Fanfics Brasil - Capítulo 2 Hasta El Ultimo Respiro

Fanfic: Hasta El Ultimo Respiro | Tema: ponny


Capítulo: Capítulo 2

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Capítulo 2


PRIMEIRA FASE


Ano 2004


" Passamos toda a vida nos preocupando com o futuro. Fazendo planos para o futuro. Tentando prever o futuro. Como se desvendá-lo fosse aliviar o impacto. Mas o futuro está sempre mudando. O futuro é o lar dos nossos medos mais profundos e das nossas maiores esperanças. Mas uma coisa é certa: quando ele finalmente se revela, o futuro nunca é como imaginamos". – Grey`s Anatomy


Encaro meu reflexo no espelho de manhã, frustrada e tentando me aprontar para a aula, droga, esse cabelo não fica bom de jeito nenhum. Na verdade nada fica bom de jeito nenhum em mim, eu simplesmente não levo jeito para me arrumar, não sou nada interessante, não mesmo! Enquanto todas as meninas da minha idade estão curtindo festas e seus vários namorados, eu só quero decidir o filme de sexta a noite e terminar logo o ensino médio. É claro que eu gostaria de ter alguém, não como elas que trocam de namorado a cada semana, mas alguém de verdade, para vida toda, para amar e ficar juntos até ficar velhinho. Às vezes tenho a impressão de que pertenço a alguém, alguém que eu não conheço, pode ser loucura na minha cabeça, mas aqui dentro faz todo sentido. Dizem que isso é coisa de filme, posso ser boba de ainda acreditar? Nunca tive ninguém, não que com 17 isso fosse o fim do mundo, para mim não fazia tanta diferença, mas acredite, naquela escola É O FIM DO MUNDO. Bem, digamos que não tive bons resultados na vez que tentei, é até engraçado hoje lembrar do dia que dei meu primeiro beijo na festa de encerramento do 9º ano, mas no dia não foi nada engraçado. Logo depois do beijo, eu tinha que tropeçar na pedra e cair de quatro na poça de lama, claro que tinha. E é obvio que o imbecil do Kuno em vez de me ajudar, ficou rindo da minha cara junto com todos os outros. Ainda bem que para essas e outras eu tenho a Angelique, que assim como nesse dia me levantou da poça e me defendeu, todos os dias da minha vida ela está presente. Depois de Kuno preferi manter meus romances na imaginação, apenas em meus sonhos e nenhum desses idiotas da escola chegaram perto de me conquistar, ainda bem. Angelique já é bem ao contrário de mim, ela é comunicativa, tem amigos pela escola toda, é tão admirada e popular que eu me pergunto como somos tão amigas! Ela, volta e meia, fala que está gostando de alguém, mas isso dura no máximo 3 dias, ou quando ela tá com alguma festa marcada com o menino dura uma semana, ai ela logo depois disso ela inventa alguma desculpa, ou algum defeito bobo para descartar o menino, e é sempre assim, nem me espanto mais.. Porém a verdade mesmo é que ela sempre gostou do meu irmão Sebastian, só que por ele ser bem mais velho e eles sempre brigarem feito cão e gato, acredito eu que ela se recusa a admitir, até mesmo para mim. Mas agora as coisas mudaram bastante, eles andam conversando tanto e quem sabe, né..


– Vamos logo, Anahi. Você vai se atrasar para escola. – ele me grita.


– Já estou indo, Sebastian. – pego minha mochila na cama e desço correndo.


Sebastian é meu irmão mais velho, por 5 anos e já está terminando a faculdade de Administração. Desde que minha mãe morreu há alguns anos atrás ele cuida de mim como se eu fosse sua filha, mas acima de tudo, somos amigos, muito bons amigos. Mesmo eu desconfiando seriamente que essa amizade toda comigo de uns tempos para cá não seja somente cuidar de mim, mas como eu disse, pelo seu interesse crescente na Angelique. Eu no fundo sempre soube que ele gostava dela. Desde pequenos eles dois sempre implicavam muito um com o outro, eu sempre brigava com Angelique quando ele interrompia nossa brincadeira para se apresentar para Angelique. Minha mãe sempre sorria e pedia para que brincássemos todos juntos, que estivéssemos sempre juntos.. Sinto falta dessa doçura que ela tinha. E hoje a entendo mais que nunca, ela sempre soube que no fundo existia um sentimento entre eles e que de verdade, nós três sempre estaríamos unidos.


– Estudou para prova, tampinha? – ele diz quando chego ao pé da escada.

– Pare de falar como se eu tivesse 10 anos! – reviro os olhos.

– Mas você não tem? – lhe dou língua e entro no carro.


Quando chegamos à porta da escola, eu pego a minha mochila e já ia agradecer a carona e saltar do carro quando ele me deteve.


– Ei, pirralha. – ele larga as mãos do volante e me olha acanhado.

– O que você quer? – ele sorri sem graça – Quando você fala com essa voz mansinha ai.. Já até sei, que recado você quer dar para Angelique? – digo debochando e sorrindo.

– Queria chamar ela para sair hoje, será que você me ajuda? – ele pede sem graça, fazendo um careta.

– Sebastian, sério agora, o que você quer com a Angelique? – pergunto intrigada, ele solta o cinto e respira fundo – Ela é minha melhor amiga e você é meu irmão, eu sei que não tenho nada a ver com o romance de vocês dois mas você é mais velho, você já namorou outras meninas, sei que 5 anos não fazem grande diferença porém eu preciso saber o que você sente de verdade por ela. Eu não vou deixar que você a machuque.

– Eu não quero machuca-la. – diz de imediato com sinceridade - Eu apenas gosto dela, sempre gostei. – sorrio boba - Eu só quero tentar, se ela não quiser saber de mim eu vou entender. – ele suspira.

– Sempre gostou dela. – rio – Mamãe nunca se enganou com vocês. – digo como um pensamento alto balançando a cabeça.

– Ah, vamos lá, Any. – ela pede inquieto - Me ajude. – ele me olha com expectativa.

– Eu vou ajudar. – ele abre o maior sorriso do mundo - Vou porque acho que o que existe entre vocês é verdadeiro, mas Sebastian, ela tem 17 anos, se você pisar na bola, se você quebrar o coração dela, se você trocar ela por uma siliconada qualquer da sua faculdade, eu juro que eu quebro todos os seus dentes! – ameaço nervosa.

– Calma, tampinha! – ele ri - Eu só quero fazer ela feliz, hein, já esperei tempo demais para me declarar, quebra essa para mim agora. – ele me pede com cara de cachorro sem dono.

– Hoje a noite ela vai estar lá em casa, vocês podem sair. – ele me puxa o rosto e me agarra fazendo cosquinhas – Para com isso, Sebastian! – ele me beija a bochecha demoradamente e apertado.

– Obrigado, pirralha! – ele sorri bobo, agradecendo.

– Tô de olho em você. – faço careta e saio do carro, deixando ele sorrindo.


Minha mãe e a mãe de Angelique sempre foram muito amigas, desde o colégio, elas se casaram e engravidaram quase na mesma época, elas sempre dividiram a vida juntas e mesmo com as histerias e gênio difícil do meu pai, isso nunca as separou. Minha mãe brigava com ele toda vez que ele queria se impor nas suas amizades. Ela o amava muito, eu nunca entendi como, mas ela via algo bom nele, porém nunca deixou que ele a impedisse de nada. Talvez ela tenha sido a única pessoa nesse mundo que o poderoso Enrique tenha temido, a única que ele não sabia lidar, a única que conseguia atingi-lo e talvez por isso ela tenha sofrido tanto. Quando eu tinha 7 para 8 anos, ela teve câncer e não resistiu. Ela foi a mulher mais guerreira que eu conheci, lutou a vida toda para ser a melhor mãe do mundo, para nos proteger do meu pai, para nos ensinar a amar e a acreditar no poder dos nossos sonhos. Lutou contra uma doença maligna e eu vi, mesmo tão pequena, com meus próprios olhos, ela ir morrendo a cada dia, definhando e mesmo assim sorrindo, falando que estava tudo bem apenas para não me preocupar. Eu sei que ela aguentou o máximo que conseguiu por mim e por Sebastian e é a lembrança dela que me mantem firme e forte em dias difíceis, é ela que eu sei que olha por mim de algum lugar nesse universo, ela é e sempre será minha maior inspiração e provavelmente o motivo da minha paixão por medicina. Meu sonho é cursa a faculdade para ajudar as pessoas que passou pelo que minha mãe passou. E foi assim, depois que ela morreu, Sebastian virou praticamente meu pai, a mãe da Angelique minha segunda mãe, Angelique, minha irmã, como sempre foi. Desde que nascemos, nossas mães nos deixavam juntas para brincar e quando ela morreu, eu era muito pequena para entender, ela apenas me levou para casa dela e cuidou para que eu ficasse lá e me distraísse pelo tempo que fosse necessário. O tempo foi passando, eu ia crescendo e a mãe da Angelique sempre estava presente, a gente viaja juntas, eu passava fim de semana na casa dela, estudávamos juntas. Mas quando eu voltava para casa, era o caos! Meu pai nunca soube ser pai, ele consegue qualquer coisa que ele queira e não importava os meios que ele precisava usar para conseguir. Ele nos tratava com uma frieza absurda, chegava a nos agredir algumas vezes, física e verbalmente, e eu, tão pequena, só tinha o Sebastian. Ele fazia comigo todos os dias a lição de casa, me colocava para dormir, brincava de boneca e comprou meu primeiro absorvente. Ele foi meu herói. Como eu e Angelique sempre estávamos unidas, ele acaba colando com a gente. Sebastian nos levava para tomar sorvete, no shopping e até mesmo foi atrás do Coldplay com a gente, já que eu e Angelique éramos super fãs. Só que como ele sempre cuidou de mim, não percebi quando exatamente esse excesso dele atenção começou se chamar Angelique. Eu só fui mesmo me tocar quando aos 13 anos, quando Angelique me contou que deu o primeiro beijo em Diego, um menino da nossa classe que ela "gostava" e Sebastian ouviu, ficando revoltadíssimo. Ele veio tirar satisfações comigo depois que ela foi embora, que ela era muito nova, que ele sabia quem era e que ele era um imbecil e blá blá blá.. É obvio que depois da cara de pastel que ele fez quando eu perguntei se ele estava com ciúmes, tudo ficou claro. O tempo passou, ele nunca contou para ela, namorou com a insuportável da Cecília por 8 meses e eu e Angelique quase vomitávamos quando ela aparecia lá em casa. Até que um dia, Maite me pediu ajuda para aprontar com Cecília, ela queria colar chiclete no cabelo dela e ai eu também percebi que o sentimento que Sebastian sentia por ela, era correspondido. Agora, além de melhor amiga e irmã mais nova também tenho missão de ser cúpida, e de verdade? Não poderia ficar mais feliz em ver as duas pessoas mais importantes da minha vida juntas. Falando nela..


– Onde você se meteu? – ela vem caminhando no corredor na minha direção – Você nunca se atrasa! Logo hoje que eu precisava falar com você, droga! – ela bate o pé furiosa e eu rio.

– Calma, estressadinha! – digo com ironia - Bom dia para você também! – eu lhe abraço – Conversamos no intervalo, também quero falar com você. – ela confirma e me abraça de lado, indo assim comigo para aula.


Durante a aula, Angelique me manda um bilhete.


"eu preciso te contar uma coisa, um segredo, que eu nunca te disse"


Eu arregalo os olhos e respondo.


"você sabe que pode me contar qualquer coisa"


"promete não ficar chateada comigo?"


"se você me contar logo sim"


"eu acho que amo seu irmão"


Quando eu pego o bilhete dela, apenas sorrio e a olho de lado, trocando um olhar cúmplice e um filme passa na minha cabeça, de todos os anos, de tudo que já vivemos os três juntos, tudo que eles ainda podem viver. Querendo abraçar os dois e nunca mais soltar eu respondo.


"e eu acho que ele ama você também"


E eu nunca vi um sorriso tão grande no rosto da minha amiga, quando ela leu esse bilhete. No intervalo da aula, estávamos no pátio lanchando.


– Eu não sabia como te dizer, desculpe.

– Você achou que eu não ia gostar? – digo fingindo estar magoada - Angelique – sorrio - Vocês dois são as pessoas mais importantes da minha vida, eu só quero ver vocês felizes. – ela respira aliviada e sorri.

– A gente tem conversado bastante, sabe? Por mensagens. – ela começa a desabafar - Mas eu tenho medo, ele é mais velho que eu e.. e.. E eu tô longe de ser uma "Cecília" – diz em lamento, suspirando.

– Você é mil vezes melhor que ela. – ela sorri – E eu já avisei que acabo com a vida dele se ele te machucar. – digo orgulhosa de poder cuidar de Angelique.

– Se eu fosse ele teria medo de você. – ela diz divertida.

– Eu acho bom ele ter mesmo. – rimos – Ele quer te ver hoje, sair com você.. – o riso cessa, mas ela ainda tem uma expressão feliz e leve.

– Acha que devo ir? – ela pergunta insegura, com uma careta.

– Eu estou mandando você ir, Angelique! – rimos e ela me abraça.

– Obrigada. – ela sorri.

– Podem contar comigo para acobertar vocês. – pisco para ela.


Quando uma surpresa bem-vinda nos interrompe.


– Oi, meninas! – diz animada.

– Mai! Como vai? – ela se ajoelha próximo a gente e tira dois papéis da bolsa.

– Vou bem, vim convidar vocês. – ela sorri - Meu aniversário de 18 anos. – ela nos entrega os convites – Vai ser um festão! – ela cochicha – E bebida liberada! Espero vocês lá. – seus olhos brilham em empolgação pela festa que chegam a me contagiar.

– Que legal! – digo em surpresa, afinal, nunca fui muito de sair como a Angedlique era e, puxa, aquela festa ia ser super legal, eu queria de verdade ir – Nós iremos sim! – confirmo animada e Angelique me olha surpresa.


Angelique sempre foi a mais festeira de nós duas, toda reunião de amigos da escola, festa de aniversário, eventos, acho que até bingo se chamassem Angelique estaria lá, já eu sempre gostei mais de ficar em casa, lendo, ouvindo uma música e sonhando com príncipe encantado. Talvez eu devesse começar a deixar de achar que ele ia bater na minha porta um dia qualquer, me achar maravilhosa de pijama e começar a sair para me dar a sorte de talvez encontra-lo.


Naquela noite Angelique e Sebastian saíram, ele levou ela no cinema e eles se beijaram. angelique chegou pisando em nuvens quando entrou no meu quarto. E tudo que ela ia contando me fascinava! O quanto era encantador ver ele dirigindo e eles conversando, ela quase podia se sentir uma mulher de verdade. Eles no cinema andando de mãos dadas, como namorados. Mas a melhor parte segundo ela foi o jantar, ela olhava aquele cardápio sem fazer a menor ideia do que pedir, pediu qualquer coisa que ela achava que gostaria para não fazer feio e se jogava na cama me olhando para falar com toda empolgação do mundo do beijo. Do melhor beijo da sua vida e de quantas borboletas voaram no seu estômago na hora que ele a beijou, da forma como os lábios deles se encaixavam e do carinho que ele fazia nela enquanto eles se beijavam. Ela foi simples: nunca senti nada parecido por ninguém antes.


– Any, eu quase pude ouvir a música do Alejandro Sanz tocando no fundo como se fosse um filme. – ela diz toda derretida com a voz manhosa e nós damos uma gargalhada gostosa


Angelique oficialmente, definitivamente, escancaradamente.. Estava perdidamente apaixonada, pelo meu irmão. E se a vida pode ficar mais louca, eu duvido.


Nas semanas seguintes, eu acobertava Angelique e Sebastian sempre, inventava mil desculpas para a mãe dela para ela sair e eu me sentia meio mal com isso, mas logo passava porque sabia que era por uma causa maior. Angelique era a pessoa mais doce e apaixonada que já existiu em terra e eu achava graça da mudança dela e do fato que ela via o mundo cor de rosa mesmo quando tínhamos prova surpresa de álgebra as 7h30 da manhã. Eu contando os dias para acabar o ensino médio e chorando pela prova e ela sorrindo e trocando mensagens com Sebastian. Depois da prova, nos encontramos na saída, Sebastian ia buscar a gente.


– Angelique, você tá muito engraçada! – rio encarando a cara de boba que ela tinha olhando o celular.

– Eu? Por quê? – ela me da atenção, rindo, sem perceber.

– Será que quando eu me apaixonar vou ficar mongol igual você? – pergunto divertida.

– Angekique , vai a merda! – eu rio – Você vai à festa da Mai? – ela muda de assunto.

– Olha, eu estou com vontade de ir, mas só vou se você for. – faço cara pidona.

– Por que você sempre faz isso!?! – ela revira os olhos sorrindo.

– Porque você é minha melhor amiga. – sorrio, lhe ajeitando o cabelo – E onde você vai, eu vou. – pisco para ela – Agora vem que o seu namoradinho chegou. – lhe pego pela mão.

– Ele não é meu namorado. – ela diz alto, implicando comigo.

– Ainda não. – sorrio para ela e saímos correndo até o carro.


O dia da festa da Mai chegou, Sebastian topou (de muito bom grado) levar e buscar a gente na festa. Angelique foi se aprontar lá em casa. Eu coloquei uma calça jeans e uma blusinha roxa, quando a Angelique viu..


– Você não vai assim! – diz autoritária e eu me olho da cabeça aos pés no espelho.

– Por que não? – digo intrigada, sem entender o problema da minha roupa.

– Anahi, é a festa da Maite! – ela diz como se fosse óbvio - Vai todos os caras mais lindos do colégio, vai ter caras mais velhos, vai estar todo mundo lá, vai ser competição de quem se veste melhor e chama mais atenção e você vai de calça jeans? – ela me repreende.

– Eu não sou do tipo que sei me vestir para chamar atenção de um cara, na verdade tenho que minhas dúvidas que eu saiba me vestir para qualquer coisa. – ela ri.

– Você não quer? – pergunta curiosa, sorrindo de lado.

– Quero o que? – digo confusa.

– Alguém, chamar atenção de alguém. – ela senta na cama, me encarando.

– Quero alguém, claro que sim. – digo segura. Queria realmente alguém, mas não me vestir de uma maneira para conseguir aquilo.

– Então confia em mim, vou pegar um vestido. – ela se levanta empolgada e me olha, sorrindo -Amiga, você tem um corpo lindo, solta esse cabelo e para de se esconder um pouco, o príncipe encantado pode estar ai em algum lugar. - e vai depressa para o meu guarda-roupa.


E enquanto ela buscava a roupa, eu fiquei no espelho, mexendo no meu cabelo e olhando meu reflexo.. Quando me lembrei da minha mãe, das histórias que ela me contava todas as noites antes de me colocar na cama, de cada beijo na testa e final feliz. Ela dizia que eu era uma princesa e que o meu príncipe estava em algum lugar por ai, exatamente como Angelique disse agora, e que eu ia ser muito feliz ao seu lado. Nós íamos conquistar todo um reino, um reino gigante e eu iria me tornar uma rainha, a rainha amada por seu rei. E eu sempre acreditei nisso.. É claro que eu queria encontrar alguém, ser feliz e até mongol como Angelique era, mas eu não tinha pressa.. Sabia que ia ser mágico quando acontecesse e eu saberia reconhece-lo só de olhar. Angelique tinha razão, eu não era nenhuma turbinada como as meninas da faculdade do Sebastian mas eu não era feia, eu poderia conquistar meu príncipe independente de quem ele fosse.


– Aqui está! – ela me entrega o vestido – Vai ficar perfeito em você! – olho o vestido e testo ele sob meu corpo no espelho – Vai, amiga! Veste!


 



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Autor(a): bixulinha

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