua respiração era pesada, e eu podia sentir a tensão no ar enquanto ele processava minhas palavras. Sabia que tinha decepcionado. Um silêncio insuportável se fez presente, eu sentia seu olhar sob mim como um falcão. Segundos depois ouvi seus passos de novo a se afastarem de mim o que me fazendo olhar. Sebastian hesitou por um momento, como se estivesse lutando com suas próprias emoções. Senti o peso de suas palavras, como se cada uma delas cortasse-me profundamente.


- Nem penses em vir atrás de mim, e não fales tão cedo comigo, preciso de tempo! *Disse ele com a voz carregada de uma mistura de raiva e decepção.*


- E-espera eu, tenho... *Eu não consegui acabar de falar algo que poderia o ajudar*


O som da porta se fechando ecoou pelo ambiente, deixando-me sozinha na sala, imersa em um silêncio opressivo. Senti-me como se estivesse congelada no lugar, incapaz de processar completamente o que acabara de acontecer. Até que senti meus joelhos a tocarem no chão de madeira. Minha mente estava tumultuada com uma enxurrada de pensamentos e emoções, meus olhos soltaram pequenas lágrimas de culpa.


Eu devia ter pensado, mas nem me chegou à consciência essa possibilidade de mostrar à irmã dele naquele momento, me senti muito egoísta e hipócrita, o que eu ia fazer agora? Meu coração doía, mordi o lábio inferior em pretexto.


Um tempo depois enjuguei minhas lágrimas e respirei fundo, tentando encontrar alguma calma no meio da tempestade que se formava dentro de mim. Sabia que tinha cometido um erro grave, e agora precisava encontrar uma maneira de remediar a situação. Mas, por enquanto, só restava respeitar o desejo de Sebastian por espaço e tempo.


Me levantei, e fui até a onde estavam minhas roupas, me vesti com dificuldade e sai daquela casa, deixando as coisas feitas caso ele chegasse com fome juntamente com uma carta, como uma forma de respeitar sua decisão, e que esperaria por ele.


Aqueles dias foram insuportáveis, meu irmão tentou intervir, mas eu o impedi, não queria mais que ele se intrometesse a minha vida, até porque aquilo era um assunto do Sebastian e meu, já o sonserino desde então mal me encarava, nas aulas era como fossemos desconhecidos o que deixava meu coração partido, mas eu sabia que a culpa era toda minha, eu devia ter ficado quieta, sério tenho vezes que eu consigo lidar tão bem com as situações e outras, isso me fez lembrar de meu erro quando deixei que o professor Fig vir comigo o que levou à perda de sua vida, que até hoje me sentia culpada por isso. Eu perto das outras pessoas tentava demostrar que estava bem, mas por dentro sentia uma dor imensa.


Tentava me focar em outras coisas mais importantes, como Anne, eu estava no gabinete da professora Weasley a tomar um chá. Eu precisava que ela ajudasse a Anne, o pergaminho de Merlin tinha algumas informações sobre o assunto, mas isso deriva transferir a doença de Anne para algo ou alguém.


A professora me olhou com uma expressão serena, mas com um brilho de curiosidade nos olhos. Ela podia sentir a tensão que me envolvia.


- Lívia, eu sei que algo está te perturbando profundamente. Sabes que eu estou aqui? Eu prometi à tua mãe que cuidaria de ti. *Disse a professora, sua voz suave transmitindo uma sensação de conforto e delicadeza.* - O que a preocupa?


Respirei fundo, eu realmente precisava de falar com ela sobre aquele assunto, era agora ou nunca.


- Professora Weasley, é sobre Anne... *Posei minha chávena em cima da mesinha e a olhei com as mãos em cima de minhas coxas que estavam tapadas com a longa saia do meu uniforme* - Eu descobri algo sobre a sua condição, e... *eu hesitei por um momento, reunindo minhas palavras com cuidado.* - Descobri que a senhora tem o poder de curar maldições, e eu gostava de saber porque, nunca fez nada quando tinha oportunidade. *Tentei ser frontal, mas cuidadosa com as palavras*


Vi a professora Weasley ergueu uma sobrancelha em surpresa, mas manteve sua expressão composta, ela olhou para sua chávena um pouco pensativa sobre minha pergunta relâmpago.


- Sim, é verdade que tenho algumas habilidades nesse sentido. Mas, Lívia, você precisa entender que lidar com maldições é extremamente complexo e perigoso. *Ela pausou, e me encarou como estivesse a me estudar.* - Seu tio, nunca me deu a chance de poder cuidar da condição da pobre menina também. Creio que ele tinha medo que algo desse errado.


- hmm, *fiquei pensativa sobre sua resposta, minhas suspeitas que o tio de Anne nunca a quis curar, começavam cada vez mais a fazer sentido* - E agora? Ela está sozinha professora, e precisa de ajuda! *Confessei minha preocupação* - Ela precisa da nossa ajuda, eu tenho conseguido anestesiar sua condição, mas não sei até quando mais. *Eu peguei em suas mãos, implorando com os olhos apanhando surpresa* - Por favor professora! Eu lhe imploro, a Anne é a única família do Sebastian, o resto da família dos Sallow está muito longe.


Eu olhei para a Professora Weasley com uma urgência evidente em meus olhos. Anne estava enfrentando uma batalha solitária contra sua condição, e eu sentia o peso da responsabilidade não só porque prometi a ela, mas também porque queria ver a antiga sonserina com um pouco de esperança. Sabia que não podia falhar com ela, e mesmo não estando nas melhores com dições com ele também não queria falhar com Sebastian.


- Professora Weasley, eu sei que pode ser perigoso, mas... Anne precisa de nós. Ela não pode continuar sofrendo assim, isolada e sem esperança. *Minha voz tremia ligeiramente, mas minha determinação era clara.* - Por favor, há algo que possa fazer? Algum tipo de tratamento que possa aliviar sua condição?


A professora olhou para mim com compaixão, suas mãos envolvendo as minhas em um gesto reconfortante. Eu senti um calor reconfortante emanando dela, como se sua presença sozinha trouxesse um pouco de conforto à minha angústia. Era por essas e outras que eu adorava a professora Weasley, sempre soube que era uma mulher sabia, uma mulher humilde e determinada.


- Lívia, entendo sua preocupação, neste momento acho que a pobrezinha realmente perdendo o tio e estando sozinha deve estar a sentir um grande peso em cima de si mesma. Irei tentar ajudá-la. *Ela falou com uma serenidade reconfortante.* - Existem algumas opções que podemos explorar, mas preciso de tempo para estudar o caso dela com mais detalhes. Não posso prometer resultados imediatos, mas prometo fazer tudo o que estiver ao meu alcance para ajudá-la.


Aquelas palavras fizeram com que uma força de esperança dentro de mim se iluminasse e um alívio enorme em meu coração. Me senti ansiosa.


-Obrigada, Professora. *Eu disse com sinceridade, sentindo um peso sendo retirado de meus ombros.* - Eu confio em você, sei que vai conseguir!


Meus olhos e meu sorriso brilhavam mais que as próprias estrelas brilhantes, contagiando assim a professora, que retribuiu com um sorriso terno. Agora só me faltava falar com Anne, e colocar algum juízo naquela cabeça, eu não vou deixar que as coisas que o senhor Solomon colocou na cabeça da minha amiga levarem a melhor. Anne tem pessoas que realmente se importam com ela, meus pais sempre me ensinaram a lutar pelo que acredito ser possível, estou acreditando em sua cura.


Se passou mais 7 semanas e estávamos quase nas férias estavam quase à porta, eu estava no salão principal a comer juntamente com minhas amigas, tentei espreitar a mesa do fundo tentando encontrar Sebastian, que por seu sinal me ignorava, o que aumentava a minha angústia e culpa. Olhei para o prato à minha frente, a carne tinha um aspeto agradável, mas a única coisa que eu sentia era uma grande vontade de gomitar.


O mais provável é que, com as coisas que andavam a acontecer meu apetite e estomago andavam a dar sinais de mal-estar, eu respirei fundo, tentando acalmar minha ânsia naquele momento. Engoli em seco, e me forcei a comer algumas garfadas enquanto tentava manter minha mente ocupada com outros pensamentos.


Quando finalmente terminei de comer, deixando alguma comida dentro do prato, decidi dar um passeio pelo castelo, na esperança de clarear um pouco minha mente tumultuada. Mas sentia um cansaço imenso estes dias estranho, me apoiei sobre a parede, eu tinha pedido às minhas amigas e irmão que iria clarear um pouco as ideias. Meu irmão tinha olhado feio para a mesa a onde estava Sebastian e eu o mandei parar com aquilo. Me lembrando disso me dava ainda mais ânsia. Mas fechei os olhos e depois me dirigi ao jardim por trás do castelo.


Me deitei sobre o gramado e fechei os olhos, me deixando vencer pelo cansaço que me andava a atormentar aquelas semanas, tinha mandado uma carta para Anne para me reencontrar com ela depois das 6:00 da tarde, pelo menos queria estar um pouco melhor, até porque era fim de semana. Eu me iria encontrar com ela perto do castelo de Rookwood, até porque a próxima missão de meu irmão seria lá, e eu precisava estar com ele pelo menos acompanhar até ao local.


Ainda naquele momento no gramado, senti um toque suave em meus lábios o que me fez acordar de repente, encontrando com aquelas íris castanhas que faziam meu coração derreter, eu o encarei sem entender por causa de seu olhar terno enquanto me encarava, sua caricia eu minha face me fez fechar os olhos, e senti seus lábios nos meus, eu estava confusa, mas estava feliz, por estar a sentir o toque dele de novo. Mas tudo ficou baso e quando finalmente abri os olhos estava sozinha naquele gramado.


"Então era tudo um sonho?" Perguntei para mim em pensamento, parecia tão real. Cocei o olho direito e me levantei. Ainda atordoada pelo sonho vívido que acabei de experimentar, levantei-me do gramado e olhei ao redor do jardim do castelo. O vento soprava suavemente, fazendo as folhas das árvores dançarem em uma melodia tranquila.


Suspirei, tentando dissipar a confusão que ainda pairava em minha mente. A sensação dos lábios de Sebastian nos meus ainda ecoava em minha memória, tão real e intensa que era difícil acreditar que tinha sido apenas um sonho.


Sacudi a cabeça, tentando afastar esses pensamentos. Precisava me concentrar no que tinha planejado para o restante do dia.  



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Autor(a): CatFlower

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