Fanfics Brasil - Passions in sight Bruises

Fanfic: Bruises | Tema: Bleach


Capítulo: Passions in sight

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  • Bruises


{Passions in sight} 


 


Em uma tarde fria de inverno em Tóquio, Orihime caminhava pelas ruas com a familiaridade de quem segue uma rotina bem estabelecida. Vestida com uma blusa de manga preta, uma calça jeans azul escuro, um coturno preto nos pés e um sobretudo na cor preta, ela se dirigia para o seu trabalho que era numa butique localizada próxima a uma renomada empresa. 


Antes dela chegar em seu destino, Orihime decidiu parar numa cafeteria bem perto dali; ao entrar no estabelecimento, ela se juntou à fila para ser atendida. Em um momento de distração, ela sem querer esbarrou levemente em um cara alto e pálido com os cabelos negros como a noite, que parecia ser do setor empresarial pela sua vestimenta. O contato foi breve,mas suficiente para causar um leve constrangimento para ambos. 


Itaiii... Me desculpe pelo esbarrão. —Orihime se desculpou, já caída no chão.   


— Tudo bem, você se machucou? Posso te ajudar a levantar? — ele ofereceu, com um tom frio, estendendo a mão para ela. 


— Não, estou bem. Obrigada. — Ela respondeu, aceitando ajuda para levantar-se.  


— Não há de que. — ele respondeu, com uma indiferença discreta, antes de retornar ao seu lugar na fila. 


Enquanto aguardavam, ele observou  que ela fez o mesmo que ele: quando a atendente chamou seu nome, ela fez o pedido e depois esperou ao lado dele para que o café ficasse pronto. Quando ambos receberam as suas bebidas, saíram da cafeteria. No entanto, antes de seguirem para os seus respectivos trabalhos, o moreno decidiu iniciar uma breve conversa. 


— Então, está indo para onde? — perguntou ele, com um certo tom de curiosidade que tentava ser desinteressado. 


— Vou para uma butique aqui perto, e você? — perguntou com uma pitada de curiosidade. — Pela sua roupa,  imagino que você deve trabalhar no ramo empresarial, estou certa? — disse Orihime, com um leve sorriso.


— Quase isso. — disse ele de maneira um pouco vaga, com um sorriso sutil. “Eu te levarei até lá” — completou ele. 


— Não vai ser um incômodo? — indagou ela. 


— Não, tenho tempo —  Respondeu ele, acompanhando-a. 


Ulquiorra acompanhou-a até a loja em que ela trabalhava. Quando ela entrou e acenou para ele, ele seguiu seu caminho para a empresa na esquina da boutique de cosméticos. Orihime sentia uma curiosidade  crescente sobre o moreno que a ajudara; ele a intrigava e ela esperava ter a chance de encontrá-lo novamente nas ruas de Tóquio, quem sabe por acaso. Suas esperanças era de que suas trajetórias se cruzassem mais uma vez. Orihime queria muito saber o nome do moreno.


Depois de deixá-la, Ulquiorra se dirigiu para a empresa, onde trabalhava. Ao chegar no hall de entrada, dirigiu-se diretamente ao elevador, pressionando o botão do décimo andar. As portas do elevador se fecharam e,  ao chegar em seu andar, ele saiu e cumprimentou os colegas com um discreto aceno de cabeça. No entanto, logo foi chamado pelo proprietário da empresa, que precisava falar com ele urgentemente.


— Você demorou. O que aconteceu? — perguntou ele sentado em sua cadeira giratória de costas para Ulquiorra apreciando a vista que tinha na janela de sua sala. 


— Nada demais. — respondeu ele indiferente. 


— Sei. Ficarei fora por algum tempo, cuide de tudo até eu voltar. — disse o dono da empresa. 


— Tudo bem. — disse Ulquiorra num tom frio. 


Após uma breve reunião com o seu chefe,  Ulquiorra se dirigiu para sua mesa para enfrentar uma carga de trabalho intensa que se estenderia até altas horas da noite. Assim que se certificou que estava sozinho, ele se dirigiu  discretamente para o escritório do chefe, onde começou  a investigar com cautela, tomando cuidado para não alterar nada. Ele revisou todos os documentos e verificou o computador, salvando as informações necessárias antes de reorganizar tudo com precisão, como se nada tivesse sido tocado.


Terminado sua tarefa, Ulquiorra deixou a empresa e seguiu diretamente para casa, já que morava apenas algumas quadras dali. Sem se preocupar com o custo do táxi,  ele fez uma curta viagem e chegou em seu apartamento. Ao entrar retirou os sapatos e foi direto ao banheiro para um banho relaxante e demorado. 


Depois, vestiu seu roupão e se dirigiu a cozinha, onde preparou um jantar  que incluía arroz japonês, peixe cru, legumes e carnes. Saboreou a refeição com satisfação, lavou a louça e, em seguida, se acomodou na sala para assistir um pouco de televisão.


Com o clima frio lá fora e a sexta-feira a trazer a promessa de um final de semana tranquilo, Ulquiorra se sentiu aliviado por ter tempo para descansar e analisar as informações que  havia reunido.Retornou para o seu quarto, onde se preparou para dormir, escovando os dentes e trocando o roupão por uma cueca box. Pendurou o roupão no cabideiro do banheiro e, já vestido com uma camisa, deitou-se na cama, cobrindo-se e esperando ansiosamente pelo seu sono precioso.  


♥ 


Depois de um longo dia de trabalho cansativo para Orihime que chegou em casa tarde naquela noite fria de sexta-feira que ao entrar em casa levou um belo susto, pois não imaginava que encontraria ali o seu único irmão bem ali na sua frente. Passado o susto de vê-lo ali, foi em direção ao irmão e o abraçou. 


— Bem vinda ao lar, irmã — disse ele. 


— Obrigada! — respondeu ela sorrindo. 


Se desvencilharam do abraço e ela foi em direção do seu quarto tirar a roupa para ter enfim um longo banho quente demorado para depois poder jantar com o irmão. Após o banho colocou o seu pijama e voltou para sala passando por ela e indo para a cozinha fazer o jantar. Comeram arroz japonês com legumes e alguns peixes fritos. Após o jantar, eles lavaram a louça juntos e foram para sala assistir televisão ligando-a quando se sentaram juntos no sofá ele engatou uma conversa com ela. 


— Precisarei ficar fora por algum um tempo, irmã. Irei demorar então não fique preocupada — disse ele dando afagos na cabeça da irmã. 


— Tudo bem, obrigada por avisar dessa vez — disse ela com um sorriso triste. 


— Vá dormir, está muito tarde — respondeu ele. 


— Irei, esperarei pelo seu retorno irmão, boa noite — disse ela retirando-se indo para o seu quarto. 


Ela entrou no quarto, fechando a porta com cuidado. Caminhou até o banheiro para escovar os dentes e, em seguida, retornou ao quarto para trocar-se e vestir o seu pijama. Ao se deitar na cama, sentiu a tristeza de mais um fim de semana longe do irmão. Embora compreendesse que a distância era devido ao trabalho e isso a confortasse um pouco, não podia deixar de sentir a solidão que a acompanharia durante o fim de semana.


Ela tentou afastar os pensamentos e logo se entregou ao sono, deixando sua mente vagar para o mundo dos sonhos onde encontrava o moreno que esbarrou na cafeteria mais cedo. Decidida a encontrá-lo, mal podia imaginar que ele estava mais perto do que ela poderia supor. 


♥ 


O sábado amanheceu com uma fina camada de neve cobrindo Karakura, resultado do clima gelado. Sora já tinha partido de Tóquio para resolver os assuntos de sua empresa, e passaria um bom tempo na cidade antes de retornar para a casa de sua irmã em Tóquio. Orihime acordou com o som do despertador e, ainda sonolenta, se dirigiu à janela, abrindo as cortinas para observar a neve caindo suavemente e cobrindo as ruas.


Com um suspiro de alívio por não precisar trabalhar na butique naquele fim de semana, ela sorriu e foi para o banheiro tomar um banho quente e relaxante. Após o banho, vestiu seu roupão macio e se dirigiu à cozinha, onde preparou um café da manhã delicioso: chocolate quente com pedacinhos de marshmallow, waffles regados com mel e torradas cobertas com amêndoas.


Depois de saborear sua refeição enquanto assistia à televisão, Orihime lavou a louça e voltou para a sala, onde se acomodou com uma coberta felpuda. Ela se preparou para passar a tarde e a noite de forma tranquila, aguardando o retorno de seu irmão de sua misteriosa viagem.


 


  


Em um outro apartamento diferente, um jovem de cabelos negros  examinava as informações que havia obtido na empresa de seu chefe. Seu espanto era evidente enquanto navegava pelas planilhas do notebook. Os números e detalhes das contas  no exterior revelaram um esquema  complexo de desvio de dinheiro, com empresas de lavagem e uma rede de empresas laranjas. Além disso, ele encontrou registros  de pessoas se passando por outras, acumulando dívidas exorbitantes em nome de indivíduos incapazes de pagá-las.  


Descobriu  que o chefe da empresa também era o líder da Yakuza e encontrou outros nomes desconhecidos dentro da organização. Guardou cuidadosamente todas as informações num compartimento secreto em seu apartamento, mantendo-as longe de olhos curiosos. Com as evidências bem escondidas, seus pensamentos voltaram para a mulher  de cabelos alaranjados, imaginando quando a veria novamente.    


Sabia que, se o seu chefe descobrisse o que ele descobrira, a consequência seria fatal.  Por isso, decidiu manter a fachada quando retornasse ao trabalho, agindo como se nada estivesse fora do normal.


Para tentar relaxar, ele se dirigiu à cozinha e serviu um pouco de seu Whiskey de doze anos, seu favorito. Sentado, ele contemplava o longo sábado que se estendia à sua frente. Ele desejava que o final de semana passasse devagar,  permitindo-lhe recuperar o equilíbrio, mas ao mesmo tempo, ansiava para que o tempo passasse rápido, para ter a chance de encontrar novamente a mulher que tanto o encantou. 


 


Delegacia Gotei Treze - Décima DP  


O grisalho, Hitsugaya Toushirou, estava ocupado preparando um café bem forte numa mini cozinha improvisada na delegacia da Décima DP, uma tarefa que, apesar de ser simples, lhe proporcionava um momento de tranquilidade em meio ao turbilhão de trabalho.  Sua parceira Karin Kurosaki, a quem ele havia aprendido a amar com o tempo, estava concentrada em sua mesa, mergulhada em pilhas de documentos e anotações.


Karin era o oposto dele em muitos aspectos: enquanto Toushirou era frio e reservado, ela era calorosa e extrovertida,  uma força da natureza  em todos os sentidos. A sintonia entre eles, apesar das diferenças, fazia com que formassem  uma equipe impecável, e as discussões esporádicas que tinham  eram seguidas de reconciliações rápidas, reforçando a amizade e o respeito mútuo que haviam construído ao longo dos anos.    


Hitsugaya conhecia bem a família de Karin, desde o pai, que foi o seu mentor, até o irmão dela, que,  apesar das suas travessuras, sempre teve uma relação amigável com ele. Esses laços o fizeram se aproximar ainda mais de Karin,  embora ele nunca tivesse revelado a profundidade de seus sentimentos por ela.


Enquanto caminhava de volta para sua mesa, com uma xícara de café para Karin e outra para si mesmo, Toushirou estava imerso em pensamentos sobre o caso que estava lhes tirando o sono.  Era um caso complicado, com poucas testemunhas e suspeitos habilidosos em se manter fora do radar, mas ele e Karin estavam determinados a resolver o mistério. Eles sabiam que o sucesso estava ao seu alcance, desde que continuassem trabalhando juntos, 


Sentando ao lado de Karin e entregando-lhe a xícara de café, Hitsugaya deu um gole no seu próprio café antes de mergulhar novamente nos papeis e arquivos. A presença dela ao seu lado, a familiaridade e o conforto de seu café, davam-lhe um sentido de propósito e determinação renovados para enfrentar os desafios que viriam. Hitsugaya Toushirou olhou para Karin Kurosaki com um olhar de determinação e carinho. 


— Uma hora ou outra iremos pegá-los. Logo eles vão cometer algum deslize. — disse ele com um tom de confiança.


Karin sorriu para ele, uma expressão de fé inabalável no rosto. 


— E é aí que nós pegaremos todos eles — respondeu ela, e o sorriso dela fez com que Toushirou sentisse um imenso orgulho. 


O dia dos dois policiais foi agitado e repleto de tarefas. Eles mal tiveram tempo para almoçar e só conseguiram fazer uma pausa no final da tarde, antes de encerrar o expediente. Ao final do dia, a delegacia estava silenciosa, com apenas o casal permanecendo lá.


Após organizarem tudo para o próximo dia, saíram da delegacia e foram diretamente para o carro de Toushirou. Karin ocupou o banco do carona, enquanto ele dirigia com um foco silencioso em sua direção. O trajeto até o apartamento deles foi marcado  pela familiaridade e pelo conforto que compartilhavam.  


 Chegaram ao apartamento e estacionaram o carro na garagem.  Foram para o elevador, apertando o botão do décimo andar. O elevador subiu lentamente, e quando as portas se abriram, foram recebidos pelo longo corredor que os levava ao seu lar.  


Hitsugaya pegou as chaves e abriu a porta,  ligando as luzes e dando passagem para Karin. Ela entrou, e ele a seguiu, fechando a porta atrás de si e tirando os sapatos.


O cansaço do dia de trabalho parecia desaparecer à medida que estavam juntos. O que mais desejavam agora era o calor e a proximidade um do outro.  Em um gesto de compreensão mútua, se abraçaram e se beijaram com uma urgência que falava mais do que palavras poderiam expressar.   


 


O fim de semana passou voando, e logo uma nova semana começou para Ulquiorra. Ele despertou com o som do despertador e, ao olhar a janela, notou que o clima ainda estava frio na grande cidade de Tóquio. Após um banho quente e se vestir com suas roupas de inverno, foi para a cozinha preparar panquecas de banana com mel e um toque de canela. Aproveitou a refeição com um café quente antes de sair de casa. 


Ao deixar o seu apartamento, dirigiu-se para o elevador e apertou o botão para o estacionamento. Quando as portas do elevador abriram, ele seguiu até o seu carro, pronto para enfrentar mais um dia de trabalho. Enquanto dirigia, perdido em pensamentos, ponderava sobre a mulher de cabelos alaranjados que lembravam o pôr do sol em dias quentes, refletindo sobre como ela parecia distante e ao mesmo tempo presente em sua mente.


O som do despertador despertou uma mulher de cabelos alaranjados. Por mais que fosse a preguiça ao se levantar da cama, jogou as pesadas cobertas de lado e dirigiu-se para o banheiro para tomar um banho quente. Ela retornou para o quarto e se vestiu com roupas quentes para enfrentar o frio do inverno. Orihime dirigiu-se para a cozinha para fazer o seu belo café da manhã, fez torradas crocantes para comer acompanhada por um chá quente para mantê-la aquecida durante esse rigoroso inverno.


Orihime deixou seu apartamento, dirigiu-se ao elevador apertando o botão do térreo, e o elevador abriu as portas. Ela deu um breve aceno de cabeça ao porteiro do seu prédio, e saiu pela porta. Pegou um táxi, dando o endereço da boutique para o motorista, este se prontificou-se a levá-la ao seu destino. Após pagar a corrida e sair do carro, ela fechou a porta suavemente, mas acabou esbarrando no moreno de olhos verdes que havia ocupado os seus pensamentos durante o fim de semana inteiro. 


Ulquiorra pegou-a pela cintura antes que ela pudesse cair ao chão, e Orihime sentiu seu rosto esquentar com a proximidade inesperada. Em meio ao silêncio, seus olhares se encontravam, alternando entre os olhos e os lábios um do outro. Sem conseguir conter aquela atração que os envolvia, eles se entregaram a um beijo abrasador e suave. 


Ambos ficaram sem fôlego quando o beijo acabou, eles finalizaram com um singelo selinho. 


Orihime abriu os olhos e encontrou Ulquiorra com os seus olhos já abertos. Ele lhe ofereceu um sorriso, e ela retribuiu, ainda com o rosto corado pelo beijo que haviam compartilhado. Ambos estavam imersos em pensamentos, contemplando como seria o futuro de sua relação. Ulquiorra, com um sensação crescente de certeza, sabia que em algum momento pediria para que ela fosse sua namorada, e esse momento parecia estar cada vez mais próximo.



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Autor(a): Moonfoys

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