Fanfic: Meu irmão é um idol | Tema: Exo, BTS, KPOP, Dorama, kdrama

Chanyeol dirigiu por muito tempo, tempo suficiente para começar a anoitecer. Não havia uma cidade, um vilarejo, nada. Estávamos totalmente perdidos.

-Eles tinham que escolher uma praia tão longe para gravar? - Ele reclamou olhando para o sol que sumia no horizonte.

-Olha, tem uma entrada aqui. - Apontei para a janela do meu lado.

-Vamos, podem ter algum telefone.

Seguimos pelo caminho de terra e avistamos uma residência Hanok.

-Posso ajudar? - Um senhor que alimentava um cavalo se aproximou do carro.

-Nós estamos perdidos, onde fica a cidade mais próxima?

-Fica cinco horas daqui.

-Cinco horas??? - Dissemos juntos.

-Está tarde, é perigoso. - Uma senhora que até então eu nem tinha notado se juntou a nós. - Passem a noite aqui, a iluminação dessa estrada não é confiável.

-Um momento. - Falei educadamente e olhei para Chanyeol. - O que vamos fazer?

-Eles parecem não me conhecer, é seguro. - Ele sussurrou.

-Nós vamos aceitar seu convite, estamos muito cansados. - Voltei minha fala aos senhores.

-Escolha sábia. - A senhorinha disse com um sorriso um tanto quanto simpático.

Estacionamos e descemos.

-Temos um chuveiro atrás da casa, podem tomar banho enquanto aumento a quantidade do jantar, vocês devem estar famintos. - Ela me estendeu duas toalhas.

-Estou mesmo, ela comeu todo o tteokbokki sozinha.

O fuzilei com os olhos.

-Obrigada. - A agradeci antes de arrastar Chanyeol para os fundos.

-O que exatamente é isso? - Ele disse ao olhar o tal chuveiro. Era literalmente uma ducha saindo de trás de uma pedra. Não tinha banheiro, porta, cortina, nada.

-E agora? - O encarei.

-Estamos cheios de areia. 

Dei a toalha em sua mão.

-Faça uma cortina para me tampar. Não olhe. 

-Você está falando sério?

-Não vou dormir parecendo um frango à milanesa. Vai, estende logo. 

Pela primeira vez vi Chanyeol vermelho como um tomate. Sem dizer mais nada ele ergueu os braços, estendendo a toalha para me tampar.

-Não demora. - Ele disse com a voz um pouco alterada. Deveria estar extremamente constrangido.

Abri o registro e uma água gelada caiu sobre mim.

-Ahhhhh, tá frio.

-Aqui não tem nem energia elétrica, o que esperava?

Tomei um corajoso banho e após isso, me vesti enquanto ele estava imóvel com os braços para cima, sustentando a toalha e olhando para o outro canto.

-Quer que eu segure para você ir? - O cutuquei quando já estava vestida e ele abriu os olhos.

-Esse dia tá maluco. - Ele me entregou a toalha e eu tomei seu posto.

Eu era pequena, e logo não consegui cobrir tanto como ele. 

-Ahhh que saudade do meu chuveiro quente.

-A culpa foi sua. - Debochei.

-A culpa é do celular.

-Do celular que deveria ter um carregador de automóvel.

-Acho que não é bem esse final de semana que eu esperava te dar.

-To segurando uma toalha enquanto o grande Chanyeol toma banho gelado no meio do mato. Acha que meu fim de semana está sendo ruim?

-Engraçadinha.

Ele fechou o registro e eu entreguei sua toalha.

-Anda logo, quero jantar.

-Já vou, orquinha.

-Eu vou jogar uma pedra na sua cabeça.

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Após uma boa comida caseira, fomos guiados para o simples quarto.

-Descansem para partirem quando quiserem. - Ela fechou a porta.

-Espera, vamos ficar os dois nesse quarto? - Sussurrei.

-Eu acho que sim.

Engoli em seco e olhei ao redor.

Havia apenas uma cama, que nem era exatamente uma cama mas um fofo edredom no chão à moda antiga.

-Espero que você não ronque. - Ele disse enquanto se deitava.

-Eu não ronco, mas...

-Tá esperando o que? Vem dormir, amanhã acordamos bem cedo. - Ele deu tapinhas para o espaço vago ao seu lado.

Lentamente me deitei e me cobri com as mãos suando frio. Quando que eu me imaginei dormindo ao lado dele? Ironicamente eu lamentei essa manhã sobre isso.

Ele apagou a lamparina e apenas a leve luz do luar iluminou o cômodo.

-Me desculpe por essa confusão. - Ele quebrou o silêncio.

-Eu falei sério quando disse que o final de semana não estava sendo ruim. Qualquer coisa se torna boa quando estou com você.

-Fico feliz em ouvir isso. - Apesar da luz apagada, eu via o reflexo de seus olhos fechados, mas com um sorriso enorme estampado. 

-Não consigo dormir. - Sussurrei após quase trinta minutos depois.

Ele que já estava de costas se virou e me encarou, em seguida passou seu braço por baixo do meu pescoço para que ficasse mais confortável e fez algo que eu não esperava: começou a cantarolar, bem baixo perto do meu ouvido. Sua voz era doce, doce o suficiente para me fazer pegar no sono.