Fanfics Brasil - Take this to your grave O Abismo dos desolados

Fanfic: O Abismo dos desolados | Tema: Bleach


Capítulo: Take this to your grave

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~~ The abyss of the desolate ~~


{Take this to your grave}


No capítulo anterior…


— Rukia — um grito de sofrimento ecoou da boca de Renji.


E só o que ficou foi a dor e a escuridão.


Agora…


 


Numa das esquinas de Karakura — Chuva torrencial — 


 


Começa a chover numa das esquinas de Karakura. Os amigos de Rukia estão perto dela com lágrimas nos olhos, em pior estado está Renji, muitos não sabem, mas ele a amava e agora ele está desolado, com muito ódio e se sentindo muito culpado por tê-la deixado sozinha. Os demais também se culpam por isso. Um novo sentimento nasce em Renji, o sentimento de vingança. Ele não pararia até encontrar o “desgraçado” que fez isso com a sua amada Rukia, ele pagaria da pior forma.


Apesar de todos estarem se debulhando em lágrimas, havia uma coisa a ser feita, dar o enterro digno para Rukia.


Renji, com um peso imenso no coração, pegou o corpo de Rukia em seus braços, avançava em direção à loja do Urahara. Cada passo é carregado de tristeza e responsabilidade, sabendo que o caminho que ele está trilhando levará notícias devastadoras para Byakuya.


Ao chegar a loja de Urahara, o ambiente é um misto de tranquilidade e tensão. Urahara com sua usual postura tranquila, percebe imediatamente a gravidade da situação ao ver Renji e o corpo de Rukia. Sem precisar de palavras, ele se prepara para ajudar no que for necessário, oferecendo seu apoio e recursos para o retorno a Soul Society.


Enquanto isso, Renji sente um peso ainda maior ao pensar em como entregará a notícia a Byakuya. O sentimento de perda é acentuado pela certeza de que o irmão de Rukia reagirá com uma dor e fúria intensas. Byakuya sempre foi um pilar firme para sua irmã, e a notícia da sua morte será um golpe devastador.


A jornada para Soul Society será dolorosa e cheia de emoções conflitantes. Renji sabe que seu dever é apoiar Byakuya e garantir que Rukia tenha um enterro digno. Ele só pode esperar que, apesar da dor, o apoio mútuo entre seus amigos e companheiros de batalha possa trazer algum consolo em meio à tragédia.


Ichigo, Orihime, Sado e Uryu Ishida se compadeceram da dor de Renji e imediatamente se põem a segui-lo. Ao chegar na loja de Urahara, eles descobrem que Renji já está na Soul Society, eles imediatamente olham para o loiro que entende o recado e abre o portal para eles irem para a Soul Society.


Antes de Renji ir para casa do Byakuya dar a triste notícia, ele passa primeiro pela terceira divisão, onde a ala hospitalar está localizada. Ele deixa o corpo de Rukia sob os cuidados da equipe médica da terceira divisão para que possam realizar os procedimentos necessários e preparar o corpo adequadamente.


Renji sai da ala hospitalar. Durante o trajeto, Renji observa o ambiente ao seu redor. Ele passa por diversos membros do Gotei Treze, todos envolvidos em suas respectivas tarefas. A caminhada é uma boa oportunidade para Renji refletir sobre os últimos acontecimentos e o que o levou até ali. Renji vê o prédio da sexta divisão tão imponente quanto se lembrava. Ele se prepara mentalmente para a conversa que teria com o Byakuya. 


Ele se aproximou da porta com passos hesitantes, com o coração batendo forte no peito. Sabia que Byakuya estava lá dentro, imerso em seu trabalho, a possibilidade dele atrapalhá-lo em seu trabalho enquanto estava concentrado era grande, mas sabia que não poderia mais adiar aquilo que veio fazer. Tomou um momento para respirar profundamente, tentando se acalmar. Inspirou e expirou várias vezes, cada respiração era uma tentativa de reunir coragem. Finalmente, com uma determinação renovada, bateu na porta.


— Entre — a voz de Byakuya ressoou do outro lado, firme e controlada. A resposta foi um convite direto, mas também uma lembrança que o momento de falar sobre o ocorrido havia chegado.


Com coragem que conseguiu reunir, ele girou a maçaneta e entrou na sala. O ambiente estava repleto de papeis e documentos organizados meticulosamente. Byakuya estava sentado à mesa, com uma expressão de concentração no rosto. A presença dele parecia quase opressiva, uma força calma e implacável que dominava o espaço.


Ele deu um passo à frente, sentindo o peso das palavras que teria que usar a partir dali. O desafio de enfrentar Byakuya estava diante dele, e agora era a hora de enfrentar a situação de frente mesmo sabendo que não vai ser fácil. Renji ficou olhando-o por alguns minutos antes de dar a triste notícia.


— Sabe que não sou de enrolar. Prefiro que saiba por mim. Na noite em que saímos à procura dos bount, Rukia encontrou e lutou com um deles, o bount que ela encontrou e lutou era Mabashi. E ele a matou. Rukia está morta.


Byakuya ouviu as palavras de Renji em silêncio, seu olhar fixo no chão. Por um momento, não houve resposta, apenas o peso das palavras pairando no ar. A dor e a incredulidade eram evidentes em seu rosto, e o contraste entre sua usual postura e a tristeza que agora o envolvia era marcante.


Finalmente, ele levantou a cabeça, seus olhos brilhando com uma mistura de tristeza e raiva. “Rukia…” Sua voz estava rouca, quase inaudível. “Ela foi uma das mais valorosas. Não vou permitir que a morte dela seja em vão”.


A tristeza era palpável em sua presença, mas também havia uma determinação inabalável. Byakuya sabia que precisava honrar a memória de Rukia, e isso significava encontrar Mabashi e garantir que ele enfrentasse a justiça que merecia, nesse caso, a morte.


— “Prepararemos uma cerimônia para honrar sua memória e faremos o necessário para que isso não se repita”, ele disse com firmeza, sua voz mais controlada agora. “Vamos assegurar que a justiça seja feita por ela”.


Ao escutar tudo, Renji fez um aceno de leve com a cabeça concordando.


Renji saiu da sala de Byakuya, o peso da notícia ainda era esmagando os seus ombros. Quando deu de cara com os seus amigos, a necessidade de apoio tornou-se evidente. Sem precisar de palavras, cada um deles o abraçou com força, um gesto silencioso de solidariedade que expressava a dor compartilhada e a determinação de enfrentar o luto juntos. A presença deles era um consolo bem-vindo, uma âncora em meio a tempestade emocional.


Enquanto caminhavam juntos, o silêncio entre eles era pesado, mas confortante. Chegaram a casa de Renji, uma residência espaçosa com o charme dos estilos orientais antigos. A casa, apesar de ampla, mantinha um ar de modéstia e simplicidade, refletindo a personalidade e os valores de Renji.


Ao entrar na casa, a atmosfera parecia um pouco mais relaxada, como se o espaço familiar pudesse oferecer um breve alívio da dor. A decoração tradicional, com tatames e móveis de madeira escura, criava um ambiente acolhedor, ideal para momentos de introspecção e conforto.


Renji levou seus amigos para a sala principal, um espaço grande com um tatame bem arrumado e almofadas dispostas ao redor. Ele se sentou em um canto, os olhos ainda pesados com a tristeza, e seus amigos se acomodaram ao redor, criando uma pequena bolha de apoio e compreensão.


O ambiente, apesar de tranquilo e bem decorado, carregava um sentimento  de melancolia. Cada um dos presentes estava lá não só para Renji, mas para encontrar um momento de paz em meio a dor coletiva. Era um espaço onde poderiam, sem palavras, compartilhar o luto e a memória de Rukia, honrando sua vida e oferecendo apoio mútuo. Após o momento compartilhado, Renji fez chá para todos com alguns biscoitos.


 Renji, imerso em seus pensamentos, sentia o peso da iminente partida de Rukia. Ele sabia que, em breve, o sino logo soaria, anunciando a morte de Rukia para as outras pessoas da Soul Society. Renji, naquela hora, pensava em Ukitake, capitão de Rukia, e em como ele reagiria a notícia. Com pesar o sino ecoou, a hora do enterro se aproximava, eles precisavam ser fortes mais uma vez, por Rukia. Com um suspiro silencioso, Renji e os demais se levantaram, seguindo juntos para o local da cerimônia, preparando-se para dizer um último adeus à amiga que amavam. 


Ao chegar no lugar da cerimônia,o corpo de Rukia repousava sobre uma pedra de gelo, criada pelo capitão da divisão dez, que seria, Hitsugaya Toushirou, para preservar o estado do corpo e manter a sua juventude intocada. Todos os capitães da divisão da Gotei Treze estavam presentes, alinhados em uma solenidade silenciosa, com as flores Rue em mãos. 


Os que haviam chegado recentemente, pegaram as suas flores e se juntaram aos demais, dando início ao ritual de despedida de Rukia.


Um a um, eles colocaram suas flores ao redor da pedra de gelo, tocando o sino com um toque respeitoso, recitaram suas preces e retornando assim aos seus lugares, com suas expressões carregadas de reverência e de tristeza.


Quando o ritual chegou ao fim, o ambiente permaneceu marcado pela solenidade e pela melancolia. Aos poucos os presentes começaram a se dispersar, seus olhares se demorando na pedra de gelo, como se, ao deixá-la para trás, sentissem um peso de arrependimento por todo o acontecido. A presença de sua memória ainda paira no ar, trazendo um sentimento de perda e uma reflexão silenciosa sobre o que foi e o que poderia ter sido, mas o desejo de vingança era mútuo.


Ninguém mais se arrepende além de Renji, ou talvez os seus amigos por não ter conseguido chegar a tempo de ajudá-la. Mas para Renji o peso é maior, ele enterrou um amor, cujo qual, não pode ser vivido, muito menos se poderia ter sido correspondido em algum momento, e essa era uma dor que ele carregaria para sempre.


Todos se dispersaram ao fim da cerimônia. Ichigo e seus amigos voltaram para Karakura, com cada um levando a sua dor, tristeza e culpa pela morte de Rukia.


Antes de sair da cerimônia, Renji olha para trás uma última vez com um silencioso e melancólico para o corpo da sua amada, com uma promessa velada, que não descansaria até encontrar o bastardo do Mabashi, acabando com ele com suas próprias mãos. Sabia que Rukia não gostaria que ele fizesse isso, mas pouco importava para ele agora. 


Com um leve aceno de cabeça, a promessa é feita, partindo assim da cerimônia. Indo em direção à sua casa, para poder enfim ter o descanso dos justos.


 


No quartel general dos Bount — Karakura — Localização desconhecida


Kariya estava sentado no seu trono, a postura rígida e os pensamentos turvos enquanto aguardava notícias de seus subordinados. A espera estava começando a se arrastar, e a inquietação em seu peito só crescia com o passar do tempo. O ambiente ao redor parecia pesar, e a cada som leve amplificava a sua ansiedade.


Então, a figura de Ichinose, o ceifeiro de almas, surgiu diante dele. O semblante sério e o olhar penetrante de Ichinose imediatamente atraíram a atenção de Kariya. O ceifeiro não estava apenas trazendo informações; havia algo em sua presença que sugeria um peso adicional. Kariya tentou acalmar o seu coração, mas não pôde deixar de se perguntar se havia algo mais por trás daquela expressão reservada.


— Ichinose — começou Kariya, com uma tentativa de suavidade na voz. — O que você trouxe?


Ichinose permaneceu em silêncio por um instante, a tensão no ar era quase palpável. Kariya podia sentir a inquietação em seu próprio estômago, lutando para não deixar que suas dúvidas transparecessem. Ele queria acreditar que tudo estava em ordem, mas a certeza parecia escorregar entre os seus dedos.


— As notícias não são boas, senhor — finalmente disse Ichinose, a voz grave e calma, mas carregada de uma sombria gravidade. — Precisamos conversar.


Kariya continuou encarando Ichinose à espera do que ele tinha para dizer. E com um leve aceno de cabeça, Kariya deu a permissão não verbal para que Ichinose prosseguisse. O gesto foi sutil, mas claro que foi o suficiente para que o ceifeiro continuasse.


— Mabashi matou a ceifeira de almas chamada Rukia Kuchiki — disse Ichinose de uma vez. — E você sabe que eles vão querer vingança, especialmente Byakuya. 


Kariya levou um tempo para processar toda a informação que lhe foi passada. Cada palavra dita por Ichinose reverberava em sua mente, quase que como um eco persistente. Ele estava tomado por uma fúria silenciosa. Para Kariya tudo estava claro: uma hora algo ia acontecer contra Mabashi, seja por suas próprias mãos, ou pelas próprias mãos dos shinigamis.


E Kariya estava disposto a deixar Mabashi por conta dos shinigamis. E o sorriso  em seu rosto externava esse fato.


Como a conversa estava encerrada, Ichinose usou seu shunpo sumindo da sala do trono de Kariya.



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Autor(a): Moonfoys

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