Fanfic: Meu irmão é um idol | Tema: Exo, BTS, KPOP, Dorama, kdrama

*****ATENÇÃO: A FAMILIA DE KIM NAM JOON FOI PROPOSITALMENTE ALTERADA PARA SE ENCAIXAR NA ESTÓRIA PROPOSTA**

''BTS anuncia seu comeback, fãs se reúnem na porta da empresa Big Hit para prestigiá-los após sua coletiva de imprensa, um tour em breve será anunciado, e as expectativas são...''

-Desliga isso. - Retruquei com minha mãe enquanto engolia meu último Kimbap.

-Fico feliz de ver meu NamJoon fazendo tanto sucesso. - Ela suspirou apaixonadamente, como se fosse a primeira vez que ele aparecesse na mídia.

-Omma, eu também fico feliz por nossa estrelinha, mas você não precisa se alimentar disso o tempo inteiro.

-Você é terrível. - Um suspiro saiu de seus lábios enquanto ela desligava a chaleira. 

Olhei para a tela de bloqueio do celular e dei um pulo da mesa.

-Preciso ir para a escola, estou atrasada. Tome seu remédio e pare de ver tanto jornal!

Pendurei minha mochila nas costas, mas antes recebi um beijo na testa.

-Boa aula, Kim Nae Ra. Amo você.

-Também amo você!

Fiz todo o percurso caminhando, o sol estava um pouco fraco mas o suficiente para repor um pouco de vitamina D em minha cara pálida. Pensei em quantos meses faziam que eu não via oppa, sua agenda não era algo que desse o privilégio de sermos a família que vê juntos fogos de artificio no natal e trocam presentes mal embrulhados.

Poderíamos sim estar mais perto, morando em Seul, mas escolhemos viver no interior com uma vida pacata e de paz. Mamãe e eu apoiamos nosso Namjoon em sua carreira, mas não era confortável participar desse sucesso tão de perto. E assim continuaria, ou ao menos deveria, até aquela manhã que parecia ser igual a todas as outras. Mas não era. 

Tudo aconteceu rápido demais.

Aquela ligação após o intervalo foi a responsável por mudar todo o trajeto de minha vida.  A noticia de que nem os remédios e dietas foram suficientes para manter o coração de nossa pequena mãe saudável. Normalmente eu chegaria da escola, faria meus deveres e arrumaria o quarto, mas eu estava dentro de uma ambulância. Um infarto inesperado, uma cirurgia inesperada e uma transferência para Seul também inesperada. Mamãe permanecia desacordada, entubada para fazer com que seu coração trabalhasse menos e suas chances fossem maiores. Seguíamos para o maior hospital da Coreia.

Como isso pôde ter acontecido? Essa manhã tudo estava bem, tão dentro dos conformes de nossa rotina diária. Como o destino e os deuses puderam?

Assim que chegamos ao hospital fui recebida por braços desesperadamente perdidos e uma expressão completamente assustada de meu irmão mais velho.

-Como você está? Como eomeoni está?

-Vamos ficar bem, nós vamos ficar bem. - Minha voz passava mais segurança do que eu realmente sentia.

-Vocês são os filhos da paciente Kim? - Um médico se aproximou e interrompeu nosso reencontro.

-Sim. - Respondemos em sincronia. 

-Ela está estabilizada, fará uma cirurgia amanhã. Nesse momento está na unidade intensiva.

-Posso ficar com ela? - Praticamente implorei com olhos suplicantes.

-Sinto muito, mas ela pode receber apenas visitas. O que não será mais possível hoje devido o horário.

-Entendo. - Consenti e em seguida olhei para Namjoon. - O que farei? Só tenho você aqui.

-Vamos para minha casa, que outro lugar seria?

Engoli em seco. Eu sabia que sua casa não era apenas sua casa, mas de outros 6 garotos.

-Não é melhor ir para algum hotel? 

-Me diga qual hotel hospedaria uma menor como você?

-Eu não posso ir para sua casa.

-E você vai dormir onde? Acolhida embaixo da ponte do Rio Han com meia dúzia de mendigos?

Não havia escolha, estava encurralada e na pior situação de modo geral.

Ali, em frente aquela enorme porta, hesitei. Estava envergonhada, constrangida, praticamente me sentindo uma intrusa naquele lugar.

Assim que Namjoon a abriu, o segui em silêncio e me deparei com um bombardeio de perguntas sobre omma, e apenas alguns segundos depois, fui notada.

-Essa é minha irmã, Kim Nae Ra.

Todos pararam no mesmo instante e agora me encaravam, cumprimentando educadamente. Eu nem sabia como responder.

Naquele momento eu estava ali, na casa do BTS.

SOCORRO.