Fanfics Brasil - Capítulo IV Duas Faces de Mim

Fanfic: Duas Faces de Mim | Tema: Harry Potter, Hogwarts Legacy


Capítulo: Capítulo IV

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[Sebastian] 


10 dias se passaram desde o ocorrido na disciplina na defesa contra a arte das trevas, eu estava a andar um lado para o outro na sala comunal de Slytherin preto da lareira como normalmente fazia, o pessoal me observa atentamente, acho que minha cara estava visível até a Imelda veio umas 2 vezes falar comigo, e eu só a ignorei, acho que os acontecimentos todos que tem acontecido mexeram comigo, e acho que perdi a Lívia também, pois a mesma pode ter se cansado de esperar, e aquele Blake... no dia no sala de refeições, aquele gajo veio com as mãos das a ela, me comecei a lembrar daquele momento. 


[Flashback] 


Eu estava a falar com Ominis sobre ocorridos na enfermaria e se ele tinha novidades sobre minha irmã. 


- Sabes que a Anne ainda precisa de tempo, ela está muito magoada, e sabes que só voltei a falar contigo, porque a Lívia insistiu. 


Nós estávamos a falar por sussurros para que os outros da nossa casa não nos notassem, ao escutar aquilo senti que os últimos dias tentando evitando ela pela vergonha que sentia todos aos dias ao olhar para ela e os problemas que lhe causei, bem às vezes longe de seu olhos cinzas, aquele olhar que me lembrava a lua, das vezes que eu e minha irmã quando ela ainda estávamos de bem um com o outro, observamos para a mesma e começávamos a imaginar o nosso futuro ao longo dos tempos, ela costumava dizer que quando ela saísse de Hogwarts iria seguir a carreira no ministério, e eu poderia ser um professor na defesa contra as artes das trevas, mas isso tudo foi  por água a baixo assim do ocorrido com a mesma, finalmente aquele goblin nojento estava morto, mas meu medo de perder de vez a minha irmã era grande de mais na época e isso me levou a fazer coisas que no final me afastou mais da mesma, já para voltar a falar com o Ominis de novo foi complicado, sempre que tentava ele, apenas passava por mim e tentava não falar nada, mas mais 1 mês depois ele mesmo veio conversar comigo, me chamando para o nosso esconderijo secreto e ai ele me falou da conversa que ele tinha tido com a Lívia, e de como eu deveria de falar com ela desde tudo, mas que eu estava a ser orgulhoso, eu lhe expliquei o porque de eu não estar a falar com ela, mas mesmo assim ele me disse que ela não ligava a isso e que ele sentiu que ela andava meia frustrada por eu não falar com ela mas que não tinha falado nada com o Ominis, mas o mesmo sentiu, ele ainda tinha falado com ela, mas a mesma segundo ele preferiu não entrar em detalhes, também sei que ela tentou falar comigo muitas das vezes sobre algo, mas como disse, meu medo que ela se envolvesse depois de tudo o que fiz ela passar, mesmo que ela tenha feito por vontade própria, não me deixa descasado, não queria me apegar a mais ninguém também, pois minha admiração por ela se está a transformar em algo mais serio, eu sinceramente não a quero magoar, mas também não quero que ela se envolva mais nos meus problemas, isso só vai causar mais problemas a ela, minha irmã... fechei com força meus olhos e abanei a cabeça negativamente, “se eu podesse voltar a tras...” fui imprudente, como eu posso ter chegado aquele ponto, ao principio não pensei em nada, só a raiva que sentia no momento... A lívia me tentou acalmar depois de tudo, mas eu vi nos olhos dela que ela ficou fustrada e desepsionada comigo, por isso não quero que ela fique mais assim por minha causa, me prefiro afastar do que ver ela sofrer assim... suspirei e olhei para o Ominis. 


- Não é tão fácil como parece...  E o melhor para ela é que eu me afaste. *eu falei meio frustrado enquanto comia um pedaço de carne* 


- Sabes ela tem tentado falar contigo alguns dias, eu sei o que se passa, mas acho que devia de ser ela a falar contigo sobre o assunto...  


Eu olhei para ele meio confuso e ao mesmo tempo nada admirado, sei que ele não conseguia ver, mas sua intuição aposta que pressentiu minha reação, conhecendo como o conhecia. 


- Eu sei os teus sentimentos por ela Sebastian, eu sinto a tensão que vem de vocês os dois quando estamos juntos, isso muitas das vezes me faz sentir uma vela... *Falou ele com ironia* 


Eu bufei e fiquei meio a suar frio, era tão visível assim o que eu sentia por ela? Espera, ele disse que ela possivelmente também sentia algo por mim? Levantei uma das sobrancelhas a estranhar a situação, mas depois fiquei surpreso ao me lembrar no momento da enfermaria, a onde ela quando estava adormecida ela chamou meu nome com uma voz abafada, aquilo ferveu meus sentidos, eu tinha apertado a mão dela depois disso. Quando finalmente ela acordou eu estava a conversar com a Natsai sobre o assunto, pois não entendia porque ela teve aquela reação na sala contra as artes das trevas assim que viu aquele gajo. 


Naquele momento, assim que as garotas saíram, nós fomos atrás delas, para chegamos na sala ao mesmo tempo, eu ia falando com o Ominis sobre as coisas que tenho que melhorar em mim, pois eu desta vez quero ter uma atitude melhor sobre as situações, mas eu sou impulsivo para caralho. E olha a onde eu estou...  


Assim que chegamos à sala vi um grupo de garotas com um rapaz, era aquele rapaz da noite de apresentação de ontem, até ouvir Poppy toda empolgada puxando a manda da capa da Lívia, aquilo desparrou meus sentidos pois vi ela a olhar fixamente para ele e vi o mesmo a olhar para ele, aquilo foi em segundos... Vi a Lívia tocar na cabeça, como ela tivesse a ter uma dor de cabeça daquelas mesmo estando de costas para mim senti que algo não estava certo então empurrei toda agente, e ela caiu nos meus braços. 


- Lívia! *olhei para ela preocupado* 


A professora ainda não tinha chegado então agarrei na mesma e sai dali o mais rápido possível sem ligar aos olhares das outras pessoas, comecei a correr para a enfermaria, e aqui estava eu depois disso, só sei que algo não estava certo. Quando ela finalmente acordou, fiquei mais calmo, mas a 1ª pessoa que ela viu mesmo eu estando ali foi a enfermeira já que era a pessoa que estava a dar uma poção de acordar em casos de desmaio. A mesma foi se levantando aos poucos, e vi ela com dificuldade a perguntar à Natsai o que tinha acontecido, e depois vi ela arrepetir meu nome, parecia meia confusa, eu me fui aproximando aos poucos. Quando os meus olhos e os dela se cruzaram senti algo estranho. 


- Desculpem, eu já estou bem, preciso de apanhar ar, depois falamos.  


No momento que ela disse aquilo, ela se levantou e nem deu tempo de falar nada, pois ela correu muito rápido queria ter ido a traz dela para perguntar o que se passava, ok fiquei meio confuso no momento sem entender o que se passava, e acho que vou ter que falar mesmo com ela, acho que já é tempo a mais que estou adiar nossas conversas. 


Voltando ao momento da conversa com o Ominis na mesa. 


- Eu sei que tenho que falar com ela, mas não é fácil... *parei por minutos de falar* - Eu vou tentar chamar ela, para conversamos e... 


Naquele momento a porta principal da sala de jantar se abriu como um estrondo, no que roubo a minha atenção assim como todo o mundo que estava na sala, vi o rapaz novo meio afegane e depois vi ela... O que? Como assim? Mas uma coisa que começou a me irritar foi o facto de os dois estarem de mãos dadas, o que significava aquilo? Algo cresceu em mim era um sentimento estranho que nem eu mesmo sei do que se tratava, meu olhar estava fixo naquilo, minha raiva estava a crescer. 


Mas depois ouvi o Diretor Black a se queixar, no que fez os dois notarem que estavam de mãos dadas, os dois separam e ficaram meio sem jeito, regalei os olhos no mesmo momento e senti a tensão em todo o meu corpo a queimar, mas a mão de Ominis sobre meu braço me fez refletir antes de começar a fazer algo que possivelmente me ia deixar em apuros, prometi isso a ele, e juro que tou a lutar contra isso ao máximo. 


- Não faças nada que não devas, eu estou a ouvir o Diretor Black e estou a sentir a tua tensão, eles chegaram ao mesmo tempo? 


Ele estava a se referir ao gajo novo e à Lívia. Eu serei os dentes e com dificuldade disse que sim. Vi ambos os dois a irem para suas supostas mesas, e às vezes via ela a olhar para ele. E eu só dizia para mim: “Calma Sebastian pensa na promessa que fizeste ao Ominis...” 


[Fim Flashback] 


Agora no presente faz sentido a reação dela naquele dia, mas juro que aquilo me fez aquecer por dentro, o Ominis falou depois que aquilo que eu sentia era ciúmes, mas para mim nem queria saber, só sei que não gostei de ver eles juntos daquele jeito, mas enfim, depois ouvi a Poppy e a Adelaide a falar com o resto do pessoal no qual elas falaram que o que os dois tinham era só laços de sangue, isso quer dizer que a Lívia também tinha um gémeo, por muitas vezes tentei falar com ela, mas a mesma estava sempre ocupada, ou o mais estranho é que agora sempre que eu me tentava a aproximar a mesma se afastava, sinceramente não entendo porque ela está assim? Antes não parava de me procurar de desde que apareceu o irmão dela a mesma me deixo de parte. 


- A pensar nela? 


A voz que vinha na minha direção me fez perder dos meus pensamentos e vi o Ominis a vir na minha direção com a varinha dele a indicar o caminho como do costumo, a expressão dele era calma e ao mesmo tempo preocupada, eu estreitei os lábios e tentei disfarçar a situação, não queria ter aquela conversa no momento. 


- Estava a pensar nos exames... *tentei dar uma desculpa* 


- Exames? *ele estreitou os lábios* - hahaha me faz rir Sebastian... 


Eu fiz uma careta, desaprovação à ação dele, não e eu sei que pouco ligava a isso, pois eu até que tinha notas ressuáveis, até porque sempre estudava antes de vir para hogwarts nas ferias, e ultimamente tenho ando tão focado com a cura da Anne que deixei os estudos de lado... 


- Hey! Os exames andam à porta ok... *falei indignado* 


- Sebastian eu sei que estás stressado porque eu deixo da não anda a falar... *ele falou com voz firma* 


- Não é isso... *neguei sua confirmação* 


- Pelo o que entendi ela anda focada em conhecer seu irmão aparecido do nada. Acho que aproveitar o momento perdido é sempre bom, acho que farias o mesmo se a Anne voltasse a falar contigo. 


- São situações diferentes Ominis. *falei frustrado* 


- Há! Viste eu sabia! Era sobre ela mesma *ele confirmou com um sorriso no rosto e orgulhoso por me ter apanhado* 


- Aff, pelas barbas de Merlin, para com isso, não quero falar do assunto... *mesmo ele não me ver fiz cara feia para ele* 


- hahaha, tudo bem, mas para ficares mais relaxado, dá tempo ao tempo, não sei porque ela deixou de falar contigo, a mesma também nunca entra em detalhes sobre o assunto, mas creio que ela estar receosa em alguma coisa, até porque segundo o que entendi a mesma deixo de falar contigo de vez desde aquele dia na enfermaria. *ele fez uma pausa* - Sei que já me disseste que não tinhas falado nada que não devias. Mas creio que seja outra coisa... Por isso dá tempo ao tempo. 


- O caso Ominis é que eu não quero dar esse tempo! Eu queria falar com ela agora, por estar com ela! 


- Sebastian *ele mudou o tom de falar para mais sério* - Respeita ela agora, pois ela fez o mesmo por ti, e senti que ela não andava bem por isso, a garota acabou de conhecer um irmão que ela às uns tempos para cá nem sabia que existia, creio que seja normal. 


Eu me coloquei a pensar um pouco no que ele falou, mas mesmo assim meu orgulho não queria acreditar nisso, algo estava errado, eu sentia isso, se fosse só isso eu ia entender também, mas tinha algo a mais nesta história. Eu preferi não falar mais nada com o Ominis, pois creio que ele não me iria escutar e iria continuar a dizer as coisas que estava a dizer. Ele entendeu meu silêncio. 


- Bem, mas e ai posso então estudar contigo? 


- Ya bora...  


Acho que estudar um pouco ia me tirar dos meus pensamentos frustrados então me agarrei ao ombro dele e ajudei, ao guiar até à biblioteca. 


[Lívia] 


- Concentra-te *A voz dele era firme e reta* - Precisas de foco, só saberes que tens a magia ancestral não basta! 


- Eu estou a tentar! *falei meia stressada pela insistência dele* 


- Não é o suficiente, estás muito tensa, tenta relaxar os ombros isso vai ajudar com os movimentos da varinha... *ele fala num tom brincalham* 


Eu bufei com a brincadeira dele, aff ele parecia o Sebastian com as ironias dele, são mesmo homens! Revirei os olhos em protesto, mas tentei manter o foco no objeto à minha frente e usei a magia ancestal para transformar ele numa borboleta, mesmo que não seja o feitiço transformation. Ele bateu palmas quando eu consegui e me deu uma sacola de água. 


- Vá, agora quero que olhes para esta folha...  


Eu arquei as sobrancelhas meio tipo “Como é que é?” o estranhando. 


- Porque uma folha. 


- Imagina algo ou alguém, mas mantem o foco. *ele falou num tom firme e claro* 


Eu pensei em não protestar, pois não ia valer a pena, então me foquei no objeto que tinha na mão, eu consegui ver todos as linhas daquela folha como fossem só uma, ao principio não estava a conseguir imaginar ninguém mas depois a Anne me veio à cabeça e por pura magia, senti um vento sobre meus cabelos  no que fez eu largar aquela folha e a mesma se ter transformado na pessoa que eu estava a pensar, a mesma olhava um lado para o outro sem saber ao certo a onde ela estava, eu regalei os olhos no mesmo momento. “como assim eu conseguia invocar pessoas ou até mesmo objetos?” me questionei enquanto olhava para ela e depois olhei para meu irmão de relance com aquele olhar, “Isto é possível?” Ele apenas me sorriu de forma brincalhona, mas fomos interrompidos por um gemido, meu coração começou a se afligir e eu fui até à garota que estava com dores.  


- ANNE! *gritei aflita e preocupada pela situação* 


Eu a segurei e com dificuldade ela olhou para mim. 


- Tu! *ela falou confusa* - A onde eu estou? 


- Estamos na gruta do norte de Hogwarts Anne. *lhe disse enquanto ajudava a se sentar numa das padras que tinha naquela gruta* 


Ela mesmo sem entender, tinha aceitado a minha ajuda, pois sabia que estava incapacitada e toda ajuda era boa. 


- C-Como eu vem parar aqui? *ela falou meio com dificuldade* 


Meu irmão se aproximou com cuidado e ao mesmo tempo preocupado. 


- O que se passa com ela? *ele me olhou na dúvida* 


- Ela tem uma maldição Blake. 


- Ooooh *disse entendendo* - E ela é? 


- É a irmã de... *serei os olhos antes de prenunciar o nome, mas decidi não o fazer* - Dum garoto lá da escola. 


- Estás a falar do rapaz de Slytherin? *ele começou a pensar com a mão sobre o queixo* - Por a caso não era aquele que te levou para a enfermaria na outra vez? 


Revirei os olhos – Sim esse mesmo... 


- Lívia, a-a porque eu vem aqui e quem é ele? *ela falou apontando para o meu irmão* 


- Ele é meu irmão gémeo, e Anne desculpa estava no meio de um traino de invocar coisas, e acho que foste a 1ª coisa que me veio à cabeça... *Falei meia envergonhada* 


Ela mesmo com dificuldade me deu um sorriso de leve, e eu contribuiu com ternura colocando minha mão sobre a dela, como cumplicidade, eu tinha feito uma amizade com ela assim que a conheci, prometi a ela que não deixaria nada acontecer com o irmão dela, mas o Sebastian foi mais teimoso do que eu pensava... Eu realmente sentia muito pelo tio deles, eu fiquei chocada no momento que o Sebastian fez o que fez, e ele ainda se achou o fodão da parada, e ele não queria parar se não fosse pelo Ominis e eu, mas também não queria ver ele ir para Askaban, ele errou, mas sei que o rapaz que eu conheci no dia que aprendemos levioso e que nos confrontamos com esse ataque, ainda estava ali, ele só é uma pessoa de cabeça quente, e eu não o posso julgar, mas ainda sinto que aquele livro do Slytherin tem alguma coisa à ver com isso. Eu preciso falar com o Ominis agora que me lembrei disso, e eu tenho uma ideia, só que terei que convencer o rapaz, ele vai me ouvir, e espero conhecendo o Ominis como o conheço que ele concorde comigo. Pois ambos queremos dar um fim a isto tudo. Eu vi no futuro há uns tempos atrás que esse livro vai ter muito mais uso do que agora, eu preciso impedir isso, assim como quero proteger a magia ancestral. 


Abanei cabeça para sair daqueles pensamentos, foquei na garota à minha frente, a mesma estava a estalar os dedos para que eu saísse dos meus pensamentos, eu pisquei meus olhos algumas vezes e depois olhei para ela e para meu irmão que estavam com caras de ironia. 


- Oi? Tás bem? Estavas no alem? *ela falou meia brincalhona* 


- Não é nada não Anne eu estava a pensar nas coisas que se passaram antes. *fiquei meia depressiva* - Me desculpa, Anne e-eu... *falei meia com dificuldade* 


- Eu sei, Lívia tu não tens culpa, eu sei que tentaste ajudar o meu irmão, mas o depois arrependes-te e o quisesses-te impedir assim que viste que aquilo não era o certo. 


 


- Sei que sentes culpa o Ominis me falou de tudo o que se tem passado nos últimos dias, ao princípio fiquei... Aaii *as dores dela tinham aparecido de novo* 


- Calma Anne, respira fundo e fala debagar fofa. *falei colocando o meu braço em seu ombro e massageando por trás das costas* 


- Se poder ajudar...  


Eu olhei para o Lucas que estava a tirar uma coisa de seu bolço das suas calças de malha, era uns comprimidos, eu conheci aqueles comprimidos, eles costumam vir para a minha mãe adotiva quando ela sentia dores em algum lado, como eu era muito nova quase nunca tomei, sem ser quando tive a minha 1ª menstruação, depois consegui aguentar as dores de boa, acho que criei resistência às situações graças a isso.  


- A onde arranjas-te isso? *perguntei em dúvida* 


- Tenho meus contactos... *ele me pescou o olho e eu revirei os olhos* 


- ha, ha, ha *fingi meu rir ironicamente* - Muito engraçadinho... 


- E ainda não viste nada... Mas enfim, senhorita tome isso, vai se sentir um pouco melhor, não é uma cura permanente, mas ajuda... 


Eu agarrei a sacola de água que estávamos a tomar com ele e dei a ela, porque eu nunca me lembrei disto? Sou mesmo tola! Mas enfim, Lucas a salvar vidas, se resultar, vou comprar uma dúzia para ela.  


Ela pegou os comprimidos e a água, antes de tomar, a mesma olhou para nós dois meia desconfiada, mas encolheu os ombros e colocou para dentro bebendo água de seguida, eu sorri e continuei a massagear de leve suas costas para abaixar um pouco os sintomas. 


- Isso ainda tem uns minutos, daqui a 5 minutos possivelmente já começas a ficar um pouco melhor. *falei* 


- Como sabes? *ela perguntou levantando uma sobrancelha* 


- P-posso dizer que minha mãe adotiva, costumava tomar, por isso espero que faça bem a ti. *falei meia sem jeito* - Desculpa, eu devia ter me lembrado disso, poderia ser que... *abaixei a cabeça* 


- Lívia! Para! E-eu já falei sobre o assunto, para de culpar-te. *ela falou com um pouco de dificuldade, mas disse retamente também*  


Eu apenas fiquei em silêncio, 5 minutos depois, a Anne parecia outra a mesma começou a puxar assunto com a gente, eu e meu irmão começamos a falar como foi nosso encontro mesmo ela ter sabido pelo Ominis aquele acidente na sala de defesa, nós explicamos alguns detalhes. Também falei com ela sobre os guardiões, e sobre a magia que eu e meu irmão possuíamos. Até porque se o irmão dela sabia, achei justo a mesma saber, até porque a Anne me mostra confiança, e eu gosto muito dela quase como ela fosse a minha irmã que eu preciso de proteger... A mesma estava alegre e as suas dores quase tinham sumido, às vezes ela até sentia uma dor, mas pelo o que notamos não era tanto como ela estava antes, eu ainda não tinha desistido de uma cura para ela, mas não ia usar magia negra para tal, nem mesmo o que a Isadora fez no passado. 


Eu ia arranjar uma forma melhor... já tinha isso na mente à um bom tempo. 


- É interessante. *ela falou, animada com o que meu irmão estava a falar com ela* 


- E ainda, tive que fazer ele engolir aquilo, por causa do código de honra... *ele começou a rir* 


Ele estava a contar do dia que ele fez um colega dele comer um enceto, por causa de uma coisa de um club a onde ele estava a onde todo o novo membro tinha que comer algo nojento ou que não gostasse, eu achei meio exagerado e radical ao mesmo tempo, mas a maneira que ele explicava a situação era interessante, e até mesmo ele falou que o pessoal o costumava de chamar o Lucas o glamoroso e ousado. Eu ainda disse que estava morta para ver isso, estava um momento tão bom que deixamos o traino para outro dia, pelo menos já tinha aprendido a invocação, estava ansiosa para o resto. Mais tarde ele me deixo sozinha com a Anne e eu a acompanhei até sua casa a onde ela estava escondida do Sebastian, eu tinha prometido a ela que não iria falar nada com ele, e tinha como falar? Ele não fala comigo e desde aquilo que vi, estou com medo e ao mesmo tempo ansiosa... Assim que chegamos a casa dela, ela me ofereceu um chá e eu aceitei, a mesma foi fazer, eu ainda tinha me oferecido para ajudar, mas a mesma insistiu que não valia a pena que eu era uma convidada, e isto tudo com um tom firme, decidi não insistir mais. Assim que acabou me entregou a chávena e eu agradeci ao agarrar na mesma com cuidado, e a mesma sentou a meu lado, eu comecei a soprar a base quente da bebida. 


- Lívia, eu soube que o Sebastian tem tentado falar contigo... *ela vem com isso de repente, me encarando* 


Ao escutar aquilo deixei minha chávena na mesma e comecei a olhar para meus pés meia sem saber o que dizer, eu sabia que ele andava a tentar falar comigo, mas porque só agora? 


- Lívia não afastes dele, o Ominis e tu ainda são as pessoas que ainda podem colocar algum juízo naquela cabecinha, eu não entreguei ele, e nem o Ominis graças a ti, porque ainda acreditas na mudança dele. *ela parou por uns minutos e me encarou reta e preocupada e ao mesmo tempo triste* - Eu perdi meu tio, porque meu irmão perdeu a cabeça, eu mal consigo olhar na cara do Sebastian por isso, ele foi longe de mais, no que era para me salvar ele acabou por fazer asneira *ela fez uma pausa e vi seus olhos em água* - E-e-ele... 


Num instinto eu a puxei e lhe dei um grande abraço, fazendo a mesma se surpreender, mas depois ela me abraçou de volta e eu fiz carinho em seus cabelos ásperos. 


- Shiuuu, está tudo bem, sei que custou eu fiquei chocada com a situação também, mas eu acredito que aquele não era o Sebastian...  


- Me sinto culpada, pois eu nunca devia ter ido aquele vilarejo, se eu não tivesse ido lá, nada... 


Eu a interrompi. 


- Escuta Anne, tu não tens culpa de nada, o ser humano é impulsivo por natureza própria, nós todos cometemos erros... Mas nós podemos melhorar como humanos, minha mãe sempre dizia, para nós fazemos o certo temos que passar pelo o errado. E sobre aquele dia...  


Eu soltei do abraço e a encarei levantando seu rosto para que a mesma olhasse para mim atentamente. 


- No dia que tu foste amaldiçoada, não foi o Ranrok. 


Vi a mesma abrir a boca sem acreditar no que falei, no qual ia para falar um “mas eu vi” Eu a interrompi. 


- Eu sei o que viste, o Sebastian me tinha contado... Mas não foi ele. *eu fiz uma pausa* - Foi Victor Rookwood 


- Mas ele nem estava lá... *ela me olhou confusa* 


- Ele estava... *confirmei* 


- Como?  


- Ele e o Ranrok tinham um acordo em comum, no dia que fui buscar a varinha que me tinham pedido, o Rookwood... 


Eu fui lhe contando detalhe por detalhe, sem faltar nenhuma ponta solta sobre o caso, ela estava chocada, e ficou chocada também quando soube que que eu tinha o matado também, mas eu lhe expliquei que foi por pura defesa, pois ele ia me matar se eu não tivesse revertido o feitiço. 


Também disse a ela que entendia o lado dela de não conseguir perdoar o Sebastian pelo o que ele fez, mas disse para a mesma pensar, pois ele era a única pessoa na família agora, mesmo ela tendo 16 anos e viver sozinha, ela sempre vai precisar do apoio de alguém, eu sei que ela tem o Ominis que sempre estive de seu lado, ela me explicou que o Sebastian nem sempre foi assim, assim como o rapaz cego me tinha dito uma vez, eu suspirei algumas vezes.  


- Tu gostas dele mesmo?! 


Não entendi se aquilo era uma confirmação ou uma dúvida, mas acho que ela entendeu, pois eu fiquei um tempo calada e a mesma sorriu. 


- Agora tudo faz sentido do porque o teres ajudado nesta loucura toda... *ela sorriu sarcasticamente* 


Eu regalei os olhos, ia para falar que não era isso, mas ia estar a mentir se disse que aquilo era 100% falso, metade de mim depois de saber do que se passava com a Anne e o porque dela estar assim foi dito, talvez também por divida por ele me ter safado de problemas na biblioteca ou até mesmo quando ele me mostrou a cidade... Eu sempre o olhei como um bom amigo, pelo menos era o que eu achava, até ao momento de tudo, mas quando vi aquela realidade toda diferente de mim e dele, isso fez crescer algo em mim que nem eu mesma sei como reagir, era por isso que eu andava a fugir dele. Este sentimento era diferente do que senti quando ele matou seu tio, que naquele momento era choque e ao mesmo tempo raiva por suas ações não fazerem sentido em nenhum ponto, eu entendia o facto dele querer ajudar a irmã dele, mas ele estava descontrolado. Eu todos os dias luto contra meu lado obscuro, gostava que ele fosse assim, espero que ele tenha acordado para a vida agora, pois eu o safei agora, mas não sei se mais tarde, se ele voltar a fazer uma destas se o safarei... Já estava de novo metida nos meus pensamentos mais profundos que me apaguei daquela realidade a onde a Anne ainda estava me encarando, e quando acordei ela estava de novo a estalar os dedos sobre meus olhos no que me fez abanar a cabeça meia depressiva... 


- Anne, eu não vou mentir, eu não sei, mas uma coisa garanto-te que ao princípio foi por divida e depois foi porque ele me explicou sobre ti... *falei reta nas palavras* 


- Se o dizes... *ela falou bebendo um pouco do chá* 


Ela entendeu que eu não queria entrar em detalhes sobre o assunto, e eu comecei a beber também meu chá ficamos em silêncio mais alguns minutos a mesma estava a começar a ficar com dores e eu ajudei a ir se deitar, e arrumei a loiça depois de a lavar ainda lhe fiz uma sopa. Ela não queria que eu fizesse nada, mas eu insisti, mas acho que pelas dores ela não me confrontou, quando ela comeu a minha sopa, a mesma adorou dizendo que nunca tinha comido uma sopa tão boa, no que deixou envergonhada, por a caso conhecer era uma atividade que me fazia bem naqueles tempos que ajudava os elfos domésticos na cozinha, a cara do pessoal a comer e eu a me rir por suas reações, era engraçada, ser filha de uma mulher não bruxa tinha a suas vantagens, sempre a prendi a fazer as coisas por conta própria, mesmo que minha mãe me tenha preparado ainda tive que me esforçar muito me lembro do dia que descobri meus poderes as suas palavras “Com grandes poderes, vem grandes responsabilidades* Ao principio não tinha entendido o que a mesma queria dizer com isso, mas ao longo das minhas missões com os guardiões fui entendendo mais especialmente com as ações de Isadora... 


Eu no final me despedi dela com um beijo na testa e fui, agora que sabia que ela estava por estes lados, eu ia começar a visitar ela e tentar ver uma maneira melhor de a curar. 



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Autor(a): CatFlower

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