Fanfic: Volúpia (TERMINADA)

capitulo dedicado a todas minhas leitoras que comentam. besos e gracias.

Cheyenne
Memorial Hospital

Ucker
acordou numa sala branca, cheia de equipamentos.

Um
hospital.

Ele odiava
hospitais. Quando criança, vivia em hospitais por causa do pai. Depois, nas
Forças Especiais, foi parar várias vezes em salas de emergência. Ele e Poncho
quase foram mortos quando o comboio em que estavam foi atacado no Golfo.

Depois
daquilo, apostou cem dólares com Poncho quem iria parar no hospital primeiro.
Droga, perdera a aposta. A não ser que pudesse sair dali antes que Poncho
descobrisse...

Alguma
coisa se mexeu ao seu lado e diante dele surgiu o rosto de um anjo. Seu doce
anjo, que aparecera quando ele sonhava com coelhinhas da Playboy. Quando
tentou sorrir para ela, sentiu dor.

- Cuidado.
Fique quieto - disse ela.

Ela o vira
em estado pior e ainda estava ali.

- Você
ficou - disse ele.

- Estou
feliz por você estar de volta - disse ela.

- Quando eu
saí?

- Você
ficou um bom tempo inconsciente. Seu chefe ligou ^e estava arrasado
com o que aconteceu a você.

- Tibbs?

Ele disse
que viria vê-lo.

Imagens
passaram pela cabeça de Ucker. A sombra no telhado. Ele olhando para baixo,
vendo alguma coisa, alguém no chão, olhando para cima, antes de ele ser
atingido na cabeça.

James.

Agora ele
sabia. Ele havia olhado nos olhos de James fora atingido por trás. Por um dos
homens de James. Maldito.

Ucker se
lembrava vagamente de ser levado do helicóptero para o hospital, mas com
certeza se lembrava do anjo de olhei doces e uma boca que o fizera pensar em
sexo. Tentou ergueu a mão para tocá-la e descobriu que sua mão estava presa a
uma prancha com dois fios presos a seu braço. Mexeu as pernas para se
certificar que elas estavam ali e sentiu uma dor aguda em sua perna direita.

- Não, Ucker,
não - disse a enfermeira. - Não se mexa.

- Me diga o
que tenho. Meus ferimentos.

- Bem, você
tem alguns.

- Alguns?
Ou muitos?

- Digamos
que algo entre uma coisa e outra.

Senso de
humor. Com olhos como aqueles e uma boca feita para pecar, aquilo era excesso
de carga sensorial.

- Quero
saber.

- Vou
chamar o seu médico.

De alguma
maneira ele conseguiu segurar o braço dela.

- Quero
ouvir de você - disse.

- Bem, você
tem uma contusão considerável.

- Isso
explica por que eu sinto como se minha cabeça estivesse costurada ao meu
pescoço.

- Sim,
dezoito pontos.

- Uh.

- Você
fraturou sua perna direita e três costelas.

- Já estive
pior. Era verdade.

- Há algum
sangramento interno que preocupa. Temiam que uma costela tivesse perfurado um
pulmão.

- Eu estou
respirando bem.

Ela ajeitou
seu cobertor, olhando para ele com tanta preocupação, que ele teve vontade de
pô-la no colo e enchê-la de beijos.

- Vou
chamar o seu médico...

- Não. Não
vá.

- Eu não
deveria estar aqui.

- Mas está.

- Mas não
deveria - disse ela, sorrindo. - Não sei por quê. Eu...

- O quê?

- Nada.

- Vamos lá.
Eu já vomitei na sua frente. Fale.

- Parece
tolo, mas eu sinto uma... conexão.

- Eu sei.

Ele também
sentia, e não costumava fazer conexões. Sem tirar os olhos dela, ele a puxou e
ela se sentou à beira da cama.

- Então
você também sentiu? - perguntou ela. Normalmente, num momento desses ele faria
alguma coisa

para
escapar de um relacionamento mais sério. Mas não conseguia dizer nada. Ficou em
silêncio. O sorriso dela desapareceu e ela se levantou.