Fanfic: Hasta El Ultimo Respiro | Tema: ponny
3 - Capítulo
"E você chegou e me surpreendeuO poder que havia neste amorE você chegou, uma bênçãoAinda lembro o momento em que tudo mudouE você chegou e me surpreendeu O poder que há neste amorE você chegou,uma bênçãoAinda lembro quando você chegou" - Sin Bandera
Quando chegamos à festa, logo atraímos olhares, Angelique é adorável, além de conhecer quase a cidade toda, sua pele clara e seu rosto angelical conquistam todo mundo por onde ela passa. Ela vestia uma saia branca e uma bata preta, deixando todo seu colo amostra. Mas não durou muito, logo a mão possessiva de Sebastia a abraçou. Angelique, na hora de sairmos, fez charme que queria passar a noite com Sebastian e mandou uma mensagem para Maite perguntando se podia levar seu "namorado" a festa. Claro que, fofoqueiras como eram, na hora autorizaram e ficaram de cara quando viram que o namorado dela era o-irmão-gato-e-mais-velho-da-anahi. Eu poderia até me sentir ofendida, ou vigiada, mas se tratando do fascínio que Sebastian tinha por Angelique, sabia que estaria sozinha a festa toda. Quanto a mim, Angelique me fez usar um vestido preto, colado ao corpo, soltou meus cabelos e os alisou. Meu loiro em contraste com a minha pele clara, meus olhos bem azuis e o vestido preto, no fim, não ficou de todo uma combinação ruim. Eu estava linda! Como eu nunca tinha me sentido antes.
Eu, Angelique e Sebastian ficamos sentados próximo ao bar. Sebastian não nos deixou beber - e Angelique pouco estava se importando com isso -, eles estavam ocupados demais naquele lenga-lenga de casal apaixonado. Eu acabei falando que ia procurar uma amiga e dando um perdido neles dois. Fui ao outro lado do bar e acabei pegando uma cerveja para mim, não ia aturar aquela noite sem me divertir o mínimo que fosse e já que todos diziam que bebida era sinonimo de diversão, resolvi experimentar. Quando dei o primeiro gole, fiz uma careta, custei a engolir.
– Urggggggh!! – engulo com desgosto - Que horrível! – uma risada ao meu lado me chama atenção.
– Acho que você não leva muito jeito com a bebida. – ele ri e eu apoio o copo no balcão e levanto o rosto para encarar a voz e.. Uau!
Vai sua idiota, fala com ele! Fala alguma coisa, Anahi! Parece que conseguia ouvir a voz da Angelique como minha voz interior..
– Jeito nenhum pelo visto. – sorrio meio abestalhada – Nunca tinha experimentado. – ele ri.
– Eu quase percebi – diz em ironia, rindo e pisca para mim – Me chamo ALFONSO. – eu me viro para ele.
Ele tinha um jeito relaxado e todo descontraído, um sorriso lindo e uma postura tão segura na forma com que se portava, gesticulava e se expressava, que eu simplesmente perdi a fala.
– Você não tem nome não? – ele insistiu.
Naquele momento eu mal me lembrava do meu nome.
– Sou Anahi. – consigo dizer num fio de voz.
– Muito prazer, Anahi. – ele me cumprimenta sorrindo – E o que você faz sozinha na festa tentando beber? – pisco os olhos rápido, tentando não parecer uma idiota perto dele.
– Minha melhor amiga está com o namorado e, bem, não quis ficar de vela. – sorrio de lado, fazendo um careta.
– Você não merece ficar de vela tão bonita como é. – sinto meu rosto corar – Podemos resolver isso, posso te fazer companhia, se quiser é claro. – ele abre um largo sorriso e eu sinto meu corpo arrepiar.
– Érr.. – fico sem reação, corada e sem saber o que dizer.
Ao mesmo tempo que quero aceitar, nunca o vi antes, não sei nada sobre ele e ele parece ser tipo, muito mais velho que eu. Mas também, se eu não aceitar conversar com ele, nunca mesmo vou o conhecer e ele parecer ser uma pessoa bacana. Fala sério, Anahi. Você nunca ligou para estereótipos, fala tanto que o príncipe pode estar em qualquer lugar. O que importa se ele é mais velho ou não, olhe o Sebastian e a Angelique , isso pode funcionar.. Ele é tão lindo! E parece incrivelmente interessante...
– Ou se você preferir.. – ele interrompe meus pensamentos -, pode ficar com seu copo de cerveja. – olho para cerveja e para ele, sorrio.
– Acho que prefiro sua companhia. – ele sorri e me pega pela mão, me levando para sentar.
Ele mantinha o olhar fixo no meu e seu jeito de se portar me intimidava, ele não era como aqueles idiotas do colégio, era um homem de verdade. Enquanto ele falava de si, eu ficava cada vez mais com aquela cara de boba.. Ele tem 25 anos e formado em Economia. É primo da Maite e tinha voltado à cidade há pouco tempo, depois que terminou a faculdade, para assumir os negócios dos pais. Enquanto ele falava com tanta empolgação da nova vida e todas as coisas incríveis que já tinha ido e feito, eu me sentia envergonhada por ainda estar no colégio e ser tão imatura para um cara daquele. Eu queria ser a altura dele, ser uma mulher independente como ele era, ser a mulher ideal, mas tinha a plena consciência que estava longe disso. O que ele está fazendo aqui perdendo o tempo dele comigo? Eu não posso nem entrar em uma boate porque não tenho idade, não sei nem beber, não tenho absolutamente nada de interessante. Ele me pergunta sobre minha vida e o que eu pretendo fazer na faculdade, acabo meio que contando minha vida, sobre como eu amava minha mãe, do trabalho do meu pai, de Seabstian, Angelique, que ainda não escolhi a faculdade, mas que não via a hora de acabar o ensino médico.
– Você é uma garota interessante, sabia? – ele me interrompe - E bem bonita. – ele sorria malandro – Bem madura para sua idade. – pondera seguro
Eu? Esse cara só pode estar doido.
– Eu me acho tão.. Comum. – digo em baixo tom.
– Talvez o comum seja mesmo incrível como dizem. – ele me faz olha-lo, encantada, sorrindo
Ele era fascinante! Eu não conseguia não deixar de me envolver pelo seu papo, para forma como ele conduzia as coisas e me hipnotizava com seus olhos e seu corpo forte, era algo que eu nunca tinha sentido antes, ele era.. Definitivamente demais para mim e eu sabia que não tinha chance alguma coisa se fosse me comparar com uma dessas siliconadas de faculdade, mas naquele momento eu não me importava, ele estava aqui, conversando comigo, perdendo o tempo dele comigo, era a minha companhia que ele queria nessa festa, mesmo com tantas garotas lindas aqui, ele estava do meu lado e talvez eu não fosse tão sem graça assim, talvez eu tivesse mesmo algo de interessante que prendesse ele a mim. E eu queria ir cada vez mais além, queria conhecer mais dele, conversar por dias e noites. Eu nem vi mais Angelique e Sebastian, nem me preocupei onde eles estavam e o que faziam, não existia mais ninguém naquela festa que não fosse eu e ele, não existia festa, nem nada ao redor.
Ele colocou seu copo na mesa e se aproximou de mim no meio de uma resposta engraçada que eu dei sobre o que eu achava da escola. Ele estava perto demais e isso me deixava gelada, assustada e empolgada por dentro. Eu dava piscadelas rápidas e senti minha boca secar, quando nossos olhares se cruzaram, ai era tarde demais. Ele inclinou um pouco seu rosto para perto de mim e colocou uma mecha minha de cabelo para trás, eu sorri de lado, encarando seus olhos e engolindo a seco, nervosa.
– Menina.. – diz quase que em um sussurro próximo demais do meu rosto - Acho que você acabou me fascinando. – ele sorriu e sem hesitar, nossos lábios se encontraram. Eu de imediato fecho os olhos.
Seus lábios eram macios e pareciam que se encaixavam perfeitamente com os meus, eles se entreabriram e sua língua invadiu minha boca suavemente, eu apenas me deixei levar, deixei fluir.. E me envolvi, nossas línguas se chocaram e eu sentia fogos dentro de mim. Sua mão apertava minha nuca e seu beijo era quente, me sentia flutuando quando ele mordeu de leve meu lábio inferior, puxando e acabando o beijo. Eu abri meus olhos e ele me olhava, sorrindo, acariciou meu rosto com carinho e me abraçou, beijando meu rosto. Antes que ele pudéssemos falar qualquer coisa..
– Anahi! – Sebastian me chama de forma autoritária e eu me separo de Rodrigo
Angelique segura o braço dele e fala para ele "segurar a onda" e ele confirma com a cabeça para ela, fechando os olhos e respirando fundo.
– Nós já vamos. – diz tentando manter a calma e disfarçando.
– Tudo bem. – me levanto.
– Ei, espera.. – Alfonso se levanta e eu me viro para ele.
– Preciso ir.. – ele segura meu rosto e me dá um selinho, que me deixa de pernas bambas.
– Boa noite, gostei muito da sua companhia. – ele pisca e sorri para mim.
– Eu também. – digo querendo imortalizar aquele momento, sorrio e me viro, caminhando para saída e passando a frente de Sebastian, que ainda encarava Alfonso com cara de poucos amigos.
O trajeto de volta foi Angelique falando comigo milhões de coisas engraçadas que aconteceram na festa que eu perdi, tudo coisas que aqueles idiotas lá da turma fizeram, coisas "engraçadas" que para mim eram totalmente idiotas. Fiquei no banco de trás, calada e assentindo quando ela se dirigia a mim, mas na verdade minha cabeça estava longe... Estava em Alfonso e naquele beijo, na intensidade e em como me senti com ele. Estava no jeito com que ele pouco se importou com o Sebastian e Angelique e ainda sim, me beijou na frente deles, estava na forma como ele me abraçou e conversamos na troca de olhares, em cada minuto daquela noite.
– Anahi, você ouviu o que eu disse? – Angelique diz me trazendo de volta a realidade e eu pisco rápido.
– Hã? – a olho perdida e ela ri.
– Disse que Tefa vomitou em cima da Fuzz. – ela diz divertida, com um sorriso debochado no rosto.
– Ah, jura! Coitada.. – digo sem prestar atenção.
– Coitada? – ela se exalta revoltada - Você detesta ela! – ela me olha espantada e pronta para me bater.
– Ah sim, eu odeio. – volto para realidade e lhe dou atenção – Bem feito para ela então. – digo segura e forço um sorriso de lado, Sebastian ri.
– Vocês estão normais hoje? – ele olha para nós duas – Beberam escondido de mim? – ele brinca.
– Sebastian, você não é meu pai. – grito e reviro os olhos.
– Garanto que eu sou melhor que ele. – ele diz duro, me encarando pelo retrovisor e eu fecho a cara, cruzando os braços.
– Mas não deve ser meter na minha vida! – ataco com raiva.
– Eu só tento te proteger, Any – ele respira fundo, decepcionado.
– Então não tente. – digo baixo, porém firme, voltando a olhar pela janela para a rua.
– Okaaaaaay! – Angelique diz como conciliadora da paz como sempre foi, ela abre os braços pedindo trégua – Chega vocês dois! – ela bufa - Estamos todos cansados e alterados e não vamos falar coisas que não queremos para magoar o outro e nos arrependermos depois, ok? Ok! Então vamos calados até em casa. – e o silêncio reinou.
Sebastian estacionou o carro e eu logo saltei para fora, voando para o meu quarto. É claro que Angelique e Sebastian ficaram naquele chamego grudento por horas, eu já estava saindo do banho de pijama quando Angelique entrou no meu quarto e se jogou na cama.
– Vai, conta tudo. – ela diz animada, me olhando com expectativa.
– O que? – digo secando meu cabelo na toalha, sem dar muita atenção.
– Como "o que"? – ela revira os olhos - O cara da festa, quero saber t-u-d-o – ela se mexe curiosa, me encarando.
– Ele se chama Alfonso. – eu começo e respiro fundo, me sentando na poltrona de frente para cama e a encarando – Ele é primo da Mai. – mordo o lábio inferior, com vergonha e com carinho ao lembrar.
– Ele é tipo.. Mais velho, né? – diz vibrando alegria por mim e eu sorrio pela reação dela.
– Tem 25 anos. – é tudo que consigo dizer com a cara de boba que fico quando penso nele, mas Angelique não desiste.
– Noooossa! – ela se levanta e senta na cama de frente para mim – E ai?? – seus olhos brilham de curiosidade e eu respiro, relaxando e conto.
– Ele é muito incrível, eu.. eu.. tô meio mole ainda, sabe? – ela confirma – O beijo foi.. Uau, foi um beijo que, meu Deus! – fecho os olhos, sorrindo e lembrando e ela solta um gritinho alegre.
– Amiga, imagina se sei lá, vocês começam algo.. – ela pondera pensativa, com expectativa.
– Não viaja, Angy. – reviro os olhos, sorrindo de lado – Provavelmente eu nunca mais o verei. – digo desanimada.
– Mas se você disse que ele é primo da Mai, ele te achar é a coisa mais fácil do mundo. – diz segura e confiante. E às vezes, só às vezes, queria ter um pouco dessa confiança..
– E você acha mesmo que ele vai querer me procurar, Angy? – dou-lhe um sorriso decepcionado - Olha para mim.. – abaixo o olhar.
– Tô olhando. – volto a encara-la - E qual o problema? – balanço a cabeça em negação.
– O que um cara daquele vai querer com uma criança como eu? - desabafo.
– O que você me disse quando eu fiquei insegura sobre o Sebastian? – Angelique já aderiu à postura séria e mãezona que ela sempre faz quando quer me convencer que está certa.
– Que o amor vem de onde a gente menos espera. – digo lembrando e lutando para não sorrir de lado e não ter esperança..
– Então! – ela ri – Agora para de enrolação e me conta todos os detalhes. – eu me sento do seu lado, sorrindo sincera e começo a lhe contar.
Aquela foi uma madrugada longa, eu e Angelique preparamos um brigadeiro e ficamos fofocando a noite toda. Eu lhe contei todos os detalhes do Alfonso, desde como ele chegou até mim até como eu achei incrível ele ignorar o Sebastian e me beijar, ela estava tão empolgada com tudo que eu dizia que parecia que ela que tinha vivido tudo aquilo comigo, ela tampava o rosto e jogava almofada em cada detalhe mais chocante. No fim, ela me abraça.
– Que bom, amiga! – ela bagunça meu cabelo e eu rio - Eu fico feliz que você se permitiu a uma noite dessas, mesmo que não dê em nada com ele, você viveu e o hoje é tudo que importa. Espero que você sempre possa se permitir como fez hoje. – ela me olha contente, sorrindo.
– Também espero. – sorrio sincera, baixo a cabeça, colocando meu cabelo para trás da orelha e volto a olha-la, mudando de assunto – Agora me conta de vocês dois e das fofocas da festa, eu mal prestei atenção no carro. – digo sincera fazendo careta e ela ri.
– É.. eu percebi! – ela sorri e começa a me contar tudo.
Na segunda feira toda aquela afobação do aniversário da Mai já havia passado para mim, mas não para escola toda, só se falava disso em todo canto! Era o bochicho da Angelique com o Sebastian e as meninas que puxavam meu saco para tentar algo com o meu irmão me olhando de cara feia. E claro que comentavam o que "aquele bonitão" estava fazendo com a Anahi. Eu apenas olhava e me perguntava a mesma coisa.. Ah, eu também quis dar um hiper abraço na Tefa depois dela ter vomitado na Fuzz, essa nem apareceu na escola, também né, ia ser a mais zoada do dia! A professora pedia a cada minuto para ficarmos quietos, era tanta fofoca que não parávamos de falar e de trocar papelzinho entre si. Angelique do meu lado conversava freneticamente com Zoraída e eu prestando atenção nos bochichos ao meu redor.
– Quantas vezes mais eu vou ter que pedir silêncio! – a professora grita
Acho que finalmente as fofocas ficarão para o intervalo.
No fim da aula eu me despedi de Angelique que ia embora depressa porque tinha hora marcada no salão, eu estava esperando o Sebastian chegar, guardando minhas coisas no armário quando ela voltou esbaforida, correndo pelo corredor e levando esporro da inspetora.
– O que houve, Angelique? – digo preocupada quando ela se aproxima de mim.
– Seu irmão ele vai vir te buscar hoje? – diz ofegante, nervosa.
– Sim, ele já deve estar chegando. – respondo tranquila, com o cenho franzido intrigada.
– Eu vou distrair ele, agora você precisa ir. – ela me puxa, fechando o armário, agitada.
– Ir para onde? – a olho confusa, os olhos arregalados. Que raios estava acontecendo?
– O primo da Mai tá ai na porta da escola. – ela diz e eu congelo, minha boca seca e eu a encaro sem reação - Acho que para te ver. – pisco nervosa.
– O que? O Alfonso tá aqui? – digo ainda sem acreditar.
– Ahaaaam! – ela vibra de empolgação em um sorriso enorme.
– Ai meu Deus! – exclamo incrédula, mas ai me lembro que.. - Olha o meu estado! – me olho da cabeça aos pés - Eu não vou sair! – digo decidida.
– Ah, mas você vai sim! – ela apenas ordena, sem nem querer saber dos meus argumentos.
– Angelique, olha para mim! – ela me examina, me olha da cabeça aos pés.
– Vamos dar um jeito nisso! – diz pensativa
Ela abre seu armário e pega uma bolsa de maquiagem e me puxa pelo braço, me arrastando para o banheiro. Angelique me maquia, solta meus cabelos, ajeita minha roupa, me faz ficar igual uma boneca em 5 minutos.
– Como você faz isso? – digo surpresa encarando meu reflexo no espelho e tocando meus cabelos.
– Agora vá! – ela me empurra para fora do banheiro - Eu cuido do Sebastian e você fala com o Alfonso. – diz me passando confiança, mas eu estou apavorada ainda.
– E se ele não quiser falar comigo? – paro no corredor e a olho assustada - Ele pode ter vindo apenas buscar a Mai.. – procuro checar todas as alternativas antes de me decepcionar.
– A Mai já foi embora e se ele não quiser falar com você, você fala um oi e vai embora, mas você precisa falar com ele! – ela resolve todos os problemas que eu tenho ou venho a ter em 5 minutos e eu me permito achar graça.
– Tá bem. – sorrio – Eu vou. – ela pisca para mim e eu animada, saio correndo
Eu saio da escola, fingindo estar distraída para ele, quando eu olho para porta da escola e ele acena para mim. Eu sorrio e vou até ele, suando frio de tão nervosa.
– Oi – digo quando chego perto e ele sorri.
– Oi, princesa. – ele me beija o rosto, me segurando pelos ombros - Como você está? – alisando meus braço e eu derretida tento responder.
– Bem e você? - sorrio.
– Com saudades. – ele me olha com cara de cachorrinho abandonado e eu queria tanto beija-lo - Vim te ver. – continua animado.
– Sério? – digo em um espanto sincero e ele ri.
– Claro que sim. – confirma seguro - Topa tomar um sorvete? – eu aquela cara de boba, sorrio.
– Sim. – ele passa as mãos pelos meus ombros e eu entro no carro.
Quando chegamos a sorveteria ele se senta na mesa do fundo e pede dois sorvetes de creme sem calda, sem nem me consultar, mas eu nem estava preocupada com isso. Apenas o olhava com encantamento e me esquecia de tudo. Não lembrava também que existia dentro de mim a capacidade de me permitir ao novo, de quem sabe amar alguém. Ele falava da vida, sobre a economia, da família e da profissão como se nos conhecêssemos há séculos. Depositava tanto entusiasmo e verdade em cada palavra que me contagiava e, naquele momento, o meu nome foi facilmente esquecido por mim. Mas não por ele.
– E você, Anahi. Tem alguém? – ele me surpreende, me tirando do transe.
– Não. – sorrio – Não sou de muitos amores. – olho para baixo, encarando o sorvete e sorrindo de lado.
A quem eu queria enganar, eu não era de amor nenhum..
– E se eu for o seu amor? – ele diz se aproximando do meu rosto e eu volto a encara-lo, nervosa e completamente fascinada.
Será que ele estava alterado pela bebida? Mas mesmo assim eu sorri, sincera e cheia de expectativas.
– Acho que quando tiver que ser, o destino se encarrega. – ele passa o polegar pelos meus lábios sorrindo
Ele se inclinou para mim, depositando um beijo em minha bochecha, trilhando um caminho de beijos até a minha boca. De um selinho, iniciou-se um beijo apaixonado. Eu o abracei e correspondi com toda paixão. Eu olhei dentro de seus olhos, feliz e certa de que ele não apareceu no melhor dia, nem no pior dia da minha vida, ele apenas apareceu quando tinha que aparecer, no momento certo.
Autor(a): bixulinha
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