Fanfic: Meu irmão é um idol | Tema: Exo, BTS, KPOP, Dorama, kdrama
Já eram quase quatro da manhã e nossa festa ainda acontecia. A essas alturas metade de nossos amigos sequer lembravam o próprio nome.
Meus pés doíam e eu me acomodei em um pequeno sofá enquanto me tornava espectadora das danças mais aleatórias possíveis. Chanyeol se juntou a mim e deitou a cabeça em meu ombro.
Jimin acabara de passar em nosso campo de visão com Jungkook pendurado em suas costas, e eu me perguntei se aquilo era real ou fruto de minha privação de sono.
-Ainda bem que temos filmagens para provar tudo o que vimos aqui hoje. - Ele disse com a boca próxima de meu ouvido.
-Me lembre de usar isso contra eles.
Ele ergueu a mão e eu dei um high five.
-Desculpe interromper vocês... - D.O se abaixou para ficar à nossa altura - Mas precisam ir para o aeroporto agora.
-Aeroporto? - Ergui a sobrancelha.
-Lua de mel. - Chanyeol levantou a cabeça e agora me olhava entusiasmado.
-Nova viagem não é amanhã a tarde?
-Tcharam. - Xiumin apareceu sabe Deus de onde e gesticulou com as mãos para causar mais impacto.
-Como vamos ao aeroporto sem malas e passaporte? - Questionei.
-Já está tudo na van.
-Vocês são realmente alguma coisa.
-Vão logo. - Fomos puxados do sofá e literalmente expulsos de nossa própria festa.
-Espera, eu vou pegar um avião assim? - Olhei para os meninos e apontei para o vestido nada discreto.
-Se troque depois, vamos, vamos. - J Hope apressou.
A van estava bem na porta, subi com a maior dificuldade do mundo e a primeira coisa que fiz foi arrancar meu salto de duzentos centimetros. Chanyeol se sentou ao meu lado e fechou a porta para que dessem partida.
-Não acredito que você fez essa loucura.
-Queria que fosse especial, e eles me ajudaram.
-Se a intenção era surpreender, conseguiu.
Foram trinta minutos até chegarmos ao aeroporto de Inchieon, Chanyeol já estava quase roncando ao meu lado.
-Já está quase amanhecendo. - Olhei pela janela enquanto o céu começava a clarear.
-Vou pegar sua mala, assim você tira esse vestido pesado.
Assenti.
Chanyeol procurou nos últimos bancos e voltou com ela nos braços.
Puxei o zíper e assim que abri, fui à procura de alguma outra roupa.
-Estranho, eu fiz uma mala para Jeju, mas as roupas que estão aqui são para o frio.
-Eu refiz sua mala.
-Aigoo, ficou maluco? Isso não faz o menor sentido.
-Confie em mim, você vai entender.
-E agora? Não sei o que vestir.
-Esse, coloque esse. - Ele puxou um moletom.
-Mas Jeju é quente!
-Apenas coloque. Você precisa ficar confortável durante o vôo.
-Eu vou ficar de moletom enquanto você está de terno?
Ele me encarou pensativo por alguns segundos e então sumiu novamente no fundo da van, voltando com outra mala.
-Eu tenho um igual aqui. - Ele disse erguendo o seu na exata cor do meu.
-Tão romântico...
-Vai, se troca logo.
-Com você me olhando?
-Tá de brincadeira, né? Eu sou o seu marido.
-Há apenas algumas horas, não estou acostumada com isso ainda.
Ele revirou os olhos e virou de costas.
Tentei puxar o vestido, mas após alguns segundos percebi que não conseguiria sozinha.
-Querido...
-Sim?
-Abra os botões, por favor.
Suas mãos desabotoaram delicamente um por um, até que meu vestido caiu em meus pés. Ele deu um beijo em minhas costas próximo a nuca, e então se virou novamente para que eu pudesse me vestir.
Corada, coloquei a calça e a blusa, e percebi que ele fizera o mesmo enquanto isso.
O motorista nos deixou na entrada do aeroporto, e eu entendi o motivo da escolha de um horário tão cedo. Estava bem mais vazio que de costume.
Seguimos para o check-in, ambos com roupas combinando e puxando cada um sua mala.
-Embarque para Paris, saída às 6h, portão 4. - A voz repetia no alto falante.
-Paris? - O olhei assustada e peguei a passagem de suas mãos. Era de fato nosso destino.
-Surpresa, de novo.
-Por isso você trocou minhas roupas!
-Gostou?
-Eu amei!
-Podemos ir à Jeju a qualquer momento, mas uma lua de mel merece o destino mais romântico do mundo.
-Você é inacreditável.
Seguimos até o avião e fomos acomodados na primeira classe. Chanyeol me envolveu com uma manta e praticamente ordenou que eu tirasse um cochilo. Seriam 12h de viagem pela frente.
Mais do que um cochilo, eu dormi profundamente boa parte do caminho. O cansaço pelo casamento foi acumulando-se há dias, pois além da festa em si, houve todo o planejamento que antecedeu o evento.
Minha primeira grande impressão de Paris foi o frio, e depois, a quantidade de turistas por todo lado. Fomos direto para o hotel, pois eu já estava sentindo o Jet Leg.
-Coloque isso. - Ele tirou seu cachecol e enrolou em meu pescoço antes de entrarmos no taxi.
-Eu quero conhecer cada canto dessa cidade. - Falei enquanto olhava tudo pela janela.
-Com esse frio vamos pedir um jantar no quarto e ficar nas cobertas.
-Tá maluco? É Paris. Você pode ter vindo várias vezes aqui, mas é a minha primeira vez.
-Você quem manda, senhora Park.
Ouvir ele me chamar com meu novo sobrenome me animou, mas não mais que ver a nossa suíte.
-Aigoo, olhe o tamanho desse quarto. - Falei completamente entusiasmada enquanto Chanyeol colocava as malas em um canto qualquer.
Puxei a cortina e dei de cara com uma vista perfeita do torre Eifel.
-Chanyeol, estamos hospedados perto da torre?! - Quase gritei. Ele não respondeu e eu fui cutucá-lo na cama para ver se ainda haviam sinais vitais. Fui surpreendida com um puxão, e quando me dei conta, ele estava em cima de mim olhando fixamente em meus olhos. Eu não estava preparada para essa reação e acabei fechando os olhos antes que ele me beijasse. Minha barriga roncou.
O beijo parou no ar e ele se afastou rindo.
-Coloque um casaco mais grosso, vamos sair para jantar.
Não foi necessário ir longe para conseguir um bom restaurante, estávamos no coração de Paris e ali ao redor tinham os melhores e mais renomados bistrôs.
-O que quer comer? - Ele me entregou o cardápio.
-Eu não entendo nada do que está escrito. - Sussurrei.
-Um idioma que minha garota não entende? Então vai ter que confiar em mim.
O fitei enquanto ele fazia o pedido para o garçom e logo chegaram dois pratos com Boeuf Bourguignon.
-Boa escolha. - Fechei os olhos enquanto apreciava a primeira garfada.
Ele deu um gole em sua taça de vinho e o olhei com inveja.
-Não faça essa cara, vou abastecer a adega que temos no porão de casa. Depois que o bebê nascer, abra quantos vinhos premiados quiser.
-Temos uma adega? - Levantei a sobrancelha.
-Tesc, não conhece o próprio lar?
-Eu não fui no porão ainda. São muitos lugares para conhecer, você comprou uma casa que mais parece um shopping.
-Já disse, quero encher ela de crianças.
Movi a cabeça de maneira negativa, mas com um sorriso nos lábios.
Voltamos andando para o Hotel, de mãos dadas, grudadinhos para amenizar o ar gelado que batia em nossos rostos.
Assim que entramos em nossa suíte, fui surpreendida por uma iluminação que consistia apenas em luzes de velas, enquanto o chão estava coberto de pétalas de rosas.
-O que é isso? - Falei enquanto era puxada por ele até o banheiro.
-Um serviço extra que pedi antes de sairmos.
-Você é o último romântico desse planeta.
Fui conduzida até a banheira que já estava cheia e com um pouco de fumaça, indicando que a água estava em uma temperatura agradável para o clima.
-Que tal um banho antes de irmos para a cama? - Ele disse enquanto tirava meu casaco delicadamente, e todo o resto de nossas roupas.
Ele me segurou e eu nem vi de fato como entramos, mas segundos depois estávamos envoltos de espuma e sais perfumados.
-Eu estou vivendo um sonho? - Sussurrei enquanto ele me encarava.
Sua resposta veio em um beijo tão quente quanto as águas que nos cercavam.
-Isso não parece real o suficiente?
-Completamente. - As palavras quase não saíram de minha boca.
Ele me puxou para seu colo e lavou delicadamente minhas costas.
-Eu posso jurar que você foi desenhada, detalhe por detalhe. É tão perfeita...
Dessa vez sua boca encostou em meu ombro, e eu senti um arrepio me invadir.
Ele fez um caminho de beijos de uma extremidade à outra, e eu já estava quase sem ar.
Não sei quanto tempo levou nosso banho, pois o tempo já havia se desfeito como nuvens de chuva que evaporam. Ele me enrolou em uma toalha felpuda e o próximo destino foi a cama que nos aguardava enquanto eu era carregada em seus braços.
Seu corpo era caloroso, e enquanto era beijada, deslizava minhas mãos para conhecer um pouco mais a textura de suas costas despidas. Segundos depois, acariciei seu cabelo e ele mais uma vez me olhou.
Não houve diálogo em palavras, estavamos conectados em nossos olhares e eles diziam tudo o que era necessário. Eu enxergava sua alma, ele a minha.
Eu sabia, eu sabia qual era a sensação de ser amada e endeusada.
Apenas duas coisas podiam ser ouvidas nesse instante: nossa respiração ofegante enquanto uniamos carnalmente nossas almas, e as labaredas da lareira. Assim como elas, eu queimava.
Autor(a): gabipadawan02
Esta é a unica Fanfic escrita por este autor(a).
Prévia do próximo capítulo
-Bom dia, senhora Park. - Chanyeol sorriu com os olhos assim que despertei. Estiquei os braços para me espreguiçar e notei o quanto estava dolorida. Me veio em mente a noite anterior: os toques de Chanyeol, seus lábios que beijaram todo meu corpo, sua respiração...Leves arrepios surgiram. -Bom dia, querido. - Respondi quase um minuto depo ...
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