Fanfics Brasil - 5 Violência Doméstica (Vondy)

Fanfic: Violência Doméstica (Vondy) | Tema: Rebelde


Capítulo: 5

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Com um movimento brutal, ele empurrou Dulce. Desta vez com tanta força que ela caiu no chão, batendo a cabeça na quina da mesa. A dor foi instantânea. Dulce sentiu o mundo girar ao seu redor.


Nicolas acordou, ouvindo o barulho e os gritos.


Seus olhos se arregalaram de terror ao ver sua mãe caída no chão, sangrando.


— Mamãe! — gritou ele, correndo para se ajoelhar ao lado dela.


Santiago, ainda ofegante de raiva, pareceu despertar de seu estado de fúria ao ver o sangue e o olhar desesperado de Nicolas. Ele deu um passo para trás, a culpa rapidamente substituindo a raiva.


— Dulce... eu... — começou ele, mas as palavras morreram em sua garganta.


Dulce tentou se levantar, mas a dor era insuportável.


Santiago em desespero pegou seu celular e discou para a emergência.


— Por favor, preciso de uma ambulância — disse ele, com a voz trêmula. — Minha esposa está ferida... ela está sangrando muito.


*******


Passados alguns minutos, a ambulância chegou. Os paramédicos rapidamente colocaram Dulce em uma maca, enquanto Nicolas chorava ao seu lado, segurando sua mão.


No hospital, Dulce foi atendida de imediato. O médico examinou os ferimentos e ordenou uma série de exames. Enquanto esperava pelos resultados, Dulce teve um momento de clareza dolorosa.


Olhando para Nicolas, que estava ao seu lado, com os olhos vermelhos de chorar, ela percebeu que não podia mais continuar naquele casamento.


Quando a enfermeira voltou com os resultados, Dulce estava determinada.


— A senhora sofreu uma concussão, mas felizmente não há danos permanentes — disse a enfermeira, tentando confortá-la.


Dulce assentiu, sentindo uma onda de alívio, mas também de tristeza. Sabia que, por mais doloroso que fosse, precisava tomar uma decisão final.


******


Na manhã seguinte, Dulce estava deitada na cama, com o rosto machucado e o olhar distante. Quando a porta se abriu, Santiago entrou com um buquê de flores nas mãos. Ele tentou sorrir, mas seu rosto estava tenso. Santiago aproximou-se da cama de Dulce e colocou as flores na mesinha ao lado.


 — Eu trouxe flores para você — , disse ele, com a voz carregada de uma falsa doçura.


Dulce apenas o olhava, sem dizer uma palavra. Seu silêncio era mais eloquente do que qualquer resposta. Santiago, sentindo o peso da situação, começou a falar.


 - Me desculpa, Dulce. Eu sei que errei. Mas você precisa entender... Quando eu vi você com aquele homem, eu... eu fiquei louco de ciúmes. Eu não queria te machucar, mas você precisa entender meu lado — , ele suplicava, tentando justificar suas ações.


Dulce continuava a encará-lo, com os olhos sem brilho. 


— Dulce, amor....


— Eu quero ficar sozinha, Santiago — disse ela, cortando o que ele ia dizer.


Santiago ficou parado por um instante, a culpa e a frustração se misturavam em seu rosto. Ele então se aproximou dela, inclinando-se para beijar sua testa.


— Eu te amo, Dulce. Por favor, me perdoa — ele sussurrou antes de se afastar.


Sem olhar para trás, Santiago saiu do quarto, deixando Dulce sozinha com seus pensamentos e a promessa de um amor que havia se transformado em algo doloroso e distorcido.


*******


Após receber alta do hospital, Dulce sabia que precisava de ajuda. Com uma determinação renovada e a necessidade de proteger Nicolas a qualquer custo, ela tomou a difícil decisão de procurar apoio.


Vestindo roupas simples e tentando disfarçar as marcas visíveis de sua última briga com Santiago, Dulce pegou Nicolas e se dirigiu à Delegacia da Mulher.


Ao chegar, foi recebida por uma recepcionista de semblante gentil que a orientou a esperar em uma pequena sala de espera. Dulce deixou Nicolas em uma sala segura da delegacia, onde cuidadoras atenciosas o receberam com um sorriso gentil.


Dulce então se dirigiu até a sala de espera que a recepcionista havia dito. As paredes da sala estavam adornadas com cartazes sobre violência doméstica, e Dulce sentiu um nó na garganta ao perceber que agora fazia parte dessas estatísticas.


— Pode entrar, por favor — chamou a recepcionista, indicando a porta de um escritório.


Ao entrar, seus olhos encontraram um rosto familiar. Chris, o policial que ela havia encontrado, estava lá, olhando diretamente para ela. 



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Autor(a): Fanfics de Romance

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Chris se lembrava claramente de Dulce e da breve conversa que tiveram. Ele se aproximou com um olhar preocupado.  — Dulce, não é? Nos encontramos no restaurante. Está tudo bem? —  Ele perguntou, já sentindo que a resposta seria negativa. Dulce engoliu em seco, tentando encontrar as palavras. — Sim, é isso mesm ...


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