Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

Está bem.
Ele podia fazer isso. Pelo menos por pouco tempo. Mas então ela se ajeitou no
assento quando ele entrou no caminhão, e os ombros dela roçaram seu peito.
Aquele toque pareceu congelar Annie.

Poncho com
certeza congelou, e viu Annie erguer a cabeça. Meu Deus, os olhos dela o
tiravam do sério. Ele só queria olhar para ela a noite inteira e sentir seu
cheiro, tocá-la... Há longos seis meses respirava fundo para sentir o seu
cheiro. Ela mexia com ele.

Lá no
fundo.

Annie tinha
um fio de cabelo sobre um dos olhos, e lentamente ele o retirou, querendo fazer
mais, porém sem saber até onde podia ir sem que ela o agredisse.

- Vai ficar
tudo bem. Eu prometo - disse.

O olhar de Annie
procurou o dele, agora suave, incerto, deixando-o também incerto sobre o que
fazer diante daquela expressão nos olhos dela. Estaria ainda com raiva? Ferida?
Estaria sentindo alguma coisa parecida com o que ele sentia, que era vontade de
beijá-la novamente?

Annie virou
o rosto.

E aquela
era a resposta. Não, ela não sentia nada daquilo. Ainda esperando o tanque do
carro encher, ele apanhou de novo o telefone e ligou para o celular de Ucker.
Nenhuma resposta. Droga. Ao erguer o rosto, viu que ela o observava.

- A última
coisa que eu soube foi que ele estava sendo transportado de helicóptero para o
condado de Cheyenne - disse ela.

Poncho só
esperava que não fosse algo sério como parecia ser.

- Está bem,
então vamos com o que temos. O fuzil. Eu só preciso de checar a lista de números
de série do ATF para saber se é uma das armas roubadas. Então precisamos ir a
um escritório regional.

- Ou para
meu laptop em casa.

- Sim,
muito mais fácil. Vamos.

- De novo
esse "vamos".

- Temos que
fazer isso, Annie. Esse fuzil é uma prova.

- Mas não suficiente.

- Bem,
vamos pensar em mais coisas. Temos que fazer isso, você sabe que sim.

- Não, nós não temos que fazer coisa alguma.

Mas Poncho
percebeu menos agressão na voz dela. A melhor notícia da noite.

- Se eu
estiver errado, eu...

- O quê?
Vai se entregar?

- Sim. Ela
o fitou.

- Vamos
ligar para Tibbs agora - disse.

- Não sem o
número de série. Não quando ele tem provas contra mim.

- Poncho...

- Olhe, se
eu estiver errado, você pode ligar para ele. Eu prometo.

- De que
adianta sua promessa se estou com você contra a minha vontade.

Era uma boa
observação, mas ele não se arriscaria a deixá-la ir quando ainda estava tão
perto de James.

- Sinto
muito.

Annie
mergulhou no silêncio. A bomba de gasolina deu o sinal de que o tanque estava
cheio.

Logo Poncho
dava a partida na picape. Ao chegar à rodovia, jogou a chave das algemas para Annie.
Ela não seria estúpida de fazer alguma coisa a 120 quilômetros por hora
imaginou.

Seria?

Annie
agarrou a chave e se inclinou para abrir as algemas, seu cabelo caindo sobre o
antebraço dele, seus seios inadvertidamente roçando o bíceps dele. Ela
provavelmente teria um ataque cardíaco se percebesse isso, mas ele percebeu.

Livre, ela
esfregou seu punho e se voltou para a janela. Poncho pegou a mão dela e a
aproximou de seu rosto, notando que o punho estava cheio de escoriações.

- Não diga
que você sente muito - disse ela. Ele pressionou seus lábios sobre a pele dela.

Ela não
tentou livrar a mão, o que ele considerou um excelente sinal. Em vez disso, Annie
conteve a respiração. Pareceu ter gostado daquele toque, talvez finalmente a
agressão e o medo estivessem passando. Pelo menos na imaginação dele.

- Por que
você acha que ele não está se escondendo de você?

Seu olhar
encontrou o dela. Poncho achou que ela não estava completamente contra ele.

-Acho que
foi pura ousadia, como se ele dissesse "veja o que eu consegui" -
disse ele.

- Mas jogar
dos dois lados seria tão... perigoso.

- Lembre-se
que ele morre hoje.

-
Praticamente uma aposentadoria.

- Depois de
se livrar de todos os fios soltos.

- Sim.

- Inclusive
você.

- Sim.

Ele queria
tocá-la, para mostrar-lhe que não estava sozinha.

- Eu fico
me lembrando - disse ela - de quando eu trabalhava no caso dos Kiddie Bombers
em Seattle. Várias vezes as coisas deram errado, como hoje, e James aparecia
nas operações quando ninguém esperava por ele. Ele sempre dizia que era para
observar a ação. Um dia perguntei a ele sobre isso.

E ele ficou
assustado.

- Ele me
afastou do caso. Eu não havia levado isso em consideração até agora. Mas agora
fico pensando se eu estava chegando perto demais.

Annie
fechou os olhos.

- Eu também
sou um fio solto a ser eliminado - disse ela.

- Sim, mas
você está viva. Vamos manter as coisas desse jeito. Primeiro, preciso acessar
seu computador.

- E depois
o quê? Induzimos ele a aparecer para provarmos que está vivo?

Era o
primeiro sinal de que ela poderia acreditar em Poncho.

- Sim, isso
- disse ele. Mas Poncho faria isso sozinho, não deixaria James se aproximar de Annie.
Precisava achar um lugar seguro para ela até que tudo aquilo acabasse. E... uma
parte dele não podia negar o que sentia tendo-a a seu lado. Com ela, não estava
sozinho.

comentem... e desculpem a demora.

mas se comentarem muito, muito muito, posto mais tarde.

besos a todos. ah qualquer duvida, entre no meu msn: anny.reb@hotmail.comou me add no yahoo anny.elde@yahoo.com.br

vou adora conversa com vcs