Fanfics Brasil - Capítulo 1 Hasta El Ultimo Respiro

Fanfic: Hasta El Ultimo Respiro | Tema: ponny


Capítulo: Capítulo 1

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1 - Capítulo


"Transpor fronteiras, tanto as territoriais  quanto as mentais, sem esquecer das metas. Cansei de me reter ao mesmo perímetro, viver constantemente limitada. Eu preciso do mundo, de um mundo de opções. Experiências, momentos, criar mais capítulos para o livro da minha existência. Cercar-me de pessoas, novas, queridas, diferentes.." -  Grey`s Anatomy


Era um bonito dia, quente, como era típico daquela época do ano na cidade do México. Em um grande prédio no centro da cidade se encontrava hospital Angeles, uma referência na região em trauma e neurocirurgia no atendimento de pacientes de média e alta complexidade, que há muitos anos começou pequeno e com muito trabalho, esforço e empenho. Anahi Portilla, a diretora e presidente conseguiu a passos duros, êxito e sucesso, a consagrando como uma dos mais conceituados e premiadas de todo o país. No hospital, apesar dos problemas que volta e meia apareciam, tudo ia de vento em poupa, Anahi sabia como comandar um hospital, entendia todos os processos e tinha facilidade para resolver os conflitos, participava de tudo. Angelique, sua melhor amiga e diretora superintendente, dizia que por isso as coisas funcionavam tão bem por aqui, que o segredo de uma boa administração é estar presente em todas as etapas de um glorioso projeto. E Anahi se empenhava nisso junto com Sebastián, marido de Angelique e que por anos auxilia Anahi em tudo relacionado a administração do Hospital. Esse Hospital, esse trabalho era sua vida. Angelique era a única pessoa na qual ela confiava para ajuda-la nos eventuais conflitos com o hospital, ela tinha muitos médicos, assessores, diretores em cada área, mas uma decisão só era tomada depois que ela e Angelique sentavam e ela considerava a opinião da amiga. Desde que Anahi se conhecia por gente, era Angelique que estava ao seu lado e hoje, ela e seu irmão , que há muitos anos mora em outro país, eram sua única família, os únicos que tinham dela amor, confiança e os únicos nos quais ela faria qualquer coisa para ver feliz.


Só que o grande entendimento e cumplicidade que Anahi e Angelique tinham no hospital, não era tão harmonioso no âmbito pessoal, como havia sido um dia. Mas também, não me entendam mal, elas confiavam cegamente uma na outra, só que nem de longe Angelique concordava com o rumo que a Anahi dava a sua vida pessoal. Ela, ao longo dos anos, havia anulado de si o direito de viver, de ser uma mulher normal, que se diverte, que ama.. Anahi era puramente dedicada ao trabalho, a aquela agência, a sua carreira e nada, nada mesmo era capaz de tira-la desse foco. Com o passar do tempo Anahi foi se fechando cada vez mais a cada insistida de Angelique para que ela se desse uma chance. Ela não tinha muito que contar para amiga de sua vida pessoal, mas o pouco que tinha, dificilmente conseguia voltar a se abrir. Já Angelique era o contrário, totalmente, espontânea, alegre, extrovertida, compartilhava tudo com a Anahi e Christian, seus melhores amigos. Christian era advogado e também prestava serviços para o hospital, eles haviam se tornado grandes amigos desde a faculdade. Angelique havia chorado todas as suas dores no colo de Anahi, mas Anahi nunca mais se permitiu fazer aquilo, não se permitia ser fraca nem sozinha em seu quarto. Mas com Angelique, ela era diferente.. Ela cuidava e deixava que chorasse e desabafasse, sempre lhe tinha uma palavra amiga, um abraço, uma motivação. Eram irmãs, não de sangue, mas por um laço muito maior que se havia criado há muitos anos atrás. Porém vale ponderar que nessa personalidade tão marcante e própria da Angelique, tinha uma característica que Anahi detestava: a teimosia. Ela nunca desistia!


Como aquela manhã, Anahi havia chegado como todos os dias pontualmente às 8h da manhã, conferido sua agenda do dia, reuniões, e documentos pendentes com Gabriela, sua secretária e rumando despreocupada para sua sala. A grande sala no último andar do Hospital Angeles, com uma vista fantástica para a Cidade do México. Estava de bom humor, coisa que era um pouco rara já que pelos corredores do Angeles o apelido "Medica dama de gelo" era-lhe tão comum. Havia tido uma boa noite de sono, o dia estava bonito e magicamente não havia pegado trânsito, nem fila para comprar seu café pela manhã, tudo estava tranquilo, mas Angelique parecia disposta a tira-la do sério.


- Any, por favor, hein! – ela se mexia agitada na cadeira enquanto Anahi revirava os olhos e relaxava o corpo na cadeira, bufando – Se você for nessa festa comigo eu juro que fico 1 ano sem te chamar para lugar algum.


- Tá começando a melhorar. – ela solta um riso debochada – Posso apenas saber por que você quer tanto que eu vá?


- Você sabe, Any. – ela olha para a amiga como quem consegue ler o passado e o presente em uma troca de olhares.


Anahi roda na cadeira respirando fundo e dando as costas para Angelique, encarando a vista da cidade atrás dela. Angelique parecia que nunca cansava de insistir, de mexer nesse assunto. Logo hoje que havia acordado tão bem.. Ela se levanta, contornando a mesa e voltando a encarar a amiga.


- Eu não sei. – caminha despreocupada pela grande sala – Até onde eu sei já te disse milhões de vezes que eu não tenho a intenção de sair e me divertir. – Angelique esboça falar algo e ela a interrompe – Muito menos de encontrar alguém. – Angelique revira os olhos, exausta – Não sei nem porque você ainda insiste se já sabe minha resposta. E espero que lembre muito bem o que deu a última vez que eu me rendi e sai com você. – Anahi pega um copo de água na bancada e Angelique se levanta também, caminhando até ela .


- Essa vez é diferente, amiga. Eu juro. – ela promete beijando os dedos e Anahi quase esboça um sorriso – É aniversário da Maria, só vamos com alguns amigos tomar uns drinks, voltaremos rápido. Você não precisa conhecer ninguém, só queremos sua companhia. – Angelique era definitivamente boa em chantagem emocional, uma pena que raramente funcionava, mas ela era a única pessoa que ainda tinha 1% de chance de conseguir que Anahi se dispusesse a sair com eles.


- Não faça essa cara de cachorro sem dono para mim. – ela deixa o copo na bancada – Isso é golpe baixo, Angelique Boyer. – Angelique sorri


- Por favor, é só aniversário da Maria. – ela pede


- Não, Angie. Vai você, vai o Sebas, Christian, se divirtam. Deixa eu ficar quietinha em casa, ok? – diz firme e encerrando o assunto e Angelique sabia que isso era um não irreversível – Você sabe que para eu ser a melhor não posso perder meu tempo com isso. Tenho muita coisa para ler, para estudar.. – ela caminha voltando a mesa, mas Angelique a para


- Any, você já é a melhor. Você só faz isso da vida! Não sei como ainda não enlouqueceu. – Anahi bufa - Olha tudo isso ao seu redor. – ela abre os braços – Isso tudo é seu, tudo que você conquistou sozinha e com o seu esforço. – ela segura a amiga pelas mãos – Mas eu não vou aceitar nunca você anular sua vida por isso.


- Não começa, Angie. – ela se solta, revirando os olhos


- Eu nem comecei ainda.. – Anahi volta a olha-la – Você sempre disse que queria ter seus filhos, e ai?


- E ai o que? – dá de ombros despreocupada


- Você vai fazê-los com os dedos? – Angelique  ri e Anahi bufa


- Eu não preciso estar com um homem para ser mãe, para ser o que eu quiser. – pondera dura – Quando eu sentir que está na hora de ser mãe, eu serei e não preciso estar com ninguém para que isso aconteça.


- Ok. – ela levanta os braços na defensiva – Só acho que tem tanta coisa lá fora, Any. – ela segura Anahi pelos ombros – Há tanta vida lá fora, há tanta gente para conhecer, tantas emoções para sentir, não é justo você abrir mão de tudo por uma tentativa não deu certo. Você precisa viver a sua vida.


- Minha vida é trabalho, minha profissão, é ser Médica, você e meu irmão e eu não quero, nem preciso de nada mais que isso no momento.


- Por favor, amiga, me escuta uma vez na vida. – ela quase implora, olhando a amiga com ternura


- Eu te escuto, Angie. Principalmente quando você fala coisa úteis, como sobre os exames, já está pronto? – Angelique revira os olhos.


- Antes de ser qualquer coisa nessa agência, Anahi, eu sou sua amiga e eu nunca vou deixar de falar que isso que você tá fazendo é um castigo com você mesma. – ela responde dura e na mesma altura, fazendo com que Anahi perdesse a fala por uns segundos


- Eu apenas não estou interessada em falar de mim hoje, o tempo que estamos perdendo nessa discussão sem fundamento já teríamos revisto todo o relatório sobre finança do hospital. – Ela sorri debochada para Angelique que fecha a cara


Anahi caminha para o banheiro, na intenção de molhar o rosto, a nuca e finalmente acabar com aquele papo insuportável. Angelique hoje estava terrível! O dia mal havia começado e ela já quase implorava para ele acabar para poder voltar para casa, se esconder em sua cama e fugir da Angelique pelo menos até amanhã.


- Amiga, olha para mim. – ela diz com a voz mansa, seguindo Anahi até o banheiro. Elas se encaram. E quando Anahi encara a Angelique no fundo dos olhos ela perde a fala. Porque dentro dos olhos de Angelique ela vê a verdade, a sua verdade, e da boca dela sempre saem às palavras que ela foge diariamente de escutar – Já se passaram 15 anos, Anahi. 15 anos! Quando que você vai superar essa história e entender que você tá viva? – os olhares fixados e cheios de significados, palavras não ditas e entendimento – Anahi, já tá na hora de você se perdoar. Você não teve culpa de nada do que houve.


- Você sabe como eu sou, Angie. – respira fundo deixando de encara-la e encarando o pior dos reflexos, o seu contra o espelho – Sabe bem que eu não vou mudar.


Só que muitas vezes para entendermos o presente é preciso que paremos um pouco para olhar para o passado..


 



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Autor(a): bixulinha

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Capítulo 2 PRIMEIRA FASE Ano 2004 " Passamos toda a vida nos preocupando com o futuro. Fazendo planos para o futuro. Tentando prever o futuro. Como se desvendá-lo fosse aliviar o impacto. Mas o futuro está sempre mudando. O futuro é o lar dos nossos medos mais profundos e das nossas maiores esperanças. Mas uma coisa é certa: ...


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