Fanfic: Meu irmão é um idol | Tema: Exo, BTS, KPOP, Dorama, kdrama

ALGUNS DIAS DEPOIS

Revelar meu segredo para Dong Hee foi mais tranquilo do que eu esperava, e mesmo com toda a sua empolgação, nada mudou em nossa amizade.

Ao chegar do colégio, fui surpreendida com um vestido em cima da cama.

Namjoon apareceu na porta antes de dar duas leves batidas, e sua explicação chegou mais rápida que meu grande ponto de interrogação.

-Temos uma festa hoje, comprei para você usar.

-Festa? Minha existência não deveria ser segredo?

-Apenas para o mundo externo. No meu mundo, você pode ser quem você quiser. - Ele deu uma pausa dramática enquanto botava o pirulito na boca - É o aniversário do Kai, não é nenhuma rede de imprensas ou tapetes vermelhos. Mas pode ficar aqui sozinha se quiser...

-Espera. Se é o aniversário do Kai, isso significa...

-Que vamos à casa do EXO.

A interrogação de minha expressão foi sendo lentamente substituída por um misto de desespero e empolgação.

-Mas é claro que eu vou! 

-Você tem quarenta minutos para ficar pronta.

--------- 

Conforme a van se aproximava da casa, eu sentia meu coração cada vez mais acelerado. Um dia eu estava vendo a imagem de um pôster, e agora eu estava prestes a conhecer o seu lar.

-Tenta não surtar. - Oppa puxou meu braço e sussurrou enquanto desciamos do automóvel. 

Ao entrarmos pela porta entendi o que ele quis dizer. Segurei a respiração enquanto D.O vinha nos recepcionar.

Haviam muitos motivos para estar nervosa, pois olhando ao redor eu via mais idols que em qualquer premiação de televisão. 

Enquanto Oppa conversava com alguns caras, fui andando discretamente entre os convidados para bisbilhotar um pouquinho a casa, de cabeça baixa, tão baixa quanto minha auto estima estando ali. Tão baixa que não vi alguém na minha frente até trombar e quase cair.

Mãos fortes seguraram meu braço e eu travei, erguendo o rosto.

-Você está bem?-Ele disse.

Jurava que seria Chanyeol, como naquelas cenas de dramas da KSBC, mas era apenas o G Dragon. Espera, o G Dragon!

Arregalei os olhos.

-Me desculpe, a culpa foi minha. - Respondi antes de praticamente correr. V não estava exagerando quando disse que eu poderia trombar com ele a qualquer momento. Ainda bem que não foi no banheiro.

Banheiro, eu precisava ir ao banheiro.

Procurei um, mas era difícil com tantas portas e um corredor sem fim. Acabei em uma sala que nada tinha além de um piano e um aparador com muitos porta-retratos. Me aproximei.

-Eu nunca vi nenhuma dessas fotos em lugar algum. - Disse olhando um por um.

-Talvez seja porque alguns momentos são apenas nossos. - Eu conhecia essa voz, conhecia muito bem e no susto deixei o porta-retrato cair e partir em mil no chão.

-Aigooo, me desculpe. - Quase saiu como um grito, e eu me abaixei no mesmo instante para recolher os cacos, mas suas mãos seguraram as minhas e impediram que eu sequer relasse neles.

-Não toque nisso, você pode se machucar. - Chanyeol disse enquanto me erguia para voltar a ficar em pé.

-Me desculpe, de verdade. - Choraminguei.

-Você...você está chorando? - Ele levantou meu rosto.

-Desculp...

Fui cortada por uma risada bem leve.

-Não precisa se desculpar, muito menos chorar. Qualquer esquina vende um porta-retrato.

-Eu só queria ir ao banheiro. 

-Continue o corredor, é a próxima porta à esquerda.

Sai totalmente constrangida e só relaxei depois de ter certeza que estava sozinha.

-Primeiro ele me vê de pijama, agora quebro um porta-retrato dele. Estou causando todas as más impressões possíveis. Omooo eu sou amaldiçoada pelos fantasmas de meus ancestrais.

Enrolei uns cinco minutos antes de ter certeza que estava pronta para voltar à festa.

Abri a porta bem devagar e ao me virar para o corredor, Chanyeol estava parado ao lado da porta, com uma perna na parede e braços cruzados.

Pulei e dei um grito de susto.

-Calma. - Ele sorriu segurando outra risada, talvez com dó de tantas situações embaraçosas que passei ultimamente. - Só queria me certificar que não quebraria mais nada por aqui.

Corei.

-Desculpa.

-Pare de pedir desculpa o tempo inteiro.

-Desculpa. - Travei. - Ai, me desculpa por pedir desculpa. Omooo...- Tampei a cara com as mãos.

-Você é fofa.

Abri um pouco os dedos, o suficiente para olhá-lo.

-Fofa?

- É fofa mesmo quando engasga com cereal.

Naquele momento descobri que a doença de mamãe não era hereditária, pois eu teria infartado ali mesmo após ouvir isso.

-Você me reconheceu?

-Como eu não reconheceria?

-Provavelmente porque eu estava feia demais naquele dia. Não que eu esteja dizendo que hoje estou linda, é que... - Parei de tentar consertar minhas falas, apenas fechei os olhos e respirei fundo. Droga, eu só piorava tudo cada vez mais.

-Você não é feia de forma alguma. 

Pigarreei.

Ele riu mais uma vez.