Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

Estava
escuro demais para que Annie pudesse ver a expressão de Poncho, mas ele ficou
em silêncio por um momento. Em seguida, afastou-se o máximo que podia,
considerando que estavam presos um ao outro, e disse:

- Eu disse
que não vou lhe machucar.

- Então me
solte.

- Vamos.
Estamos quase lá. E eles correram novamente.

Annie
sentiu o celular vibrar em seu bolso. Era uma mensagem que entrava. Como Poncho
estava ligeiramente à sua frente e estava escuro, ela conseguiu apanhar o
telefone sem que ele visse. A tela indicava: Christian, Onde está você?

Ela apertou
a tecla de resposta, mas hesitou. Não sabia em quem acreditar, Não. Tudo
o que importava naquele momento era se ver livre. Ela apertou a tecla de
resposta e enviar, enviou uma mensagem em branco. Como se fosse um SOS Tinha
que ser.

Eles
chegaram a uma clareira que ela reconheceu. Estavam ao sul da casa da fazenda. Annie
olhou em volta e não viu nada que pudesse ajudá-la. Atrás, a mata era tão
escura quanto coração de Poncho, mas não tão assustadora quanto estar presa a
ele.

Droga. Ela queria recuperar o fuzil. E a chave
também. Es tava determinada.

E
aterrorizada.

Tentou afastar
o pânico. Afinal, aquela noite não era nada comparada a seu pesadelo. O
pesadelo que realmente acontecera.

Para
começar, daquela vez era dia e ela estava numa loja de armas. A suspeita era de
que os Kiddie Bombers vendiam as armas apreendidas. Os homens reagiram como se
soubessem que o ATF estava chegando. Annie foi tomada como refém e levada para
um porão frio, escuro, úmido. Ainda sentia o cheiro daquele lugar em seus
sonhos.

- Achei que
você estivesse ferido - disse ela atrás de Poncho.

- É só uma
contusão.

- De quê?

- Uma bala
no peito.

Reduzindo a
marcha, ele pegou um das mãos de Annie e a pressionou contra seu colete,
fazendo-a sentir um buraco no colete.

- Ele
atirou em você quando você puxou a arma?

- Não. Ele
atirou à queima-roupa.

- Ele devia
saber que você estava de colete. Por que não atirou para matar?

- Ele
tentou, mas estava escuro e eu rolei no chão. Depois apontei a arma para ele.

- Não foi o
que eu vi.

- Querida,
não estou querendo brigar com você, mas você deveria fazer um exame de vista.

- Você está
dizendo que Derrick o atacou primeiro?

- Derrick?
Você o chama de Derrick?

- É o nome
dele.

- Parece
íntimo.

Bem, depois
de James invadir o porão, de arma em punho, e encontrá-la com as roupas
rasgadas, seminua, diante dos marginais que haviam acabado de amarrá-la a cabos
elétricos para torturá-la, ela passou a chamá-lo pelo primeiro nome.

- Nós temos
uma... história.

Poncho a
fitou, seus olhos brilhando na noite. Estava claro que não gostara do que
ouvira.

- Então
você estava dormindo com o chefe enquanto ele estava roubando as armas
apreendidas para revendê-las no mercado negro?

- Você é um
idiota. Não sabe o que está falando.

- Não?
Então me esclareça.

Annie
esfregou os olhos com a mão livre e tentou manter a cabeça erguida.

- Por quê?
Por que ele faria essas coisas, Poncho?

- Bem,
juntando os pontos eu diria que é porque ele é o sujeito mau.

Annie se
virou, afastando os olhos dele. Poncho a puxou de volta.

- Você quer
que eu acredite que seu namoradinho nunca falou sobre isso quando vocês dois
estavam enrolados nos lençóis?

Ela o
fitou. O medo dava lugar à raiva e à frustração.

- Você está
saindo da linha, Poncho.

- É? Então
me ponha na linha.

Ele a
encarava, sem ironia, querendo apenas a verdade. Mas ela não tinha palavras.

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ah e deem uma olhada em:

A pequena flor de Alfonso

vão adorar garanto.