Fanfic: Meu irmão é um idol | Tema: Exo, BTS, KPOP, Dorama, kdrama

Após ser medicada para dor, Chanyeol me conduziu até o carro, onde permanecemos em total silêncio por longos segundos. 

-O que vamos fazer agora? - Perguntei ao perceber que ele nem ligou o automóvel.

-Eu não sei. Mas nós vamos resolver isso. 

-Deveríamos tirá-lo antes que cresça? - Sibilei.

Chanyeol se virou para mim e me fitou com um olhar tão angustiado que eu jamais vira em seu rosto.

-Eu vou fingir que não ouvi isso. Eu vou ignorar o fato de que isso sequer passou pela sua cabeça.

-Eu não posso tê-lo. - Caí no choro desesperadamente. - Eu sou muito jovem. Nós somos muito jovens. Eu tenho o vestibular, você tem o EXO...

-Uma faculdade e um grupo vale mais do que um ser humano? Nae Ra, estamos falando do nosso filho!

-Não é isso que eu quis dizer.

-É exatamente isso que eu entendi. 

-Namjoon vai matar a gente.

-Eu vou me responsabilizar por tudo isso.

-Chanyeol, pense bem.

-Olha...eu vou te levar para casa. Entendo que você está assustada, mas essa ideia é absurda. Coloque sua cabeça no lugar, descanse e amanhã nós conversamos. 

Ele deu partida e apesar do escuro da noite eu ouvia seu nariz fungar, como quem chora de fininho. Eu chorei também.

-Não faça nenhuma besteira, eu prometo que vai dar tudo certo. Até lá vamos manter segredo. - Ele disse assim que estacionou em frente ao meu portão.

-Nunca senti tanto medo.

-Os remédios vão te ajudar a dormir, apenas descanse. Eu amo você.

-Eu também te amo. - Falei antes de sair do carro.

-Você chorou? - Jungkook me fitou assim que entrei e após ele dizer isso, todos me olharam.

-Tive uma crise alérgica. - Fui para as escadas.

-Eles devem ter brigado, não seja tão invasivo. - J-Hope falou baixo, mas pude ouvir.

Coloquei meu pijama e enrolei as cobertas em meu corpo, era a maneira mais rápida de acalmar meu turbilhão de sentimentos.

Como isso pôde ter acontecido em apenas uma relação? Como eu não percebi que algo estava errado? Estava tão ocupada com as provas que sequer percebi meu ciclo atrasar.

-Ei, posso entrar? - Oppa bateu na porta.

-Sim.

-Quer conversar?

-Agora não. - Uma lágrima escorreu.

-Chanyeol terminou com você? Ele fez algo errado? Juro que vou matá-lo.

-Não. Não terminamos, ele não fez nada de ruim comigo. Meus dias não estão sendo fáceis, só isso. 

-Seja o que for, precisa confiar em seu oppa.

-Eu confio. Só não quero falar sobre isso hoje. Vou descansar, amanhã é o meu vestibular.

Ele me olhou por mais alguns segundos e saiu após me dar um beijo na testa.

-Você realmente vai querer matá-lo quando souber o que ele fez. O que nós fizemos. - Sussurrei para mim mesma.

Me virei na cama e cobri até minha cabeça.

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Parecia uma manhã como qualquer outra, mas não era. Vesti meu uniforme e confirmei com Dong Hee que estava saindo de casa. Coincidentemente prestaríamos o vestibular no mesmo local. 

Assim que saí no portão com a intenção de ir ao ponto de ônibus, percebi o carro preto estacionado.

-Você dormiu bem? - Ele perguntou calmamente quando entrei na mercedez.

-Não.

-Nem eu.

-Já tem um plano?

-O plano é cuidar de vocês. Após sua prova vamos a um médico de minha confiança.

-Por que eu deveria ir ao médico? Não estou mais com dor.

-Você precisa iniciar seu pré natal.

-Ainda não resolvemos nada.

-Os problemas que temos para resolver são distintos dele. Ele, ou ela, precisa ser cuidado em segurança.

Respirei fundo.

-Chanyeol, eu não consigo. Eu sinto que vou enlouquecer.

-Você não precisa fazer nada. - Ele enxugou minha lágrima. - Você só precisa gerá-lo, eu cuidarei de todo resto.

-A sua carreira vai acabar. 

-Eu não me importo.

-Eu me importo. Isso é tudo o que você faz e ama fazer. Você não é qualquer pessoa.

-Se eu precisar virar qualquer pessoa, arrumar um trabalho e pegar ônibus toda manhã, eu farei isso. Se eu precisar ser odiado por toda a nação, mas amado por você, e ele. - Sua mão agora foi para minha barriga. - Então eu serei. Eu posso perder tudo, mas não posso perder ou deixar vocês.

Meu choro agora foi quase que incontrolável e ele me abraçou.

-Você não está só. Eu estou aqui, sempre estarei.

Me recompus durante o caminho até a universidade de Seul. Dong Hee me esperava na porta e meu coração se irradiou de alegria em ver seu sorriso, e mesmo em tanta confusão, sorri de volta.

As provas estavam relativamente difíceis, mas eu sabia quase todas as respostas, e mesmo com a cabeça completamente cheia, me sai melhor do que imaginei que conseguiria.

-Aigoo, estou pronta para vestir meu jaleco e seguir os passos de meus pais. - Minha melhor amiga disse enquanto saíamos do prédio.

-Você terá um futuro brilhante. - Sorri para ela como uma boa incentivadora.

-Nós teremos um futuro brilhante. - Ela frisou o ``nós``.

-Sinto que meus esforços de hoje foram em vão.

-Você foi mal na prova?

-Eu fui ótima, tenho certeza que estarei entre os primeiros colocados.

-Omoo, então não faz o menor sentido dizer que foi em vão. 

-Dong Hee... - Falei seu nome baixinho, e quase não saiu.

-Sim?

-Você seria minha amiga mesmo se todos me odiassem? 

Ela me olhou confusa.

-Aishh, por que isso agora?

-Eu fiz algo terrível.

-Se você matou alguém me diga, que eu te ajudo a apagar as evidências. - Ela riu.

-Eu estou grávida.

Ela parou abruptamente e ficou olhando para mim.

-Não faça uma brincadeira dessas, não é engraçado.

-Dong Hee, eu realmente...

-Você às vezes passa dos limites...

-Dong Hee o que vou fazer agora? - Comecei a chorar.

-Omooo, você está mesmo falando sério. - Seu olhar agora mudou para espanto.

-Eu não sei o que fazer...

Ela me abraçou, ela me abraçou muito forte.

-Eu não vou ter vergonha de você, eu não vou abandonar você. Nunca.