Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

PRÓLOGO

Cheyenne,
Wyoming. Escritório regional do ATF

 sua colega de trabalho, especialista em
comunicação, e, de quebra, uma mulher sensual, tinha o corpo tão perfeito que
era capaz de fazê-lo gostar até de cotovelo.

Era uma
pena que ela odiasse sua determinação.

Ela
caminhou - passeou - pelo escritório do ATF, a saia macia marcando suas coxas a
cada movimento da cintura. O casaco escondia seu torso, mas ele percebia o que
ela escondia ali também. Seu cabelo cor de mel estava preso no alto de uma
maneira complicada e que lhe conferia um certo ar de arrogância.

Como se
estivesse lendo seus pensamentos, ela o fitou, seus lábios carnudos apagando um
sorriso, seu olhar profissional se transformando no olhar de uma mulher
irritada. Ah, sim, ela franzia as sobrancelhas ao fitá-lo, como sempre fazia
desde que se juntara à equipe, seis meses antes. Viera do escritório de
Seattle, onde fazia trabalho de campo. Ele tentou imaginá-la usando um colete à
prova de balas, e estava meio perdido nessa fantasia divertida quando ela
falou.

- Você.

Aquele tom
indicava que ele poderia - e deveria - ir para o inferno.

- Eu -
reagiu ele, surpreso por ela lhe dirigir a palavra.

Normalmente
Anahí evitava falar diretamente com Poncho, como se ele tivesse uma doença
infecciosa. Era estranho, uma vez que ela era até mesmo doce e educada com
todas as outras pessoas. Isso tornava aquela rígida determinação surpreendente.
Quando ela resolvia se meter em alguma coisa, cuidado. Ele tinha visto isso
repetidas vezes, e as pessoas ficavam tão chocadas com sua inesperada dureza
que ela conseguia o que queria. Devia ter sido endiabrada no trabalho de campo,
provavelmente subestimada por todos os marginais que haviam cruzado seu
caminho, mas ali, em Cheyenne, ela ficava nos bastidores.

- Você está
atrasado - disse ela, num tom de professora se dirigindo ao aluno.

Ele
interrompeu aquela fantasia, apanhou seu telefone celular e olhou o relógio na
tela. Dois minutos. Estava dois minutos atrasado, e isso porque alguém
estacionara em sua vaga. E teria explicado isso a Anahí se ela não o estivesse
olhando com a expressão que as pessoas fazem quando pisam em fezes de cachorro
na rua.

Enquanto Poncho
pensava isso, ela torcia o nariz. Aos olhos incrivelmente azuis dela, ele era
como fezes de cachorro. Era bom saber disso.

- Estão
precisando de nós no escritório de Tibbs - disse Anahí.

Nós? Bem, aquela era uma palavra nova. Poncho
a seguiu obedientemente até o escritório do supervisor, seu olhar deslizando
sobre a curva acentuada daquelas nádegas espetaculares. Com ou sem aquela
postura, ela parecia pronta para ser mordida. Um pouco doce, um pouco
sensual... boa combinação...

Opa! Anahí parou de repente, obrigando-o a
pôr as mãos na cintura dela. Claramente odiando o menor contato, ela se soltou
rapidamente e lhe lançou olhar que parecia dizer "vá para o inferno".

Certo. Nada
de mãos.

- Alguma
notícia sobre os fuzis? - perguntou ela.

Ótimo. A última coisa sobre a qual ele queria
falar. Os fuzis. Todo mundo havia ouvido falar dos 350 fuzis que haviam sumido
do depósito do ATF. Roubados diante de todos os seus narizes.

Seu nariz.