Fanfic: Meu irmão é um idol | Tema: Exo, BTS, KPOP, Dorama, kdrama

Duas semanas já haviam se passado, a vida voltara ao normal para todos. Era necessário.

BTS tinha uma turnê essa semana pela América Latina, turnê que os superiores não tiveram a compaixão de adiar uns meses. Mas percebi que Namjoon ficava melhor quando seu tempo era ocupado, assim como eu.

-Ei, esse óculos é meu. - Jin puxou de Jungkook o rayban.

Meus meninos agiam novamente como crianças felizes (e briguentas).

-Você é tão egoísta. - Jk bufou.

-Estamos atrasados para o nosso voo. - V resmungou enquanto olhava o celular.

-Vai ficar bem sozinha? - Jimin olhou para mim antes de fechar a porta.

-Não se preocupem comigo, vão, vão. - Fiz sinal com a mão e eles partiram.

O que eu faria agora com tanto tempo livre? Era sexta-feira, eles ficariam dias fora.

-Talvez eu deva pedir algo? - Falei comigo mesma enquanto olhava os incontáveis imãs da geladeira.

A campainha tocou.

-Esqueceram o que agora? - Revirei os olhos enquanto abria a porta.

-Olá. - Chanyeol deu seu melhor sorriso.

-Não devia estar na empresa?

-Deveria, mas vim buscar você. 

-Do que está falando?

-Arrume sua mochila, você vai para minha casa.

-Não posso sair assim sem permissão do meu irmão, quer que outro funeral aconteça?

-Namjoon me autorizou, ele também não quer que fique só.

-Eu acho isso absurdo demais para acreditar. - Olhei desconfiada.

Ele pegou seu celular e colocou em alto e bom som o áudio de Namjoon dando seu consentimento.

-Ele não me disse nada antes de sair. - Ergui uma sobrancelha.

-Surprise. - Ele enfatizou um boom com as mãos.

Ok, não dava para fugir.

-Me dê cinco minutos. - Corri para a escada enquanto o ouvi dizer ``até dez``.

Peguei algumas roupas e enfiei de qualquer jeito na bolsa.

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-Vou te deixar em casa e voltar para a empresa.

-Me tirou de uma casa sozinha para me deixar em outra casa sozinha? - Ri.

-Eu não demoro. Você pode aproveitar para arrumar suas coisas. Deixe sua bolsa no meu quarto.

-Eu não sei onde fica o seu quarto.

-Tem nome nas portas.

-Ah.

-Qualquer coisa me ligue. - Ele disse antes de sair com o carro.

Tirei meus sapatos e entrei, subi as escadas e procurei por seu nome.

-Aqui está você.

Abri a porta e fiquei espantada com a ordem do quarto. Por que esses homens conseguiam ser mais organizados que eu?

Havia um banheiro, e eu entrei.

-Então essa é a escova dele. - A peguei e olhei por uns instantes. Havia uma cueca pendurada no box de vidro e eu quase morri de vergonha. - Vou fingir que não vi isso.

Me deitei em sua cama, o travesseiro tinha o seu cheiro e por me sentir tão confortável, adormeci.

Em um sonho bom eu estava em casa, rodeada de mamãe e oppa. Os galos do vizinho cantavam, o céu tinha o pôr-do-sol mais alaranjado que qualquer outro lugar.

Mas todo sonho bom acaba.

Abri os olhos, já estava escuro. Ouvi vozes de longe e presumi que os garotos já estivessem em casa.

Segui as risadas animadas e ali estavam eles colocando pratos na mesa, outros no sofá assistindo um jogo de basquete. Chanyeol que estava escorado na bancada da cozinha acabara de me notar.

-Já ia te acordar, a pizza chegou.

A mesa de jantar me mostrou que eles eram absolutamente iguais aos meus meninos. Riam, jogavam caroços de azeitona um no outro e faziam piadas idiotas. Eu estava me divertindo, e isso era melhor que ficar sozinha em casa pensando mil coisas.

Comecei a recolher os pratos, mas Kai me interrompeu. 

-Deixe isso com a gente, você é nossa visita.

-Mas é o justo...

-Pare com isso. - Praticamente fui empurrada da cozinha por Suho.

-Me acompanhe, quero mostrar algo. - Chanyeol me chamou e eu o segui. 

Descemos as escadas do que deveria ser um porão, e ali descobri que tinha um estúdio escondido.

-Sente-se aqui. - Ele deu tapinhas na cadeira que estava ao seu lado, e assim que me sentei, ele colocou uma música para tocar. - Fiz essa canção semana passada, você é a primeira a ouvir. Quero sua opinião.

Fechei os olhos e senti cada melodia até a música acabar.

-Eu gostei, mas...

-Mas? - Ele me fitou curioso.

-Faltou um groove...

Ele olhou fixamente para a parede enquanto ouvia o refrão da música mais uma vez.

-Você tem total razão.

Me levantei e fui até os instrumentos que estavam organizados na parede, e ali peguei um baixo antes de voltar para a cadeira.

-Coloque a música de novo. - Falei.

Ele deu play e eu tentei acompanhar, mas falhei.

-Lá não, nem Fá. - Resmunguei mais comigo mesma que com ele, e então minha mente se iluminou igual aquela lâmpada dos desenhos animados. 

Ele colocou novamente a música, e eu apostei no Sol sustenido.

-Perfeito. - Falamos ao mesmo tempo e nos encaramos sorrindo.

-Estou chocado com você, Nae Ra.

-Não é mérito meu, faço parte dos 3% que nasceu com ouvido absoluto. 

-Vou pedir sua opinião antes de lançar qualquer solo a partir de agora.

-Estou aqui para isso.

-Pode fazer novamente? Mas lá dentro do vidro, quero gravar.

Passei pela porta e me sentei perto do microfone, onde iniciei o groove em sol sustenido mais uma vez.

Pela primeira vez eu prestei atenção na letra da música: 

``Ela ainda não sabe, mas tem meu coração nas mãos

Desde aquela manhã, na sala de estar

Desde o primeiro olhar,

garota, você tem meu coração nas mãos``