Fanfic: A Dor que Habita em Mim | Tema: Drama, Rebelde, Romance, Amor

Ela me provocou primeiro, então que aguenta-se as consequências.
- Deixa isso para lá, cara. - Tenta me convencer. - Tem muitas garotas bonitas por aí
Não gosto do tom presente em sua voz e muito menos do que ele tem a coragem de dizer.
- Está insinuando que estou interessado nela?
Sinto meu coração bater rapidamente e a tensão em meus ombros piora muito.
O caralho que eu estava.
- Correndo atrás dela desse jeito, é exatamente o que parece.
O filha da puta do Christian ousa concordar.
Uns amigos de merda que eu tinha, era a única explicação.
- Ela só precisa aprender quem é que manda.
Volto a buscá-la com o olhar, ainda sem sucesso.
- Nós dois sabemos que isso é mentira. - Christian me desafia, descaradamente.
Procuro um único motivo para ainda ser amigo dele e não encontro nenhum.
Suas palavras e a demora para Dulce aparecer se unem em minha cabeça. Fecho os olhos por alguns instantes e quando os abro de volta, vejo que ela sai, parecendo bem emburrada, da cozinha e vem com certa rapidez, se aproximando da mesa.
- O que vão querer? - A voz sai arrastada e ela nem se dá ao trabalho de fingir uma gentileza.
Tendo em vista a sua expressão, era nítido que ela estava tão brava quanto eu.
Isso faz meu bom humor retornar, enchendo meus lábios com um sorriso.
- Boa noite para você também, Dulce.
Ela ignorou meu comentário e nem sequer me olhou.
Ok. Quase esqueci que ela era uma vaca. Quase.
- Então? - Insiste, pronta para anotar no bloquinho.
Esqueçam a parte do bom humor, ele sumiu tão rápido quanto surgiu.
A dor de cabeça começa a dar sinais de que está prestes a aparecer.
Abro a boca, pronto para colocar a garota em seu devido lugar, porém, Christian me detém.
- Uma porção de batata frita com bacon e uma rodada de cerveja, por favor.
Sua intenção era encerrar a situação antes que um conflito se iniciasse, mas ele já deveria me conhecer o suficiente para saber que isso não funcionaria.
Ela anota o pedido rapidamente, já se preparando para sair.
Aquele pequeno gesto me irrita tão profundamente, que não me importo de elevar a voz.
- A próxima vez que se recusar a nos atender, vou reclamar com o seu chefe.
Quando ergue a cabeça e me olha nos olhos, sou capaz de ver a frieza e o desprezo neles.
- Me ameace o quanto quiser. - Desdenha. - A única coisa que você consegue com isso, é me dar nojo.

Sua afirmação sai baixa e extremamente controlada, o que faz tudo explodir dentro de mim.
Desfiro um soco na mesa, sentindo minha visão perder o foco, então me levanto de uma vez só, fazendo com que a cadeira caia no chão e atraia a atenção de todos.
- Vaca.
Meu coração estava tão acelerado que por um momento pensei que fosse infartar.
Aquele tipo de surto só tinha acontecido uma vez, por causa de Victor e agora, por causa dela.
Dulce não se abala com minha atitude descontrolada, apenas anda até a mesa ao lado e pega o copo que estava nas mãos de uma das clientes.
É tudo muito rápido, antes que eu possa raciocinar sobre seu movimento, todo o líquido que estava no copo é jogado em meu rosto.
- Lave a sua boca para falar de mim.