Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

Mal deu
dois passos e foi jogado no chão por uma pessoa com um perfume de flores
sensual. Era Annie, que o segurou com força enquanto eles caíam no chão gelado.

Diabos,
estava ficando cansado de comer terra naquela noite.

Annie
escorregou no chão. Sentiu a umidade na pele, mas este era o menor dos
problemas: Poncho rolou com ela, pressionando-a contra o chão com seu corpo
firme e extremamente preparado para a violência. Antes que pudesse fazer
qualquer coisa, ele tapou sua boca e a imobilizou completamente, o que
imediatamente a fez lembrar-se de outra época e outro lugar. Todo o seu
treinamento foi por água abaixo quando o terror tomou conta, deixando-a sem
energia.

- Pare.

A voz de Poncho
era baixa, a boca tão perto de sua orelha que ela sentiu os lábios dele roçando
sua pele.

- Não vou
machucar você, mas não posso dizer o mesmo sobre James, portanto poupe-se.

A noite e a
fumaça combinavam para criar uma intimidade indesejada, assim como o peso de Poncho
sobre ela. Eles estavam longe do celeiro, entre as árvores, fora de visão. Mas
ainda assim ela tinha esperança de que a qualquer momento Ken, ou Christian, ou
alguém a ajudaria. E então encontraria Derrick e chegaria ao fim aquela
noite louca.

- Vou tirar
minha mão - murmurou Poncho. - Mas vamos continuar assim, certo?

Annie
concordou com a cabeça, mas no momento em que ele afastou a mão, gritou:

- Afaste-se
de mim!

Poncho
novamente cobriu a boca de Annie, o que a fez lutar como louca sob o corpo
dele. Estava assustadíssima, mas ele estava tão calmo que ela tinha vontade de
gritar de frustração.

- Annie,
por Deus, pare.

Ela tentou
morder os dedos de Poncho, mas ele pressionou ainda mais sua boca.

- Você está
do lado de James? - perguntou ele. O quê?

Ele a
observava cuidadosamente.

- Eu
preciso saber. De que lado você está? Lentamente, ele afastou a mão de sua
boca.

- Eu estou
do lado bom.

Poncho a
fitou.

- Não tenho
a menor idéia se você está mentindo...

- Não
estou!

Ao balançar
a cabeça para concordar com ela, o queixo de Poncho roçou o dela, e Annie
percebeu o quanto ele apertava seu corpo. Tanto que não conseguia se mexer. E
ainda assim, de alguma maneira, ele era incrivelmente delicado.

Que tipo de
sujeito mau se preocuparia em machucá-la ou não?

- Eu só
precisava me assegurar - disse Poncho, com suavidade. - Então se você não está
do lado mau, isso significa que você... voltou para me ajudar?

- Sim -
mentiu ela, fechando os olhos para proteger seus pensamentos.

Annie
desejava ajudá-lo. Desejava ligar o que havia visto com o que seu coração lhe
dizia: que aquele homem firme, intenso e incrivelmente sexy não poderia
ter feito o que ela havia visto.

- Eu voltei
para ajudá-lo. Poncho...

Sem a menor
idéia do motivo que a levava a dizer aquilo, ela completou:

- Sinto
muito.

E então ela
bateu forte com o joelho entre as pernas dele.

Quando Poncho
caiu sobre Annie, ela rolou com ele no chão como fizera minutos antes, mas
terminou a luta sentada sobre a cintura dele, pressionando seus seios contra o
peito dele e com as mãos entrelaçadas com as mãos dele de cada lado da cabeça
dele, para mantê-lo no chão. Então ela cometeu o erro de olhar para o rosto
dele.

Os olhos de
Poncho encontraram os dela na noite escura, refletindo o fato de que, apesar de
seu tom suave, ele sentia uma dor terrível.

- Essa foi
boa - disse ele, ofegante e tossindo. - Droga.

O remorso
era um luxo ao qual Annie não podia se dar o direito, não importando o quanto
se sentia atraída por ele ou o quanto ele era um bom agente. Ela não cometeria
o erro de achar que teria vantagem sobre ele por muito tempo. Poncho atuara nas
Forças Especiais e era considerado uma arma letal, mesmo que estivesse
completamente nu. Portanto, ela sabia: se quisesse se livrar dela, conseguiria.

- Vou ter
que telefonar para pedir apoio - disse ela, lentamente, percebendo que o corpo
tenso de Poncho reagia pouco à pressão que ela fazia.

Há um ano
que não ficava tão perto de um homem. Um ano, duas semanas e três dias.

Mas quem
estava contando?

Por que ele
estava deixando que ela o segurasse?

Annie não
sabia, mas precisava do fuzil, e começou a procurá-lo...

- Não - ele
tentou um sorriso. - Vamos lá, não precisamos de garantias. Você e eu podemos
rolar juntos e resolver isso aqui sozinhos.

- Não estou
me sentindo atraída por você, e você sabe. Nunca estive.

- Mesmo?

- Mesmo.

continuem comentando galera, só estamos no começo.

besos a todos e não esqueçam de dar uma olhada em:

SOMENTE POR PRAZER

PESCOÇOS VERMELHOS E ROSAS