Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

gracias por comentarem, mais alguns poster a minhas leitoras. besos

- Então
aquela vez que você ficou me olhando enquanto eu trocava de camisa, o que foi?

- Eu não
estava atraída por você - repetiu ela. - Meu Deus, só um imbecil pensaria isso!

- Um idiota
e um imbecil - ele parecia se divertir. - Eu não sabia que você pensava
tão bem de mim.

- Você
atirou em James - disse ela, observando-o com cuidado.

Annie sabia
que aquele homem podia se mover rapidamente.

- Então
vamos falar de negócios agora? - perguntou ele.

Talvez ele
estivesse achando que ela não era uma ameaça. Que ela não gritaria se fosse
preciso.

Estava
completamente errado. Annie não deixaria que ele a distraísse. Ela mudou com
cuidado de posição e... ele quase a deixou pegar o fuzil. Mas em seguida Poncho
lançou sobre ela um olhar que misturava arrependimento, resignação e também
tristeza, o que ela não entendia.

A única
coisa que viu em seguida foi que de repente ele, a desarmou e mais uma vez ela
estava embaixo de 1,88m d puro músculo.

- Onde você
conseguiu esse fuzil?

- Encontrei
depois da primeira explosão.

- Ou o
recebeu de James, fora do celeiro. Droga. Ele mudou de posição, pressionando-a
com mais força.

A garganta
de Annie se fechava, seu coração parava e ela achava que talvez o mundo tivesse
também parado. Ela abriu a boca para gritar, mas a mão dele a impediu
novamente.

- Não. Não
posso deixar você atirar em mim nem pedir ajuda - disse ele, com verdadeiro
remorso em sua voz, enquanto pendurava o rifle no ombro. - Lamento que você
esteja assustada. Não vou machucá-la.

Ela tentou
dizer não estou assustada. Mas estava tão assustada que não conseguiu
mentir.

Poncho
respirou fundo e se inclinou um pouco mais sobre Annie. Ela sentia o peito dele
pressionando seus seios e a coxa grossa dele entre as suas. Poncho ainda estava
com uma das mãos sobre a boca de Annie. A outra segurava o pulso dela sobre a
cabeça dela. Ele não a estava machucando, embora pesasse uns 30kg mais do que
ela.

- Mais
alguma arma? - perguntou ele, tirando a mão do pulso dela para revistá-la.

Quando fez
isso, o nariz dela roçou seu pescoço. Sua mão deslizou intimamente pelo corpo
dela. Seu cheiro era surpreendentemente bom para uma noite daquelas, pensou Annie.

- Nada de
gritos - lembrou ele. - Prometa. Ela concordou com a cabeça.

- Bom -
disse ele. - Porque estou tendo um ataque de culpa aqui, e realmente só preciso
que você colabore.

Dito isso,
ele tirou os dedos da boca de Annie. Imediatamente ela abriu a boca para gritar
e ele a impediu. Desta vez, com sua boca.

Ela ficou
tão surpresa que demorou um pouco para lutar. Ele a estava beijando.

De verdade.

Beijando.

Ela.

Annie teve
que fazer um esforço para não se entregar... o que parecia impossível com os
lábios dele contra os seus, a língua dele dentro de sua boca, consumindo-a,
aquecendo-a.

Deus. Seis
meses imaginando como seria ter as mãos dele sobre ela e agora aquilo
acontecia. Mas não era a hora de ceder. Não. Isso iria contra tudo o que ela
esperava, contra tudo o que vivera a última vez que um homem a dominara, e ela
não sabia como reagir.

Mas Poncho
sabia. Sem perceber o tormento interno de Annie, ele continuava beijando-a. E
se ela havia sentido seu coração bater forte quando ele roçou acidentalmente o
pescoço em seu nariz, aquilo não era nada comparado à boca contra boca. Os
lábios dele eram surpreendentemente macios, mas de alguma maneira firmes, e
enquanto ela processava essa percepção, teve uma outra percepção.

Estava
paralisada como um coelho assustado, e havia prometido que não se comportaria
mais como um coelho assustado. Foi quando pediu a James para voltar a trabalhar
ao fim da licença. Por isso escolhera o setor de comunicações, onde poderia
estar em ação, mas não em perigo.

A língua de
Poncho tocou seu lábio inferior e deslizou para dentro de sua boca, dançando
com sua língua, fazendo-a lembrar-se que estava em perigo, perigo mortal de
esquecer onde eles dois estavam.

Não. Nada
disso. Novamente ela bateu forte corri o joelho. Mas já não havia o elemento
surpresa, e ele percebeu o movimento, mexendo-se de modo que a fez atingir a
coxa, enquanto continuava beijando-a.

Ela
atiraria nele. Logo que tivesse de volta o fuzil. Ele ainda mantinha as pernas
entre as dela, pressionando-a o suficiente para que ela não conseguisse engolir
sem que ele sentisse. Mas de qualquer modo ela se contorceu. Ele simplesmente a
pressionou mais, e inacreditavelmente despertou partes dela que estavam
dormentes há muito tempo.

Em seguida
ele ergueu a cabeça, com a respiração não muito regular, enquanto a olhava.

- Duas
coisas. James quer me ver morto e acho que quer ver você morta também. Preciso
que você acredite em mim.

- Não...

- Droga.
Está bem. Você não vai acreditar em mim, então não tenho escolha.

Recuando,
ele retirou algo do bolso. Algemas. Annie se sentiu como se estivesse prestes a
cair num abismo.

- Poncho.

- Espere um
minuto.

Poncho pôs
uma argola no pulso dela e outra no pulso dele, prendendo-os um ao outro.