Fanfics Brasil - Henry Medeiros O Escritor: Wizard - Resignificação

Fanfic: O Escritor: Wizard - Resignificação | Tema: Super Heróis, Harry Potter, Jogos, Livros, Animes, HQs


Capítulo: Henry Medeiros

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Após de uma tarde inteira de estudos na Escola de Medicina da Universidade de São Paulo, Henry recebe a ligação de Mônica, aluna do curso se psicologia. Mônica tem sido importante ouvinte e apoiadora de Henry nas questões internas que inquietam os sentimentos do jovem rapaz:


- Oi. Mônica!


- Oi, Henry. – Ainda na universidade?


- Sim! – Acabei de sair do laboratório.


- Como você está se sentindo?


- Me sinto um pouco melhor. – É sempre bom conversar com você.


- Se sente um pouco melhor mesmo?


- Não sei certo.


- Resume o que você está sentindo?


- O que estou sentindo? – Eu tenho sentido o desejo de conhecer um pouco mais da minha história. – É estranho, olhar para minha vida e perceber que não tenho resposta para perguntas simples, básicas. – Assim como alguns órfãos das histórias que acompanho por longa data, eu carrego em meu peito esse desejo de saber um pouco mais da minha origem.


- Qual sua origem, senhor Henry Medeiros?


- Qual a minha origem? – Essa pergunta se torna a mais fácil e também a mais difícil de responder. – Se for para satisfazer sua curiosidade, posso dizer que minha origem é..., é.... Não é tão fácil como eu imaginei.


- Fala o sente no seu coração?


- Desde pequeno escuto meus pais contarem minha história a partir do momento o qual foi encerrado meu processo de adoção, iniciando então, meu convívio com eles e posteriormente minha irmã. – Temos um pequeno cachorro que possui oito anos de idade e nessa altura posso considera-lo um mini membro da família. – Desculpa, foi apenas uma brincadeira para quebrar a tensão do momento.


- Brincadeira são bem vindas, desde que você não perca seu foco. – O que você escuta desde a sua infância?


- Desde pequeno escuto histórias que narram meu processo de adoção, histórias do período o qual morei no orfanato, histórias do amor genuíno que nasceu no peito da minha mãe de criação, desde o primeiro dia em que ela disse sim para um bebê desconhecido deitado no berço do católico orfanato São Miguel.


- Posso notar que você já conhece parte da sua origem.


- Não é fácil administrar uma mente órfã. – Nos últimos meses desde que ingressei na Universidade venho sentindo uma inquietação na minha mente, no meu peito, no meu coração. – Não um incomodo de dor, que machuca ou sufoca, pelo contrário, esse incomodo me impulsiona a querer conhecer mais da minha origem, minha história.


- Sua história e origem referente aos seus pais biológico?


- Sim. – Meus pais nunca esconderam que sou órfão, não me sinto órfão. Afinal, eu tenho uma família amorosa, verdadeira, companheira. – Minha mãe do coração Cristina, diz que minha progenitora merece ser honrada, principalmente por ter tido a coragem de me entregar em um local onde eu teria os cuidados básicos necessários. – Me pergunto em alguns momentos o que realmente a levou em tomar essa decisão? – Acho que a verdadeira razão, eu nunca saberei.


- Talvez seja muita responsabilidade com a faculdade de medicina.


- Pode ser. – Na verdade, eu abri mão da faculdade de letras para cursar medicina. – Desde moleque eu escrevo histórias, dou vida a diversos personagens, construo universos e cenários. Entretanto, a decisão de ser médico aflorou como uma forma de cuidar dos idosos.


- Eu não conheço essa parte da sua história. – Você queria cursar Português/Literatura e mudou para Medicina, por qual motivo?


- Exatamente, minha vontade é cursar em breve, a especialização em geriatria, posso dizer que talvez seja uma forma de cuidar dos meus pais, para que eles vivam um pouco mais. A faculdade de literatura pode ficar para um outro momento, como a realização de um sonho antigo, um hobby, uma aventura para quando eu estiver mais velho. – No momento atual são os cuidados com meus pais a minha prioridade.


- Entendo que você se preocupe com seus pais, mas isso não é certeza de que eles irão viver mais. – Vida e morte é algo não podemos controlar.


- Eu sei que não temos controle da vida, eu entendo. – Você está correta.


- Henry, você precisa cuidar de você primeiro.


- Eu sei. – Permita-me dizer apenas o que sinto.


- Vamos procurar um profissional que possa ajudar com suas questões.


- Farei isso.


- Eu já te aconselhei tantas vezes, meu amor.


- Eu prometo que seguirei seu conselho. – Tudo bem, tudo bem!


- Converse com sua mãe. – Ela é a melhor pessoa para tirar suas dúvidas quanto a adoção.


- Perguntarei para minha mãe mais alguns detalhes referentes a minha origem. – Farei isso hoje, depois do jantar, nós sempre conversamos no meu quarto enquanto ela me aguarda arrumar o material das aulas. – Tenho que ir, agradeço por me ouvir.


- Te ligo mais tarde para saber como foi a conversa. – Estou sempre com você.


- Até breve!


Henry encerra a ligação, se sentindo igualmente vazio, sentindo que suas inquietações são como enigmas tanto para ele, quanto para quem escuta suas palavras.


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 


 



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Autor(a): Luah Nova

Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).

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Enquanto caminho para a parada de ônibus próximo da faculdade, minha mente imagina e constrói os diversos diálogos que posso ter com minha mãe de criação a respeito do assunto ligado ao meu processo de adoção. Fico temeroso apenas em não ser tão insistente, invasivo ou magoa- lá de alguma form ...



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